Logo Passei Direto
Buscar

METODOS E TECNICAS DE PESQIUISA EM HISTORIA

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Sobre métodos e técnicas de pesquisa em história, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
Existem diferentes formas de conhecimento que se distinguem pela relação estabelecida entre o sujeito do conhecimento e o objeto ou realidade a ser conhecida.
O conhecimento religioso é estacionário, enquanto o conhecimento científico permite a verificação e a verdade é construída pelo método.
O editorial da Folha de S. Paulo defende que o criacionismo e o evolucionismo podem estar presentes no ambiente escolar, desde que respeitados os espaços da ciência e da religião.
Não existe uma hierarquia entre conhecimento empírico, filosófico e científico, mas existem diferentes usos e espaços em que um tem mais autoridade que o outro.
O método científico tem como objetivo um conhecimento estruturado, sistemático, racional e verificável da realidade.
true
true
false
true
true
a) Apenas as afirmativas 1, 2 e 5 estão corretas.
b) Apenas as afirmativas 2, 3 e 4 estão corretas.
c) Apenas as afirmativas 1, 3 e 5 estão corretas.
d) Apenas as afirmativas 2, 4 e 5 estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

A partir de seu conhecimento sobre a pesquisa científica e sobre as características e os fundamentos do conhecimento científico, avalie as afirmacoes a seguir:

I. As autoras falam em “verdades parciais” porque o conhecimento científico tem caráter de provisoriedade, podendo ser questionado, corroborado e refutado a partir de novas teorias e novos métodos.

II. Mesmo que as autoras falem em “verdades parciais”, as compreensões mais contemporâneas da ciência situam-na como conhecimento absoluto, inquestionável, pois é demonstrado e provado a partir do método.

III. A concepção da ciência como “verdade parcial” aproxima-a do conhecimento religioso, que também é parcial, já que pretende apresentar uma leitura da realidade somente para seus fiéis.

Qual(is) está(ão) correta(s)?

I. As autoras falam em “verdades parciais” porque o conhecimento científico tem caráter de provisoriedade, podendo ser questionado, corroborado e refutado a partir de novas teorias e novos métodos.
II. Mesmo que as autoras falem em “verdades parciais”, as compreensões mais contemporâneas da ciência situam-na como conhecimento absoluto, inquestionável, pois é demonstrado e provado a partir do método.
III. A concepção da ciência como “verdade parcial” aproxima-a do conhecimento religioso, que também é parcial, já que pretende apresentar uma leitura da realidade somente para seus fiéis.
Apenas I.
Apenas II.
Apenas III.
Apenas I e II.
Apenas I e III.

Sobre o trecho acima, são feitas as seguintes afirmações:

I – Os historiadores não têm liberdade para a escolha de seus temas de pesquisa, que são determinados pela conjuntura e pelas instituições em que desenvolvem suas análises.

II – A inovação em relação aos temas da pesquisa histórica pode encontrar resistências em função de dinâmicas conjunturais ou institucionais que os pesquisadores não têm controle.

III – Apenas temas considerados originais são autorizados para serem pesquisados em universidades.

Qual(is) está(ão) correta(s)?

I – Os historiadores não têm liberdade para a escolha de seus temas de pesquisa, que são determinados pela conjuntura e pelas instituições em que desenvolvem suas análises.
II – A inovação em relação aos temas da pesquisa histórica pode encontrar resistências em função de dinâmicas conjunturais ou institucionais que os pesquisadores não têm controle.
III – Apenas temas considerados originais são autorizados para serem pesquisados em universidades.
Apenas a afirmativa I está correta.
Apenas a afirmativa II está correta.
Apenas a afirmativa III está correta.
Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
Apenas as afirmativas I e III estão corretas.

Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as afirmações falsas, quanto ao trabalho com as fontes:

( ) Assim como as demais etapas da pesquisa, o levantamento, a coleta e a análise das fontes são procedimentos que envolvem planejamento e organização.

( ) O levantamento das fontes corresponde ao trabalho realizado unicamente em arquivos, não guardando relação com o levantamento bibliográfico.

( ) A coleta das fontes pretende tornar o material empírico e bibliográfico disponível para o pesquisador, que pode se beneficiar de softwares de referenciamento.

( ) É na etapa de análise das fontes que será construída uma interrelação entre os dados, a metodologia de pesquisa e o arcabouço conceitual e teórico.

A ordem de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


V – F – V – V.
F – V – F – V.
V – V – F – F.
F – F – V – V.
V – V – V – F.

Sobre as delimitações de um projeto de pesquisa, são feitas as seguintes afirmacoes:

I – O recorte cronológico geralmente é arbitrário, e corresponde a datas consagradas pela historiografia, geralmente provenientes da história política.

II – O recorte espacial somente fará sentido se o objeto de pesquisa tiver alguma relação com determinada espacialidade ou região, o que demonstra a necessidade de uma reflexão quanto às categorias empregadas na pesquisa.

III – O recorte a partir da problemática tem em vista circunscrever um tema de pesquisa a partir de determinada abordagem, evidenciando um aspecto específico em uma realidade mais ampla.

Qual(is) está(ão) correta(s)?

I – O recorte cronológico geralmente é arbitrário, e corresponde a datas consagradas pela historiografia, geralmente provenientes da história política.
II – O recorte espacial somente fará sentido se o objeto de pesquisa tiver alguma relação com determinada espacialidade ou região, o que demonstra a necessidade de uma reflexão quanto às categorias empregadas na pesquisa.
III – O recorte a partir da problemática tem em vista circunscrever um tema de pesquisa a partir de determinada abordagem, evidenciando um aspecto específico em uma realidade mais ampla.
Apenas a afirmativa I está correta.
Apenas a afirmativa II está correta.
Apenas a afirmativa III está correta.
As afirmativas I e II estão corretas.
As afirmativas I e III estão corretas.

A partir da leitura do excerto acima, é possível afirmar que ele se refere a qual categoria de bens?


