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A ENFERMAGEM E A CLÍNICA CIRÚRGICA

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A ENFERMAGEM E A CLÍNICA CIRÚRGICA
INTRODUÇÃO: 
O Centro Cirúrgico (CC) pode ser considerado uma das unidades mais complexas do hospital pela sua especialidade, presença constante de estresse e a possibilidade de riscos à saúde a que os pacientes estão sujeitos ao serem submetidos à intervenção cirúrgica. 
Define-se CC como um conjunto de elementos destinados às atividades cirúrgicas, bem como à Recuperação Anestésica, e pode ser considerado uma oganização complexa devido às suas características e assistência especializada. 
HISTÓRIA:
A partir do século XIX, a cirurgia tornou-se uma especialidade médica (Potter & Perry, 1999) e surgiram com ela novos horizontes e possibilidades que favoreceram a melhora da qualidade de vida. Até então, muitos problemas não podiam ser clinicamente minimizados ou resolvidos, o que contribuirá sobremaneira para aumentar os índices de morbi-mortalidade, hoje facilmente contornados por meio de intervenções cirúrgicas. 
Por se tratar de uma nova “especialidade” da medicina, conhecia-se pouco risco que os procedimentos cirúrgicos poderiam oferecer ao paciente. A dor ainda era um grande problema durante as cirurgias, que obrigava os médicos cirurgiões a realizarem interveções no mais curto espaço de tempo possível. No entanto, por volta de 1840, o advento da anestesia tornou possível para o cirurgião realizar as intervenções sem que o cliente sentisse dor. 
De acordo com Potter e Perry, o papel dos profissionais de enfermagem que atuavam nas primeiras cirurgias limitavam-se apenas à limpeza das salas e dos equipamentos utilizados. O contato com o cliente restrigia-se a algumas tarefas técnicas, como coleta de materiais, e ocasionalmente o profissional acompanhava os clientes até as salas de cirurgia para prestar lhes algum tipo de cuidado. 
Mais tarde, com a descobeta de soluções anti-sépticas, a criação de técnicas assépticas e, um pouco depois, com a descoberta dos bloqueios anestésicos por meio de gazes anestésicos, o tratamento cirúrgico passou a ser utilizado em larga escala. Dessa forma, percebia-se a necessidade de se qualificar os profissionais de enfermagem, visto que as complicações decorrentes das novas técnicas de anestesia, exigiam deles cada vez mais conhecimento. O cuidado passou a ser um aspecto fundamental no sucesso da cirurgia. 
Em 1876, o Massachusetts General Hospital ofereceu a primeira oportunidade de treinamento para enfermeiros em sala de cirurgia. Essa iniciativa se estendeu até o ano de 1900, quando as primeiras escolas de enfermagem, notando a tendência e a necessidade, incluíram em seu currículum disciplinas que objetivavam possibilitar aos seus formandos experiências em salas de cirurgia. Em 1956, a Association of Operating Room Nurses é criada com o objetivo de solidificar e fortalecer essa área de atuação da enfermagem por meio de novos métodos e novas tecnologias, e com isso melhorar a prestação dos cuidados de enfermagem aos clientes cirúrgicos.
O CENTRO CIRÚRGICO:
Deve ser um local de fácil acesso as demais unidades do hospital. As recomendações gerais para a instalação dos centros cirúrgicos são:
A saída de emergência deve ser conhecida por todos os profissionais que atuam no centro cirúrgico; 
Cada sala cirúrgica deve conter um controle individual de temperatura;
Na sala cirúrgica é recomendado que se tenha pressão positiva com o objetivo de prevenir a entrada de ar potencialmente contaminado;
O piso deve ser de fácil limpeza, resistente e não possuir porosidade, pois assim a visualização da sujeira é mais fácil. Deve conduzir a eletricidade, possuir um aterramento e ser antiderrapante; 
As paredes não podem ser revestidas com azulejos, pois as linhas do reboco apresentam poros que podem abrigar micro-organismos; 
As janelas devem ser ladradas não permitindo a comunicação da sala cirúrgica com o meio externo; 
As portas devem possuir visores de vidros evitando assim sua abertura a qualquer momento, 
Os registros de emergência para a rede de fases medicinais devem estar claramente identificados e a vista de todos; 
Deve possuir um sistema de ar condicionado central, cuja finalidade é remover gases anestésicos, controlar a temperatura e a umidade, promover uma adequada troca de ar,, remover partículas em suspensão e impedir a entrada de partículas oriundas de áreas adjacentes.
FINALIDADE DO CENTRO CIRÚRGICO:
As principais finalidades do CC são: 
Realizar procedimentos cirúrugicos e devolver os pacientes às suas unidades de origem nas melhores condições possíveis de integridade. 
Servir de campo de estágio para formação, treinamento e desenvolvimento de recursos humanos.
Servir de local para desenvolver programas e projetos de pesquisa voltados para o desenvolvimento científico e especialmente para o aprimoramento de novas técnicas cirúrugicas e assépticas.
IMPORTÂNCIA DO CENTRO CIRÚRGICO:
O CC é o setor mais importante do hospital ou, pelo menos, o que mais atrai a atenção pela evidência dos resultados, dramaticidade das operações, importancia demostrativa e didática e, principalmente, pela decisiva ação curativa da cirurgia. Sua importancia é devido: 
 Ser o local onde o paciente deposita toda esperança de cura. 
 Necessitar de tecnologia de ponta para prestar assistência à clientela. 
 Ser praticamente o local mais caro do hospital. 
 Ao grande número de profissionais que ali trabalham (cirurgião, anestesiologista, enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem, instrumentador cirúrgico, técnico de raio x, farmacéutico). 
 Ao grande número de alunos que ali estagiam. 
 Aos aspectos específicos, principalmente em sua construção, relacionados ao controle de infecção. 
 A utilização racional dos recursos humanos e materiais com vistas à otimização de custos tanto para o paciente quanto para a instituição. 
 A necessidade de controle de assepsia para minimizar o risco de infecção da ferida operatória.
LOCALIZAÇÃO DO CENTRO CIRÚRGICO:
Atualmente, com a introdução e ratificação da importância da iluminação artificial, bem como da ventilação e ar condicionado no CC, ele pode estar localizado em qualquer área do hospital. Entretanto, algumas ressalvas devem ser consideradas, como estar localizado em uma área que ofereça a segurança necessária à técnica asséptica, portanto distante de locais de grande circulação de pessoas, de ruídos e poeira. 
A localização ideal do CC, no contexto hospitalar, deve ser a mais próxima das Unidades de Internação, do Pronto Socorro e da Unidade de Terapia Intensiva, de modo a contribuir com a intervenção imediata e melhor fluxo de pacientes.
SEÇÃO DO CENTRO CIRÚRGICO
Conforme a organização institucional, o CC terá ou não, sob sua responsabilidade, a Recuperação Pós-Anestésica e o Centro de Material e Esterilização. Considerando um CC complexo e centralizado, ele pode dividir-se em quantro seções: 
Seção de Bloco Operatório: Salas de operação devidamente aparelhadas pera realização dos diversos tipos de cirurgias. 
Seção de Recuperação Pós-Anestésica: É o local destinado ao atendimento dos pacientes no pós-operatório imediato até que eles estejam recuperados e em condições de irem para suas áreas de origem. Deve estar localizada o mais próximo das salas de operação, permitindo o fácil acesso dos membros das equipes de enfermagem, cirurgia e anestesia. 
As finalidades da Recuperação Pós-Anestésica são: 
Oferecer melhores condições de assistência médica e de enfermagem no pósoperatório e pós-anestésico imediato. 
Reduzir a mortalidade pós-anestésica e pós-operatória. 
Facilitar o trabalho de rotina nas unidades de internação, que se desobrigam com a presença de um recém-operado em condições precárias. 
Proporcionar maior segurança aos pacientes e familiares. 
Diminuir os possíveis acidentes pós-operatórios e pós-anestésicos imediatos.
Seção de Material ou de Suprimentos: É o local destinado á guarda de artigos estéreis e não-estéreis utilizados pelas várias equipes nas operações (fios de sutura, agulhas, cateteres, próteses, sondas, etc). 
As finalidades são:Fornecer à sala de operação carros abastecedores com artigos necesário ao procedimento anestésico-cirúrgico. 
Acondicionar e controlar o prazo de validade dos artigos esterilizados.controlar o consumo diário e estoque mínimo de artigos. 
Reduzir custos. 
Conferir e guardar artigos descartáveis e medicamentos. 
Atender solicitações da sala de operação via comunicação interna (telefone, interfone) 
Conferir débitos da sala de operação e da Recuperação Pós-anestésica. 
Providenciar, distribuir e conferir débitos de atigos de implante. 
Atualizar rotinas de montagem dos carros abastecedores de anestesia/cirurgia. 
Distribuir, testar e instalar equipamentos em sala de operação. 
Testar e implantar artigos novos. 
Manter contato com os fornecedores.
Seção do Centro de Material e Esterilização: È definido pelo MS como “conjunto de elementos destinados à recepção, expurgo, acondicionamento, esterilização, guarda e distribuição dos artigos para as unidades dos estabelecimentos assistenciais de saúde.” 
As principais finalidades do CME são: 
Concentrar os artigos e instumental esterilizados ou não, tornando mais fácil seu controle, conservação e manutenção. 
Padronizar técnicas de limpeza, preparo, acondicionamento e esterilização, assegurando economia de pessoal, material e tempo. 
Distribuir artigos esterilizados para as diversas unidades de atendimento a pacientes. 
Treinar pessoal para as atividades específicas do setor, conferindo-lhe maior produtividade. 
Facilitar o controle do consumo, da qualidade dos artigos e das técnicas de esterilização, aumentando a segurança do uso. 
Favorecer o ensino e o desenvolvimento de pesquisas. 
Manter estoque de artigo, a fim de atender prontamente à necessidade de qualquer unidade do hospital.
COMPOSIÇÃO FÍSICA DO CENTRO CIRÚRGICO:
O CC é constituído de elementos independentes e indispensáveis para o seu funcionamento. O elemento é a área ou compartimento com finalidade determinada que, em conjunto, compõe uma unidade do hospital. 
