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1
OS LIPÍDIOS NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL
1. INTRODUÇÃO
 Alimentos de origem vegetal ou animal;
 Substâncias pouco solúveis em água, mas solúveis em
solventes orgânicos (éter, clorofórmio e benzeno);
Na análise de rotina  fração de extrato etéreo;
 Van Soest (para forragens)  fração do conteúdo celular
Contém C, H e O com + C e H em proporção ao oxigênio do
que os Glicídios
2. FUNÇÕES:
2.1 - Reserva
Mobilizados, transformados em outras substâncias ou catabolizados, fornecendo
9,45 kcal/g  completamente oxidados.
2.2 - Estrutural
Não são oxidados para fornecimento de energia (situações de carência), mas podem
ser utilizados para produção de outras substâncias.
2
NO ORGANISMO DESEMPENHAM ALGUNS PAPÉIS:
• Fornecem 2,25 x mais energia do que CHO e proteínas;
• Fontes de AGE;
• Precursores de algumas substâncias essenciais à vida;
• Auxiliam absorção de vitaminas e outras substâncias lipossolúveis;
• Graças a relação estrutural muito ampla entre o conteúdo de H e O, podem
fornecer + água no catabolismo do que seu peso  reservatório de água
(importante para animais hibernantes)
• Isolante;
• Localizam-se entre as fibras musculares e tornam a carne mais macia e
saborosa;
• Melhoram a aceitação de algumas rações ;
• Diminuem a pulverulência das rações
3
3. CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDIOS
3.1 – LIPÍDIOS SIMPLES: São ésteres de ácidos graxos com certos álcoois
(glicerol, colesterol e cetílico):
Triglicérides: gorduras e banhas  sólidos, semi-sólidos ou plásticos à
temperatura ambiente
óleos líquidos à temperatura ambiente
sebos produzido pelos animais (sólido: pouco palatável)
graxa animal  substância lipídica, temperatura de fusão <
40o.C, exceto manteiga.
As gorduras, óleo e sebo têm grande importância e extenso uso tanto na
alimentação humana como na animal
Esteróides neutros  precursores dos hormônios sexuais, vitamina D e
ácidos biliares
Ceras  revestimento protetor natural de folhas, frutos, insetos, penas,
pêlos. Em nutrição, não são atacadas pelas enzimas digestivas, usadas
como “envelopes” para medicamentos ou outras substâncias que não
podem ser degradas no estômago.
4
3.2 – FOSFOLIPÍDIOS: importantes elementos estruturais da parede
celular; essenciais para o transporte, absorção e metabolismo de ácidos
graxos, sódio e potássio; participam da coagulação sanguínea e
reservatório de AGE e de fosfatos.
3.3 – GLICOLIPÍDIOS: Compostos de ácidos graxos + glicídios
3.4 – TERPENÓIDES: Carotenos, Carotenóides e Vitamina A
3.5 LIPOPROTEÍNA: Proteínas e Lipídeos encontradas na corrente
sanguínea que tem como função transportar e regular o metabolismos de
lipídios na linfa ou no plasma sangüíneo: Estão nos glóbulos de gordura da
gema do ovo, do leite ....
Fração protéica: Apoproteína;
Fração Lipídica:Quilomícron transporta o triglicéride exógeno;
VLDL transporta o triglicéride endógeno;
IDL formado na transformação VLDL em LDL
LDL transporta o colesterol;
HDL retira o colesterol da circulação
5
4. ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS
Existem ácidos graxos que o organismo do animal não é capaz de sintetizar,
mas que são indispensáveis e, por essa razão, devem estar contidos na
ração.
Alguns autores consideram 3: α-linolênico, linoléico e aracdônico
E outros consideram:
Ácido graxo nutricionalmente essencial linoléico e
Ácido graxo metabolicamente essencial aracdônico
O ácido aracdônico pode ser sintetizado desde haja ácido linoléico presente
em quantidade suficiente na dieta
Ácido Linoléico e Aracdônico possuem em comum = ligação entre os C 6 e 7
(série ômega 6 – Ω6)
Ácido Linolênico possui = ligação entre os C 3 e 4 (série ômega 3 – Ω3)
Estudos mostram que maior crescimento e melhor eficiência alimentar ocorre
quando 2 a 3% da energia da dieta são fornecidas por ácido linoléico.
