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AULA 1 HIGIENE E LEGISLAÇÃO SANITÁRIA DOS ALIMENTOS

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HIGIENE E LEGISLAÇÃO SANITÁRIA DOS ALIMENTOS
HIGIENE DOS ALIMENTOS
O que é um Alimento Seguro?
 Por que nos alimentamos? Precisamos nos nutrir para mantermos saudáveis e não adoecermos. 
 Para isso, além de ser nutritivo e estar com ótima aparência, odor e sabor o alimento deve ser SEGURO.
 Mas o que é um alimento seguro?
 Não contém agentes ou substâncias nocivas em quantidades que possam causar agravos à saúde ou dano ao consumidor.
 Esses agentes e substâncias são conhecidos como perigos e podem ser prevenidos ou reduzidos por meio de cuidados e regras a serem adotadas durante todas as etapas do preparo dos alimentos. 
 
HIGIENE DOS ALIMENTOS
No início do século XX, a partir da II Grande Guerra quando mais de metade da Europa estava devastada e sem condições de produzir alimento, tornou-se claro que um país poderia dominar o outro controlando seu fornecimento de alimento.
Neste contexto começa a ser utilizado o termo “Segurança Alimentar” e no início dos anos 1990, observou-se maior ampliação do conceito, incluindo oferta adequada e estável de alimentos e principalmente garantia de acesso, além de questões referentes à qualidade sanitária, biológica, nutricional e cultural dos alimentos.
HIGIENE DOS ALIMENTOS
 A FAO (Food Agriculture Organization) define Segurança Alimentar como: situação na qual toda a população tem pleno acesso físico e econômico a alimentos seguros e nutritivos que satisfaçam as suas necessidades e preferências nutricionais para levar uma vida ativa e saudável.
HIGIENE DOS ALIMENTOS
Alimento seguro (food safety) significa garantia de consumo alimentar seguro no âmbito da saúde coletiva, ou seja, são produtos livres de contaminantes de natureza química (agroquímicos), biológica (organismos patogênicos), física ou de outras substâncias que possam colocar em risco sua saúde.
Higiene e Segurança Alimentar
HIGIENE DOS ALIMENTOS
A alimentação e a nutrição são condições básicas para a promoção e a proteção da saúde.
É direito das pessoas terem a expectativa de que os alimentos que consomem sejam seguros e adequados para consumo. As doenças e os danos provocados por alimentos são, na melhor das hipóteses, desagradáveis, e, na pior das hipóteses, fatais. Há também outras consequências, como as doenças transmitidas por alimentos (Dta’s) que podem prejudicar o comércio e o turismo, gerando perdas econômicas, desemprego e conflitos (ANVISA, 2006).
HIGIENE DOS ALIMENTOS
Higiene dos alimentos compreende as medidas preventivas necessárias na preparação, manipulação, armazenamento, transporte e venda de alimentos, para garantir produtos inócuos, saudáveis e adequados ao consumo humano (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO, e da Organização Mundial da Saúde - OMS) .
A gestão na qualidade de alimentos é subsidiada por várias legislações com a finalidade de oferecer alimentos seguros.
Higiene dos Alimentos
A Constituição Federal (1988) - saúde é um direito social e que o Sistema Único de Saúde (SUS) é o meio de concretização desse direito. E a vigilância sanitária – de caráter altamente preventivo –é um instrumento privilegiado de que o SUS dispõe para realizar seu objetivo de prevenção e promoção da saúde (ANVISA, 2012).
Vigilância Sanitária
Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990).
ANVISA
Criada em 26 /01/1999 pela Lei nº 9.782, tem como finalidade institucional promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos e fronteiras.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
ANVISA: uma autarquia, com independência administrativa e autonomia financeira, vinculada ao Ministério da Saúde.
Os órgãos de vigilância sanitária municipais são a instância mais próxima da população e à qual o cidadão deve recorrer prioritariamente sempre que precisar esclarecer
dúvidas ou denunciar irregularidades.
De acordo com a Portaria Ministerial nº 1.565 de 26 de agosto de 1994 e Lei Federal nº 9.782 de 26 de janeiro de 1999, e tendo-se como base legal a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080 de 19/09/1990 em seus Artigos 9º, 10º, 12º e 13º), compete:
União: Coordenar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, prestar cooperação técnica e financeira aos Estados e Municípios e executar ações de sua exclusiva competência. Observa-se que na execução de atividades de sua competência, a União poderá contar com a cooperação dos Estados ou Municípios.
Estado: Coordenar, executar ações e implementar serviços de Vigilância Sanitária em caráter complementar às atividades municipais e prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios. Aqui também, na execução de atividades de sua competência, o Estado poderá contar com a cooperação dos Municípios.
Municípios: Executar ações e implementar serviços de Vigilância Sanitária, com a cooperação técnica e financeira da União e Estado." (VISA, 2012).
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
DEFINIÇÃO
 Conjunto de ações que visam eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde decorrentes do meio ambiente, da produção, da circulação de bens e da prestação de serviços (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990).
