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RESUMO PENAL

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Conceito fontes e princípios do direito penal
-Princípio da insignificância ou da bagatela= já que os tribunais vêm entendendo de forma pacífica que o princípio da insignificância ou da bagatela tem incidência no crime de descaminho a divergência diz respeito ao limite do valor do tributo não pago para o STJ tem prevalecido o posicionamento segundo o qual deve ser considerado o valor de r$ 10000 previsto no artigo 20 da Lei 10522/2002 já para o STF que considera como critério o limite estabelecido na portaria 75/2012 O valor é de r$ 20000 de uma forma ou de outra a questão refere-se de fato ao princípio da insignificância já que o valor sonegado pelo enunciado é da ordem de r$ 3500 conferir nesse sentido decisão da nossa corte Suprema; o reconhecimento da insignificância Penal da conduta com relação ao crime de descaminho pressupõe a demonstração inequívoca de que o montante dos tributos suprimidos não ultrapasse o valor de r$ 20000.
- O Presidente da República diante da nova onda de protestos decide por meio de medida provisória criar um novo tipo penal para coibir os atos de vandalismo a medida provisória foi convertida em lei sem impugnações com base nos dados fornecidos: HA Ofensa ao princípio da reserva legal pois não é possível a criação de tipos penais por meio de medida provisória .
-Em branco heterogênea= Norma penal em branco é aquela cujo preceito primário porque um completo necessita ser integralizado por outra Norma do mesmo nível ou de nível diferente na hipótese retratada no enunciado tráfico de drogas esta C a falar da chamada Norma penal em branco heterogênea em sentido estrito na medida em que seu comprimento deve ser extraído de uma Norma infralegal portaria da Anvisa de outro lado Norma penal em branco em sentido lato ou amplo ou homogênea É aquela em que a norma complementar consiste numa lei mesma fonte Legislativa da Norma que há de ser complementada É bom que se diga que a norma penal em branco não fere o postulado da reserva legal e legalidade visto que o seu complemento pode ser encontrado em outra fonte de todos conhecida.
- em relação ao princípio da insignificância: a mínima ofensividade da conduta ausência de periculosidade social da ação o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica constituem para o Supremo Tribunal Federal requisitos de ordem objetiva autorizadores da aplicação do princípio da insignificância= segundo o entendimento jurisprudencial consagrado são requisitos necessários ao reconhecimento do princípio da insignificância; mínima ofensividade da conduta; nenhuma periculosidade social da ação; reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; e inexpressividade da lesão jurídica provocada.
-Acerca dos princípios que limitam e informam o direito penal: a conduta da mãe que autoriza determinada enfermeira da Maternidade a furar a orelha de sua filha recém-nascida não configura crime de lesão corporal por conta do princípio da adequação social= já que a proposição contempla de fato o princípio da adequação social segundo o qual não se pode reputar criminosa a conduta tolerada pela sociedade ainda que corresponde a uma descrição típica é dizer embora formalmente típica porque sumida no tipo penal carece de tipicidade material porquanto em sintonia com a realidade social em vigor a sociedade se mostra nessas hipóteses em diferentes ante a prática da conduta como é o caso da tatuagem também são exemplos: a circuncisão praticada na religião Judaica o furo na orelha para colocação de brinco e etc pelo postulado da insignificância ao qual faz menção enunciado não pode ser considerada atípica a conduta causadora de lesão insignificante ao bem jurídico tutelado pela Norma penal.
-A conduta de João não constitui crime uma vez que o fato é materialmente atípico= já que a conduta praticada por João a despeito de se ajustar ao tipo penal do furto tipicidade formal é Desprovida de tipicidade material por quanto na íntima relevância a lesão produzida r$ 12 é hipótese de incidência do princípio da insignificância crime de bagatela que constitui causa supralegal de exclusão da tipicidade material .
-Com base nos princípios de Direito Penal na CF: o princípio da humanidade Veda as penas de morte salvo em caso de guerra declarada bem como as de caráter Perpétuo de trabalhos forçados de banimento e as cruéis= artigo 5º,XLVII,Da CF pelo princípio da humanidade incumbe ao estado o dever de assegurar ao Os Condenados tratamento Digno e respeito.