Os principais elementos do CC são: 
Vestiários (masculino e feminino): Devem estar localizados na entrada do CC, onde se realiza o controle, permitindo somente a entrada de pessoas autorizadas depois de vestirem roupas privativas. Eles devem possuir sanitários, chuveiros e principalmente armários com chaves individuias para que as pessoas possam guardar suas roupas e seus pertences. 
Conforto: Áreas adequadas para lanches a fim de que os profissionais os façam em local inadequado.
Sala dos Anestesiologistas/Cirurgiões: Áreas relacionadas aos relatórios médicos. 
Sala de Enfermagem: Área reservada ao controle administrativo do CC. Ela deve estar em local de fácil acesso e com boa visão de todo conjunto do CC.
Sala de Recepção de Pacientes: Espaço para receber os pacientes no CC. Na sala de recepção os pacientes devem ser reavaliados clinicamente antes da cirurgia, ou ainda receber medicamentos pré-anestésico caso não tenha sido administrada na sua respectiva unidade de origem. Essa sala deve ser mais tranquila possível, a fim de diminuir o estresse do período pré-operatório. 
Sala de cirurgia ou operação: É a área destinada à realização de intervenções cirúrgicas e endoscópicas. Segundo o Ministério da Saúde, o número de salas de cirúrgicas para a Unidade de Centro Cirúrgico é quantificado com base na capacidade de leitos do hospital. Preconizam-se duas salas para cada 50 leitos não especializados ou para cada 15 leitos cirúrgicos. Deve ter suas dimensões adequadas de acordo com a quantidade de equipamentos necessários aos tipos de intervenção cirúrgica e especialidade cirúrgica. 
Lavabos ou Área de Escovação: Local onde se realiza a escovação/degermação das mãos e antebraços da equipe cirúrgica e anestésica. Recomenda-se, para até 2 salas, duas torneiras para cada uma; para mais de duas salas, devem ser projetadas duas torneiras para cada novo par de salas. O local de escovação deve ser próximo às salas de cirurgias, a fim de reduzir o tempo de exposição da área escovada ao meio ambiente. As torneiras devem ser acionadas por pedal ou com o cotovelo, como também os recipientes para antissépticos. Os tanques devem ser instalados numa altura de mais ou menos 90 cm, para favorecer a mecânica corporal no ato da escovação. 
Sala de Material de Limpeza: Local de reserva de materiais e utensílios na limpeza do CC. 
Sala de Material Esterilizado: Local onde o material esterilizado (como pacotes de roupa, compressas, gazes, caixas de instrumentais etc.) é guardado até o momento da sua distribuição para a sala de cirurgia. A área física não deve permitir o cruzamento de material estéril com material contaminado. Essa área deve ser fechada e possuir sistema de renovação de ar. Sua temperatura ambiente deve ser mantida abaixo de 25ºC, sendo o ideal até 21ºC, e a umidade relativa do ar entre 30% e 60%.
Sala para Guardar Equipamentos: Áeas para armazenamento dos artigos estéreis, para uso nas salas de operações. Sala de Operação: Esse elemento do CC exige um enfoque especial à parte, por ser o local onde o paciente permanece a maior parte do tempo e onde atuam as equipes que lhe prestam assistência. 
Sala para Depósito de Gases Medicinais: Local para armazenamento de torpedos que contêm gases medicinais como oxigênio, ar comprimido, óxido nítroso e especialmente o nitrogênio para uso em sistemas pneumáticos. 
Sala ou laboratório de anatomia patológica: É a área que se destina à realização de exames anatomopatológicos específicos e rápidos, como a biópsia de congelação. Esta sala pode ser dispensada, quando o laboratório estiver situado nas proximidades do Centro Cirúrgico.
Corredores: Devem ser amplos e possuir protetores laterais nas paredes, preferencialmente de madeira ou metal, a fim de evitar o impacto entre as macas e as paredes.
Sala de Expurgo: Reservado para desprezar as secreções oriundas das salas de operações. Ela deve estar provida de um vaso sanitário apropriado com descarga para receber as secreções e uma pia para lavar artigos usados nos procedimentos cirúrgicos, se forem necessário.
ELEMENTOS DE APOIO TÉCNICO:
Banco de Sangue 
Raio X 
Laboratório e Anatomia Patológica 
Auxiliares de Anestesia 
Serviços de Engenharia Clínica e Engenharia de Manutenção 
Farmácia 
ELEMENTOS DE APOIO ADMINISTRATIVO:
Segurança 
Secretaria
ZONEAMENTO DO CENTRO CIRÚRGICO:
O Centro Cirúrgico é considerado pelas Portarias nº 1884/94 e 930/92 e atualmente pela RDC 307 como área crítica, ou seja, ambiente em que existe risco aumentado de transmissão de infecção pelos procedimentos ali realizados. 
Àrea Restrita: Entendida como a que tem limites definidos para a circulação de pessoal e equipamentos, com rotinas próprias para o controle e manutenção da assepsia. Privativa do pessoal vestido com o uniforme privativo, gorro ou touca, protetores de calçados (abolidos em algumas instituições) e especialmente a máscara cirúrgica, com rígido controle de trânsito e assepsia.
Área Semi-Restrita: Permite a circulação de pessoal e equipamentos de modo a não interferir nas rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita. 
Área Não-Restrita: Área de circulação livre no ambiente interno do CC, não precisa de uniforme privativo.
ASPECTOS A CONSIDERAR NA ESTRUTURA FÍSICA
• Teto - Conforme a Portaria 1.884/94 do Ministério da Saúde, o teto do Centro Cirúrgico deve ser continuo, sendo proibido o uso de forro falso removível (BRASIL, 1994). 
• Paredes - Deve ter as superfícies lisas e laváveis, de cor neutra, tinta fosca, cantos arredondados sem rodapé, com acabamento côncavo, para reduzir a deposição de microorganismos. As paredes devem ser mantidas em bom estado de conservação.
• Portas - As portas devem ser do tipo vaivém, sem maçanetas e com visores, para evitar o trânsito desnecessário dentro da sala de operação. 
• Janelas - Devem ser do tipo basculante, sem parapeitos, dentro e fora, com vidro fosco, vedadas e teladas em malha fina, para evitar a passagem de insetos. Deve permitir entrada de luz natural.• Ventilação - O objetivo de uma ventilação adequada é a remoção de microorganismos, além de prevenir a sua entrada e promover a exaustão dos gases anestésicos utilizados durante as cirurgias. A ventilação deve manter o ambiente confortável e controlar a umidade diminuindo os riscos de produção de fagulhas eletrostáticas. 
A NBR 7256, citada na Portaria 1.884/94 do Ministério da Saúde, regulamenta a ventilação da sala de operações (BRASIL, 1994):
EQUIPAMENTOS DA SALA DE OPERAÇÃO:
Equipamentos e Acessórios Móveis: 
São aqueles que podem ser deslocados de uma para outra sala de operação, a fim de atender o planejamento do ato cirúrgico de acordo com a especificidade, ou mesmo serem acrescidos durante o desenvolvimento da cirurgia:
Mesa cirúrgica e acessórios: colchonete de espuma, perneiras metálicas, suporte de ombros, suporte laterais, porta-coxas, munhequeiras e arco para narcose. 
Aparelho de anestesia, contendo “kits” de cânulas endotraqueais e de guedel: laringoscópios; pinças de magil e esfigmomanômetro; 
Mesas auxiliares para instrumental cirúrgico, de mayo e para pacotes de roupas estéreis; 
Bisturi elétrico ou termocautério;
Aspirador de secreções; 
Foco auxiliar; 
Banco giratório; 
Balde inoxidável com rodízios para lixo; 
Suportes: de braço, suporte de hamper, bacia e suporte de soro; 
Escada de dois degraus; 
Estrado; 
Equipamentos utilizados para ajudar no posicionamento do paciente, tais como: coxins de areia ou espuma de diferentes tamanhos e talas; 
Carro para materiais de consumo e soluções antissépticas (pode ser dispensado, quando houver local adequado para a colocação destes materiais como, prateleiras); 
Carro para materiais estéreis e carro de medicamentos;
Carro abastecedor (compressa, campos e aventais, cuba rim, cúspulas, manoplas, outros); 
Aparelhos monitores; 
Balança para pesar compressas e gazes. 
São exemplos de equipamentos moveis que podem ser acrescentados à sala cirúrgica: suporte de trépano, microscópio, máquina para circulação extracorpórea e outros.
Equipamentos Fixos:
São aqueles adaptados à estrutura física da sala cirúrgica: 
Foco central; 
Negatoscópio; 
Sistema de canalização de ar e gases; 
Prateleira (podendo estar ou não presente).
ORGANIZAÇÃO DO CENTRO CIRÚRGICO:
Equipe Cirúrgica: É um grupo de profissionais habilitados e capacitados para trabalharem juntos e harmoniosamente, cada qual dentro de sua esfera de competência, dentro da sala de cirurgia ao longo de todos os procedimentos cirúrgicos. 
Os Profissionais da Equipe Cirúrgica: 
Médico-Cirurgião Chefe 
Médico-Cirurgião 1º Assistente 
Médico-Cirurgião 2º Assistente 
Médico-Anestesiologista 
Instrumentador Cirúrgico 
Enfermeiro 
Circulante de Sala
Para um bom funcionamento do centro cirúrgico é necessário que algumas regras sejam seguidas. São elas: 
O ideal é que as cirurgias sejam agendadas com no mínimo 24 horas de antecedência; 
A roupa privativa do centro cirúrgico não deve ser utilizada em outros setores do hospital; 
Não e permitido o uso do conjunto cirúrgico por cima da roupa comum; 
Adereços como brincos, anéis, pulseiras devem ser evitados no interior do centro cirúrgico; 
As salas cirúrgicas devem estar arrumadas pelo menos 15 minutos antes do horário agendado, após a confirmação da internação do paciente e a autorização da cirurgia; 
MONTAGEM DA SALA CIRÚRGICA:
A equipe de enfermagem é responsável pela montagem da sala cirúrgica, para que o procedimento cirúrgico possa ocorrer com segurança e tranquilidade, priorizando a saúde do paciente. 
É preciso prever os materiais, instrumentais e equipamentos indispensáveis para a realização do procedimento cirúrgico-anestésico e prover a sala cirúrgica de todos esses itens necessários.