6
5. AGE PARA CÃES E GATOS
Como a maioria dos outros mamíferos, os cães são capazes de
satisfazer a sua necessidade de ácidos graxos da série Ω6 tendo uma
fonte adequada de ácido linoléico.
 Entretanto os gatos são deficientes na enzima (delta-6-dessaturase)
que converte ácido Linoléico em Aracdônico no fígado.
Para a dieta de cães o ácido linoléico deve estar presente, mas, para
gatos, ambos devem estar presentes.
Praticamente todos os alimentos têm os ácidos linolênico e linoléico
(aracdônico  qtidades significativas em gorduras animais)  principal
função da gordura é de fornecer energia.
Ácido graxos são essenciais ou não
Discussão Acadêmica
7
Os AGE  na pele são encontrados, principalmente nos fosfolipídios da
membrana celular.
A insaturação desses ácidos dá as membranas a fluidez suficiente para
que possam ocorrer as alterações de conformação das células
Os AGE da série ômega 3 (linolênica) são altamente insaturados, o que
confere papel importante nesta fluidez
São particularmente importantes no sistema neural, onde a fluidez da
membrana é essencial para o início e propagação dos impulsos elétricos
Estudos recentes mostraram  melhor eficiência alimentar e crescimento
ocorrem quando 2 a 3% da energia da dieta são fornecido por ácido
linoléico
8
6. USO DE LIPÍDIOS NA DIETA DE CÃES E GATOS
O uso de gorduras nas rações desses animais inclui o atendimento
obrigatório das necessidades por gorduras e nutrientes lipossolúveis
(vitaminas A, D, E e K) e AGE, assim como para outros mamíferos.
Entretanto, não é dada a mesma ênfase ao valor energético quando
comparados aos animais de produção. Para cães e gatos, é dada
importância toda especial à propriedade de palatabilizante das gorduras e
à função dos AG de proteção à pele.
Cães 50g gordura contendo 10g de ácido linoléico/dia
Fornecimento diminui problemas dermatológicos
Gatos 90g com 10g de ácido linoléico/dia e 1g de ácido aracdônico/dia.
Além disto, necessitam de 1,5mg de retinol (10.000UI de vitamina A), pois
não são capazes de sintetizá-la a partir dos carotenos.
Predileção por gorduras de origem animal  boi e frango
9
O que acontece se apenas o Ácído Linoléico for incluído na dieta de gatos?
 Machos desenvolvem trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas
no sangue);
 Fêmeas não parem filhotes que sobrevivam.
A deficiência em Ácido Aracdônico pode provocar:
1) Pequeno aumento do conteúdo lipídico do fígado;
2) Ligeira mineralização dos rins;
3) Atraso no crescimento;
4) Problemas de cicatrização;
5) Desenvolvimento de lesões cutâneas.
O acréscimo de 0,04% de EM (ácido aracdônico) favorece o rendimento
reprodutivo das gatas
10
A complementação da dieta de cães e gatos com alimentos ricos em AGE
e eicosanóides está ligada à melhoria das condições da pele e pêlo dos
animais.
Cães ácido linoléico diminui problemas dermatológicos
Fornecimento de eicosanóides (Ω3) melhoram condições imunológicas
do animal
Tabela 1 - Fontes Industriais de Ácidos Graxos
Ácido linoléico (Ω6) Ácido -linolênico (Ω6)
Óleo de açafrão Óleo de prímula
Óleo de prímula Óleo de borragem
Óleo de girassol Óleo de groselha
Óleo de milho
Óleo de soja
Ácido -linolênico (Ω3) Ácido eicosapentanóico (EPA) (Ω3)
Ácido docosaexaenóico (DHA) (Ω3)
Óleo de linhaça Óleo de salmão
Óleo de semente de abóbora Óleo de sardinha
Óleo de soja Óleo de cavala
Óleo de truta
Óleo de enguia
Adaptado de Nunes, 1998
11
7. DEFICIÊNCIAS E EXCESSOS
7.1 - Deficiência em Cães:
Pele seca e sem brilho;
Perda de pêlos;
Desenvolvimento de lesões cutâneas;
Descamações epidérmicas;
Otites externas
* A pele é especialmente vulnerável às deficiências de AGE
7.2 – Deficiências em Gatos:
Problemas dermatológicos semelhantes;
Deficiência no crescimento;
Degeneração gordurosa no fígado;
Depósitos lipídicos nos rins.