- relativamente a jurisprudência do STJ e do STF:
I- segundo o princípio da legalidade a elaboração das normas incriminadoras e das respectivas funções constituem função exclusiva da lei.
II- o estatuto do desarmamento ao estabelecer o prazo de 180 dias para que os possuidores e proprietários de arma de fogo sem registro regularizem a situação ou a se entregar sem a polícia federal criou uma situação peculiar pois durante esse período a conduta de possuir arma de fogo deixou de ser considerada atípica.
III- a missão do Direito Penal moderno consiste em Tutelar os bens jurídicos mais relevantes em decorrência disso a intervenção penal deve ter o caráter fragmentário protegendo apenas os bens jurídicos mais importantes em caso de lesões de maior gravidade.
- é cediço que a pena não pode passar da pessoa do condenado entendimento correspondente ao princípio da: intranscendência= também denominado princípio da personalidade ou da responsabilidade pessoal está inserido no artigo5º,XLV da CF de te ver que o mesmo dispositivo assegura o ofendido a indenização civil e confere ao estado a possibilidade de confiscar o produto do crime obrigações que podem ser estendidas aos sucessores do agente até o limite do valor do patrimônio transferido.
- o princípio da insignificância considera necessária na aferição do relevo material da tipicidade Penal a presença de certos vetores entre os quais não se inclui: expressividade da lesão jurídica provocada= conforme entendimento sedimentado na jurisprudência o reconhecimento do crime de bagatela princípio da insignificância está condicionado a observância de alguns vetores entre os quais a inexpressividade da lesão jurídica provocada além de se devem também estar presentes a mínima ofensividade da conduta a nenhuma periculosidade social da ação e o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento.
- com relação ao princípio da legalidade:
I- tal princípio se aplica as contravenções e medidas de segurança;
II- tal princípio impede a criação de crimes por meio de medida provisória;
III- tal princípio impede incriminação genérica por meio de tipos imprecisos;
IIII-Tal princípio está previsto no texto constitucional vigente.
-Quando o Supremo Tribunal Federal editou súmula vinculante número 11 só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo a integridade física própria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado o fez com base na interpretação de determinados princípios constitucionais do Direito Penal :
I-A República Federativa do Brasil formada pela união indissolúvel dos estados e municípios e do Distrito Federal constitui-se em estado democrático de direito e tem como fundamentos a dignidade da pessoa humana artigo 1º inciso 3º CF;
II- são invioláveis a intimidade a vida privada a honra e a imagem das pessoas assegurado o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação artigo quinto inciso 10 CF;
III- é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
IIII- ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante artigo quinto inciso 3º CF.
- uma garantia judicial constante na convenção americana sobre direitos humanos pacto de São José da Costa Rica que não possuacorrespondente expresso na Constituição de 1988: toda pessoa acusada de delito tem direito de recorrer da sentença ao juiz ou Tribunal Superior= a garantia do duplo grau de jurisdição de fato não está contemplada de forma expressa no texto da Constituição ela decorre no entanto da estrutura que ela Constituição Federal atribuiu ao poder judiciário.
- com relação aos princípios constitucionais de Direito Penal:
I-reza o princípio da reserva legal que não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem prévia cominação legal.
Aplicação da Lei no tempo
-Em razão o aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União pena: detenção de seis meses a três anos e multa foi editada uma lei que passou três ver que entre 20 de agosto de 2015 e 31 de Dezembro de 2015 tal delito artigo 163 parágrafo único inciso 3º do Código Penal passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção João em 20 de dezembro de 2015 destrói as aulas na mente um bem de propriedade da União razão pela qual foi denunciado em 8 de janeiro de 2016 como incurso nas sanções do artigo 63 parágrafo único inciso 3º do Código Penal o julgamento em março de 2016 deverá ser considerada em caso de Condenação à pena de: 2 a 5 anos de Detenção pois a lei temporária tem ultratividade gravosa= a lei temporária ainda que transcorrido o prazo de vigência nela estabelecido será aplicada ao fato praticado durante a sua vigência conforme reza o artigo 3º do CP é bem isso que cê deu no fato narrado no enunciado como João praticou o crime de dano durante o período de vigência da lei que estabeleceu para esse crime pena mais grave o fato será regido por ela mesmo depois de transcorrido o período da vigência da lei é que as leis da vigência temporária tanto as temporadas quanto as excepcionais são Ultra ativas e Auto revogáveis cast com isso dizer que tudo o que ocorreram na vigência de uma lei temporária ou excepcional será por ela regido mesmo que não mais esteja em vigor pois se assim não fosse nenhuma eficácia teria não se aplica as leis de vigência temporária assim o princípio da retroatividade benéfica.