Conjuntos urbanos.
Bens móveis.
Bens imóveis.
Bens arqueológicos.

e deve ao fato de que, no Brasil, o patrimônio histórico e cultural está ligado ao Estado, fazendo com que todo bem cultural, histórico e arqueológico encontrado em terrenos particulares se torne propriedade federal. Essa visão de direito está ligada a qual tradição?


Latina.

A institucionalização de lugares de memória, por meio da criação do patrimônio cultural e histórico, é importante porque o passado não é mais acessível em sua integridade.


Verdadeiro
Falso

O contexto do fim da Segunda Guerra Mundial levou ao surgimento de novos atores sociais, que passaram a reivindicar os princípios da diversidade de vozes na cultura, revogando a ideia de um único patrimônio nacional.


Verdadeiro
Falso

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Questões resolvidas

Sobre métodos e técnicas de pesquisa em história, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
Existem diferentes formas de conhecimento que se distinguem pela relação estabelecida entre o sujeito do conhecimento e o objeto ou realidade a ser conhecida.
O conhecimento religioso é estacionário, enquanto o conhecimento científico permite a verificação e a verdade é construída pelo método.
O editorial da Folha de S. Paulo defende que o criacionismo e o evolucionismo podem estar presentes no ambiente escolar, desde que respeitados os espaços da ciência e da religião.
Não existe uma hierarquia entre conhecimento empírico, filosófico e científico, mas existem diferentes usos e espaços em que um tem mais autoridade que o outro.
O método científico tem como objetivo um conhecimento estruturado, sistemático, racional e verificável da realidade.
true
true
false
true
true
a) Apenas as afirmativas 1, 2 e 5 estão corretas.
b) Apenas as afirmativas 2, 3 e 4 estão corretas.
c) Apenas as afirmativas 1, 3 e 5 estão corretas.
d) Apenas as afirmativas 2, 4 e 5 estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

A partir de seu conhecimento sobre a pesquisa científica e sobre as características e os fundamentos do conhecimento científico, avalie as afirmacoes a seguir:

I. As autoras falam em “verdades parciais” porque o conhecimento científico tem caráter de provisoriedade, podendo ser questionado, corroborado e refutado a partir de novas teorias e novos métodos.

II. Mesmo que as autoras falem em “verdades parciais”, as compreensões mais contemporâneas da ciência situam-na como conhecimento absoluto, inquestionável, pois é demonstrado e provado a partir do método.

III. A concepção da ciência como “verdade parcial” aproxima-a do conhecimento religioso, que também é parcial, já que pretende apresentar uma leitura da realidade somente para seus fiéis.

Qual(is) está(ão) correta(s)?

I. As autoras falam em “verdades parciais” porque o conhecimento científico tem caráter de provisoriedade, podendo ser questionado, corroborado e refutado a partir de novas teorias e novos métodos.
II. Mesmo que as autoras falem em “verdades parciais”, as compreensões mais contemporâneas da ciência situam-na como conhecimento absoluto, inquestionável, pois é demonstrado e provado a partir do método.
III. A concepção da ciência como “verdade parcial” aproxima-a do conhecimento religioso, que também é parcial, já que pretende apresentar uma leitura da realidade somente para seus fiéis.
Apenas I.
Apenas II.
Apenas III.
Apenas I e II.
Apenas I e III.

Sobre o trecho acima, são feitas as seguintes afirmações:

I – Os historiadores não têm liberdade para a escolha de seus temas de pesquisa, que são determinados pela conjuntura e pelas instituições em que desenvolvem suas análises.

II – A inovação em relação aos temas da pesquisa histórica pode encontrar resistências em função de dinâmicas conjunturais ou institucionais que os pesquisadores não têm controle.

III – Apenas temas considerados originais são autorizados para serem pesquisados em universidades.

Qual(is) está(ão) correta(s)?

I – Os historiadores não têm liberdade para a escolha de seus temas de pesquisa, que são determinados pela conjuntura e pelas instituições em que desenvolvem suas análises.
II – A inovação em relação aos temas da pesquisa histórica pode encontrar resistências em função de dinâmicas conjunturais ou institucionais que os pesquisadores não têm controle.
III – Apenas temas considerados originais são autorizados para serem pesquisados em universidades.
Apenas a afirmativa I está correta.
Apenas a afirmativa II está correta.
Apenas a afirmativa III está correta.
Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
Apenas as afirmativas I e III estão corretas.

Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as afirmações falsas, quanto ao trabalho com as fontes:

( ) Assim como as demais etapas da pesquisa, o levantamento, a coleta e a análise das fontes são procedimentos que envolvem planejamento e organização.

( ) O levantamento das fontes corresponde ao trabalho realizado unicamente em arquivos, não guardando relação com o levantamento bibliográfico.

( ) A coleta das fontes pretende tornar o material empírico e bibliográfico disponível para o pesquisador, que pode se beneficiar de softwares de referenciamento.

( ) É na etapa de análise das fontes que será construída uma interrelação entre os dados, a metodologia de pesquisa e o arcabouço conceitual e teórico.

A ordem de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


V – F – V – V.
F – V – F – V.
V – V – F – F.
F – F – V – V.
V – V – V – F.

Sobre as delimitações de um projeto de pesquisa, são feitas as seguintes afirmacoes:

I – O recorte cronológico geralmente é arbitrário, e corresponde a datas consagradas pela historiografia, geralmente provenientes da história política.

II – O recorte espacial somente fará sentido se o objeto de pesquisa tiver alguma relação com determinada espacialidade ou região, o que demonstra a necessidade de uma reflexão quanto às categorias empregadas na pesquisa.

III – O recorte a partir da problemática tem em vista circunscrever um tema de pesquisa a partir de determinada abordagem, evidenciando um aspecto específico em uma realidade mais ampla.

Qual(is) está(ão) correta(s)?

I – O recorte cronológico geralmente é arbitrário, e corresponde a datas consagradas pela historiografia, geralmente provenientes da história política.
II – O recorte espacial somente fará sentido se o objeto de pesquisa tiver alguma relação com determinada espacialidade ou região, o que demonstra a necessidade de uma reflexão quanto às categorias empregadas na pesquisa.
III – O recorte a partir da problemática tem em vista circunscrever um tema de pesquisa a partir de determinada abordagem, evidenciando um aspecto específico em uma realidade mais ampla.
Apenas a afirmativa I está correta.
Apenas a afirmativa II está correta.
Apenas a afirmativa III está correta.
As afirmativas I e II estão corretas.
As afirmativas I e III estão corretas.

