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Aula imunodeficiências

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IMUNODEFICIÊNCIAS – IDA – AULA 04/06/2018
Existem quadros opostos aos de hipersensibilidade, no qual o organismo deixa de reagir na intensidade desejada. Esses são chamados de imunodeficiências. Elas podem ser primárias (congênitas e hereditárias) ou secundárias (adquiridas, iatrogênicas). 
Mecanismos de defesa:
Fagocitose
Imunidade mediada por linfócitos T citotóxicos 
Imunidade mediada por anticorpos
Ação do sistema complemento
Todos esses mecanismos podem ser afetados por uma falha na formação, desenvolvimento ou adquirida. Podem ocorrer também falhas combinadas, que envolvem mais de um desses mecanismos. 
Imunodeficiência primária: Ocorre na fase embrionária, pode ocorrer nas células-tronco (dentro da medula óssea). A célula tronco do embrião é responsável por dar origem ao progenitor mieloide e ao progenitor linfoide Mas a célula tronco pode não existir, por alguma falha e isso é incompatível com a vida. 
Se ela existir, pode dar origem ao progenitor mieloide, que dá luz às células como macrófagos, neutrófilos, basófilos, mastócitos, etc. Se houver uma falha aí, não ocorre a formação das células de natureza linfoide. 
Se ela gera o progenitor linfoide, vai desenvolver o sistema imunológico. 
DOENÇAS
Primárias: 1. Ausência do progenitor mieloide: Causa agranulocitose congênita, ou seja, ausência de células granulosas, como macrófagos, basófilos, neutrófilos e mastócitos.
2. Doença granulomatosa crônica: O animal apresenta o progenitor mieloide, mas não diferencia neutrófilo de basófilo, por exemplo. 
3. Presença do progenitor linfoide, mas incapacidade de formar o linfócito pré-B e pré-T, gerando uma imunodeficiência grave combinada. 
4. Aplasia tímica ou Síndrome de DiGeorge: Ausência de timo. Não consegue produzir anticorpos, pela incapacidade de desenvolver linfócitos T que ajudem a fazer anticorpos. 
5. Agamaglobulinemia: Nasce com timo, amadurece linfócitos T, mas apresenta um problema em relação ao linfócito pré-B (não-maturação, incapacidade de formar anticorpos) 
DEFICIÊNCIAS NA FAGOCITOSE: Se encontram comprometidos o progenitor mieloide ou as células que contém grânulos (granulócitos). 
EXEMPLOS
Síndrome de Chediak Hagashi: É uma doença de perfil autossômico recessivo, gera pseudoalbinismo por provocar má-formação nos grânulos dos melanócitos e dos polimorfonucleares. Somos dependentes desses grânulos, pois são eles que liberam as enzimas líticas que destroem os patógenos. 
Deficiência na adesão leucocitária: As adesinas são proteínas que permitem a adesão ao endotélio vascular e posteriormente promover a migração para o local infectado. Pode acometer os polimorfonucleares, ou seja, os neutrófilos, mas também os leucócitos. É autossômica recessiva, em que os animais apresentam baixo desempenho (infecção bacteriana recorrente), apresentando osteomielite, periodontite, gengivite, etc, que desencadeiam falta de apetite, anorexia, linfadenopatia, dificuldade de cicatrização, entre outros. Em humanos, é possível realizar transplante de medula óssea, inviável na realidade veterinária. 
Síndrome do Collie cinza: Padrão autossômico recessivo, causa perda cíclica de neutrófilos e redução da atividade da imunoperoxidase. Pacientes com essa deficiência levam mais tempo para renovar seus neutrófilos da corrente sanguínea. Nesse intervalo de tempo, não ocorre fagocitose, nem atividade da imunoperoxidase, deixando o animal mais susceptível a infecções recorrentes. 
DEFICIÊNCIAS DE LINFÓCITOS T CITOTÓXICOS: O defeito pode estar no precursor linfoide ou intrínseco, o que impede a maturação dos linfócitos pré-T e pré-B em linfócitos T e B. 
EXEMPLOS
Imunodeficiência combinada grave: Importante no caso de equinos. Reduz quantitativamente os níveis de linfócitos B e T funcionais, decorrente de uma falha na maturação. O tratamento em humanos envolve transplante de medula óssea, inviável na realidade veterinária. 