-Considere que determinado agente tenha em depósito durante o período de um ano 300 kg de cocaína considere também que durante o referido período tenha entrado em vigor uma nova lei elevando a pena relativa ao crime de tráfico de entorpecentes, levando em conta o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o tema: deve ser aplicada a lei mais Severa qual seja aquela que passou a vigorar durante o período em que o agente ainda estava com a droga em depósito= por se tratar de crime permanente em que a consumação se prolonga no tempo por vontade do agente a sucessão de leis penais no tempo enseja a aplicação da Lei vigente enquanto não cessado o comportamento ilícito ainda que se trate de lei mais gravosa é esse o entendimento firmado na súmula 711 do STF: a lei penal mais grave aplica-se ao Crime continuado ou ao crime permanente se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou permanência no que toca à viabilidade de um magistrado no caso narrado no enunciado proceder a combinação das duas leis o STJ consolidando o entendimento segundo o qual é vedado a tal combinação editou a súmula 501 que embora se refiram ao crime de tráfico também terá incidência no âmbito de outros delitos: É cabível a aplicação retroativa da Lei 11343/2006 desde que o resultado da incidência das suas disposições na íntegra seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei 6368/1976 sendo vedada a combinação das leis.
-No curso de um delito de sequestro em que a vítima ainda se encontrava privada de sua liberdade sobreveio nova lei penal aumentando a pena prevista no preceito secundário do tipo penal descrito no artigo 148 do CP: aplica-se a lei penal mais grave ou seja aquela cuja entrada em vigor que deu no curso do delito= segundo entendimento firmado na súmula 711 do STF: a lei penal mais grave aplica-se ao Crime continuado ou ao crime permanente se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. cabe relembrar que crime permanente é aquele cuja consumação se protrai no tempo por vontade do agente exemplo sempre lembrando pela doutrina é o crime de sequestro e cárcere privado capitulado no artigo 148 do CP em que a consumação se opera no momento em que a vítima é privada de sua liberdade essa consumação que teve início com a privação da Liberdade da vítima prolonga-se-à no tempo.
-Determinado estado membro da Federação editou lei excepcional em primeiro de março de 2011 criminalizando a conduta de utilizar telefone celular no interior de agências bancárias com base ao fato relatado: é inconstitucional Porque somente a união pode legislar em matéria de Direito Penal= cuida-se de fato de hipótese de inconstitucionalidade visto que cabe à União fonte de produção da lei penal na dicção do artigo 22 inciso primeiro da CF legislar sobre matéria penal.
- acerca da aplicação da lei penal no tempo e no espaço: se um funcionário público a serviço do Brasil na Itália praticar naquele país crime de corrupção passiva artigo 317 do Código Penal ficará sujeito a lei penal brasileira em face do princípio da extraterritorialidade= nos termos do que dispõe o artigo sétimo inciso 1º alínea C do CP.
- ainda de acordo com o que dispõe o CP: a lei excepcional ou temporária Embora tenha decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram aplica-se aos fatos praticados durante a sua vigência= artigo 3º do CP.