De maneira geral, esses animais apresentam deficiênciaspor AGE após um
longo período consumindo dietas mal formuladas ou armazenadas
incorretamente (problemas rancificação)
12
7. DEFICIÊNCIAS E EXCESSOS
7.3 – Excesso de Lipídios na Dieta
Tanto cães como gatos são capazes de digerir e assimilar
alimentos com níveis elevados de gordura, mas ao fornecer
quantidade superior a que o trato gastrointestinal é capaz de
digerir e absorver causará fezes gordurosas (esteatorréia) e
diarréia.
Animais que consomem restos de comida
Níveis excessivos de ácidos graxos poliinsaturados
(grande quantidade de óleo de peixe, por exemplo) pode
promover o aumento do requerimento em vitamina E, que
atua como um antioxidante natural.
Nos gatos essa doença é denominada de panesteatite ou
“doença da gordura amarela”  gordura corporal sofre
oxidação  peróxidos e o acúmulo de peróxidos no tecido
adiposo causa a doença.
Outro problema  Aumento de Peso e Obesidade
13
Cães são mais propensos à obesidade, sendo que algumas raças são mais
vulneráveis a este problema:
 Cocker Spaniel Inglês,
 Beagle,
 Golden Retrievier,
 Bull Terrier e
 Cães de corpo longo como o Basset Hound.
A obesidade além de estar relacionada à nutrição está associada à
geriatria, pois a medida que o animal envelhece há diminuição de massa
magra levando à queda no metabolismo geral e, por isso a ingestão de
alimento deve ser diminuída.
14
8. RANÇO
Gorduras de baixo valor de mercado  Ingredientes das rações
> Uso de óleos vegetais e banha (ou óleo de galinha)
Esses lipídeos são insaturados e sujeitos à rancificação (hidrolítica e oxidativa)
RANÇO HIDROLÍTICO:
Ação enzimática de bactérias sobre
os lipídeos
Liberando os ácidos graxos
 Não afeta o valor nutritivo dos
lipídeos, mas pode alterar o sabor da
mistura
RANÇO OXIDATIVO:
Perda do valor energético do lipídeo
Os peróxidos formados destróem
outros nutrientes oxidáveis como
vitaminas e carotenos.
Por este motivo não se pode produzir
rações sem a inclusão de
antioxidantes
As características organolépticas são
alteradas, levando o animal a não
aceitar o alimento
15
9. DIGESTÃO DOS LIPÍDEOS
Em termos nutricionais os principais lipídeos são:
 Triglicérides
(gorduras e óleos)
 Fosfolipídeos
(reservatórios de AGE e
fosfatos)
 Vitaminas A, D, E, K
(lipossolúveis)
9.1- DIGESTÃO PRÉ-DUODENAL
Lipólise intragástrica existe em praticamente todos os animais não ruminantes. A
gordura do leite tem alta proporção de ácidos graxos de cadeia média e curta e
apresenta estrutura globular.
O glóbulo de gordura do leite não é facilmente atacável pela lipase pancreática,
mas sim pela lipase gástrica, sendo que essa digestão inicial no estõmago fornece
um substrato modificado que é facilmente atacável pela lipase pancreática
A digestão pré-duodenal vai perdendo sua importância com o crescimento do
animal, embora permaneça no animal adulto.
16
9.2- DIGESTÃO DUODENAL
A teoria mais aceita para a digestão dos lipídeos no ID segue algumas premissas
dentre as quais:
 As células da mucosa do duodeno têm microvilosidades que aumentam de 15 a
20 vezes a superfície absorvente do intestino
 Os lipídeos da dieta são solubilizados no intestino mediante a formação de
micelas, que têm a função de solubilizar os ácidos graxos, vitaminas lipossolúveis
 Todo processo de digestão leva à formação de produtos mais solúveis em água
Os componentes lipídicos são reunidos numa fase estável (meio aquoso),
envolvidos por membrana composta de apoproteínas, colesterol e fosfatidilcolina
 lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL)
Nesta forma, os triglicérides reesterificados e demais componentes lipídicos são
transferidos para a corrente circulatória e transportados pelo o organismo
Diferenças nesse transporte entre mamíferos e aves:
• Mamíferos: Triglicérides (AG cadeia > 12 C´s): quilomícrons passam da
mucosa  sistema linfático  corrente sangüínea  fígado
Triglicérides (AG cadeia curta): quilomícrons passam da mucosa
 sistema porta  fígado
• Aves: O sistema porta é a única via para todos os lipídeos e substâncias afins
17
10. Metabolismo Basal e Peso Metabólico
Metabolismo Basal  Energia mínima despendida pelo animal em jejum,
descansado e em repouso.