Recomendações importantes: 
Verificar o mapa cirúrgico da cirurgia que será realizada; 
Checar o nome do paciente, sua idade, horário agendado da cirurgia, equipe cirúrgica e anestésica responsável e observações importantes sobre o procedimento; 
Verificar se os equipamentos e materiais específicos solicitados, bem como os de rotina, necessários para realizar o procedimento cirúrgico; 
Lavar a mãos; 
Verificar as condições de limpeza da sala cirúrgica antes de equipa-la com materiais e equipamentos;
Testar o funcionamento dos equipamentos da sala cirúrgica; 
Verificar a existência de equipamentos acessórios como bancos, suporte de soro, braçadeiras, arco, mesas para instrumentais, hampers e extensões elétricas; 
Solicitar ou buscar os artigos médicos esterilizados especificos que serão utilizados na cirurgia; 
Organizar os medicamentos e materiais descartáveis, sempre observando a validade da esterilização e a integridade das embalagens; 
Prover a sala cirúrgica de diversos artigos para auxiliar a equipe cirúrgica, tais como talas, ataduras, soluções, adesivos e fitas adesivas; 
Verificar e montar o carro de anestesia; 
Dispor de mesas auxiliares os artigos que serão utilizados pelo anestesista. 
A desmontagem da sala cirúrgica também é responsabilidade da equipe de enfermagem. 
POSIÇÕES DO CLIENTE NA MESA CIRÚRGICA:
A posição cirúrgica é aquela em que o paciente é colocado, depois de anestesiado, para ser submetido à intervenção cirúrgica, de modo a propiciar acesso fácil ao campo operatório. A indicação da posição depende do tipo de cirurgia a ser realizado e da técnica cirúrgica a ser empregada.
É imprescindível verificar se não há:
- Compressão dos vasos, órgãos, nervos e proeminências ósseas;
- Contato direto do paciente com partes metálicas da mesa;
- Hiperextensão dos membros;
- Fixação incorreta da mesa e do paciente.
As principais posições utilizadas são: 
Decúbito Dorsal (ou supina): É aquela em que o paciente fica deitado de costas, com as pernas estendidas e os braços estendidos, às vezes, apoiado em talas. O dorso do paciente e a coluna vertebral estão repousando na superfície do colchão da mesa cirúrgica. Ex: cesariana.
Decúbito Ventral (ou prona): O paciente fica deitado de abdômen para baixo, com os braços estendidos para frente e apoiados em talas (às vezes). O sistema respiratório fica mais vulnerável na posição de decúbito ventral. Essa posição é usada nas cirurgias das regiões dorsal, lombar, hérnia de disco, sacrococcígea e occipital. 
Posição lateral (ou de Sims): o paciente permanece em decúbito lateral, esquerdo ou direito, com a perna que está do lado de cima flexionada, afastada e apoiada na superfície de repouso. Ex: cirurgias renais, de reto, lobotomia.
Posição de litotomia e ginecológica: 
Litotômica: o paciente permanece em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas apoiadas na prórpia mesa cirúrgica. 
Ginecológica: o paciente permanece em decúbito dorsal, com as pernas fletidas e apoiadas em uma perneira. 
Essas cirurgias são utilizadas nas cirurgias proctológicas orificiais, ginecológicas e urológicas por via baixa, bem como em obstetrícia, para partos vaginal. 
Posição de Trendelemburg: é uma variação da posição de decúbito dorsal onde a parte superior do dorso é abaixada e os pés são elevados. Mantém as alças intestinais na parte superior da cavidade abdominal. Ex: cirurgias de órgãos pélvicos, laparotomia de abdome inferior.
Posição de Fowler (ou sentada): O paciente permanece semi-sentado na mesa de operação. Usado como posição de conforto, quando há dispnéia após cirurgia de tireóide, mamoplastias e abdominoplastias.
Posição de canivete (ou de Kraske): o paciente se encontra em decúbito ventral, com as coxas e pernas para fora da mesa e o tórax sobre a mesa, a qual está levemente inclinada no sentido oposto das pernas, e os braços estendidos e apoiados em talas. Ex: hemorroidectomia.
Cuidados de Enfermagem no POI:
- Manusear o paciente anestesiado com movimentos firmes e lentos, pois a mudança repentina de posição pode levar à queda da PA;
- Ao se retirar o paciente da posição ginecológica, deve-se ter cuidado de descer alternadamente as pernas, Afim de se prevenir o afluxo rápido de sangue para os membros inferiores,podendo causar também a queda da PA;
- Manter a cabeça voltada para um dos lados quando o paciente permanecer em decúbito dorsal;
- Observar o posicionamento correto das infusões e drenagens.
	Anestesia e Analgesia:
Objetivos da Anestesia: A anestesia é caracterizada pela perda da sensibilidade dolorosa, com perda de consciência e certo grau de amnésia, ao passo que a analgesia é a perda da sensibilidade dolorosa com preservação do estado de consciência. 
Os principais objetivos são: 
Suprir a sensibilidade dolorosa durante a cirurgia, com manutenção ou não da consciência; 
Relaxamento muscular; 
Proporcionar condições ideias para a ação da equipe cirúrgica.
Profundidade da Anestesia: A profundidade da anestesia é determinada por sinais físicos. Sua classificação é dividida em quatro estágios, cada um dos quais apresenta um grupo definido de sinais e sintomas:
ESTÁGIO I: representa o estágio inicial da anestesia até a perda da consciência. O pulso e a respiração são irregulaes. 
ESTÁGIO II: começa com perda da consciência e termina com o início de um padrão regular respiratório e o desaparecimento do reflexo palpebral. É caracterizado por exitações e muitas reações indesejáveis, tais como: vômitos, laringoespasmo e mesmo parada cardíaca podem ocorrer durante esse período. As pupulas estão dilatadas, mas contraem quando expostas a luz.
ESTÁGIO III: a respiração é irregular, a pulsação tem rítmo quase normal e bom volume, a pele está rosada ou levemente enrubescida. Com a administração adequada do anestésico, este estágio pode ser mantido por várias horas. 
ESTÁGIO IV: dura desde o momento da cessação da respiração até a insuficiência do sistema circulatório. O pulso é fliforme e fraco.
Medicações Pré-Anestésicas: Consiste na administração de drogas antes do ato anestésico. Os principais objetivos são: produzir amnésia e sedação, diminuir ou abolir dor eventualmente existente, potencializar os agentes anestésicos, bloquear o nervo vago, diminuir as secreções das vias aéreas e o metabolismo, reduzir volume de conteúdo gástrico e aumentar o seu pH, reduzindo as necessidades de anestésicos. Portanto, deve proporcionar a redução da ansiedade, de modo que a indução e manutenção da anestesia sejam mais fáceis, pois o estresse pré-operatório pode provocar inquietação, insônia, arritmias, hipertensão arterial e crise de angina. 
As medicações podem ser distribuídas em três grupos:
- ANTICOLINÉRGICOS: Diminuem a secreção salivar e os reflexos vagais sobre o coração. 
- TRANQUILIZANTES: Possuem efeitos ansiolíticos, amnésico, sedativo, anticonvulsivante e relaxante muscular.
- HIPNOANALGÉSICOS: Diminuem a ansiedade dolorosa com sedação. 
TIPOS DE ANESTESIA
Anestesia Geral: A anestesia geral refere-se a um estado de inconsciência reversível, imobilidade física, analgesia e bloqueio dos reflexos autonômicos obtidos pela administração de fármacos específicos. A anestesia processa-se em 3 fases: Indução, manutenção e recobro. 
OBS.: Manter as funções vitais em todo momento da anestesia é obviamente importante. Anestésicos para anestesia geral são administrados por várias vias. Embora a EV e Inalatória sejam as preferidas, porque a relação efeito-dose e o tempo de curso de efeito são mais previsíveis, outras vias podem ser aceitas e usadas, quando apropriadas ao amplo espectro da anestesia. 
Os componentes de uma anestesia geral são: Analgesia, Hipnose, controle dos reflexos autonômicos e relaxamento muscular. 
Para realização de uma anestesia geral utiliza-se comumente: 
Hipnóticos visando inconsciência, amnesia. 
Opioides visando analgesia e proteção contra os reflexos autonômicos; 
Bloqueadores neuromusculares visando imobilidade; 
Bloqueios regionais associados visando analgesia e proteção autonômica; 
Fármacos adjuvantes visando efeitos diversos como controle da pressão arterial frequência cardíaca, tratamento de intercorrências tais como alergias entre outras funções.
Quanto maior a profundidade da anestesia, maior o grau de inconsciência. 
Anestesia Local: Empregada para procedimentos menores nos quais o local cirúrgico é infiltrado com um anestésico local ou administrado na superfície da mucosa. Ela pode ser por infiltração (injeção de uma solução que contém anestésico local nos tecidos através dos quais deve passar a incisão) ou tópica (administrados na superfície mucosa do nariz, boca, árvore brônquica, esôfago e trato geniturinário).
Anestesia Regional: É uma forma de anestesia local que um agente anestésico é injetado nos nervos ou ao redor deles, de modo a anestesiar a área por eles inervada.
Anestesia Epidural ou Peridural: Esse tipo de anestesia é conhecida também como peridural e baseia-se na aplicação de anestésico em um espaço virtual entre o ligamento amarelo e a dura-máter. 
As principais possíveis vantagens: 
- Menor incidência de cefaleia quando comparado a raquianestesia; 
- Maior facilidade de realização de técnicas com utilização de cateteres. 
Como desvantagens podemos citar: 
- Latência maior, ou seja, tempo para iniciar ação; 
- Menor intensidade de bloqueio sensitivo e motor; 
- Maior possibilidade de toxicidade por anestésico local (utiliza-se volumes maiores).
Anestesia Raquidiana (Raquianestesia): Também denominada de anestesia intratecal e anestesia subaracnóidea. Baseia-se na administração de anestésico local diretamente no liquor. 
As Principais vantagens: 
- Inicio rápido de ação; 
- Boa intensidade de bloqueio sensitivo e motor; 
- Possibilidade de analgesia pós-operatoria prolongada 
 - Curta latência;
As possíveis desvantagens são: 
- Maior ocorrência de cefaleia em relação a outras técnicas anestésicas; 
- Limitada duração da anestesia quando utilizado técnica sem a colocação de cateteres. 