- sobre a aplicação da lei penal e da Lei processual penal:
I- atos processuais realizados sob a vigência de lei processual anterior são considerados válidos mesmo após a revogação da lei;
II- as normas processuais tem aplicação imediata ainda que o fato que deu origem ao processo seja anterior à entrada em vigor dessas normas;
III- lei penal que substitua outra e que favoreça o agente aplica-se aos fatos anteriores à sua entrada em vigor ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
-Com relação à aplicação da lei penal:
I- a lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado;
II- ocorre o abolitio criminis quando a lei nova deixa de considerar determinado fato como crime ocasionando a extinção da punibilidade ocorridos anteriormente a edição da lei nova.
III- ficam sujeitos a lei brasileira embora cometidos no estrangeiro os crimes contra a administração pública por quem estiver a seu serviço.
Aplicação da Lei no espaço 
-Revoltado com a conduta de um ministro de estado Mário se esconde no interior de uma aeronave pública brasileira que estava a serviço do governo e no meio da viagem já no espaço aéreo equivalente ao Uruguai desfere cinco facadas no Ministro com o qual estava insatisfeito vindo a causar-lhe lesão corporal gravíssima, com base na lei penal brasileira: Mario poderá ser responsabilizado segundo a lei brasileira com base no critério da territorialidade= aeronaves e também embarcações brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que estejam são considerados por força do que dispõe o artigo quinto parágrafo 1º do CP território brasileiro por equiparação ou extensão impedindo assim o princípio da territorialidade.
- no ano de 2005 Pierre jovem francês residente na Bulgária atentou contra a vida do então presidente do Brasil que na ocasião visitava o referido país devidamente processado segundo as leis locais Pierre foi absolvido considerando os dados descritos é correto: é aplicável a lei penal brasileira pois o caso narrado traz hipótese de extraterritorialidade incondicionada sendo irrelevante o fato de ter sido o agente absolvido no estrangeiro= pela disciplina estabelecida no artigo sétimo inciso 1º alínea a do CP embora cometidos no estrangeiro o crime praticado por Pierre ficará sujeito a lei penal brasileiraainda que absolvido ou condenado no país em que o fato se deu Bulgária Estamos diante da incidência extraterritorial da lei penal brasileira que em Face da qualidade do sujeito passivo do delito presidente da república opera-se de forma incondicionada já que a lei brasileira neste caso será aplicada independentemente de qualquer condição sendo irrelevante além disso a nacionalidade do sujeito ativo.
- John cidadão inglês Capitão de uma embarcação particular de bandeira americana é assassinado por José cidadão brasileiro dentro do aludido barco que se encontrava atracado no porto de Santos no Estado de São Paulo nesse contexto é correto afirmar que a lei brasileira: é aplicável uma vez que a embarcação estrangeira de propriedade privada estava atracado em território nacional= é fácil do que estabelece o artigo quinto parágrafo segundo do CP aos crimes praticados a Bordo de embarcações estrangeiras de natureza privada será aplicada a lei brasileira República a embarcação por ser considerada extensão do território do país de origem Deverá incidir a legislação deste artigo quinto parágrafo 1º do CP.
- acerca da pena cumprida no estrangeiro e da eficácia da sentença estrangeira: é possível a homologação pelo STJ de sentença penal condenatória proferida pela justiça de outro país para obrigar o condenado residente no Brasil a reparação do dano causado pelo crime que cometeu= cuida-se da previsão do Artigo 9 inciso 1º do CP sendo a competência para a referida homologação do STJ.
- o código penal brasileiro: quanto ao lugar do crime adotou a teoria mista ou da ubiquidade= quanto ao lugar do crime O Código Penal em seu artigo sexto acolheu de fato a teoria mista ou da ubiquidade Pois é considerado o lugar do crime tanto o local em que foi praticado a conduta quanto aquele no qual o resultado foi produzido.
- relativamente ao tema da territorialidade e extraterritorialidade:I- ficam sujeitos a lei brasileira embora cometidos no estrangeiro os crimes contra a administração pública por quem está a seu serviço= artigo sétimo inciso I alínea C do CP.
- O local que não é considerado como extensão do território nacional para os efeitos penais: aeronaves ou embarcações brasileiras mercantes ou de propriedade privada quando em território estrangeiro desde que o crime Figure entre aqueles que por tratado ou convenção o Brasil se obrigou a reprimir= artigo 500 do CP incide aqui o princípio da territorialidade segundo o qual a lei penal tem aplicação no território do estado que a editou.