A partir da leitura do excerto acima, é possível afirmar que ele se refere a qual categoria de bens?


Conjuntos urbanos.
Bens móveis.
Bens imóveis.
Bens arqueológicos.

e deve ao fato de que, no Brasil, o patrimônio histórico e cultural está ligado ao Estado, fazendo com que todo bem cultural, histórico e arqueológico encontrado em terrenos particulares se torne propriedade federal. Essa visão de direito está ligada a qual tradição?


Latina.

A institucionalização de lugares de memória, por meio da criação do patrimônio cultural e histórico, é importante porque o passado não é mais acessível em sua integridade.


Verdadeiro
Falso

O contexto do fim da Segunda Guerra Mundial levou ao surgimento de novos atores sociais, que passaram a reivindicar os princípios da diversidade de vozes na cultura, revogando a ideia de um único patrimônio nacional.


Verdadeiro
Falso

Prévia do material em texto

MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQIUISA EM HISTÓRIA
*Pesquisa científica 
1. 
Existem diferentes formas de conhecimento que se distinguem pela relação estabelecida entre o sujeito do conhecimento e o objeto ou realidade a ser conhecida.
Um desses conhecimentos é o religioso, que se distingue do conhecimento científico porque​​​​​​​:
tende a ser estacionário, permite a verificação e a verdade é construída pelo método. 
2. 
Na última década, acentuou-se um debate sobre as noções do público e do privado na Educação Básica a partir do confronto entre o conhecimento científico e as crenças religiosas familiares. Leia o trecho a seguir, retirado de um editorial da Folha de S. Paulo de 16 de dezembro de 2008.
“A justificativa está numa noção de pluralismo que não tem cabimento no ensino de ciências. A obrigação do professor dessas disciplinas é apresentar a seus alunos o conhecimento mais atual e seguro, com apoio em observações e medições.
É um equívoco atribuir o mesmo status a coisas tão díspares. De um lado, uma teoria aperfeiçoada e corroborada ao longo de 150 anos de estudos; de outro, uma narrativa religiosa, apoiada sobre a autoridade bíblica e recusada pela maioria dos cientistas.
O equívoco maior, contudo, é não restringir o ensino do criacionismo às aulas de religião, permitindo que seja ministrado em ciências. Essa atitude solapa, na formação das crianças, os fundamentos do método científico.
Apontar a incongruência entre criacionismo e ciência, no entanto, é o máximo que o poder público tem a fazer nesses casos. Se a opção dos pais, consciente, recair sobre uma escola religiosa privada que ministre o criacionismo, inclusive em ciências, essa é uma esfera de decisão imune à intervenção do Estado.”
A partir da leitura do trecho, aliada aos debates sobre os diferentes tipos de conhecimento, assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as afirmações falsas.
( ) O editorial defende que o evolucionismo e o criacionismo podem estar presentes no ambiente escolar, desde que respeitados os espaços da ciência e da religião.
( ) Segundo o texto, é papel do professor demonstrar que o criacionismo é uma teoria científica atrasada, mesmo que seu método seja o mesmo da ciência.
( ) O texto afirma que tanto as escolas públicas quanto as escolas privadas devem praticar um ensino científico, em que o criacionismo fique restrito ao âmbito da crença e da fé.
( ) O editorial contribui para compreender as diferenças entre conhecimento científico e religioso, principalmente no que diz respeito ao método científico.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
V – F – F – V. 
3. 
Os conhecimentos empíricos, filosóficos e científicos caracterizam determinadas formas de compreender a realidade que nos cerca. Não existe uma hierarquia entre eles, ou seja, o conhecimento científico não é mais importante que o conhecimento empírico ou filosófico, mas existem diferentes usos e espaços em que um tem mais autoridade que o outro.
Sobre essas três formas de conhecimento, são feitas as seguintes afirmações:
I. O conhecimento empírico é oriundo de experiências em laboratórios, de onde deriva seu nome.
II. As ciências humanas e sociais, mesmo distintas das ciências naturais, compartilham alguns fundamentos e preceitos de método, caracterizando-se como conhecimento científico.
III. Enquanto o conhecimento filosófico apresenta um saber especulativo e reflexivo sobre a realidade e os seres humanos, o conhecimento científico caracteriza-se pela racionalidade, sistematização e verificação.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Apenas II e III. 
4. 
A pesquisa científica se fundamenta em determinados procedimentos, chamados pelos pesquisadores de método científico. Existem diferentes métodos, de acordo com o objeto a ser estudado e com os objetivos do investigador.
Contudo, todos eles se orientam para o mesmo fim, que é:​​​​​​​
um conhecimento estruturado, sistemático, racional e verificável da realidade, por meio de etapas controladas na realização da pesquisa. 
5. 
Lakatos e Marconi (1992, p. 43) definem pesquisa científica como “um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui como caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”.
A partir de seu conhecimento sobre a pesquisa científica e sobre as características e os fundamentos do conhecimento científico, avalie as afirmações a seguir:
I. As autoras falam em “verdades parciais” porque o conhecimento científico tem caráter de provisoriedade, podendo ser questionado, corroborado e refutado a partir de novas teorias e novos métodos.
II. Mesmo que as autoras falem em “verdades parciais”, as compreensões mais contemporâneas da ciência situam-na como conhecimento absoluto, inquestionável, pois é demonstrado e provado a partir do método.
III. A concepção da ciência como “verdade parcial” aproxima-a do conhecimento religioso, que também é parcial, já que pretende apresentar uma leitura da realidade somente para seus fiéis.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
Apenas I. 
*Formulação da pesquisa em história 
1. 
Em relação à escolha do tema de pesquisa, existem variáveis que podem ser mais ou menos controladas pelos pesquisadores. O historiador José D’Assunção Barros (2005) assim se posicionou sobre esse aspecto:
“A Sociedade, a Instituição e a comunidade de historiadores na qual eles se inscrevem exercem o seu papel de criar um universo de temáticas possíveis a partir das quais os historiadores fazem as suas escolhas. Dizer que essas escolhas são inteiramente livres seria uma quimera. A historiografia, tal como já assinalou de maneira muito pertinente Michel de Certeau, inscreve-se em um ‘lugar de produção’ bem definido. É claro que compete aos historiadores inovar e propor novos temas e problemas para as suas pesquisas históricas. Mas é somente à custa de muitas resistências vencidas que os temas radicalmente inovadores passam a ser tolerados e respeitados, antes de passarem a compor com outros o repertório de temas historiográficos possíveis ou até de se tornarem a moda do momento.”
Sobre o trecho acima, são feitas as seguintes afirmações:
I – Os historiadores não têm liberdade para a escolha de seus temas de pesquisa, que são determinados pela conjuntura e pelas instituições em que desenvolvem suas análises.
II – A inovação em relação aos temas da pesquisa histórica pode encontrar resistências em função de dinâmicas conjunturais ou institucionais que os pesquisadores não têm controle.
III – Apenas temas considerados originais são autorizados para serem pesquisados em universidades.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Apenas a afirmativa II está correta. 
2. 
Um dos procedimentos básicos do trabalho de pesquisa histórica é a coleta de dados, chamados, no campo historiográfico, de fontes históricas, nas quais são encontradas as evidências que auxiliam na resposta à problemática proposta. Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as afirmações falsas, quanto ao trabalho com as fontes:
(  ) Assim como as demais etapas da pesquisa, o levantamento, a coleta e a análise das fontes são procedimentos que envolvem planejamento e organização.
(  ) O levantamento das fontes corresponde ao trabalho realizado unicamente em arquivos, não guardando relação com o levantamento bibliográfico.
(  ) A coleta das fontes pretende tornar o material empírico e bibliográfico disponível para o pesquisador, que pode se beneficiar de softwares de referenciamento.
(  ) É na etapa de análise das fontes que será construída uma interrelação entre os dados, a metodologia de pesquisa e o arcabouço conceitual e teórico.
A ordem de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​ 
V – F – V – V. 
3. 
Na definição da temática de análise, o pesquisador necessita realizar alguns tipos de delimitações, também chamados de recortes, que podem ser cronológicos, espaciais ou relativos à problemática de análise. Sobre essas delimitações, são feitas as seguintes afirmações:
I – O recorte cronológico geralmenteé arbitrário, e corresponde a datas consagradas pela historiografia, geralmente provenientes da história política.
II – O recorte espacial somente fará sentido se o objeto de pesquisa tiver alguma relação com determinada espacialidade ou região, o que demonstra a necessidade de uma reflexão quanto às categorias empregadas na pesquisa.
III – O recorte a partir da problemática tem em vista circunscrever um tema de pesquisa a partir de determinada abordagem, evidenciando um aspecto específico em uma realidade mais ampla.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Apenas a afirmativa I está correta. 
4. 
Leia o trecho a seguir, escrito por Félix (1998):
“Claro está que isso pressupõe que se faça e se registre a revisão da literatura científica referente ao tema por meio da historiografia já produzida. Essa atividade deve permitir que seja localizado o estado da arte sobre a temática escolhida. A revisão bibliográfica deve ser feita cuidadosamente, apresentando o que de mais significativo foi produzido sobre o tema, os avanços e as lacunas, bem como a análise crítica das obras mais importantes de forma a poder respaldar e justificar a necessidade e/ou relevância da pesquisa. Essa bibliografia servirá também de apoio ao desenrolar da pesquisa.”
A historiadora faz referência a uma etapa muito importante da construção do projeto de pesquisa. Que etapa é essa e que pergunta essa etapa pretende responder?​​​​​​​
“Dialogando com quem?”, vinculada à etapa “levantamento” ou “revisão bibliográfica”, em que serão referenciadas as análises já realizadas sobre o tema e de que forma a proposta é inserida na historiografia existente. 
5. 
O historiador José D’Assunção Barros (2016), no trecho a seguir, reflete sobre o papel da problematização na pesquisa histórica:
“A investigação científica no Ocidente, não é diferente com as ciências sociais e humanas, tem se edificado basicamente em torno da intenção de resolver problemas bem delineados, que constituem o ponto de partida do próprio processo de investigação. Com a História, desde que ela assumiu o projeto de ser uma ciência, não tem sido muito diferente, e tampouco o é em ciências humanas diversificadas, como a Sociologia, a Antropologia, a Geografia, a Economia e outras mais. Para dar o exemplo da História, essa necessidade de problematização foi se fazendo cada vez mais característica da historiografia ocidental [...].”
A partir de seus conhecimentos sobre a pesquisa científica e, particularmente, a pesquisa histórica, é correto afirmar que:​​​​​​​
a problematização evidencia uma abordagem teórica, contribuindo para a superação das narrativas cronológicas, descritivas e lineares, características da história produzida na contemporaneidade. 
*Pesquisa de patrimônio material e suas abordagens metodológicas 
1. 
Leia com atenção o texto a seguir:
“As cidades e os núcleos históricos representam as referências urbanas do Brasil. Nelas, é possível vivenciar os processos de transformação do país por meio da preservação de expressões, próprias de cada período histórico. São lugares especiais de uma nação, constituem a base do patrimônio cultural brasileiro e sua preservação é de responsabilidade da União, dos estados e municípios, e da sociedade civil”.
A partir da leitura do excerto acima, é possível afirmar que ele se refere a qual categoria de bens?
Conjuntos urbanos. 
2. 
Leia com atenção o texto a seguir:
Vender ou comprar peças de valor arqueológico é crime de acordo com a Lei n.° 3.924 de 1961. Mesmo assim, a prática é amplamente difundida em um grande site de compra e venda na Internet, além de também ser identificada em algumas feiras e antiquários. Na plataforma on-line há, por exemplo, inúmeras ofertas de pedras e machadinhas indígenas, com preços que variam de R$ 12 a R$ 37 mil. No Brasil, a venda de objetos arqueológicos é proibida por lei. Isso se deve ao fato de que, no Brasil, o patrimônio histórico e cultural está ligado ao Estado, fazendo com que todo bem cultural, histórico e arqueológico encontrado em terrenos particulares se torne propriedade federal.
Essa visão de direito está ligada a qual tradição?
Latina. 
3. 
Leia o excerto do texto a seguir:
"A curiosidade pelos lugares onde a memória se cristaliza e se refugia está ligada a esse momento particular da nossa história. Momento de articulação em que a consciência da ruptura com o passado se confunde com o sentimento de uma memória esfacelada, mas onde o esfacelamento desperta ainda mais memória suficiente para que se possa colocar o problema de sua encarnação. O sentimento de continuidade torna-se residual aos locais. Há locais de memória porque não há mais meios de memória" (NORA, 1993).
Com base no trecho acima, assinale a alternativa correta.
A institucionalização de lugares de memória, por meio da criação do patrimônio cultural e histórico, é importante porque o passado não é mais acessível em sua integridade. 
4. 
Leia com atenção o fragmento de texto a seguir: 
"Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a noção de patrimônio cultural desempenhou papel preponderante na reconstrução do mundo, sendo a dimensão cultural incorporada ao Estatuto das Nações Unidas. A partir daí, a Unesco tem produzido documentos orientadores para as políticas de seus Estados-membros, estabelecendo as linhas mestras para a execução de políticas culturais e determinando as ações dos autorizados a fazerem a distinção entre o que pode subsistir e o que pode desaparecer" (SANTOS, 2012).
Com base no trecho acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
O contexto do fim da Segunda Guerra Mundial levou ao surgimento de novos atores sociais, que passaram a reivindicar os princípios da diversidade de vozes na cultura, revogando a ideia de um único patrimônio nacional. 
5. 
No Natal de 1985, dois jovens de classe média entraram no Museu Nacional de Antropologia do México e roubaram mais de 100 peças arqueológicas. A história é recontada no filme Museu, lançado em 2018, protagonizado pelo ator Gael García Bernal. O roubo foi considerado como um dos maiores crimes do século no país.
A punição aos autores foi muito rígida, visto que as leis mexicanas, tais como as brasileiras, baseiam-se em qual tradição do direito patrimonial? 
Romano. 
*Pesquisa em história oral e suas abordagens metodológicas 
1. 
A história oral pode ser compreendida como um campo da historiografia caracterizado por um tipo específico de pesquisa que, por meio de uma metodologia própria, “fabrica” suas fontes e reflete sobre o resultado a partir de um arcabouço conceitual e teórico específico. Sobre esse processo de “fabricação” das fontes, são feitas as seguintes afirmações:
I – Se fala em “fabricação” porque existe a construção de uma fonte histórica, que será posteriormente problematizada pelo historiador.
II – Os historiadores “fabricam” suas fontes quando não possuem nenhum outro documento para pesquisar os temas que escolheram investigar.
III – A “fabricação” das fontes pressupõe uma interação entre o pesquisador e o entrevistador, em uma relação que é construída.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Apenas III. 
2. 
A história oral se configurou como campo historiográfico na Europa e nos Estados Unidos na metade do século XX. Já no Brasil consolidou-se a partir dos anos 1990. O desenvolvimento de pesquisas levou a problematizações metodológicas. Sobre a metodologia da história oral, assinale a alternativa correta:​​​​​​​
O método é fundamental para a história oral, como orientação para os pesquisadores das etapas e procedimentos de sua pesquisa, diminuindo os imprevistos. 
3. 
A utilização das fontes orais no campo historiográfico se deu a partir da superação de determinados paradigmas, mas também pelas possibilidades de expansão de temas e desenvolvimento de novas abordagens. Sobre esse processo, são feitas as seguintes afirmações.
I – A expansão temática promovida pela história oral restringiu-se ao campo da memória e da história das emoções, sem estimular outros temas de pesquisa.
II – Com a história oral, foi possível valorizar a experiênciae os sujeitos que, historicamente, eram marginalizados na historiografia, contribuindo com a perspectiva de uma “história vista de baixo”.
III – Com a expansão de temas e a realização de novas abordagens, a história oral foi compreendida como uma forma de democratização da escrita da história.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
Apenas II e III. 
4. 
A utilização de fontes orais pelos historiadores não foi aceita imediatamente pelo campo. Muitos acreditavam que as memórias e as percepções dos sujeitos não eram dignas de crédito como fonte histórica, em função de sua possibilidade de alteração. Porém esses antigos óbices encontram-se superados, e o campo da história oral foi legitimado na historiografia.
Sobre essas peculiaridades, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para as alternativas verdadeiras e F para as alternativas falsas.
(  ) A peculiaridade da fonte oral está no aspecto subjetivo dos dados apresentados, os sentidos e significados de determinados eventos, mais do que os dados sobre o evento em si.
(  ) Para invalidar a fonte oral, muitos historiadores afirmavam que, diferentemente dos documentos escritos, ela apresentava imprecisões, incongruências e erros deliberados.
(  ) Mesmo com uma maior aceitação em relação às fontes orais, seus praticantes não conseguem apresentar respostas convincentes sobre a ausência de compromisso com a verdade.
(  ) Sendo a memória o principal “material” de uma fonte oral, é preciso que o historiador saiba que essa leitura suplanta toda e qualquer interpretação historiográfica a ser desenvolvida posteriormente.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​
V – V – F – F. 
5. 
Quando ocorre uma entrevista com a finalidade de construir uma fonte oral para uma pesquisa, o entrevistado, com o auxílio dos questionamentos elaborados pelo entrevistador, reflete sobre sua vida e sobre sua trajetória. Determinados aspectos dessa “avaliação retrospectiva” podem ser utilizados ou não pelo pesquisador, dependendo muito do tipo de entrevista a ser desenvolvida. Utilize a chave abaixo para assinalar se uma afirmação corresponde à “história oral de vida” ou à “história oral temática”.
I – História oral de vida
II – História oral temática
(  ) Pode ser utilizada como forma de confrontar as versões de diferentes pessoas sobre um mesmo evento.
(  ) Aborda a trajetória de vida de uma pessoa a fim de compreender suas relações e sua visão de mundo.
(  ) Concentra-se em um determinado aspecto das biografias, salientando um aspecto temático em detrimento dos demais.
(  ) Geralmente, exige maior tempo e dedicação do entrevistado e do entrevistador a fim de abordar o que considera mais significativo de sua existência.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
 