Complicações raras dessa técnica: Síndrome da cauda equina e sintomas neurológicos transitórios. 
REGRESSÃO DA ANESTESIA:
A recuperação da anestesia é um processo dinâmico que se inicia na sala de operação. Especialmente após cessar a administração de drogas anestésicas deve ocorrer progressivo retorno da consciência, paralelo à eliminação ou biotransformação dos agentes anestésicos. Portanto, trata-se do processo de recuperação da consciência, em consequência da regressão da anestesia.
Fases da Regressão da Anestesia: 
Imediata (minutos): o paciente apresenta volta à consciência, existe presença de reflexos das vias aéreas superiores (VAS) e movimentação. 
Intermediária (minutos/horas): identificação de sinais luminosos ou auditivos. 
Tardia: motora e sensorial.
Estágio Clínico da Regressão da Anestesia: 
1º) o paciente responde a estímulos dolorosos; 
2º) ocorre abertura dos olhos ao comando verbal; 
3º) o paciente responde a perguntas simples. 
4º) o paciente apresenta boa orientação no tempo e no espaço.
SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA .
A Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) é a área que se destina a permanência do paciente logo após o término do ato anestésico-cirúrgico. Neste local, o paciente fica sob os cuidados das equipes de enfermagem e médica, especialmente, o anestesista. A Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) deve estar instalada dentro da Unidade de Centro Cirúrgico ou nas suas proximidades, de modo a favorecer o transporte fácil do paciente anestesiado para este local.
Organização da sala de recuperação pós-anestésica 
A Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) deve ser provida de equipamentos básicos, em perfeitas condições de uso para atender a qualquer situação de emergência. Didaticamente, tais equipamentos e materiais de uma Recuperação Pós-Anestésica podem ser divididos em: 
a) Equipamentos básicos, geralmente, fixos a parede, acima da cabeceira de cada leito: 
Duas saídas de oxigênio com fluxômetros; 
Uma saída de ar comprimido; 
Uma fonte de aspiração a vácuo; . 
Um foco de luz; 
Omadas elétricas de 110 e 220 watts; 
Monitor cardíaco; 
Oxímetro de pulso; 
Esfigmomanômetro.
b) Equipamentos e materiais de suporte respiratório:Ventiladores mecânicos; 
Máscaras e cateteres para oxigênio (o2); 
Sondas para aspiração; 
Carrinho de emergência, com material completo para intubação orotraqueal e ventilação manual. 
c) Equipamentos e materiais de suporte cardiovascular: 
Equipos de soro e transfusão, cateteres, seringas e agulhas; 
Equipos para medida de pressão venosa central (pvc).
d) Outros materiais: 
Bandeja de cateterismo vesical; 
Sondas vesicais de demora; 
Sistema de drenagem vesical; 
Pacotes de curativos; 
Bolsas coletoras para drenos e ostomias; 
Gazes; chumaços e adesivos; 
Termômetros; 
Frascos e tubos esterilizados para coleta de sangue; 
Fitas reagentes para dosagem de glicose no sangue e urina; 
Caixa de pequena cirurgia; 
Medicamentos e soros; 
Soluções desinfetantes e antissépticas;
Cilindros de o2 e ar comprimido e aspirador elétrico; , 
Travesseiros, almofadas, cobertores e talas. 
É conveniente destacar que as camas para uso na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) devem ser do tipo cama-maca, providas de grades laterais de segurança, manivelas para dar posição de proclive e trendelemburg, encaixes para adaptar suportes de soro e cabeceira removível para facilitar o atendimento em situações de emergência.
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS:
Pode-se definir cirurgia como conjunto de gestos manuais ou instrumentais, executados pelo cirurgião, que abrange a abertura ou não do corpo com finalidade diagnóstica, terapêutica ou estética.
Segundo a Urgência: 
Cirurgia Eletiva: pode ser programado 
Cirurgia de Urgência: requer pronta atenção e deve ser realizado dentro de 24 a 48 horas.
Cirurgia de Emergência: requer atenção imediata por se tratar de uma situação crítica “salvar a vida”. 
Segundo o Risco Cardiológico: 
Cirurgia de Grande Porte: com grande probabilidade de perda de fluido e sangue. 
Cirurgia de Médio Porte: com média probabilidade de perca de fluido e sangue. 
Cirurgia de Pequeno Porte: com pequena probabilidade de perda de fluido e sangue. 
Segundo a Duração: 
Cirurgia de Porte I: até 2 horas. 
Cirurgia de Porte II: com duração de 2 à 4 horas. 
Cirurgia de Porte III: com tempo de duração de 4 à 6 horas. 
Cirurgia de Porte IV: com duração superior a 6 horas.
Segundo o Potencial de Contaminação: 
Cirurgia Limpa: Cirurgias realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local, ou falhas técnicas grosseiras. Cirurgias que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. Ex: Cirurgia dos ovários 
Cirurgia Potencialmente Contaminada: realizada em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório, com penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Ex: Redução de uma fratura exposta
Cirurgia Contaminada: realizadas em tecidos abertos e recentemente traumatizados, com processo inflamatorio, de descontaminação difícil ou impossível, mas sem supuração (Pus); 
Cirurgia Infectada: são as realizadas em qualquer tecido ou órgão em presença de processo infeccioso, supuração local, tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja.
Segundo a Finalidade: 
Tratamento Paliativo: utilizado para compensar os distúrbios, para melhorar as condições, aliviar a dor. 
Tratamento Radical: empregada para remoção parcial ou total do órgão. ü Tratamento Plástico: tem a finalidade estética ou corretiva. 
Tratamento Reconstrutivo: tem a finalidade de reconstruir o tecido lesado e restabelecer a sua capacidade funcional. 
Tratamento Diagnóstico: é a exploração de um determinado órgão para diagnóstico a ser confirmado. 
Tratamento transplante: tem a finalidade de substituir órgão ou estrutura não funcionante.
TEMPOS CIRÚRGICOS – D H E S
Para um procedimento cirúrgico ocorrer com segurança, existem os tempos cirúrgicos. De modo geral, todas as intervenções são realizadas em quatro tempos básicos: 
DIERÉSE – Primeira etapa da cirurgia
É o rompimento da continuidade dos tecidos, ou planos anatômicos, para atingir uma região ou órgão. Pode ser classificada em mecânica ou física. 
É a separação dos tecidos, realizada por meio de intervenções manuais, com diferentes tipos, de acordo com o tecido a ser separado, ou seja, a pele, a aponeurose, o musculo e órgãos específicos.
Nome dado ao processo de divisão dos tecidos que possibilita o acesso a região a ser operada;
HEMOSTASIA 
É o processo que consiste em impedir, deter ou prevenir o sangramento. A hemostaria deve sempre ser alcançada a fim de se evitar complicações da ferida cirúrgica e também da redução da visão do cirurgião durante o procedimento. 
Esse processo pode ser jeito simultaneamente ou individualmente por meio de pinçamento e ligadura de vasos, eletrocoagulação ou compressão. 
A hemostasia começa antes da cirurgia, quando se realiza o pré-operatório imediato e no momento em que são solicitados exames de tempo de coagulação e dosagem de protrombina. 
Classificada em: 
Preventiva (para prevenir o sangramento)
Urgência (realizada quase sempre em condições não favoráveis) 
Curativa (consiste no procedimento realizado durante o procedimento cirúrgico)
Medicamentosa (as drogas diminuem o sangramento por vasoconstrição)
Cirúrgica (realizada com a finalidade de interromper a circulação durante o ato operatório, temporária ou definitiva).
EXÉRESE – é o ato cirúrgico propriamente dito
É a etapa do procedimento cirúrgico em que ocorre a remoção cirúrgica de uma parte ou da totalidade de um tecido ou órgão mal-funcionante ou doente. 
É um dos tempos cirúrgicos caracterizado pela extração de tecidos prejudiciais ao organismo humano, como por exemplo, um tumor maligno, calculo renal ou ate mesmo um órgão doente. 
SÍNTESE – reaproximação das extremidades do tecido
Tem o objetivo de auxiliar a cicatrização cirúrgica. É a união de tecidos, que será mais perfeita quanto mais anatômica for a separação, para facilitar o processo de cicatrização e restabelecer a continuidade tecidual por primeira intenção. 
Favorece o reestabelecimento da continuidade tecidual, é realizada com o uso de agulhas, pinças e fios e posterior sutura. 
Instrumentais Cirúrgicos
São classificados em grupos básicos, e cada grupo representa uma determinada etapa da cirurgia. 
	DIÉRESE CIRÚRGICA
Nesse grupo estão os cabos de bisturi e as tesouras, que são utilizados para corte. 
Os bisturis são os principais instrumentos de corte utilizados. São compostos por duas peças: o cabo e a lâmina. De acordo com o tipo de cirurgia ou ato cirúrgico a ser realizado, os cabos e as laminas variam de tamanho. 
Os cabos mais curtos são próprios para procedimentos cirúrgicos de superfície, ou seja, corte do tecido epitelial. Os cabos mais longos destinam-se aos procedimentos cirúrgicos em cavidades, ou seja, em regiões mais profundas. 
Os bisturis elétricos facilitam muito o processo de coagulação, diminuindo consideravelmente os sangramentos durante as cirurgias. 
As TESOURAS também variam de tamanho e formato, podendo ser curvas ou retas, finas ou grossas de acordo com a sua aplicação. Elas são destruídas rapidamente quando usadas para outros fins que não os aconselhados.
 Ponta Fina-Fina Ponta Fina-Romba Ponta Romba-Romba
 
Algumas tesouras:
 
Tesoura de IRIS
Tesoura para bandagem
Tesoura para fio 
As mais utilizadas são a tesoura de dissecção de “METZENBAUM” e são indicadas para a diérese mais delicada de tecidos orgânicos por ser considerada menos traumática. 
E as tesouras de dissecção de “MAYO” é muito útil no corte dos fios cirúrgicos. É considerada mais traumática que a de Metzenbaum
Tesouras de Mayo e Metzenbaum, da esquerda para a direita.
	PINÇAS HEMOSTÁTICAS
Neste grupo destacam-se as PINÇAS, e existe uma grande variedade delas, com diversos tamanhos, podendo ser pequenas, mediase grandes e de vários formatos, retas ou curvas, traumáticas e não traumáticas. 