Classificação dos crimes
- omissivo impróprio= Isadora por ser mãe de Larissa tem o dever jurídico imposto pelo Artigo 13 parágrafo 2º do CP de protegê-la e mantê-la a salvo de tudo e qualquer perigo e assim sendo tinha no caso descrito no enunciado a obrigação de intervir e fazer cessar a agressão sexual perpetrada por seu companheiro contra sua filha fala que aqui em crime omissivo impróprio comissivo por omissão já que a genitora podendo agir omitiu-se e com isso contribuiu para o crime de e****** que reiteradamente vinha sendo praticado por Frederico pelo qual vem por isso deverá juntamente com este responder nesse caso e****** de vulnerável artigo 217-a CP perceba que esta modalidade de crime omissivo pressupõe a sua consumação a produção de resultado naturalístico conjunção carnal o que não ocorre no chamado crime omissivo puro cuja consumação se dá com a mera obstenção do agente independentemente de qualquer resultado Outra coisa o tipo penal da omissão imprópria descreve uma conduta comissiva e****** neste caso que diante da ocorrência de uma das hipóteses previstas no Artigo 13 parágrafo 2º do CPC gerar a responsabilidade do Agente já não omissão própria o tipo penal contempla uma conduta omissiva É bom que se diga a demais que em razão da idade da vítima Que contava com 12 anos sendo por isso vulnerável pouco importa se sentiu ou não para o ato sexual.
-em relação à classificação das infrações penais: no crime comissivo por omissão o agente responde pelo resultado e não pela simples omissão uma vez que esta é o meio pelo qual a gente produz o resultado= no crime omissivo impróprio comissivo por omissão o agente deixa de evitar o resultado que podia ou devia ter evitado sua obrigação está consubstanciada no artigo 13 parágrafo 2º do CP.
- constitui crime omissivo próprio: o abandono intelectual= crime omissivo próprio ou puro é aquele cuja consumação se dá com a mera abstenção do agente não se exige a produção de resultado naturalístico O Delito de abandono intelectual artigo 246 do CP perfaz no instante em que os pais deixam de tomar as providências necessárias para proporcionar a instrução primária os filhos no tipo tipo penal que não exige resultado naturalístico descreve no que consiste a omissão do agente o seu não fazer.
- acerca da classificação dos crimes: o crime é qualificado quando ao tipo básico ou fundamental O legislador agrega circunstâncias que levam algumas horas apenas tal como ocorre com o homicídio= 16 qualificado crime quando a lei insere circunstâncias que levam a pena em abstrato.
- acerca do Direito Penal: o princípio da consunção pressupõe a existência de um nexo de dependência das condutas ilícitas para que se verifique a possibilidade de absorção da menos grave pela mais danosa= aplicar-se-á o princípio da consunção há situações em que o cometimento de um crime chamado de crime meio constitui a fase de realização de outro crime fim nesse caso o fato menos grave restará absorvido pelo mais grave hipóteses de incidência do princípio crime progressivo e progressão criminosa e crime complexo.
- com relação ao sujeito ativo do crime é incorreto: crime de mão própria é aquele que só pode ser praticado diretamente pelo sujeito ativo não admitindo se quer a coautoria ou a participação= de fato o crime de mão própria exige que o sujeito ativo prática e pessoalmente a conduta descrita no tipo penal embora nesta modalidade de crime não caiba a coautoria é perfeitamente possível concurso de pessoas na modalidade participação exemplo sempre lembrando é o do falso testemunho em que o advogado induz a ou extingue a testemunha a mentir em juízo ou na polícia.
-é correto afirmar que:
I- o exame do direito positivo é a metodologia indicada para promover a distinção entre crime e contravenção penal posto que não há diferença ontológica entre ambos.
II- segundo dispõe O legislador penal crime a infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou de Detenção quer isoladamente quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa contravenção é a infração penal a que a lei comina isoladamente pena de prisão simples ou multa ou ambas alternativa ou cumulativamente.