I – II – I – II. 
*Pesquisa em história cultural e suas abordagens metodológicas 
1. 
A história cultural, como abordagem teórico-metodológica, surge em um contexto de mudanças sociais que conformou determinada conjuntura intelectual. Sobre os marcos que a história cultural representa na história da historiografia e sobre seus contextos intelectuais e sociais, são feitas as seguintes afirmações:
I – As transformações ocorridas no mundo a partir do final da década de 1960 não impactaram o desenvolvimento da história cultural, pois foram mudanças de cunho político, não no âmbito cultural.
II – A história cultural foi responsável por trazer para o campo historiográfico alguns debates oriundos da chamada “crise de paradigmas”, tais como o estatuto do conhecimento histórico e a noção de verdade.
III – A história cultural influenciou demais campos da historiografia, que passaram a compreender a importância de uma abordagem sistêmica e de inter-relação entre aspectos culturais, econômicos, políticos e sociais.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Apenas II e III. 
2. 
A historiadora Sandra Pesavento (2005) afirmou, a partir de uma perspectiva da história cultural, que o mesmo fato pode ser objeto de múltiplas narrativas e versões, e que não seria possível compreender determinada narrativa como uma verdade única ou absoluta. Assim, os historiadores se comprometeriam, eticamente, com a verossimilhança e, dessa forma, produziriam “efeitos de verdade” em seus textos.
A partir dessa consideração, podemos afirmar que a história cultural se opunha:​​​​​​​
aos autores que afirmavam que a narrativa histórica era uma mera ficção. 
3. 
Ainda que o objeto de predileção da história cultural seja a cultura, a maneira de abordar essa forma de se relacionar com o mundo realizada pelos historiadores culturais era bastante inovadora frente a outros trabalhos desenvolvidos por aqueles profissionais chamados de “historiadores da cultura”. Em outras palavras, a constituição de um campo historiográfico conferiu uma identidade aos praticantes da história cultural. Sobre a compreensão de cultura desses historiadores, são feitas as seguintes afirmações.
Assinale V para as alternativas verdadeiras e F para as alternativas falsas.
(  ) A história cultural dedica-se ao estudo das manifestações artísticas mais evidentes, como as produções artísticas e literárias de uma determinada sociedade.
(  ) A cultura passou a ser compreendida a partir das apropriações, das práticas e das representações elaboradas socialmente sobre a realidade.
(  ) Os historiadores da história cultural não abandonaram a distinção entre uma “cultura erudita” e uma “cultura popular”, para que não houvesse um abandono do recorte de classes, que se evidencia na ideia de erudição e popularidade.
(  ) A partir da noção de “representação", os historiadores da história cultural puderam identificar o modo como, em diferentes lugares e momentos, uma determinada realidade cultural é construída, pensada e interpretada.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​
V – F – V – V. 
4. 
O historiador francês Roger Chartier contribuiu significativamente para a disciplina histórica com suas leituras sobre a cultura e os estudos desenvolvidos sobre a história da leitura. Sobre o conceito de representações empregado por Chartier, são feitas as seguintes afirmações:
I – As representações trazem consigo marcas dos grupos que as formularam, evidenciando seus interesses e suas posições dentro da correlação de forças da sociedade.
II – As representações são influenciadas e influenciam as chamadas estratégias e práticas empregadas cotidianamente na nossa relação com o mundo.
III – As representações são sempre universais e imutáveis ao longo do tempo, podendo ser compreendidas como imaginários ou mentalidades.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
Apenas I e II. 
5. 
A história cultural representa um marco na história da historiografia por elaborar problematizações de diferentes naturezas.
Assinale a alternativa verdadeira sobre esses questionamentos e a inovação do campo da história cultural. ​​​​​​​
A busca da historicidade de determinados objetos, a partir do enfoque da história cultural, levou os historiadores a buscarem referenciais na antropologia, na linguística e na ciência política. 
*Pesquisa imagética em história e suas abordagens metodológicas 
1. 
Frances Yates, Erwin Panofsky e Edgar Wind estão entre aqueles que se esforçaram para interpretar a produção imagética, contribuindo para o desenvolvimento de determinados referenciais teórico-metodológicos. 
Sobre o método iconológico desenvolvido pelo historiador Erwin Panofsky, ele tem em sua logicidade a seguinte sequência:
descrição pré-iconográfica, análise iconográfica e análise iconológica. 
2. 
A leitura estruturalista, de certo modo, chegaria ao tema dos indícios imagéticos por meio da intenção de tornar o material em um sistema de signos e, assim, passível de captação e compreensão.
Sobre o método estruturalista para a compreensão histórica de conteúdos imagéticos, ele tem como características principais:
a descrição do indício imagético, primeiramente de sua estrutura física e, em um segundo momento, por meio de uma leitura do contexto.3. 
O enfoque psicanalítico para imagens não está nos significados conscientes, privilegiados por Panofsky, mas nos símbolos e nas associações inconscientes do tipo que Freud identificou em sua obra A interpretação dos sonhos, de 1899. Este enfoque é, de fato, tentador. É difícil negar que o inconsciente tem um papel importante na criação de imagens ou textos.
​​​​​​​​​​​Sobre as relações entre psicanálise e análise de indícios imagéticos, considere a assertiva correta.
A noção de inconsciente, por meio da proposta de diálogo entre psicanálise e produção imagética, foi fundamental para a releitura do método iconológico, tornando-o obsoleto. Apesar das tentativas de interpretação, o método de Panofsky não resistiu aos temas do inconsciente. ​​​​​​​ 
4. 
“Por que não houve grandes mulheres artistas?” Essa pergunta reverbera em tom repreensivo na maioria das discussões sobre a tal questão feminina. Contudo, como tantas outras ditas questões envolvendo a controvérsia feminista, ela falsifica a natureza da questão ao mesmo tempo que, de forma insidiosa, supõe a própria resposta: “Não houve grandes mulheres artistas porque mulheres são incapazes de algo grandioso”.
Esta questão, levantada por Linda Nochlin, reitera a crítica feminista não somente ao campo da produção artística, mas também quanto à forma que os historiadores costumaram tratar o campo da produção imagética.
Neste sentido, o feminismo apareceu como uma perspectiva:
pós-estruturalista, focada na crítica tanto da ausência feminina nas instituições relevantes para a produção imagética quanto na crítica epistemológica e metodológica de historiadores que se debruçam sobre indícios imagéticos. 
 
