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Gênero Listeria UFBA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA BIOINTERAÇÃO MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA TAXONOMIA • Família: Listeriaceae • Gênero: Listeria (10 espécies e 2 subespécies) • Principais espécies: • L. monocytogenes • L. ivanovii • L. innocua • L. welshimeri • L. seeligeri • L. grayi • 16 sorotipos de acordo com os antígenos O e H HISTÓRICO • Murray, Swann e Webb (1926) • Bacterium monocytogenes • Pirie (1927) • Listerella hepatolytica • Pirie (1940) • Listeria monocytogenes A listeriose é uma doença de ocorrência mundial (climas temperados). A L. monocytogenes é a espécie mais importante (bovinos e ovinos). ASPECTOS DESCRITIVOS E FATORES DE VIRULÊNCIA • Bastonetes com extremidades arredondadas, Gram positivos (0,4-0,5 X 0,5-2,0 µm) • Não esporulados, desprovidos de cápsula • Possuem flagelos peritríquios, com motilidade a 20-25ºC • Parede celular rica em ácido mesodiaminopimélico, polissacarídeo (antígeno O) • Revervatório: solo, silagens, água, diversos mamíferos e pássaros. PATOGENIA E FATORES DE VIRULÊNCIA Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados Disseminação: via hematógena • inlA e inlB (internalinas) • Entra em células epiteliais ou células M • Invade células fagocíticas • Receptor E-caderina PATOGENIA E FATORES DE VIRULÊNCIA Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados Disseminação: via hematógena • LLO (listeriolisina O) • Auxilia na sobrevivência intracelular por lise de fagossomos PATOGENIA E FATORES DE VIRULÊNCIA Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados Disseminação: via hematógena • ActA (proteína indutora de actina) • Associa-se a filamentos de actina no citoplasma da célula hospedeira • Invade células circunjacentes PATOGENIA E FATORES DE VIRULÊNCIA Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados Disseminação: via hematógena • PlcB (fosfolipase) • Mpl (metaloproteinase) • LLO • Escape de fagossomos (primário e secundário) PATOGENIA E FATORES DE VIRULÊNCIA Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados Disseminação: via hematógena • Ivanolisina (toxina) • L. ivanovii PATOGENIA EPIDEMIOLOGIA • Incidência no Brasil ANO LOCAL FONTE 1998 Rio de Janeiro Queijos (20%) 1998 Rio de Janeiro Carne de frango congelada 2001 Paraíba Leite cru ou pasteurizado (56%) 2002 Rio de Janeiro Peito de peru fatiado (90%) Blanquet de peru fatiado (80%) 2008 Tocantins Carne moída crua (19%) 2014 Rio de Janeiro Carpaccio de carne bovina (35%) EPIDEMIOLOGIA Silva 2004 EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA • Formas de transmissão • Origem alimentar • Origem não alimentar • Contato direto (médicos veterinário, magarefes) poucos relatos na literatura FORMAS DA DOENÇA • Doença septicêmica • Transmissão vertical (transplacentária) • Frequentemente em ruminantes e equinos jovens • Inapetência, febre e óbito FORMAS DA DOENÇA • Doença do movimento em círculo – Meningoencefalite • Ruminantes (bovinos e ovinos) • anorexia, tendência a andar em círculo em uma só direção, paralisia facial unilateral, ceratoconjuntivite uni ou bilateral FORMAS DA DOENÇA • Doença abortiva • Homem • Ruminantes (10%) • Meningite, endocardite ou dermatite • Homem CARACTERÍSTICAS DE CRESCIMENTO • Não exigentes a nível nutricional, pH neutro-alcalino • Ágar sangue - L. monocytogenes - zona estreita de hemólise; L. ivanovii - hemólise • Ágar tripticase ou Ágar PALCAM – coloração azul esverdeada • Temperatura: 4-45ºC (30-37ºC) • Anaeróbios facultativos, microaerófilos • Tolerantes – cloreto de sódio (10%), bile (40%) • Catalase positivos DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Agar Oxford PALCAM DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Cultivo em ágar sangue Agar sangue - CAMP + - L. monocytogenes x S. aureus - L. ivanovii x R. equi Inoculação em camundongo Morte em 5 dias, fígado necrótico. TRATAMENTO E CONTROLE Tratamento Penicilina, eritromicina, tetraciclina Controle Remoção de silagem contaminada Isolamento dos animais doentes