Fato típico e tipo penal
-Carlos presta serviço informal como salva-vidas de um clube não sendo regularmente contratado apesar de receber uma gorjeta para observar os sócios do clube na piscina durante toda a semana em seu horário de serviço com várias crianças brincando na piscina fica observando a beleza física da mãe de uma das crianças e ao mesmo tempo falando no celular com amigo acabando por ficar de costas para a piscina nesse momento uma criança venha a falecer por afogamento fato que não Foi notado por Carlos sobre a conduta de Carlos diante da situação narrada: deve responder pelo crime de homicídio culposo diante de sua omissão culposa violando o dever de garantidor= Carlos podendo e devendo agir para evitar a morte da criança já que fora contratado para zelar pela segurança dos banhistas do clube acaba por se distrair e não percebe que uma criança se afoga devendo responder na forma estatuida no Artigo 13 parágrafo segundo alínea B do CPP pelo crime de homicídio culposo uma vez que assumiu na qualidade de garantidor a responsabilidade de impedir o resultado a sua obrigação perceba não decorre de lei tal como a dos Pais em relação aos filhos bem assim a tutores em relação aos tutelados mas sim de uma situação fática.
- Wallace hemofílico foi atingidopor um golpe de faca em uma região não letal do corpo Júlio autor da facada que não tinha dolo de matar mas sabia da condição de saúde específica de Wallace sai da cena do crime sem desferir outros golpes estando Wallace ainda vivo no entanto algumas horas depois Wallace morre pois apesar de a lesão ser em local não letal a sua condição fisiológica agravou o seu estado de saúde acerca do estudo da relação de causalidade: o fato de Wallace ser hemofílico é uma causa relativamente independente mente pré-existentes e Júlio não deve responder por homicídio culposo mas sim por lesão corporal grave seguida de morte= peluciado resta claro que Júlia o golpe Wallace não desejava a sua morte queria apenas e tão somente lesional tanto é assim que a lesão produzida pela facada desferida por Júlio foi a região não letal não é o caso portanto de importar e o resultado morte a título de dolo homicídio doloso de outro lado embora não quisesse a morte de Wallace ao atingi-lo Júlio conheci a sua condição de hemofílico bem por isso é o caso de imputar lhe o resultado morte mas não a título de dolo ele não o quis tão pouco assumir o risco de produzi-lo mas sim a título de culpa uma vez que tal desdobramento era previsível sendo assim lesão corporal resultado perseguido seguida da Morte resultado produzido a título de culpa crime previsto no artigo 129 parágrafo 3º do CP.
- Paula Com intenção de matar Maria desfere contra ela quinze facadas todas na região do tórax cerca de duas horas após a ação de Paula Maria vem a falecer todavia a causa Mortis determinada pelo auto de exame cadavérico foi envenenamento posteriormente soube-se que Maria nutria intenções Suicidas e que na manhã dos fatos havia ingerido veneno: fala responderá por tentativa de homicídio= não é possível imputar a Paula responsabilidade pela morte de Maria é que embora esse resultado fosse desejado por ela Paula a sua ocorrência decorreu de circunstância absolutamente Independente da sua conduta 15 facadas isso é o evento morte nesse caso teria ocorrido de qualquer maneira uma vez que Maria que tinha intenções Suicidas já havia antes de ser copiada por Paula ingerido veneno que depois se soube veio a causar a morte pelo que fez Paula há de ser responsabilizada por tentativa de homicídio o enunciado não deixa dúvidas quanto ao propósito de Paula que era de ver Maria morta 16 que a ingestão do veneno configura concausa absolutamente independente mente Presidente já que a sua ocorrência é anterior à conduta de Paula e independentemente porque a causa que deu origem ao resultado não se originou na Conduta do agente.