O QUE FAZ A VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Estabelece normas e regulamentos: Boas Práticas têm como objetivo garantir que as instalações,os profissionais, a higienização local, as matérias primas,os equipamentos, o controle de qualidade, o armazenamento, o transporte e outros processos sejam realizados de acordo com padrões de higiene, segurança e qualidade.
O QUE FAZ A VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Concede ou cancela registro de produtos e autorizações de funcionamento de empresas: autorização de funcionamento/licença para o estabelecimento (alvará de funcionamento).
Fiscaliza: empresas que produzem, transportam, armazenam, comercializam produtos ou prestam serviços relacionados à saúde.
O QUE FAZ A VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Monitoração de propaganda: proteger o consumidor contra mensagens publicitárias que possam iludir, enganar, confundir ou induzir o consumo indiscriminado de certos produtos ou substâncias que coloquem a sua saúde em risco.
Atua em portos, aeroportos e fronteiras: áreas estratégicas para a propagação de agentes causadores de doenças de um país para outro, que podem ser transportados por pessoas ou mercadorias. para importar ou exportar produtos é preciso ter uma autorização da Anvisa. Para os viajantes, são exigidos certificados de vacinação, dependendo da região para a qual estão viajando
LEGISLAÇÕES
Dentre diversas legislações sobre alimentos, a RDC nº 216/04 – Dispõe sobre o regulamento técnico de boas Práticas para Serviços de alimentaçaõ;
 RDC nº 275/02- Dispõe sobre o regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos
O mês de junho mal começava e Mirante, um município do interior da Bahia, preparava seu arraial para comemorar as tão esperadas festas juninas. Fogueira, bandeirinhas, quadrilha e as deliciosas comidas típicas não podiam faltar: pipoca, arroz-doce, bolo de amendoim, coco, fubá, tapioca, canjica, cuscuz e pamonha. Os restaurantes se apressavam para fazer seus quitutes e organizar as barracas onde eles seriam vendidos.
Naldo, dono do restaurante Fogueirinha, resolveu incrementar o cardápio com sua famosa torta de frango, a especialidade da casa.
No dia 12 de junho, véspera do início da festança, Naldo e seus ajudantes iniciaram o preparo das tortas. Cozinharam o frango e guardaram na geladeira. Na manhã seguinte, todo o pessoal ajudou
a desfiar e temperar o frango. Depois, prepararam e assaram a massa. Só no fim foi colocado o recheio de frango. Na hora da festa, bastava aquecer um pouco e servir. Os moradores de Mirante estavam quase todos presentes. E se deliciavam com todos aqueles doces e salgados. Lá pelas oito da noite, enquanto a festa rolava na maior animação, Aninha começou a passar mal. A garota de 8 anos sentiu um forte enjôo e começou a vomitar. Não demorou muito e várias outras crianças e também adultos tiveram os mesmos sintomas. E foram todos parar no pronto-socorro. Depois de medicados, todos melhoraram e puderam ir para casa. Mas uma pergunta ficou no ar: o que teria acontecido para toda aquela gente adoecer ao mesmo tempo?
Todos desconfiavam de que a torta de frango estava contaminada. Naldo ficou desesperado.
Disse que os ingredientes eram frescos e de boa qualidade, que fez tudo com muito cuidado, como sempre fazia, e que não teve nenhuma intenção de estragar a festa daquelas pessoas. Será que não poderia ser uma indisposição ou outra comida qualquer?
Para tirar tudo a limpo, os médicos acionaram o pessoal da Secretaria de Saúde. Uma equipe foi até o restaurante Fogueirinha enquanto outros agentes foram entrevistar os doentes e demais participantes da festa, para saber tudo o que eles haviam comido.
No restaurante, a equipe de vigilância sanitária notou que dois funcionários que ajudaram a desfiar o frango tinham pequenos cortes infeccionados nas mãos. Ficaram sabendo também que, antes de ir para a geladeira, o frango tinha ficado umas três horas em temperatura ambiente. Além disso, as tortas prontas tinham sido levadas do restaurante para a barraca umas duas horas antes de começar a festa, quando o calor ainda era intenso. Os agentes coletaram sobras da torta e levaram para analisar no laboratório. Só assim eles descobririam o que realmente causou o mal-estar em todos.
Alguns dias depois, o pessoal da vigilância estava de volta com o resultado do exame. Eles informaram que uma bactéria chamada estafilococos tinha sido encontrada no recheio da torta. Mas como será que aquela bactéria foi parar lá?
Havia algumas hipóteses... Algum ingrediente poderia estar contaminado ou algum procedimento errado, durante o preparo ou a conservação, teria causado a contaminação. Essas coisas são desagradáveis e também muito perigosas, mas podem acontecer em qualquer lugar onde se prepara, vende, transporta ou guarda alimentos: numa indústria, num restaurante como o de Naldo, numa lanchonete, numa padaria e até mesmo em nossa casa. Por isso é importante que todo mundo saiba como evitar esse tipo de problema.
(www.anvisa.org.br)

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