Seu formato é semelhante ao da tesoura, diferindo-se delas pela presença da cremalheira entre as duas argolas, que permite o fechamento do instrumental com diferentes níveis de pressão de fechamento. 
As pinças retas, ou pinças de reparo, são utilizadas para pinçamento de material cirúrgico como fios e drenos. 
As pinças curvas são utilizadas para pinçamento de vasos e tecidos delicados.
As pinças hemostáticas TRAUMÁTICAS devem abranger somente o vaso sangrante e incluir o mínimo possível de tecido adicional. Entre as mais empregadas, podemos destacar as pinças do tipo KELLY e CRILE, que apresentam ranhuras transversais na face interna de suas pontas. 
 
 As pinças CRILE apresentam As pinças KELLY apresentam ranhuras 
 ranhuras em toda face interna. apenas até a metade de sua face interna. 
 
Por isso, a escolha do tipo de pinça determina a segurança da hemostasia a ser realizada.
As pinças “KELLY” e as do tipo “HASLTEAD” por serem pinças finas, são empregadas com sucesso em cirurgias pediátricas ou em pequenos procedimentos. A pinça de HALSTED podem ser chamadas também de “mosquitinho ou mosquito” por serem pequenas e delicadas,
As pinças hemostáticas NÃO TRAUMÁTICAS são usadas para ocluir a circulação em grandes vasos. O vaso deve ser pinçado o suficiente para oclusão do fluxo sanguíneo, de maneira a minimizar o trauma vascular.
 MIXTER – Curva, também usada para dissecação vascular
 DIEFFENBACH reta/curva 
As pinças de tecido devem ser usadas nos tecidos para os quais foram planejadas de maneira a minimizar o trauma. 
Pinça de KOCHER – Instrumental para cirurgia gastrintestinal
Pinças do tipo “PEAN” pinças do tipo “SATINSKY” 
 
pinças do tipo “FAURE” pinças do tipo “ROCHESTER – PEAN” 
 
 
 
	EXÉRESE CIRURGICA
Neste grupo temos os instrumentos para preensão e os de separação. Os instrumentais para preensão tem a finalidade de segurar, erguer momentaneamente, inclinar ou tracionar determinados tecidos durante o procedimento cirúrgico. 
Podemos destacar como instrumentais para preensão as pinças do tipo “MUSEUX”, pinças do tipo “ALLIS” (traumáticas) e pinças do tipo “BABCOCK” (atraumáticas) que é um tipo de pinça preferida para tracionar as alças intestinais. 
As pinças Allis são geralmente utilizadas para a fixação da musculatura e não devem ser utilizadas na pele.
As pinças do tipo “DUVAL” (atraumáticas) também conhecidas como “triangular de duval” possuem grande aplicabilidade em cirurgias pulmonares, no pinçamento dos lobos pulmonares. 
As pinças do tipo “COLLIN” (atraumáticas) são também conhecidas como “collin oval”. As pinças do tipo “FOERSTER” que são um tipo de pinça longa, são também empregadas em curativos profundos, segurando compressas de gaze, sendo úteis também para a etapa de anti-sepsia do paciente.PINÇA DE FOERSTER
 
As pinças anatômicas são instrumentos cirúrgicos empregados de forma acessória em procedimentos de preensão. Dentre as mais usadas, destacam-se as pinças do tipo “HADSON” as do tipo “POTTS SMITH” e as pinças do tipo “NELSON”. 
Os instrumentais que possuem a função de separar são também conhecidos como afastadores. Os instrumentais para separação ou afastadores, classificam-se em 3 diferentes tipos.
	RETRATORES ou AFASTADORES
Os retratores são usados para abrir as cavidades de acesso à manipulação cirúrgica. 
Podem causar lesões muito grandes nos tecidos, se usados impropriamente. 
Afastadores dinâmicos: São instrumentais que deverão ser empunhados pelo médico-cirurgiao, com o objetivo de expor a observação do campo operatório desejado.
Destacam-se os do tipo:
. 
Afastadores Auto Estáticos: São instrumentos que após serem posicionados pelo médico-cirurgiao, manterão o campo aberto, sem que haja a necessidade de empunhadura permanente. É comum utilizar em cirurgias como traqueostomias. 
Uma compressa embebida em solução salina morna deve ser usada entre o retrator e os tecidos, de maneira a proteger as bordas de uma incisão abdominal ou torácica. 
Diversos: São os demais instrumentais de separação ou afastadores que não se enquadram nas duas classes acima descritas. São espátulas, algumas rígidas e outras maleáveis, de acordo com o proposito desejado. 
Especiais: 
As pinças de campo têm por finalidade fixar os campo, fenestrados ou não, à derme do paciente, impedindo que a sua posição seja alterada durante o ato cirúrgico. Sua extremidade é aguda, curva para a preensão do campo e da pele do paciente. As mais comuns são as pinças de “BACKHAUS”.
	SÍNTESE 
Incluímos neste grupo as agulhas cirúrgicas, os porta-agulhas e os fios cirúrgicos. 
As agulhas são instrumentos perfurantes que tem como objetivo, juntamente com os fios cirúrgicos, recompor os tecidos lesionados, sejam eles internos ou externos, por meio do procedimento denominado sutura. 
As AGULHAS CIRÚRGICAS são classificadas quanto ao formato: 
RETAS: Destinadas a realização de procedimentos de sutura do tecido epitelial, sem o emprego do porta-agulha. 
CURVAS: As agulhas meio-circulo possuem uma curvatura bem maior do que as agulhas semirretas, e são eficazes na sutura de tecidos profundos. 
LANCEOLADAS: São agulhas de secção triangular e são utilizadas em tecidos mais resistentes como a sutura da aponeurose dos músculos. 
CILÍNDRICAS: São agulhas de secção circular e muito empregadas na sutura de tecidos delicados e sensíveis, tais como a reconstituição de vasos sanguíneos rompidos. 
A classificação das agulhas ainda pode ser feita em relação ao fio cirúrgico que será utilizado na sutura: 
Com fio pré-passado: A agulha já vem de fabrica montada juntamente com o fio cirúrgico. A base da agulha é interligada com o inicio do fio, não havendo nenhum desnível. Trata-se de agulha não traumática, por possuir um calibre regular e uniforme na junção com o fio. 
Com fio a passar: A agulha não vem montada de fabrica com o fio. Será necessário monta-la, passando o fio cirúrgico desejado, pelo orifício da agulha. 
O PORTA- AGULHA tem o objetivo de segurar a agulha durante os processos de sutura. Não se usam porta-agulhas com agulhas retas, apenas curvas. Entre os mais empregados destacam-se o porta agulha do tipo “MAYO-HEGAN” e o porta-agulha do tipo “MATHIEU”
Os FIOS CIRÚRGICOS podem ser classificado em dois grupos básicos: 
Absorvíveis: Os fios vão sendo gradativamente absorvidos pelo organismo, ate desaparecerem por completo. Nestes casos temos o fio CATEGUTE-SIMPLES que são feitos de fibras de tripas de carneiro e o fio CATEGUTE-CROMADO, nesse caso o fio categute é tratado quimicamente com um banho de cromo. O objetivo desse fio cromado é frear o tempo de absorção pelo organismo, mantendo-se a tensão do fio por um período de tempo maior. Esse tipo de material é escolhido, quando se deseja maior segurança quanto a durabilidade da sutura para que as partes seccionadas possam se unir.
Não absorvíveis: São fios que não são absorvidos pelo nosso organismo. Caso não sejam removidos posteriormente, irão ficar de forma definitiva na região suturada. Dentre esses fios podemos relacionar o de NYLON, o de ALGODÃO, o fio de SEDA, o de AÇO e o fio de MERSILENE que é composto por uma substancia sintática não absorvida pelo organismo. 
INSTRUMENTAIS PARA DIVERSOS FINS 
Os campos cirúrgicos são peças de pano com objetivo de isolar o campo operatório que será alvo da cirurgia, das demais partes do corpo dopaciente. Os campos cirúrgicos são, portanto, panos esterilizados, evitando assim, o risco da equipe cirúrgica tocar nas demais partes d pele do paciente e contaminas as roupas, luvas e instrumentais cirúrgicos. 
CUIDADOS NO MANUSEIO DO INSTRUMENTAL CIRÚRGICO
Os instrumentais cirúrgicos devem ser usados somente para a finalidade que lhe foi atribuída. O uso correto e os cuidados razoáveis prolongam sua vida útil e protegem a sua qualidade. 
As tesouras e as pinças, que frequentemente são usadas de forma irregular, podem sofrer desalinhamento, danificações como quebras e rachaduras, quando usadas inadequadamente. 
Deve-se evitar jogar de forma violenta, deixar cair e colocar equipamento pesado sobre eles. Durante os procedimentos, o instrumental usado deve ser limpo com uma compressa úmida, ou colocado dentro de uma bacia com agua destilada estéril, para evitar que o sangue seque sobre o instrumental. 
O soro fisiológico nunca deve ser utilizado sobre os instrumentos, pois o seu conteúdo de sal pode ser corrosivo, aumentando a ferrugem ou deterioração do metal. 
No fim do procedimento, os instrumentais não devem ser colocados todos juntos num amontoado. Eles devem ser manejados individualmente ou em pequenos grupos.
Os princípios das precauções universais devem ser aplicados conforme foi dito pela politica institucional. 
Obrigatoriamente, os instrumentais devem estar completamente limpos para assegurar esterilização eficaz. Todo instrumental deve ser inspecionado antes e após cada uso para se detectar imperfeiçoes. 
Todos os instrumentais devem ser verificados quanto a pontos de desgaste, saliências, denteamento, rachaduras ou pontar agudas. 
MONTAGEM DA MESA BÁSICA
A montagem da mesa cirúrgica tem o objetivo de facilitar e organizar o trabalho do instrumentador cirúrgico e consequentemente, do cirurgião. É uma forma de racionalizar o ato cirúrgico tornando-o mais eficaz. Para a montagem da mesa, o auxiliar e o instrumentados, já paramentados, deverão escolher o local da sala menos movimentado iniciando sistematicamente a organização da mesa cirúrgica. 
