Buscar

Aula 8 Gerenciamento do estresse e fadiga

Prévia do material em texto

1
GERENCIAMENTO DO ESTRESSE E GERENCIAMENTO DO ESTRESSE E 
DA FADIGADA FADIGA
ESTRESSE: DEFINIÇÃO, ESTRESSORES E FASES
FADIGA: DEFINIÇÃO E CONSEQUÊNCIAS
Estratégias nos Níveis Individual e OrganizacionalEstratégias nos Níveis Individual e Organizacional
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
DISCIPLINA: ARC – Administração de Recursos de Cabine 
PROFESSORA: SELMA LEAL DE OLIVEIRA RIBEIRO
ESTRESSEESTRESSE
2
O ESTRESSE
HIPÓFISE ACTH
SUPRA
RENAL
ADRENALINA
NORADRENALINA
TIREÓIDE T3
T4
FÍGADO COLESTEROL
HIPOTÁLAMO
ENDORFINAS
O2
CORTISONA
ESTIMULAM
RITMO CARDÍACO
PRESSÃO
REFLEXOS
GLICOSE
ENERGIA
DOR
SANGUE
PELE
M
Ú
S
C
U
L
O
S
ESTÔMAGO
DIGESTÃO
SALIVAÇÃO
BOCA SECA
AR
PULMÕES
REAÇÕES
ALÉRGICAS
GLICOSE
NARIZ
SUDORESE
HORMÔNIOS
SEXUAIS
COAGULAÇÃO
Hans Selye � “stress” � medicina e 
biologia (1936)
Esforço de adaptação 
do organismo para 
enfrentar situações 
consideradas 
ameaçadoras à vida e 
a seu equilíbrio 
interno.
Origem � “stress” � física
ESTRESSEESTRESSE
3
ESTRESSEESTRESSE
• Reação emocional, física e cognitiva que um 
indivíduo tem para com uma situação que exige 
demais dele próprio.
• Processo cumulativo.
• Consequências imediatas.
• Apresenta sinais 
perceptíveis e
imperceptíveis.
6
É todo e qualquer estímulo, de origem 
externa ou interna, que quebra o equilíbrio 
interno do organismo, gerando tensão.
FONTES
EXTERNAS
FONTES
EXTERNAS
FONTES 
INTERNAS
FONTES 
INTERNAS
AGENTE ESTRESSORAGENTE ESTRESSORAGENTE ESTRESSORAGENTE ESTRESSOR
4
� Condições de trabalho
Meio ambiente (fatores físicos, químicos ...)
Pressões diversas
Tarefa desempenhada
� Organização do trabalho
Escala de trabalho
Turno de trabalho
� Relações interpessoais...
FONTES EXTERNASFONTES EXTERNASFONTES EXTERNASFONTES EXTERNAS
8
FONTES INTERNASFONTES INTERNAS
� Estado de saúde do tripulante
� Traços típicos de personalidade 
� Quebra da ritmicidade biológica 
� Formas de agir e de reagir
� Depressão, ansiedade 
� Vulnerabilidades humanas
5
QUANDO COMEÇA?QUANDO COMEÇA?
�QUALQUER 
MUDANÇA NA 
VIDA
�FÍSICA
�SOCIAL
�FAMILIAR
�PROFISSIONAL
�SAÚDE
�FINANCEIRA
�....
EVOLUÇÃO DO ESTRESSEEVOLUÇÃO DO ESTRESSE
Alerta
Resistência
Quase-
exaustão
ExaustãoExaustão
FasesFases
Fonte: Lipp, 2001.
6
DESEMPENHO X ESTRESSEDESEMPENHO X ESTRESSE
FASE DE ALERTA
FASE DE 
RESISTÊNCIA
FASE DE EXAUSTÃO
INDICADORES DE ESTRESSEINDICADORES DE ESTRESSE
7
A FADIGAA FADIGA
A FADIGA
• A fadiga é um aspecto esperado e 
onipresente da vida. Para o indivíduo 
médio, a fadiga apresenta um pequeno 
inconveniente, resolvido com um 
cochilo ou parando a atividade que a 
originou. Normalmente, não há 
consequências significativas. 
• No entanto, se essa pessoa está envolvida
em atividades relacionadas com a segurança, 
tais como a condução de um veículo, a 
pilotagem de uma aeronave, a realização de 
uma cirurgia, ou monitorar um reator nuclear, 
as consequências da fadiga podem ser 
desastrosas. (FAA, 2011)
8
• Estado fisiológico de redução na
capacidade de desempenho físico ou
mental resultante de falta de sono, vigília
estendida, ritmo circadiano ou carga de
trabalho (atividade física e/ou mental) de
forma a prejudicar o estado de alerta do
operador e sua habilidade para desempenhar tarefas 
relacionadas à segurança operacional. (ICAO, 2012)
FADIGA - DefiniçãoFADIGA - Definição
• Pode ser:
• Aguda / transitória
• Crônica / cumulativa
CLASSIFICAÇÃO 
DA FADIGA
�Aguda 
�Crônica
• percebida após
uma longa jornada.
• facilmente reparável.
• carga de trabalho 
cumulativa.
• duração e frequência das 
jornadas.
• duração e eficácia do 
descanso.
Fonte: Bergen, 1976.
9
SONO
NECESSIDADE FISIOLÓGICA
SONO
NECESSIDADE FISIOLÓGICA
� Média de sono em adultos: um período único em torno de 
8h.
� A privação de sono pode afetar o desempenho do mesmo 
modo que o álcool.