5.“Historiadores tradicionais — ou, mais precisamente, historiadores céticos quanto ao uso de imagens como evidência histórica — frequentemente afirmam que imagens são ambíguas e que podem ser lidas de muitas maneiras”.
​​​​A polêmica expressa na frase acima pode ser sintetizada na oposição entre:
pretensão objetivista dos historiadores tradicionais em detrimento do conteúdo subjetivo das produções imagéticas. 
*Pesquisa em história do patrimônio imaterial e suas abordagens metodológicas
1. 
Em 2003, a Unesco realizou uma convenção que definiu e estabeleceu diretrizes para a proteção do patrimônio cultural imaterial. Sendo um objeto de difícil definição devido às suas características intrínsecas, os assim chamados bens imateriais são tão importantes quanto os bens culturais materiais, necessitando de legislação que os protejam e iniciativas que os valorizem.
Considerando esse quadro, em que o patrimônio imaterial deve ser considerado em suas relações com os contextos materiais nos quais se insere, em quais formas ele pode manifestar-se?​​​​​​​
 
Práticas, representações e expressões.
2. 
O estudo, por parte do historiador, dos chamados bens culturais imateriais exige esforços no sentido de se definir o objeto e, a partir disso, escolher as bases metodológicas e teóricas para a sua análise. Evidentemente, o patrimônio cultural imaterial não é um objeto estudado em si mesmo, sendo preciso contextualizá-lo e situá-lo no espaço, no tempo e em suas relações com outros fenômenos.
Considerando esse cenário e tendo em mente que a própria Unesco aborda essa questão, qual função primordial é reconhecida nos patrimônios culturais imateriais?​​​​​​​
Aproximação e entendimento entre os seres humanos. 
3. 
Para o pensador Émile Durkheim, a representação é a maneira como as diferentes sociedades encontraram para encarar a sua própria realidade e, a partir desse encontro, construir as suas próprias visões de mundo. No campo de estudos do patrimônio cultural imaterial, os historiadores percebem que as maneiras que uma sociedade vê a si mesma refletem diretamente na sua produção de bens culturais imateriais.
Tendo em vista esse cenário, no qual representações coletivas atuam sobre a formação da cultura imaterial, qual é o aspecto central nesse processo?​​​​​​​
A dimensão simbólica. 
4. 
No início do século XXI, surgiu um movimento multidisciplinar no sentido de promover o reconhecimento do patrimônio imaterial da humanidade. Em âmbito internacional, o órgão responsável por isso é a Unesco. No Brasil, a catalogação e a proteção dos bens culturais imateriais do país cabem ao Iphan. Para que essas manifestações da cultura humana sejam preservadas e valorizadas, foi criado um formato que permite a inscrição dos patrimônios culturais imateriais de forma a serem amplamente conhecidos e a terem sua importância reconhecida na nação.
Considerando essas informações, qual é o nome que se dá ao suporte no qual todos os patrimônios imateriais brasileiros são inscritos?​​​​​​​
Livros de registro. 
5. 
Os livros de registro do Iphan são uma importante ferramenta para o trabalho do historiador do patrimônio cultural imaterial. Sem eles, seria muito difícil compilar as inúmeras manifestações consideradas como bens culturais intangíveis no país. Ao mesmo tempo, o trabalho da inscrição de novos patrimônios culturais imateriais não poderia ocorrer. Os livros de registro são divididos em quatro categorias principais que abarcam as mais variadas formas culturais intangíveis do Brasil.
Tendo em vista a diversidade destas e a necessidade de se agrupá-las em diferentes categorias, o Livro do Registro das Formas de Expressão inscreve qual tipo de produção cultural imaterial brasileira?​​​​​​​ 
 