As mesas auxiliares devem ser protegidas com uma folha de borracha que, ao mesmo tempo em que amortece o choque dos instrumentos com o tampo metálico, impermeabiliza a cobertura da mesa que, se molhada por soro ou secreções, perderia seu poder de barreira antibacteriana, com possibilidade de contaminação dos objetos nela inseridos. 
Organização da mesa da direita para a esquerda, dividindo-se a mesa cirúrgica em 12 partes ou áreas: 
Área 1 – Coloca-se o bisturi com a lâmina para baixo a esquerda. Certas operações requerem tipos especiais de bisturis. 
Área 2 – São colocadas as tesouras curvas delicadas (METZENBAUM) e forte (MAYO) com as pontas viradas para o instrumentador e com a curvatura para baixo, contra a mesa. 
Área 3 – São colocadas as pinças hemostáticas tipo KELLY do mesmo modo que as tesouras. De preferencia curvadas e no mínimo de seis a oito. Como o sentido de tomada é da direita para a esquerda por questão de economia de espaço, acham-se sobrepostas, estando a da direita superiormente colocada em relação as outras e assim sucessivamente. 
Área 4 – Denominada também de área de uso versátil, onde colocam-se instrumentais do tipo MIXTER, MOYNIHAN e outros do tipo hemostático, de acordo com a cirurgia. 
Área 5 – Colocada a KOCHER reta
Área 6 – Serão colocadas pinças com e sem dentes
Área 7 – São dispostos os porta-agulhas, sendo a única exceção na mesa do instrumentador, que se coloca com os anéis para baixo. No caso, já segurando agulhas montadas. Note que a ponta da agulha indica para cima, a fim de não furar o plano da mesa evitando contaminação. 
Área 8 – Colocam-se pinças de preensão do tipo BABCOCK, ALLIS e DUVAL, ou outros instrumentais complementares do mesmo tipo, ditados pelas necessidades da intervenção cirúrgica em causa. 
Área 9 – Coloca-se as pinças de campo BACKHAUS, no mínimo quatro. 
Área 10 – Colocam-se pinças, tesouras e porta-agulhas longos. 
Área 11- Serão colocadas compressas dobradas, que seguram fios pré-cortados como seda e algodão, e sobre ela outros tipos de fios e agulhas. 
Área 12 – É de uso versátil, neste caso apresentando agrafes. 
É rotina a montagem da mesa básica, observando-se regras para a distribuição dos instrumentais cirúrgicos: O material de DIÉRESE permanece no canto inferior esquerdo, o de SÍNTESE no canto superior esquerdo, o material de HEMOSTASIA e preensão no meio da mesa, inferiormente, sendo os afastadores no canto superior. 
RISCO CIRÚRGICO
Permite a padronização dos procedimentos utilizando as tabelas de Goldman, New York Heart Association -NYHA e ASA. Possibilita uma rápida emissão do laudo de risco cirúrgico.
Avaliação de Risco Cirúrgico 
O propósito da avaliação pré operatória é verificar o estado clínico do paciente, gerando recomendações sobre a avaliação, manuseio e risco de problemas em todo o período per-operatório e definir o risco cirúrgico que o paciente, o anestesista, o assistente e o cirurgião podem usar para tomar decisões que beneficiem o paciente a curto e longo prazo. Deve-se definir os exames mais apropriados e estratégias de tratamento para otimizar o cuidado do paciente, evitando-se exames desnecessários e permitindo o acompanhamento a curto e longo prazo. É fundamental reduzir-se o risco do paciente. 
Avaliação Pré-Operatória 
Hoje é sabido que baterias de testes não substituem a anamnese e o exame físico acurados. Durante a consulta devem ser avaliados os fatores intrínsecos do paciente que aumentam o risco cirúrgico e o procedimento a ser realizado. Em idosos, é muito importante conhecer os reais benefícios da indicação cirúrgica. O procedimento deve considerar o pré-, o per- e o pós-operatório, com ênfase no desempenho funcional do paciente.
Identificação dos fatores de risco do paciente que interferem no risco cirúrgico : anamnese, exame físico e exames laboratoriais.
A anamnese e o exame físico bem feitos ainda são a melhor forma de se fazer o screening das doenças. O diagnóstico clínico( e não os resultados laboratoriais) é a base para a mudança nos planos operatórios. Durante o stress per operatório o aparelho cardiovascular é o mais sobrecarregado e deve ter prioridade na avaliação. Sabe-se que “pacotes” de exames laboratoriais padronizados não são bons instrumentos de screening de doenças, além de gerarem gastos elevados e desnecessários. Representam também um risco potencial para os pacientes e risco médico legal para o assistente. 
O exame pré operatório útil é aquele que sugere uma mudança na conduta durante o cuidado com o paciente. Testes pré operatórios com resultados normais ou limítrofes são inúteis. Além disso, se um exame gera um novo problema para o paciente ou atrasa seu procedimento este exame traz prejuízo para o paciente. Sendo assim, muitos exames têm uma relação custo/benefício desfavorável.
Os pacientes que se beneficiam dos exames laboratoriais são aqueles que têm fatores de risco, sintomas ou dados na história que tornam os exames necessários por ter sido levantada alguma hipótese diagnóstica.
Os requisitos que tornam o exame pré - operatório útil são os seguintes: 
a) Deve indicar um grande risco de morbidade per operatória que pode ser reduzida pelo tratamento pré - operatório . 
b) As alterações não são detectáveis pela anamnese e exame físico. 
c) A patologia investigada tem prevalência suficiente na população para justificar o risco do screening.
d) Deve ter boa sensibilidade e especificidade para proporcionar boa relação custo / benefício
A influência do procedimento cirúrgico em si na avaliação do risco cirúrgico. 
De acordo principalmente com o grau de agressão, trauma tecidual e perdas sangüíneas , os procedimentos cirúrgicos são distribuídos nas seguintes categorias:
Considerando-se ainda os pacientes assintomáticos, aqueles submetidos a procedimentos do tipo A não precisam submeter-se a exames laboratoriais. Já no que diz respeito aos procedimentos dos tiposB ou C, os exames laboratoriais são freqüentemente necessários.
Exames pré operatórios mais comumente indicados nos procedimentos B ou C
RX de Tórax é indicado para : 
a) maiores de 75 anos; 
b) sintomáticos; 
c) pacientes com fatores de risco para doença pulmonar.
ECG é indicado para: 
a) Homens acima de 40 anos submetidos a procedimentos B ou C 
b) Mulheres acima de 50 anos submetidos a procedimentos B ou C 
c) Deve-se repetir o ECG se o realizado foi feito há mais de 2 meses
Hemoglobina, Hematócrito e Leucograma: O leucograma é raramente útil no pré operatório. O eritrograma está indicado nas seguintes situações (para procedimentos dos tipos B e C). 
a) pacientes sintomáticos 
b) Acima de 64 anos de idade
Exames bioquímicos, Provas de coagulação e urina-rotina: Os exames bioquímicos cujos resultados são capazes de alterar a conduta são as provas de função hepática e renal. Normalmente alterações significativas referem-se à glicemia e à uréia . As dosagens de uréia e glicose estão indicadas para os pacientes acima de 65 anos. 
O coagulograma está indicado para pacientes com história de sangramento; Os testes de coagulação estão indicados também para pacientes submetidos a cirurgias em espaços fechados e em condições em que a homeostase cirúrgica não pode ser garantida (e comumente é afetada).
CLASSIFICAÇÃO ASA - Avaliação pré anestésica
Há poucos dados da literatura que permitam a definição de critérios rígidos na elaboração de guidelines. O momento ideal para a avaliação pré operatória e quem deve fazê-la ainda não foi definido. Apesar disso a ASA sugere o uso de um algoritmo na avaliação do risco cirúrgico. Neste é considerado o risco para o paciente, que tem como principais componentes a natureza da condição clínica pré operatória do paciente e a natureza do procedimento em si. A Classificação da ASA é baseada na análise da mortalidade.
Não são considerados a morbidade e os problemas administrativos. Embora esse sistema ainda deva ser testado neste formato, ele é útil para a classificação do risco cirúrgico. O risco pode também ser definido como baixo, médio ou elevado. Tal avaliação é feita após a análise do fluxograma proposto:
1 – O paciente pode ser avaliado no próprio dia da cirurgia, baseado nos dados pré operatórios disponíveis. 
2 - Paciente geralmente se beneficia da avaliação pré operatória, dependendo da condição de base e do procedimento proposto. 
3 – Paciente que deve passar por avaliação pré operatória.
ASSISTENCIA AO PACIENTE CIRURGICO 
O pré-operatório é o período de tempo que tem inicio no momento em que se reconhece a necessidade de uma cirurgia, e termina no momento em que o paciente chega a sala de operação. 
Observa-se que se trata de um período bem delimitado, apresentando começo e fim, e que tem duração relativamente longa, dependendo da classificação do tratamento cirúrgico, quanto ao momento operatório.
O período pré-operatório subdivide-se em MEDIADO (desde a indicação para a cirurgia até o dia anterior a ela) E IMEDIATO (corresponde as 24 horas anteriores a cirurgia).
MEDIATO: O cliente é submetido a exames que auxiliam na confirmação do diagnostico e que auxiliarão o planejamento cirúrgico, o tratamento clinico para diminuir os sintomas e as precauções necessária para evitar complicações pós-operatórias.
IMEDIATO: Corresponde as 24 horas anteriores a cirurgia e tem por objetivo preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical, preparo da pele – banho com soluções antissépticas e aplicação de medicação pré-anestésica. A tricotomia quando indicada, será realizada 2 horas antes da cirurgia para evitar colonização da pele. 
De modo geral, a assistência prestada ao paciente, neste período, consiste na avaliação e preparo tanto físico quanto emocional para a cirurgia. 