-Odete e diretora de um orfanato Municipal responsável por oitenta meninas em idade de dois a onze anos certo dia Odete vê Elisabeth uma das recreadoras contratada pela prefeitura para trabalhar na Instituição praticar ato libidinoso com Poliana criança de 9 anos que ali estava abrigada mesmo enojada pela situação que presenciava Odete achou melhor não intervir porque não desejava criar qualquer problema para si: Odete pode ser responsabilizada pelo crime de e****** de vulnerável previsto no artigo 217-a do CP verbis ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos= a omissão de Odete e diretora do orfanato em que se encontrava a brigada com a Poliana menor com 9 anos de idade equivale a uma ação isso porque nessa qualidade Odete tinha o dever imposto pelo Artigo 13 parágrafo 2º do CP de cuidado e proteção em relação a Poliana deixando a salvo de toda e qualquer ameaça o perigo deveria pois agir para impedir a prática libidinosos da Qual foi vítima Poliana se nada fez a de ser responsabilizada pelo mesmo crime em que incorreu Elizabeth e****** de vulnerável artigo 217-a CP é hipótese de omissão imprópria também chamada de impura ou delito comissivo por omissão nessa modalidade imprópria de omissão o agente podendo nada faz para evitar a prática de crime que é na sua essência é comissivo pressupõe conduta positiva um fazer como é o caso do e****** do homicídio etc nesse caso o agente não toma parte na conduta de forma direta mas devendo e podendo agir para impedir o resultado nada facilmente se afastasse assim a prática de crime de omissão de socorro artigo 135 CP que é típico exemplo da omissão própria em que a conduta do agente consiste em abster-se esta descrita no tipo penal a consumação nesses crimes que opera por isso com a mera abstenção Diferentemente na omissão imprópria a consumação do crime cuja descrição legal corresponde a uma ação condiciona-se a produção do resultado naturalístico previsto no tipo penal Note que a omissão imprópria não se encontra em tipos específicos sendo a tipicidade gerada por extensão. 
-Jane dirigindo seu veículo dentro do limite de velocidade para a via ao efetuar manobra em uma rotatória acaba abalroando o carro de Lorena que desrespeitando as regras de trânsito ingressou na rotatória enquanto Jane fazia a manobra em virtude do abalroamento Lorena sofreu lesões corporais: Jane não pode ser responsabilizado pelo resultado Com base no princípio da confiança= a Jeane não poderão ser atribuídas às lesões corporais experimentados por Lorena porque dela Jane não se pode exigir a previsão de ações descuidadas e terceiro princípio da confiança.
- João Com intenção de matar efetua vários disparos de uma arma de fogo contra Antônio seu desafeto ferido Antônio e internado em um hospital no qual vem a falecer não em razão dos ferimentos mas queimado em um incêndio que destrói a enfermaria em que se encontrava o crime pelo qual João será responsabilizado: homicídio tentado= João agindo com animus necandi efetuou vários disparos contra seu desafeto Antônio quê ferido foi socorrido e internado em hospital até aqui temos que a conduta de João configura o crime de tentativa de homicídio sucede que uma vez no hospital local é quem se encontrava tão somente em razão do crime de que foi vítima Antônio vem a falecer não em consequência dos ferimentos que lhe causaram os projéteis disparados por João mas em razão de um incêndio ocorrido na enfermaria do Hospital o incêndio no qual decorreu a morte de Antônio constitui causa superveniente relativamente independente que por si só o resultado o nexo causal nos termos do Artigo 13 parágrafo 1º do CP é interrompido a imprevisibilidade João por isso responderá por homicídio na forma tentada .
-José conversava com Antônio em frente a um prédio durante a conversa José percebe que João do Alto do edifício jogará um vaso mirando a cabeça de seu interlocutor assustado e com o fim de evitar a possível morte de Antônio José o empurra com força Antônio cai e na queda fratura o braço do Alto do prédio João vê a cena e fica irritado ao perceber que pela atuação rápida de José não conseguirá acertar o vaso na cabeça de Antônio :O resultado não pode ser imputada José ainda que entre a lesão E sua conduta exista nexo de causalidade= ainda que presente o nexo da causalidade entre a conduta e o resultado produzido a lesão corporal experimentada por António não pode ser imputada a José que assim agiu para preservar a integridade física da vítima. 