� Depois de 24 horas acordado, o indivíduo se sente tão 
debilitado como se estivesse de fato bêbado.
18
ESTATÍSTICA OFICIAL
ReportsReports oficiais oficiais 
de problemas de problemas 
relacionados relacionados 
à fadigaà fadiga
Provável dimensão Provável dimensão 
dos problemas dos problemas 
relacionados relacionados 
à fadigaà fadiga
10
FATORES AEROMÉDICOS CITADOS 
EM RELATÓRIOS VOLUNTÁRIOS
- Desorientação Espacial 121
- Fadiga 106
- Ilusões Visuais 59
- LOC (loss of consciousness) 35
- Calor/Frio/Desidratação 28
- Dieta/Nutrição 24
- Álcool/Medicamentos 18
- Hipóxia 5
- Barotrauma 5
- Outros 38
(Fonte: Capt Nick Davenport: NAVSAFECEN Data 1997-2002)
Julgamento
Decisão
Humor
Relacionamento
Atenção
Memória
Tempo de Reação
Desempenho
Motivação
Vigilância
Percepção
Concentração
CONSEQUÊNCIAS CONSEQUÊNCIAS 
DA FADIGADA FADIGA
11
QUEDA DO DESEMPENHOQUEDA DO DESEMPENHO
AMEAÇA À SEGURANÇA DE VOOAMEAÇA À SEGURANÇA DE VOO
ATIVIDADE AÉREAATIVIDADE AÉREA
FATORES CONTRIBUINTESFATORES CONTRIBUINTES
FADIGAFADIGA
FADIGA X DESEMPENHOFADIGA X DESEMPENHO
FADIGA NA ATIVIDADE 
AÉREA
Um Exemplo...
12
• Data: 18 de agosto 1993
• Hora: 16:56h
• Local: Base Aeronaval Americana de 
Guantanano Bay, Cuba.
• Aeronave: Douglas DC 8-61
• Tripulantes/Feridos: 3/3
Um Exemplo...
• Fatores de fadiga investigados:
– 1) déficit agudo de falta de sono ou sono 
acumulado;
– 2) horas contínuas acordado;
– 3) hora do dia / efeitos circadianos, e
– 4) presença de desordens de sono.
Um Exemplo...
13
Períodos de sono/vigília da tripulação
Um Exemplo...
• Efeitos sobre o desempenho relativos à 
fadiga que significativamente contribuíram 
para o acidente foram:
1) tomada de decisão degradada;
2) fixação visual/cognitiva;
3) comunicação/coordenação pobre; e,
4) tempo de reação diminuído.
Um Exemplo...
14
Como gerenciar 
estas situações tão 
presentes no 
cotidiano dos 
tripulantes ?
APLICAÇÃO DE CONHECIMENTOS 
TÉCNICOS
REMOVER
PREVENIR
MINIMIZAR
� Desenvolvimento Organizacional
� Desenvolvimento Gerencial
� Desenvolvimento de Equipes (C.R.M.)
� Projetos Ergonômicos
� Outros
AGENTES 
ESTRESSORES
MEDIDAS PREVENTIVASMEDIDAS PREVENTIVAS
Nível OrganizacionalNível Organizacional
MEDIDAS PREVENTIVASMEDIDAS PREVENTIVAS
Nível OrganizacionalNível Organizacional
15
MEDIDAS PREVENTIVAS
Nível IndividualNível Individual
MEDIDAS PREVENTIVAS
Nível IndividualNível Individual
• Dieta correta (alimentação 
saudável)
• Hidratação
• Preservação dos momentos de 
lazer
• Autoconhecimento
• Sono adequado
• Exercício físico
• Conhecimento técnico do trabalho
• Divisão da carga de trabalho
MEDIDAS PREVENTIVAS
Nível IndividualNível Individual
MEDIDAS PREVENTIVAS
Nível IndividualNível Individual
16
• Abstinência de substâncias psicoativas
MEDIDAS PREVENTIVAS
Nível IndividualNível Individual
MEDIDAS PREVENTIVAS
Nível IndividualNível Individual
• Relaxamento
• não ultrapassar os limites 
regulamentares.
• reconhecer o conjunto de “sinais e 
sintomas” pessoais.
• atenção às condições de repouso e 
alimentação.
• desenvolver estratégias que melhorem a 
qualidade do sono.
• treinamento operacional sistemático.
• decisões compartilhadas (ARC/CRM).
MEDIDAS PREVENTIVAS
Nível IndividualNível Individual
MEDIDAS PREVENTIVAS
Nível IndividualNível Individual
17
NÍVEL REGULADOR
(Lei 7183 de abril/84)
�DURAÇÃO DA 
JORNADA
�LIMITES DE VOO E DE 
POUSO
�PERÍODOS DE 
REPOUSO
�NÚMERO DE FOLGAS
MEDIDAS PREVENTIVAS
Nível ReguladorNível Regulador
MEDIDAS PREVENTIVAS
Nível ReguladorNível Regulador
FATIGUE RISK MANAGEMENT SYSTEM
PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE 
FADIGA HUMANANA AVIAÇÃO
• Sistema orientado por dados científicos para 
estabelecer limitações de voos e de tempo de 
jornadas que se constitui como parte do Programa 
de Gerenciamento da Segurança Operacional de 
um operador e envolve um contínuo processo de 
monitoramento e gerenciamento do risco à fadiga.
(OACI).