Não é simples de se obter essa situação com animais
Dados de metabolismo basal são muito relativos
O metabolismo basal está influenciado pelas perdas de energia pela pele (superfície
corporal). A superfície corporal é mensurada pela dissecação de toda a pele do
animal a fim de determinar toda a área.
A área está relacionada com o peso vivo (sem conteúdo gastrointestinal) elevado à
¾ ou 0,75. Esta potência varia de acordo com a espécie, função e idade do animal.
A potência a qual o peso foi elevado DEVE ser SEMPRE informada
PM = p3/4 ou PM = p0,75
O uso do peso metabólico permite comparações entre animais de pesos e
tamanhos diferentes. O PM é útil nas determinações dos requisitos nutricionais de
todos os nutrientes
18
11. Uso de Energia pelos Animais
1) Prioridade Mantença
2) Produzir (crescer; reproduzir, ovos, leite, lã e exercício)
Deficiência em energia = fome
No período da seca (ou escassez de alimentos) há a necessidade de suprir
as deficiências em energia e, posteriormente, minerais e vitaminas
Excesso de energia  obesidade; infertilidade e dificuldades no parto.
Animais em desenvolvimento reduzem a taxa de crescimento. Cães
lactentes podem ser levados a hiperfagia com dieta de alta densidade qdo
fornecida à vontade.
19
Avaliação da Energia dos Alimentos
Unidades Energéticas:
1) Pequena Caloria: cal  quantidade de calor necessária para elevar de 14,5
o.C a 15,5 o.C, 1 g de água
2) Grande Caloria: Cal  quantidade de calor necessária para elevar de 14,5
o.C a 15,5 o.C, 1 kg de água = 1000 pequenas calorias:
Kcal
3) Mega Caloria: Equivalente a 1000 Kcal  quantidade de calor necessária
para elevar de 14,5 o.C a 15,4 o.C, 1000 kg de água
Formas de Energia do Alimento:
1) Energia Bruta: chamada de calor de combustão  calorímetro ou bomba
calorimétrica. Utilizada para medir a EB dos alimentos ou de
seus nutrientes. Tbém usada para tecidos dos animais e os
produtos da excreção. O calor de combustão dos nutrientes
varia de acordo com sua composição.
Tabela 2 - Valores médios de combustão dos CHO, Proteínas e Gorduras
Nutrientes Kcal/g de matéria seca
CHO 4,15
Proteínas 5,65
Gordura 9,45
Adaptado de Teixeira, 1997
20
2) Energia Digestível: A EB não é totalmente aproveitada pelo animal, parte é perdida
nas fezes (matéria não digerida). A diferença é a energia
digestível (ED). Pode ser determinada pela diferença entre EB –
fezes ou através de cálculo desde que os coeficientes de
digestibilidade do nutriente seja conhecido.
3) Energia Metabolizável: A ED não é totalmente aproveitada pelo animal, parte é
perdida pelos gases combustíveis (metano) formado pela
fermentação que ocorre no rúmen e nos intestinos.
Outra é perdida pela urina (substâncias não nitrogenadas
– uréia). EM é a diferença entre a EB e as perdas
ocorridas pelas fezes, gases e urina.
*Nos ruminantes a produção de metano está associada
a ingestão de alimentos.
Manutenção: 8% EB do alimento metano
o nível alimentar: 6 a 7 % perda de metano
A EM é mais segura que a ED, porém sua determinação é + complexa
Urina: coletada separadamente;
Gases: Aparelhos de difícil manejo
A perda E na urina  Atwater ao estudar EM de alimentos para seres humanos é de
1,25 Kcal/gproteína  potencial da uréia excretada
21
4) Energia Líquida: A EM segue 2 vias:
4.1 – Perdida nos trabalhos de digestão e absorção dos alimentos.