No pré-operatório deve-se:
Promover o preparo emocional do paciente
Orientar quanto a dor e náuseas 
Orientar quanto a deambulação precoce, ensinar movimentos ativos dos MMII
Mensurar dados antropométricos (peso e altura), sinais vitais para posteriores comparações 
Encaminhas para realizar exames de sangue, raio X, ECG, TC e outros 
Prevenir complicações anestésicas (Jejum de 8 a 12 horas para que não haja aspiração de resíduos alimentares por ocasião da anestesia – redução dos reflexos) 
Prevenir complicações com relação a infecção (higiene pessoal do paciente, tricotomia)
Preparo do intestino quando indicado dias antes ou na noite anterior a cirurgia (lavagem intestinal, enteroclisma, enema)
Remoção de joias, anéis, próteses dentarias, lente de contato
Esvaziamento da bexiga
Verificar sinais vitais antes de encaminhar ao CC 
Administrar medicamento pré anestésico 
Vestir o paciente (camisola, propé) 
Promover limpeza e arrumação da unidade e encaminhar o paciente ao CC
O período Transoperatório compreende desde o momento em que o paciente é recebido no CC ate o momento de seu encaminhamento para a sala de pós recuperação anestésica (SRA)
No período Transoperatório deve-se: 
Receber o paciente no CC, apresentar-se ao paciente, verificar a pulseira de identificação e o prontuário. 
Confirmar informações sobre o horário de jejum, alergias, doenças anteriores como condutas de segurança
Encaminhas o paciente a sala de operações 
Colocar o paciente na mesa cirúrgica de modo confortável e seguro 
O período intra-operatório compreende desde o inicio até o final da anestesia. 
No período intra-operatório deve-se
Monitorizar o paciente e mante-lo aquecido
Auxiliar a equipe cirúrgica a posicionar o paciente para a cirurgia
Auxiliar o anestesiologista durante a indução anestésica 
Realizar o cateterismo vesical do paciente quando necessário 
Proteger a pele do paciente durante a antissepsia com produtos químicos, promover o massageamento ou realizar enfaixamento dos membros, evitando a formação de trombos vasculares 
Registrar todos os cuidados prestados 
O pós-operatório é o período que se inicia a partir da saída do paciente da sala cirúrgica e perdura ate a sua total recuperação. Subdivide-se em: 
IMEDIATO (POI): Período de recobro e primeiras 24 horas posteriores a cirurgia. 
MEDIATO: Após 24 horas até alta hospitalar. 
TARDIO: Inicia-se após a alta e dura enquanto o paciente necessitar de atenção especial. 
Objetivos: Identificar, prevenir e tratar os problemas comuns aos procedimentos anestésicos e cirúrgico, tais como dor, laringite pós-entubação traqueal, náuseas, vômitos, retenção urinaria, flebite pós-venóclise e outros, com a finalidade de restabelecer o seu equilíbrio. 
Após o processo cirúrgico o paciente é encaminhado a sala de recuperação pós-anestésica, onde permanece monitorado por um período de 6 horas para que possa ser liberado para a unidade de internação ou unidade de terapia intensiva. O período de recuperação anestésica é considerado crítico, pois os pacientes encontram-se muitas vezes inconscientes, entorpecidos e com diminuição dos reflexos protetores. 
No período pós-operatório deve-se: 
A enfermagem deve estar voltada para a individualidade de cada paciente, desde a admissão até a alta da unidade (prestando também informações aos familiares que aguardam noticias) 
Receber e transferir o paciente da maca para o leito com cuidado, observando sondas, soro, etc 
Posicionar o paciente no leito conforme o tipo de anestesia 
Verificar e registrar SSVV 
Avaliar o estado de consciência (sonolência) 
Avaliar drenagens e soroterapia 
Administrar medicações conforme prescrição 
Realizar movimentos dos MMSS e MMII livres se possível 
Controlar a diurese 
Administrar oxigênio umidificado
Assistir psicologicamente o paciente e os familiares 
Observar e relatar as seguintes situações: Pulmonares – (cianose, dispneia, agitação); Urinarias – (infecção e retenção urinária); Gastrointestinais – (náuseas, vômitos, constipação, sede); Vasculares – (cianoses e edemas); da ferida operatória – (avaliar condição local da cirurgia: Hemorragia,infecção e deiscência) e choque. 
Usa-se a ESCALA DE ALDRETE E KROULIK para avaliar a recuperação anestésica, que permite a avaliação dos seguintes parâmetros: Atividade do paciente, respiração, circulação, consciência e saturação de oxigênio. Atribui-se uma pontuação que varia de 0 a 2 para cada parâmetro, na qual o 0 indica condições de maior gravidade, o 1 corresponde a um nível intermediário e o 2 representa a melhor função. 
O enfermeiro faz o diagnostico de enfermagem para posteriormente, traçar um plano assistencial. Alguns exemplos de diagnósticos reais e potenciais: 
Integridade tissular prejudicada
Integridade de pele prejudicada
Mobilidade física prejudicada
Deficit no auto cuidado
Risco de quedas 
Risco para infecção
Risco para aspiração 
Percepção sensorial perturbada
Risco para função respiratória alterada
Hipotermia (comum devido a CEC, refrigeração da sala cirúrgica e a recuperação)
Risco para temperatura corporal desequilibrada
Nutrição desequilibrada: maior que as necessidades corporais 
Dor aguda 
Entre outros... 
Os principais fatores de risco para infecção pós operatório são: a exposição ambiental, os procedimentos invasivos, a manipulação e antecedentes pessoais como diabetes, IRC, idade e outras condições clinicas associadas. 
DRENOS
São usados em diversos contextos para possibilitar o escapamentos de liquido de uma cavidade corporal especifica. As indicações para colocação de controle de drenos são especificas de cada tipo de dreno. 
Podem ser classificado em: 
Dreno aberto. EX: PENROSE
Dreno de sucção fechada 
Dreno de reservatório
Cateteres para drenagem de abcesso
DRENO DE PENROSE
É um dreno de borracha, tipo látex, utilizado em cirurgias que implicam em possível acumulo local de líquidos infectados, ou não, no período pós operatório. Seu orifício de passagem deve ser amplo e ser posicionado a menor distancia da região a ser drenada, não utilizando o dreno por meio da incisão cirúrgica e, sim, por meio de uma contra incisão.
Para evitar depósitos de fibrina que possam obstruir seu lúmen, o dreno de penrose deve ser observado e mobilizado a cada 12 horas, ou seja, tracionado em cada curativo (exceto quando contra indicado). Cortado seu excesso e recolocado o alfinete de segurança estéril, usando luva esterilizada. O orifício de saída deve ser ocluído com gaze estéril, devendo este curativo ser substituído sempre que necessário.
DRENO DE SUCÇÃO (PORTOVAC)
É composto por um sistema fechado de drenagem pós-operatoria, de polietileno, com resistência projetada para uma sucção continua e suave. 
Possui uma bomba de aspiração com capacidade de 500ml, com um cordão de fixação, uma extensão intermediaria em PVC com pinça corta-fluxo e um conector de duas ou três vias, e um cateter de drenagem com agulha de aço cirúrgico utilizada para perfurar o local de passagem do dreno. 
É usado para drenagem de liquido seroso ou sanguinolento, de locais de dissecção ou da área de anastomoses intraperitoneais. Seu objetivo é facilitar a coaptação dos tecidos adjacentes e impedir o acumulo de soro e a formação de hematoma. Uma das principais complicações são a erosão do dreno em órgão ou vasos circunvizinhos e a ruptura do cateter ao ser retirado. 
DRENO DE ABRAMSOM
São tubos de grande calibre e luz múltipla e tem as seguintes finalidades: 
- Irrigação e aspiração contínua;
- Usado mais comumente para drenar espaços intra-abdominais que se espera drenar grande volume de liquido. 
DRENO DE KERR
É introduzido nas vias biliares extra-hepáticas, sendo utilizado para drenagem externa, descompressão, ou ainda, após anastomose biliar, como prótese modeladora, devendo ser fixado por meio de ponto da parede duodenal lateral ao dreno, tanto quanto na pele, impedindo sua saída espontânea.
CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO
A Central de material esterilizado é uma unidade de apoio técnico a todas as áreas assistenciais, responsável por tarefas como processamento, limpeza, preparo, esterilização, estocagem e distribuição de artigos médico-hospitalares a todas as unidades consumidoras. 
As atividades desenvolvidas pela central de material esterilizado seguem a normatização da RDC nº 307 que determina as seguintes atividades básicas: 
Receber, desinfetar e separar os artigos médico-hospitalares; 
Realizar a lavagem dos artigos;
Receber as roupas vindas da lavanderia; 
Preparar os artigos medico-hospitalares;
Preparar as roupas em pacotes;
Esterilizar as roupas e artigos hospitalares por meio de métodos físicos e/ou químicos; 
Realizar o controle biológico e de validade dos artigos esterilizados; 
Armazenar as roupas e artigos medico-hospitalares
Distribuir os materiais e pacotes de roupas esterilizadas. 
Proteger e zelar pela segurança dos profissionais que trabalham na central de materiais. 
LOCALIZAÇÃO - A central de material esterilizado deve estar localizada preferencialmente próxima das unidades fornecedoras como lavanderia, almoxarifado, farmácia e ter um fácil acesso aos setores consumidores, principalmente o centro cirúrgico e o centro obstétrico, o pronto socorro e as unidades de terapia intensiva. 
Consideramos as seguintes áreas em uma central de material esterilizado: 
Área Suja: Expurgo, destinado ao recebimento e lavagem dos artigos encaminhados pelas diversas unidades; 
Área Limpa: Destinada ao preparo dos materiais e da montagem da carga do processo de esterilização; 
Área Estéril: Destinada a retirada dos materiais e roupas já esterilizados e acondicionamento destes materiais. 
FLUXO DE MATERIAIS: O Fluxo na CME deve ser unidirecional e continuo, evitando desta forma o cruzamento de artigos sujos com os limpos. Os profissionais que trabalham na área suja não podem transitar pela área limpa e vice-versa.
FLUXOGRAMA DA CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO 
Os profissionais que trabalham na CME são: 
Enfermeiro: Responsável pelo estabelecimento de rotinas do setor e pelo gerenciamento de toda a unidade 
Técnico de Enfermagem: Desempenhar atividades com um nível de complexidade intermediaria 
Auxiliar de Enfermagem: Responsável pelo processo de esterilização dos artigos medico-hospitalares e roupas 
Auxiliar administrativo: Responsável por realizar o serviço administrativo
Auxiliar de limpeza: Responsável pela higienização da estrutura física da central de material
CLASSIFICAÇÃO DE ARTIGOS
Os artigos processados na CME são divididos em 3 classificações, são elas: 
Artigos Críticos: São produtos ou artigos utilizados em procedimentos invasivos, ou seja, que há penetração na pele, mucosas, em tecidos subepiteliais e também no sistema vascular, incluindo ainda todo e qualquer material que esteja conectado diretamente com essas regiões do corpo. Exemplos: Agulhas, bisturis, implantes cirúrgicos, cateteres intravenosos, instrumentais cirúrgicos e soluções injetáveis. Estes artigos devem sempre passar por um processo de esterilização. 
