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DIEHL - As estratégias de pesquisa

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA INFORMAÇÃO - ICHI
HISTÓRIA BACHARELADO
TEORIA E METODOLOGIA DA HISTÓRIA I
DOCENTE JÚLIA SILVEIRA MATOS
ACADÊMICO: Cláudia Severo 
E-MAIL: claudiasevero@live.com
MATRÍCULA: 75525
TEXTO 07: DIEHL, Astor Antônio. “As estratégias de pesquisa”. In: DIEHL, Astor, Antônio. Do Método Histórico. Passo Fundo: UPF, 2001. 
	PÁG.
	IDEIA DO AUTOR
	REFLEXÃO
	48
	Esse caráter específico das informações consiste [...] naquilo que é dado para o conhecimento histórico como critérios de sentido e modelos da significação nas fontes. Em outras palavras, isso significa: os desenvolvimentos temporais do passado são reconstituídos através de perspectivas que estão localizadas no nível das intenção orientadoras e oriundas das ações. Portanto, no teor da ação no passado, elas mesmas se tornam potenciais de sentido, ou seja permitem explicar uma qualidade da tradição a que pertencem.
	A hermenêutica é uma das estratégias apresentadas pelo Diehl nesse capítulo de sua obra, e é caracterizada pela significação atribuída as informações obtidas das fontes. Essa significação nada mais é do que o documento relacionado com o seu contexto histórico, historiografia.
	50
	A crítica das fontes começa a depor a partir dos rastros que o passado deixou para trás como fatores implícitos de consciência. A questão aqui gira em tono de fatos que possuem qualidades de compreensibilidade. Essa qualidade consiste propriamente em expressão, manifestação ou, ainda, em indicador de intencionalidade da vida humana, enquanto que a interpretação reúne esses fatos em um desenvolvimento temporal, permitindo que eles sejam entendidos como consistências do sentido. 
	A interpretação dá consistência aos dados apresentados pelas fontes, possibilitando uma narração. Já a hermenêutica crítica busca a compreensão das informações através da qualidade de suas tradições, no seu contexto.
	51
	A crítica analítica pergunta sobre os fatores que permitem explicitar regularidades abstratas ou empíricas, como, por exemplo, os percentuais de crescimento da natalidade, percentuais de crescimento da produção, etc. Sua forma mais pronunciada e mais operacionalizada como técnica de pesquisa é a informação estatística, evidenciada nas técnicas e resultados de quantificação. Agora, não é mais o individuo o pólo importante para a reconstituição histórica, mas a estrutura.
	Na analítica, o foco é a estrutura social e não o indivíduo. O documento por si não representa tanto quanto na estratégia anterior, aquilo que está além dele é essencial – os dados que podem ser constituídos a partir das fontes que não os expressa. 
	53
	[...] o historiador, com a estratégia analítica, não consegue resolver os problemas relacionados com o processo cognitivo do conhecimento histórico. Por outro lado, a hermenêutica, sozinha, também não irá alcançar tal objetivo.
	Segundo Diehl, o historiador não é capaz de resolver os problemas do conhecimento histórico com as duas estratégias já apresentadas, por esse motivo, e pela crise existente na historiografia, uma nova estratégia que suporte todas as complexidades da história é necessária. Essa estratégia seria a dialética.
	56
	Nesse sentido, a estratégia de pesquisa acertada [...] deve possibilitar o pensar histórico como um processo de conhecimento. A historiografia, [...], deve abrir novos espaços.
	A dialética possibilita um novo saber para o conhecimento histórico construído pelos historiadores a partir da fusão entre a hermenêutica e a analítica, visto que isso produziria o saber através da historiografia com as inferências.

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