• Trabalho mecânico apreensão; mastigação; peristalse, regurgitação e evacuação;• Atividade glandular é intensificada (ruminantes  aumenta atividade das bactérias
que produzem fermentação);
• Trabalho do coração é acelerado;
• Metabolismo se intensifica
Tudo isso requer energia para ocorrer! Esta perda de E já recebeu vários nomes
trabalho de digestão, incremento calórico e ação dinâmica específica. Expressa em
Kcal/gMS do alimento ingerido ou relativo a fração % EB ou EM
4.2 – Constitui a Energia Líquida (EL) que é aproveitada pelo organismo para
manutenção, produção de leite, ovos, lã, gordura ou trabalho.
EL manutenção usada para produzir trabalho e abandona o organismo na forma de
calor (não é considerado perda  energia já usada foi transformada)
EL  crescimento e produção é armazenada no organismo ou é eliminada na forma
de energia química  chamada de energia fixada ou retirada pelo organismo
22
Exemplo da utilização da EL é o sistema de avaliação de energia desenvolvido na
califórnia, para ruminantes. Nesse sistema é considerada necessidade energática
para produção (ELp) compreendendo a EL de ganho (ELg) e para lactação (ELl)
EB ED
Perda 
fecal
EM
Perda gases 
e urina
Incremento 
calórico
EL ELp ELg
ELm ELl
Outras formas para se medir Energia
Os valores dos alimentos
Exigências energéticas
Nutrientes Digestíveis Totais
(NDT)
NDT: Soma dos teores de Proteínas digestíveis (PD), extrato não nitrogenado
digestíveis (ENND), fibra digestível (FD), extrato etéreo digestível (EED), sendo
este multiplicado por 2,25
%NDT = % PD+% ENND+% FD+(%EED x 2,25)
23
Hoje em dia, a medida do valor energético dos alimentos e as correspondentes
requerimentos dos animais expressos em NDT, estão restritas para bovinos
(suínos)
Existem algumas falhas:
 Não mede a energia em unidade energética;
 não considera as perdas dos gases por eructação (ruminantes);
 não considera incremento calórico;
 alguns alimentos EE contém outros nutrientes além dos lipídeos;
 valores de combustão fisiológica de cães e do homem, não sendo adequada
para ruminantes
 O fator 2,25 está baseado na relação entre a EB lipídeos e EB CHO´s
 Não se faz correção para o valor energético da proteína

24
LIPÍDIOS - RUMINANTES
INTRODUÇÃO:
Os conteúdo de lipídios varia nas forrageiras em geral:
» 1,5 a 4,0 são mono ou digalactosídeos (galactose + ácido
graxo + glicerol).
» 1,5 a 3,0 % são ceras, esteróides e outros lipídios (0,5 a
1,0 % cada).
» Nas forragens predominam ácidos graxos insaturados.
METABOLISMO RUMINAL:
No rúmen ocorrem duas reações:
» Hidrólise – realizado por bactérias como Anaerovibrio lipolitica
» Hidrogenação (Bio-hidrogenação) – fenômeno dependente da hidrólise, e que no
caso do ácido linoleico é uma isomerização.
» Monogástricos:
Óleo » gordura corporal + insaturada
Sebo » gordura corporal + saturada
25
» Ruminantes
Óleo » gordura corporal + saturada
Sebo » gordura corporal + saturada
A infusão de lipídios (ácido linoleico) no rúmen
de carneiros resultou em:
 3 a 6% de ácido linoleico
 5 a 60% de ácidos graxos saturados
 33 a 50% de ácido oleico
*** Não há digestão e absorção de lipídios no rúmen
*** No intestino delgado, a digestão e absorção ocorre da mesma forma que
nos monogástricos.
Os microorganismos sintetizam ácidos graxos de cadeia ímpar.
Os protozoários apresentam maior concentração de lipídios (mais ácidos graxos
insaturados) que bactérias.
Lipídios totais no rúmen » 20% presentes na estrutura de protozoários e bactérias;
» 80% presentes no líquido ruminal
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