Artigos Semicríticos: São aqueles produtos ou artigos que entram em contato com a pele não integra do paciente, mesmo restrito as suas camadas, ou ainda aqueles que entram em contato com a mucosa integra como, por exemplo, a sonda nasoenteral e equipamentos utilizados na manutenção do aporte respiratório. Estes artigos requerem desinfecção de alto nível ou ate mesmo a esterilização. 
Artigos não críticos: São os produtos ou artigos que entram em contato com a pele integra do paciente ou mesmo aqueles que nem chegam a ter contato direto com o paciente. Exemplo: Termometros, esfigmomanometro e artigos destinados a higiene pessoal dos pacientes. Nestes artigos não há necessidade de utilizar o processo de esterilização e sim apenas um processo de desinfecção de baixo ou médio nível. 
LIMPEZA DOS ARTIGOS
Iniciaremos com a limpeza dos artigos que consiste na remoção da sujidade visível, orgânica e inorgânica, deste artigo buscando sempre a retirada da carga microbiana que se encontra em cada tipo de artigo médico,hospitalar. 
É uma etapa primordial, essenciale indispensável para o reprocessamento de todos os tipos de artigos, seja ele critico, semicrítico ou não critico. É a primeira fase do processo de esterilização e deve sempre preceder as etapas de desinfecção e esterilização.
É importante ressaltar que nenhum processo substitui a limpeza.
Limpeza manual dos artigos: É um procedimento realizado manualmente, onde a sujidade é removida por meio da ação física aplicada sobre a superfície do artigo, utilizando detergente, agua e artefatos como escova e esponjas. 
Limpeza mecânica dos artigos: É um processo onde se utiliza tecnologia automatizada que combina temperatura, tempo, produto químico e ação mecânica. 
Objetivos da limpeza dos materiais: 
Remover completamente a sujidade dos artigos; 
Garantir a eficiência e eficácia do processo de desinfecção e esterilização; 
Preservar os artigos;
Prevenir deterioração; 
Restaurar aparência; 
Remover e reduzir a carga microbiana presente;
Extrair contaminantes orgânicos e inorgânicos 
DESINFECÇÃO DOS ARTIGOS
É o processo de eliminação e destruição de microorganismos, patogênicos ou não, em sua forma vegetativa, que estejam presentes nos artigos e objetos, pela aplicação de agentes físicos ou químicos, capazes de destruir esses agentes em um intervalo de tempo operacional de 10 a 30 minutos.
O objetivo principal da desinfecção é evitar a propagação dos focos de infecção de um paciente para outro. 
Tipos de desinfecção: 
Desinfecção de alto nível (Pasteurização)
Desinfecção de nível intermediário
Desinfecção de baixo nível 
ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS
O processo de esterilização utiliza de agentes químicos ou físicos para destruir todas as formas de vida microbiana que podem estar alojadas nos materiais e instrumentais cirúrgicos. 
Podemos considerar um instrumental estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microrganismos que o contaminavam é menos do que 1:1.000.000
A esterilização pode ser realizada por meio de processos físicos, químicos ou físico-químicos
ASSEPSIA E ANTISSEPSIA
Podemos definir assepsia como um conjunto de medidas que os profissionais de saúde necessitam realizar para manter o paciente ou o meio em que este paciente está, isento de micro-organismos patogênicos. 
A antissepsia refere-se a desinfecção de tecidos ou organismos vivos com o uso de antissépticos, com o objetivo de reduzir micro-organismos na superfície da pele. 
Alguns conceitos importantes: 
Degermação: Está relacionada com a diminuição do numero de micro organismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com agua e sabão. 
Fumigação: É a dispersão sob a forma de partículas, de agentes desinfetantes como gases, líquidos ou sólidos. 
Desinfecção: É o processo pelo qual se destroem particularmente os germes patogênicos ou se inativa sua toxina ou ainda inibe o seu desenvolvimento. 
Os esporos não são necessariamente destruídos. 
Esterilização: É o processo de destruição de todas as formas de vida microbriana, ou seja, bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, vírus e fungos, mediante a aplicação de agentes físicos e químicos. 
Germicidas: São meios químicos utilizados para destruir todas as formas microscópicas de vida e são designadas pelos sufixos “CIDA” e LISE”, como por exemplo: Fungicida, bactericida, virucida e bacteriólise. 
TERMINOLOGIA CIRÚRGICA
Objetivos: Fornecer por meio da forma verbal ou escrita uma definição do termo cirúrgico; 
Descrever os tipos de cirurgia; 
Preparar os instrumentais e equipamentos cirúrgicos de forma apropriada para cada tipo de cirurgia. 
PREFIXO:
Designa a parte do corpo relacionada com a cirurgia
SUFIXO:
Indica o ato cirúrgico realizado
Adeno – glândula 
Angio – Vasos sanguíneos
Bléfaro – Pálpebra 
Cisto – Bexiga
Cole – Vesicula
Colo – Cólon
Colpo – Vagina
Entero – Intestino Delgado
Espleno – Baço
Flebo - Veias
Gastro – Estomago
Histero – Útero
Laparo – Parede abdominal
Masto - Mamas
Nefro - Rim
Oto – Ouvido
Oftalmo – Olho 
Ooforo – Ovário
Orqui – Testículo
Osteo – Osso
Procto – Reto e anus
Rino – Nariz 
Tráqueo – Traqueia 
Salpingo – Tuba uterina
Otomia – Abertura de um órgão com ou sem dreno
Stomia – Abertura cirurgica de uma nova boca
Ectomia – Remoção parcial ou total de um órgão
Ráfia – Suturar 
Pexia – Fixação de um órgão
Plastia – Alteração da forma ou função
Scopia – Visualizar o interior do corpo
	Cirurgias terminadas em ECTOMIA:
Apendicectomia – Remoção cirúrgica do apêndice;
Cistectomia – Remoção da bexiga; 
Colecistectomia – Remoção cirúrgica da vesícula biliar
Craniectomia – Operação para retirar parte do crânio 
Embolectomia – Remoção de um êmbolo
Esplenectomia – Retirada do baço
Fistulectomia – Retirada da fístula
Gastrectomia – Retirada total ou parcial do estomago
Hemorroidectomia – Remoção das hemorroidas
Hepatectomia – Remoção parcial do fígado
Histerectomia - Extirpação do útero
Laringectomia – Extirpação da laringe
Mastectomia – Retirada da mama
Ooforectomia – Remoção dos ovários
Orquidectomia – Retirada dos testículos
Pneumectomia – Remoção dos pulmões
Prostatectomia – Remoção da próstata
Retossigmoidectomia – Remoção do intestino sigmoide e reto
Salpingectomia – Extirpação total ou parcial da tuba uterina
Tireoidectomia – Remoção da tireóide
	Cirurgias terminadas em RAFIA
Colporrafia – Sutura da vagina
Gastrorrafia – Sutura do estomago 
Herniorrafia – Sutura da hérnia
Palatorrafia ou Estafilorrafia – Sutura da fenda palatina
Osteorrafia – Sutura do osso ou colocação de fio metálico em osso 
Perineorrafia – Sutura do períneo 
Tenorrafia – Sutura do tensão
	Cirurgias terminadas em PEXIA
Histeropexia – Fixação do útero na parede abdominal ou na vagina 
Nefropexia – Fixação do rim na parede abdominal posterior
Cistopexia – Fixação da bexiga na parede abdominal
Orquidopexia – Fixação do testículo no escroto
Retinopexia – Fixação da retina
	Cirurgias terminadas em SCOPIA
Broncoscopia – Exame com visão direta dos brônquios 
Cistoscopia – Exame com visão direta da bexiga
Colposcopia – Exame com visão direta da vagina 
Esofagoscopia – Exame com visão direta do esôfago
Gastroscopia – Exame com visão direta do estomago 
Endoscopia – Exame com visão direta de órgãos internos (TGI)
Laringoscopia – Exame com visão direta da laringe
Laparoscopia – Exame com visão direta dos órgãos abdominais
Uretoscopia – Exame com visão direta da uretra
Sigmoidoscopia – Exame com visão direta do sigmoide 
	Cirurgias terminadas em OTOMIA
Artrotomia – Abertura cirúrgica de articulação
Cardiotomia – Incisão no esfíncter cárdia ou incisão no coração 
Coledocotomia – Exploração e drenagem do ducto biliar 
Coledocolitotomia – Incisão do colédoco para retirar calculo 
Hepatotomia – Incisão cirúrgica no fígado 
Flebotomia – Abertura da veia para colocação de intra-carth
Laparotomia – Abertura da cavidade abdominal 
Litotomia – Incisão de um órgão para retirar calculo
Osteotomia – Secção cirúrgica parcial, superficial ou profunda de osso (terapêutico)
Pielotomia – Incisão do bacinete renal 
Toracotomia – Abertura do tórax
	Cirurgias terminadas em OSTOMIA
Citostomia – Abertura da bexiga para drenagem de urina 
Colecistostomia – Incisão da vesícula biliar para drenagem 
Colostomia – Operação para formar abertura artificial no colón 
Gastrostomia – Formação cirúrgica de fistula gástrica na parede abdominal para introduzir alimentos 
Ileostomia – Formação de abertura artificial no íleo 
Jejunostomia – Formação de abertura artificial no jejuno 
	Cirurgias terminadas em PLASTIA
Artroplastia – Reconstrução da articulação com a finalidade de restaurar o movimento e a função da mesma 
Queiloplastia – Reparação de defeitos dos lábios 
Rinoplastia – Cirurgia plástica no nariz 
Toracoplastia – Cirurgia plástica no tórax 
Salpingoplastia – Operação plástica na tuba uterina 
	Terminologias Diversas
Amputação – Retirada total ou

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