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Aula 1 - Introdução a Nutrição Animal

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA –UFU
Instituto de Ciências Agrárias - ICIAG
INTRODUÇÃO À NUTRIÇÃO ANIMAL
Profa. Dra. Adriane Andrade
Introdução
A exploração dos animais domésticos é feita quase na sua totalidade visando um interesse econômico.
Somente o uso de técnicas apuradas podem auxiliar na produção economicamente equilibrada em quantidade e qualidade.
As bases da produção
Genética
Higiene e Manejo
Alimentação
Genética: confere ao indivíduo potencial intrínseco que é o ponto de partida para o desempenho de toda e qualquer função.
À medida que cresce a especialização genética, cresce também a necessidade de mais perfeita nutrição e alimentação para aproveitar este potencial genético.
A higiene e o manejo: fornecem, ao lado da genética o ponto de partida às condições básicas, prevenindo as enfermidades e dando condições de higidez para à criação animal.
Sem alimentação convenientemente equilibrada não se atinge o objetivo econômico.
60 a 80% dos custos de criação estão correlacionados à alimentação.
Alimentação RACIONAL
Tem como objetivo fornecer a um indivíduo ou a um grupo, os alimentos capazes de manter a vida e assegurar, nas melhores condições de rendimento, a elaboração da produção que o homem pretende de um animal .
Nutrição
O problema da alimentação ou arraçoamento tem por base o conhecimento das necessidades nutritivas do organismo, em função de sua espécie, de sua idade, de seu sexo, de suas produções.... 
É um problema de ordem teórica.
Separação dos alimentos
Quais ingredientes estão na ração????
O que os técnicos tem que pensar?
Temos que pensar em termos de nutrientes antes de pensar nos alimentos que os integram.
Atualmente podemos dizer que o nutrientes consistem em 12 aminoácidos essenciais e suas inter-relações com os demais, 17 vitaminas, 15 ou mais minerais, ácidos graxos, glicídios e fatores ainda não identificados.
Quantidade e proporção de alimentos
Os nutrientes tem de ser administrados de tal forma , proporção e dosificação, que nutram adequadamente o animal em questão.
Há um paradigma entre as necessidades nutritivas teóricas e as necessidades reais.
Formular rações e regimes alimentares.
Pontos importantes:
Os alimentos não devem conter substancias nocivas.
Devem ser adaptados às particularidades anatômicas e funcionais dos animais aos quais são destinados, particularmente muito diferentes de uma espécie para outra.
Em cada espécie a alimentação deve estar em acordo com a capacidade de utilização de cada indivíduo
 A escolha dos alimentos é igualmente orientada pelas considerações de ordem econômica; possibilidade de reabastecimento, custos de alimentos, que colocam em questão o aspecto da produção e a distribuição dos alimentos.
O animal doméstico é um transformador de produtos não utilizáveis ou dificilmente utilizável pelos homens.
Ex: farelos de soja, farinhas, palhadas.
Alimentos: conceitos
Tudo o que é capaz de reparar a perda das partes sólidas ou fluidas de nosso corpo (corpo animal) merece o nome de alimento. (Lémery)
O alimento é uma substância tomada de um meio exterior, necessária à manutenção dos fenômenos do organismo vivo e a reparação das perdas do mesmo organismo. (Claude Bernard)
Chama-se de alimento tudo o que leva ao organismo a matéria e a energia que lhe são necessárias. (Dastre)
Todas estas definições, no entanto, são imperfeitas, pois levam a concluir a existência de substancias que, tomadas individualmente, são capazes de manter a vida, o que é o mesmo que admitir a existência de alimentos completos. 
Não existem alimentos naturais completos
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Qual seria um alimento completo?
R: Leite materno e ovo
Atendem ao conceito de alimento completo?? 
Eles suprem as necessidades vitais de um estágio da vida. Como a primeira infância dos mamíferos e os embriões das aves.
CONCEITO: ALIMENTO
Alimento é uma substância que, consumida por um indivíduo, é capaz de contribuir para assegurar o ciclo regular de sua vida e a sobrevivência da espécie à qual pertence.
Consideração:
Uma determinada substância pode ser alimento para um animal ou para uma dada espécie, mas pode deixar de ser alimento para um outro animal ou outra espécie.
Valor nutricional
O valor nutricional de um determinado alimento não é uma característica imutável em si, ela depende da composição e de características dos animais em aproveitar aquele alimento.
MILHO - CONCENTRADO
Classific.
Max. água %
E.D kcal/kg
1
12,8
3630
2
14,8
3545
3
16,5
3475
4
18,8
3380
5
21,5
3265
Milho
Fonte: Peixoto (1988)
19
MILHO
Espécie
EM
Kcal/kg
PB
%
Lis
%
Met+Cis
%
Pdisp.
%
Ca
%
Aves
3381
7,19
0,24
0,36
0,08
0,03
Suínos
3340
6,73
Milho
Baixo teor protéico: 9% PB, pobre em Lisina
 Fonte: Rostagno (2005).
Coef. digest. diferente para as espécies!
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Farelo de soja
Farelo de soja: concentrado
Espécie
EM
Kcal/kg
PB
%
Lis
%
Met+Cis
%
Pdisp.