Caráter A46 ou paraceratose hereditária: Acomete bovinos e é autossômica recessivo. É caracterizada pela hipoplasia tímica e consequentemente uma hipoplasia de linfócitos. Os pacientes adoecem ao desmame e vão apresentar infecções cutâneas graves, como exantema, alopecia, prurido e paraceratose na boca e nos olhos. Se suplementar o animal com zinco (verduras verdes escuras), pode-se resolver parcialmente o problema, uma vez que o timo passará a timulina e permitirá a diferenciação dos linfócitos. 
DEFICIÊNCIAS DE ANTICORPOS: Podem ser deficiências totais ou parciais/ seletivas (produção de IgM, mas não de IgA, por exemplo).
EXEMPLOS
Agamaglobulinemia: Ausência de anticorpos e ausência de linfócito B identificada (linfócito B que não amadureceu, não se transformou em um linfócito produtivo). 
Deficiência seletiva de IgG: O animal normalmente apresenta infecções bacterianas recorrentes, como é o caso de um potro de 3 anos de idade, que fazia infecção recorrente por Salmonella sp. Pode fazer uma hipoglobulinemia transitória de infância quando o leite da mãe começa a ser catabolizado, o animal passa a produzir o seu próprio, mas às vezes, há uma inibição na produção do anticorpo do próprio animal por um residual do anticorpo da mãe. 
Imunodeficiência comum variável: Acomete em sua maioria cavalos adultos. Eles podem fazer uma meningite bacteriana. Representa uma situação em que são observados diferentes níveis de anticorpos.
Secundárias: São adquiridas e envolve fatores ambientais, às vezes iatrogênicos, que podem provoca-las: 1. Vírus/ doença infecciosa da Bursa: Comprometimento do ramo humoral da imunidade. Afeta a Bursa nas aves; também é o caso da cinomose em cães, diarreia viral bovina, retrovírus (HIV) como FIV.
2. Bactérias
3. Parasitos
4. Toxinas ambientais
5. Toxinas de microrganismos
6. Estresse emocional e físico
7. Avitaminoses, carências de vitaminas
8. Desnutrição
TOXINAS AMBIENTAIS: Glifenois, policlorados, policromados, iodo, cádio, mercúrio e conservantes, como timerosado. 
TOXINAS DE MICRORGANISMOS: Micotoxinas e atrotoxinas de fungos, que aumentam a susceptibilidade de salmonelose em aves. 
DESNUTRIÇÃO: Reduz a função da célula T, da atividade fagocítica, conforme o elemento em déficit. 
 AVITAMINOSES E ESTRESSE FÍSICO: Reduzem a função imune, pois aumentam os níveis de esteroides. Isso se aplica a seres humanos e animais. 
Outros: Ferimentos, queimaduras, traumas, cirurgias, desmame precoce, friagem em recém-nascidos, privação do sono, transporte prolongado, tumor São condições que podem provocar um comprometimento do sistema imune.
VÍRUS QUE ACOMETEM O SISTEMA IMUNE: Há destruição das células imunes. Exemplos: Depressão do Sistema Imune: cinomose, panleucopenia felina, febre suína africana, diarreia viral bovina. Estimulação excessiva do Sistema Imune: febre catarral maligna, doença de Marek, leucemia felina e neoplasias.
TERAPIA ANTITUMORAL: Estimulação imune inespecífica, tanto em animais como em humanos, utilizando o BCG (Bacilo de Calmette e Guerin, que é o bacilo da tuberculose). Ele é um potente estimulador dos linfócitos T (necessitada no câncer). Se esse bacilo é administrado via intratumoral, ele vai estimular esse linfócito a debelar (derrotar) esse tumor. 
As citocinas (IL-2, IL-4 e TNF) vão atuar na presença de um tumor. Quando um tumor está disseminado, vão provocar um quadro de caquexia (grau extremo de enfraquecimento), tendo ação pró-inflamatória. 
No descobrimento das células exterminadoras naturais (NK), foi feito um meio de cultura, mantendo a célula NK com as interleucinas 2, então as interleucinas iam multiplicando até ter um número desejado de células, atuando contra o tumor. 
Pode-se tentar utilizar anticorpos monoclonais, isolar essas toxinas ou drogas antitumorais (imunotoxina ou “beijo da morte”). Nesse exemplo se tem um anticorpo monoclonal altamente específico à célula tumoral, ao qual se acopla uma droga. Esse anticorpo se liga à célula do tumor, e essa droga/ toxina age apenas no tumor, sem precisar agredir as demais células (preservando-as). 
Vacinas contra vírus tumorigênicossão utilizados na esfera da medicina veterinária, e no caso de humanos, por exemplo, existe a vacina do papiloma vírus humano (HPV), que induz câncer de colo de útero.

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