As manifestações artísticas.
*Pesquisa em história digital e virtual e suas abordagens metodológicas 
1. 
A expressão progresso tecnológico acaba por sugerir um processo de avanço técnico, sem, contudo, contemplar as contradições do processo histórico. Nesse sentido, a opção pelo conceito de mutabilidade tecnológica se torna relevante.
Sobre o conceito de mutabilidade tecnológica e a sua elaboração como conceito relevante para uma perspectiva histórica da técnica, assinale a assertiva correta.
A ideia de mutabilidade tecnológica surge como possibilidade de que o avanço tecnológico seja interpretado pela história digital, considerado as relações entre humanos e interfaces.
2. 
Perspectivas sobre a História, bem como da historiografia, não podem estar dissociadas do contexto de elaboração, além das particularidades em torno do campo de produção e posicionamento de intelectuais relevantes sobre o assunto.
Nesse sentido, no que se refere ao advento da Digital History nos Estados Unidos, é correto afirmar que:
surgiu como um campo de estudos, com maior ênfase a partir dos anos de 1990 e a difusão da Internet nos Estados Unidos.
3. 
“Acontece que a atividade cotidiana — alta ou baixa, excepcional ou extraordinária — deixa traços do tipo informático, que serão os documentos e as fontes da história futura do nosso presente. Como a historiografia de uma cultura alfabética é diferente daquela oral, assim também a historiografia de uma cultura digital será — e já é — diferente daquela de uma cultura alfabética” (Ragazzini, 2004).
Sobre a La Storiografia Digitale, é correto afirmar que:
surgiu como uma variedade interpretativa e crítica ao modelo de história digital feita nos Estados Unidos. Sobretudo, estabelecendo ponderações sobre temas como acesso aos indícios históricos e produção teórica à construção da memória nas suas relações com o tempo e o espaço.  
4. 
Leia um trecho do Manifesto arquivista:
“Quem controla o presente agora?
O que podemos fazer juntos para arquivar nosso presente e impedir que reescrevam nosso passado e definam o nosso futuro?
A Internet é o mais novo campo de disputa político, passando da condição de espaço marginal em que podíamos discutir e sonharmos juntos por novos futuros políticos para um espaço central da política institucional que utiliza as redes para fabricar e disseminar conteúdos sem qualquer fundamento factual e histórico. A política no espaço público on-line tornou-se uma sala de espelhos invertidos e distorcidos, extremamente eficazes para eleger governos. Não resta tempo a perder. Além do trabalho cotidiano de compartilhar e informar a todas e a todos nocotidiano: podemos também documentar como um recurso de salvaguarda. Ao coletarmos dados existentes, podemos melhor sustentar pesquisas e colaborar com jornalistas com informação confiável. Cada um de nós pode, à sua maneira e de acordo com suas possibilidades, contribuir para criar essa base de dados arquivística. O trabalho de arquivista é simples e direto: consiste em juntar dados existentes sobre o governo, bases de dados comunais, compartilhadas e anônimas, para que todos e todas possam se beneficiar na verificação de fatos."
O manifesto em questão traz discussões presentes no campo da história digital, como, por exemplo:
a cultura de produção extensiva de conteúdos e informações, a ideia de que os conhecimentos podem ser produzidos por meio de uma coletividade, além da evidência de que o espaço virtual é neutro e apolítico. 
5. 
“De fato, a preocupação com a qualidade da informação é um dos aspectos mais recorrentes da bibliografia a respeito da história digital, o que pode ser considerado efeito colateral de seu maior benefício: a facilidade de acesso a registros históricos na Internet. Para alguns, trata-se da insuficiência dos critérios de organização dos acervos on-line, que substituem o rigor na classificação pela facilidade de acesso; para outros, importa o papel que os historiadores e historiadoras desempenham nessas coleções. Não obstante, as qualificações contraditórias para esses processos, a publicação de fontes on-line e a formação de acervos inclusivos, plurais e interativos, foram vistos com tamanho sucesso que se confundiram, até certo ponto, com a própria história digital” (SILVEIRA, 2018).
As considerações de Silveira sobre a história digital, correspondem, respectivamente:
às preocupações de ordem metodológica, teórica e epistemológica. 
*Pesquisa em história das mídias e suas abordagens metodológicas 
1. 
Assim como os historiadores dedicados aos mais variados temas, o historiador das mídias também precisa trabalhar com contextos. Isto é, o seu objeto sempre deverá ser situado no espaço e no tempo. Caso contrário, a sua inteligibilidade por parte do pesquisador será seriamente comprometida. Do mesmo modo, quando o historiador de determinado tipo de mídia aborda seu objeto, ele não pode tratá-lo de maneira isolada.
Considerando esse cenário, em que existe a necessidade de se obter o maior número de informações possíveis sobre o contexto histórico do objeto, que tipo de procedimento o historiador deve adotar primordialmente?​​​​​​​ 
Utilizar grande variedade de fontes disponíveis. 
2. 
Ao pesquisar a história de mídias como o rádio e a televisão, o historiador deve estar atento a uma série de procedimentos metodológicos de suma importância para a abordagem correta do objeto. Essas mídias têm como características em comum o fato de serem eletrônicas, servirem tanto para entretenimento quanto para informação e também o fato de se situarem no que chamamos de sociedade de consumo de massas, isto é, são veículos que podem atingir milhões de ouvintes e espectadores. Além dessas semelhanças, há outra sumamente relevante para o trabalho historiador.
Considerando as peculiaridades de ambas as mídias, qual característica deve sempre ser considerada pelo historiador de forma que ele construa corretamente o seu objeto de pesquisa?​​​​​​​
O fato de ambas terem patrocinadores. 
3. 
O cinema, existente há mais de um século, tornou-se, no século XX, uma mídia de massas. Na atualidade, a indústria cinematográfica movimenta bilhões de dólares todos os anos. E esse aspecto é um dos mais relevantes para a história dessa mídia: se trata de um negócio, administrado por grandes conglomerados empresariais que têm como objetivo último o lucro. Evidentemente, existem o cinema independente e o cinema alternativo, que merecem também ser alvo de investigação do historiador.
De qualquer forma, ao pensar no cinema como uma produção que atinge um público de milhões de pessoas, quais são os principais aspectos que um historiador preocupado com a história das ideias deve levar em conta ao pesquisar o cinema em perspectiva histórica?​​​​​​​
As representações e a ideologia contidas nos filmes. 
4. 
Das mídias, a impressa é a mais estudada pelos historiadores brasileiros. Revistas, jornais e demais periódicos têm sido objeto de pesquisas extremamente relevantes que revelaram aspectos muitas vezes ocultos da sociedade brasileira. Aliás, pesquisadores da área afirmam que o estudo de jornais e demais publicações impressas permite ao historiador vislumbrar as configurações sociais e a cultura de determinada época. Considerando essas informações, pode-se acrescentar que uma publicação impressa tem diversos elementos que se interconectam em seu interior, sendo possível estabelecer recortes temáticos para cada um deles. 
Qual elemento interno dos jornais publicados no século XIX no Brasil pode ser útil para a compreensão das relações sociais do período?​​​​​​​ 
Anúncios. 
5. 
De todas as mídias, a mais recente é a Internet. Até mesmo por conta disso, é uma mídia ainda pouco estudada em perspectiva histórica. Porém, será inevitável que as novas gerações de historiadores se debrucem com seriedade sobre essa nova mídia, que, afinal de contas, é capaz de absorver quase todas as outras. A Internet revolucionou as comunicações. Esse é um fato que deve estar no centro da análise do historiador da mídia que a estudar.
Tendo em vista isso, qual(is) elemento(s) da Internet, em especial, deve(m) ser analisado(s) pelos historiadores?​​​​​​​
A transformação de qualquer indivíduo em emissor midiático.

Mais conteúdos dessa disciplina