%
Ca
%
Aves
2256
45
2,77
1,27
0,21
0,24
Suínos
3154
45
Fonte: Rostagno (2005)
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FARELO DE SOJA
ANFAR (1992): variação de 0,05 a 0,30, para o farelo de soja.
Farelo de soja
Teste da atividade ureática: verificar indiretamente a eficiência do trat. térmico em inativar fatores antinutricionais.
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Relação entre os aspectos químicos e físicos dos alimentos
O volume específico de cada alimento é variável , assim se medirmos um litro de farinha de feno de alfafa ou de outra forrageira, veremos que o peso deste volume é muito inferior ao peso de um litro de milho grão. E mesmo dentre o mesmo alimento, veremos que as diferenças de umidade faz com que o mesmo alimento tenha MS diferenciada.
Importância de peso, volume e composição nutricional
Pode-se considerar que cada alimento deve ser avaliado para cada espécie, e deve-se relacionar o teor de nutrientes (composição química), com o peso específico (massa) e volume.
No que se refere ao volume dos alimentos, o principal fator está ligado ao teor do mesmo em celulose: quanto maior o teor de celulose (ou lignina), menor será a densidade do alimento e maior sua limitação em nutrientes. (com exceção para herbívoros ruminantes)
Os animais ingerem alimentos para satisfazer suas necessidades nutricionais.
A ingestão está condicionada em diversos fatores, principalmente a necessidade energética no tocante aos aspectos nutricionais mas, fisiologicamente, também está condicionada pelo volume do alimento ingerido, sendo a capacidade do aparelho digestivo diferente para as várias espécies.
O valor nutritivo de um alimento depende do seu teor de MS
Alimento
Água (umidade) Massa seca
Matéria orgânica matéria mineral
Ampliando o esquema de composição química dos alimentos
Alimento
Agua MS
Matéria Orgânica Matéria mineral
Glicídeos Lipídeos Macro micro
 Proteínas Vitaminas
Princípios nutricionais brutos
Teor de água ou umidade (U)
Realiza-se a pesagem de uma amostra conhecida com umidade natural (p1) e após leva-se a estufa de ventilação forçada a 105°C por aproximadamente 6 horas e realiza-se nova pesagem (p2) essa determinação nos dá o valor de Massa seca rápida. 
Avaliação de extrato etéreo (EE)
Com a massa seca rápida realiza-se uma extração com solventes orgânicos (éter) durante aproximadamente 6 a 18 horas e é extraído a fração lipídeos totais.
Fibra Bruta (FB)
Com a mesma amostra que foi determinado o EE, realiza-se a digestão ácido-base, sendo o produto resultante a celulose e lignina.
Proteína Bruta (PB)
Com digestão de ácido sulfúrico realiza-se a determinação da proteína bruta.
Matéria mineral (MM)
Pega-se o resíduo das amostras e submete-se a forno mufla a 600 °C, para incineração de toda a matéria orgânica. Obtendo-se as cinzas as quais representam toda a fração mineral do alimento.
De maneira simples apresentou-se as determinações de:
U + EE + FB + PB + MM
A grosso modo tem-se uma classificação do alimento.
Classificação
dos Alimentos
Alimentos volumosos (não concentrados)
Engloba todos os alimentos de baixo valor energético (energia utilizável) por unidade de peso, principalmente em virtude de seu elevado teor de fibra bruta ou em água.
Todos os alimentos que possuem mais do que 18% de fibra bruta são considerados como alimentos volumosos.
Volumoso
1- Forragens secas
Fenos
Palhas
Outros produtos com mais de 18% de FB tais como cascas de sementes, etc.
2 -Forragens aquosas
Silagens
Pastagens
Raízes e tubérculos
Os alimentos volumosos constituem a base da alimentação dos herbívoros, principalmente dos ruminantes, cuja grande capacidade do aparelho digestivo permite a ingestão de grandes volumes de alimentos e notadamente em função da flora microbiana do rúmen, capaz de desdobrar a celulose fornecendo energia.
Já em monogástricos a FB limita a obtenção de energia, pois esses animais não possuem no suco gástrico enzimas capazes de hidroliza-las, a FB funciona mais como auxiliar na formação do bolo fecal, melhorando o transito de alimentos pelo intestino
Alimentos Concentrados
São todos os alimentos que contêm alto teor em energia utilizável por unidade de peso,graças a um elevado teor em amido, gorduras, e um baixo teor em fibra bruta. Também nesse grupo estão os alimentos com alto teor de proteína.
Subdividem-se em: Alimentos básicos (alimentos com menos de 16% a 18% de PB) e suplementos protéicos (alimentos com mais de 20% de PB)
Alimentos : Classificação
Classificação em função do conteúdo energético e também do teor de fibra:
Concentrado (< 18% F.B)
Alimentos concentrados
Energéticos (< 16% P.B.)
Protéicos (> 20% P.B.): origem vegetal ou animal
2. Volumoso (> 18% F.B.)
3. Outros 
Portadores de vitaminas
 Portadores de minerais 
e outros como AA´S, etc.
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Os alimentos concentrados em virtude do seu elevado valor energético ou proteíco, adaptam-se melhor aos monogástricos e devem ser utilizados para os ruminantes mais como suplementação energética e protéica aos volumosos.

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