Buscar

Metabolismo de Ácidos Graxos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ ㅤ
Temos ácidos graxos nos nossos depósitos no tecido gorduroso e no muscular. Vários tecidos 
são aptos para extrair energia dos ácidos graxos. Para a lipólise a primeira coisa que deve 
acontecer é retira-los desses depósitos. A molécula que reserva acido graxo é triacilglicerol. 
O glicerol é um álcool de três carbonos, três 
hidroxilas e nessas hidroxilas vão se esterificar 
três ácidos graxos distintos. 
O que é um éster? Produto de uma reação que se 
dá de condensação entre um álcool e um ácido 
com liberação de água. 
 O triacilglicerol é o resultado de uma tri-
esterificação, ou seja, três ácidos graxos de 
esterificam a cada uma dessas três funções 
alcoólicas. 
Essa é a principal molécula de reserva energia em 
termos de quantidade para o nosso organismo. 
Cerca de 70% da reserva de energia está 
distribuída no tecido adiposo como triacilglicerol. 
Esse tecido adiposo é constituído por adipócitos 
que é basicamente uma célula de reserva para 
esse tipo de molécula. A área do citoplasma do 
adipócito é totalmente preenchida por gordura. 
Através de vias metabólicas extraímos dos ácidos 
graxos energia. 
 
Após a alimentação, os lipídios circulam como trigliceróis em quilomicrons, porém eles têm que 
ser absorvidos pelo tecido adiposo e muscular como ácidos graxos. 
Quilomicrons são micro proteínas que são formas de transportes de lipídios no sangue. HDL, 
LDL, VDL também são micro proteínas de transporte. Os quilomicrons transportam os 
triacilgliceróis. 
Como ocorre a mobilização desses ácidos graxos que são armazenados no tecido adiposo? 
Baixos níveis de glicose no sangue vão causar a liberação de glucagon e adrenalina/epinefrina. 
O sinal inicial é redução dos níveis de glicose no sangue, redução de energia, pouca energia 
disponível que vai provocar altos níveis de adrenalina que provocam, então, o que nós 
chamamos de lipólise. Esses hormônios se ligam a receptores específicos na superfície celular. 
O complexo hormônio receptor vai aumentar os níveis de AMP cíclico que vai aumentar a 
proteína quinase que quando ativa fosforila uma lipoproteína lipase que vai atuar na quebra 
desses triacilgliceróis. 
No triacilglicerol o objeto é estimular uma lipase para degradar o triacilglicerol e obter ácidos 
graxos que caem na circulação sanguínea e sofrerão nos tecidos beta oxidação. Os ácidos graxos 
vão cair na corrente sanguínea e nas células vão sofrer o que chamamos de beta oxidação de 
ácidos graxos. 
 
Beta Oxidação 
 
O ácido graxo vai ser transportado por albumina sérica e chegando no tecido (muscular por 
exemplo principalmente a célula muscular mais aeróbica). Essencial nesse processo é a molécula 
carnitina que tem a função de transferir o acido graxo do citosol para a mitocôndria, onde será 
oxidado. 
Etapa 1: Entra dentro da célula e no citosol há ligação do ácido graxo a coenzima A com ação da 
enzima Acil-CoA sintetase. Resultado um Acil-CoA graxo. 
Etapa 2: O Acil-CoA graxo atravessa normalmente a membrana externa da mitocôndria. 
Etapa 3: A enzima carnitina aciltransferase 1 desliga o ácido graxo da coenzima A e se liga à 
carnitina formando o complexo acil graxo carnitina. Isso serve também serve para ele atravessar 
a membrana mitocondrial inteira, essa é a etapa limitante da transferência do ácido graxo do 
citosol para a mitocôndria tornando possível sua oxidação. 
A beta oxidação ocorre independente de estoques e reservas de glicose, é constitutiva, aumenta 
a degradação de ácido graxo quando os estoques de glicose reduzirem. Exercício físico 
principalmente aeróbico estimula a degradação. 
Chegando a matriz mitocondrial o acil graxo carnitina se desfaz e se liga novamente a coenzima 
A pela carnitina aciltransferase 2 voltando ao Acetil-CoA graxo. Matriz mitocondrial é a parte 
aquosa da mitocôndria, mesmo local onde ocorre o Ciclo de Krebs. 
A beta oxidação é um conjunto de quatro reações enzimáticas que se repetem e tem como 
objetivo a remoção oxidativa de moléculas de acetil-CoA. Esse nome beta oxidação se dá porque 
as reações acontecem a partir do segundo carbono da molécula, chamado de beta. 
Acetil-CoA é um tipo de Acil-CoA mas com dois carbonos ligados a coenzima A. Acil-CoA é um 
nome genérico, Acil significa cadeia acila (uma cadeia de carbonos de tamanho variável). 
A primeira reação é uma desidrogenação com liberação de elétrons com formação de FAD 
reduzido com a ação da enzima acil-CoA desidrogenase. Na segunda reação uma hidratação 
catalisada pela enoil-CoA hidratase formando trans-∆2-enoilCoA. A terceira reação novamente 
uma desidrogenação agora com NAD como aceptor de elétrons formando NAD reduzido. E por 
último uma transferência de grupamentos de coenzima A catalisada pela acil-CoA-
acetiltransferase ou tiolase. 
As vias metabólicas convergem para produção de Acetil CoA. Esses Acetil-CoA também serão 
oxidados no Ciclo de Krebs. 
A via da b-oxidação. (a) Em cada passagem 
por essa sequência de quatro passos, um 
resíduo acetil (sombreado em cor salmão) é 
removido na forma de acetil-CoA da 
extremidade carboxílica da cadeia acil graxo 
– nesse exemplo, o palmitato (C16), que 
entra como palmitoil-CoA. (b) Mais seis 
passagens pela via produzem mais sete 
moléculas de acetil-CoA, a sétima vinda dos 
dois últimos átomos de carbono da cadeia 
de 16 carbonos. Oito moléculas de acetil-
CoA são formadas no total.