-Acerca da imputação objetiva é correto afirmar que Maquiavel: não pode ter o fato imputado assim pois com sua conduta não incrementou o risco já existente= embora reprovável a conduta de Maquiavel não poderá ser responsabilizado Por que o resultado letal teria ter verificado de qualquer modo é dizer ainda que tivesse providenciado a limpeza dos pelos de cabra o resultado do mesmo jeito teria sido produzido sua conduta não gerou tão pouco incrementou o risco já existente.
- Ana e Bruna desentenderam-se em festividade na cidade onde moram e Ana sem intenção de matar mas apenas de lesionar atingiu levemente com uma faca o braço esquerdo de Bruna a qual ao ser conduzida ao hospital para tratar o ferimento foi vítima de acidente de automóvel vindo a falecer exclusivamente em razão do traumatismo craniano acerca dessa situação hipotéticaé correto afirmar a luz do CP que Ana: deve responder apenas pelo delito de lesão corporal= o acidente de automóvel do qual resultou a morte de Bruna constitui conforme reza o artigo 13 parágrafo 1º do CP causa superveniente relativamente independente que tem o condão de romper o nexo causal fazendo com que ano a responda tão somente pela lesão corporal embora o acidente automobilístico tenha sido gerado pela lesão experimentada por Ana causas relativamente Independentes ele acidente foi capaz por si só de produzir o resultado.
- quanto as formas de exteriorização Da conduta típica: apropriação de coisa achada é delito de Conduta omissiva e comissiva ao mesmo tempo= diz-se que o crime do artigo 169 inciso 2º do CP apropriação de coisa achada é ao mesmo tempo de Conduta omissiva e comissiva por quanto a consumação se opera com a não devolução da coisa ao proprietário ou a não entrega a autoridade dentro do prazo de 15 dias omissão não Bastando a consumação do delito o encontro da res esta deve portanto vir acompanhada da inércia do agente.
- com relação ao estudo da teoria do crime é incorreto: os crimes omissivos se dividem em próprio é impróprio não se admite a tentativa em qualquer deles= incorreta se é verdade de um lado que o crime omissivo próprio não admite modalidade tentada é incorreto dizer o mesmo em relação a omissão imprópria uma vez que neste caso o conatus É admitido Vale lembrar que são crimes cuja consumação está condicionada a produção de resultado naturalístico diferente da omissão própria em que a consumação se dá com a mera abstenção do agente Independente de qualquer resultado posterior.
-É verdade que o salva-vidas tem o dever jurídico imposto pelo Artigo 13 parágrafo 2º do CP de agir sempre que alguém corre risco em uma piscina ou mesmo no mar deve portanto fazer gestões para impedir o resultado letal ocorre que o salva-vidas nesse caso por ter ido um pouco além do seu horário de almoço não estava no local de trabalho no momento em que uma criança se afogou só se poderia falar em crime omissivo impróprio comissivo por omissão se houvesse por parte de Carlos Cristiano a contratação da situação de perigo afogamento seguida de omissão não é o caso o fato é que o salva-vidas não estava no local dos fatos para se omitir e dessa forma dar ensejo ao resultado naturalístico ademais disso a criança não estava sozinha então Carlos não cometeu nenhum crime.
Crimes dolosos culposos e preterdolosos
-Pela narrativa é possível afastar de pronto a ocorrência do dolo direto é o que restou claro que a intenção de Vilson não era a de provocar a morte do pedestre Que por sinal nem conhecia pois bem da mesma forma que fizemos com o dolo direto há de se afastar a culpa inconsciente uma vez que o resultado que poderia redundar a sua conduta foi antevisto: atropelamento do qual resultou a morte do pedestre. assim restam ou dolo eventual e a culpa Consciente e dolo eventual a postura do agente em relação ao resultado é de indiferença É verdade que nessa modalidade de dolo a sua vontade não é dirigida ao resultado morte nesse caso mas provendo a possibilidade de ele resultado ocorrer revela-se indiferente e dá sequência a sua empreitada assumindo o risco de causar em outras palavras ele não o deseja Mas se acontecer Aconteceu não foi isso que aconteceu na narrativa acima muito embora tivesse a previsão do resultado ofensivo sua postura não foi indiferença

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