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Urinálise: Diagnóstico e Funções Renais


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URINÁLISE
É usada como um recurso de triagem ou de diagnóstico porque detecta anormalidades de substâncias e de células associadas a DISTURBIOS RENAIS ou metabólicos e INFECÇÕES URINÁRIAS. Pode ser também em intervalos, para acompanhar a evolução de um problema antes e após o tratamento.
Quando o exame é pedido?
A urinálise pode ser pedido como um exame de rotina antes de uma internação, de uma cirurgia ou durante a gravidez. É pedida sempre quando há sinais e sintomas de infecção urinária ou de doença renal. Alguns desses sinais: -Dor abdominal; -Dor nas costas; -Micção frequente ou dolorosa; -Sangue na urina;
O que significa o resultado do exame? 
A urinálise é um excelente exame de triagem porque é de execução relativamente simples e fornece indicações de muitos distúrbios possíveis. Por outro lado, resultados normais não excluem doenças. As anormalidades na urina podem não ocorrer no início da doença, ou aparecer esporadicamente, não sendo percebidas em uma amostra específica de urina. 
URINÁLISE = estudo físico-químico e do sedimento urinário, observando-se também os caracteres bacteriológicos e citológicos da urina;
PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS RINS
-Produção de urina para exercer as suas funções excretórias: substâncias tóxicas oriundas do metabolismo; substâncias exógenas.
-Manter o equilíbrio de eletrólitos no corpo humano, tais como: Sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato, hidrogênio, Cloro e outras.
-Regular o equilíbrio ácido-básico, mantendo constante o pH sanguíneo.
-Regular a osmolaridade e volume de líquido corporal.
-Produção de Hormônios: eritropoietina (estimula a produção de hemácias), aldosterona (eleva a pressão arterial).
ANATOMIA FUNCIONAL DOS RINS
• O rim adulto pesa aproximadamente 150g.
• 2 regiões distintas: córtex e medula.
• Néfron: unidade estrutural básica dos rins.
Cada rim possui aproximadamente de 1 a 1,5 milhões de néfrons.
A capacidade renal de depurar seletivamente reíduos provenientes do sangue e, ao mesmo tempo, manter o euilíbrio eletrolítico no organismo é cotrolada pelos néfrons por meio das seguinte funções renais: 
-Fluxo sanguíneo renal; -Filtração glomerular; - Reabsorção tubular; -Secreção tubular;
FORMAÇÃO DA URINA:
Continuamente formada pelos rins – ultrafiltrado do plasma, a partir do qual foram reabsorvidos glicose, aminoácidos, água e outras substâncias essenciais ao metabolismo do organismo.
COMPOSIÇÃO: -Substâncias químicas orgânicas: uréia, ácido úrico, creatinia; -Substâncias químicas inorgânicas: Cloretos, sódio, potássio; -Hormônios, medicamentos, vitaminas; - Elementos figurados: Células, cristais, leucócitos, hemácias, muco, bactérias, etc. 
PRINCIPAIS DOENÇAS RENAIS
Glomerulonefrite aguda--- Processo inflamatório asséptico – afeta os glomérulos – associada à presença de sangue, proteínas e cilindros na urina. –Rápido início dos sintomas de lesão da membrana glomerular. –Associada à infecções por estreptococos do grupo A. –Forte hematúria, alto nível de proteínas, oligúria, cilindros hemáticos, hialinos, granulares, leucócitos e hemácias dismórficas.
Glomerulonefrite crônica---Presença de lesões recidivantes ou permanente nos glomérulos. –Sintomas leves como hematúria e hipertensão. –Na urinálise observam-se sangue, proteínas e grande variedade de cilindros, que indicam perda da capacidade de concentração renal e baixa taxa de filtração glomerular.
Síndrome Nefrótica---Caracteriza-se pela presença de forte proteinúria, edema, níveis séricos elevados de lipídios e baixos de albumina, podendo ser uma complicação da glomerulonefrite.
-Ocorre lesão tubular e a doença pode evoluir para insuficiencia renal crônica; -Na urinálise observam-se forte proteinúria, gotículas de gordura, corpos adiposos ovais, células epiteliais dos túbulos renais, cilindros céreos e adiposos e hematúria microscópica.
Insuficiência Renal---Insuficiencia renal aguda – resultado de necrose tubular aguda – vasoconstrição renal ou lesão tubular direta (agentes nefróticos). –Insuficiência renal crônica – complicação das glomerulonefrites. –Na urinálise observam-se proteinúria, presença de cilindros, células, leucócitos e hemácias. 
Pielonefrite
-Pielonefrite aguda – mais comum em mulheres – não causa lesão permanente nos túbulos renais. –Pielonefrite Crônica – infecções recorrentes por bactérias que ficam retidas nos rins. –Na urinálise observam-se leucócitos, cilindros leucocitários, bactérias, nitrito positivo e possibilidade de hematúria e proteinúria.
História e Importância
-Através da análise de urina que começõu a medicina laboratorial. –Obtinham informações diagnósticas a partir de observações básicas –Cor, turvação, odor, volume, viscosidade, presença de açúcar. –Século XVII – invenção do microscópio exame do sedimento urinário.
COLETA DE URINA – TIPOS DE AMOSTAS
É muito importante colher a urina em recipiente limpo e seco. Se no pedido do médico constar urocultura, que é a cultura de urina, o material biológico deverá ser coletado em frasco estéril.
Identificar com etiquetas (nome data e hora da coleta);
Levar ao laboratório o mais rápido possivel, e não congelar a amostra.
Dependendo da suspeita do médico ele poderá solicitar tipos diferentes de exames de urina como a urina aleatória ou urina de 24 horas.
URINA ALEATÓRIA = é util para detectar anormalidades que sejam bastante evidentes, em caso de pacientes no pronto-socorro e urgências. Devido à ingestão de alimentos ou atividade física realizadas muito próximo do momento da colheita do material, o teste pode não ser muito preciso, mas oferece bons indícios para o diagnóstico do médico. 
Coleta de amostra: Primeira amostra da manhã – jato médio
Amostra ideal para exame de rotina ou Tipo 1 de preferência deve ser colhida no laboratório, se não for possível o frasco com o material deve ser levado ao laboratório dentro de 1 hora.
Este tipo de amostra é essencial para evitar resultados falsos negativos no teste de gravidez e para avaliar a proteinúria ortostática (deitado). Trata-se de uma amostra mais concentrada o que grante a detecção de substâncias que podem estar presentes naas amostras aleatórias, porém, diluidas.
Amostra de Jejum
È resultado da segunda micção após um período de jejum, por isso é diferente da primeira amostra de manhã. Essa amostra não contém nenhum metabólito proveniente do metabolismo dos alimentos ingeridos antes do início do período de jejum e é recomendado para a monitorização de glicosúria (glicose na urina).
Amostra colhida 2 horas após a refeição...
Urinar, pouco antes de se alimentar normalmente, colher uma amostra 2 horas após comer. Fa-se a prova de glicosúria e os resultados são utilizados principalmente para controlar a terapia com insulina em pessoas com diabeets mellitus. Pode-se fazer uma avaliação mais completa do estado do paciente se for feita uma comparação entre os resultados da amostra colhida 2 horas após a refeição e os da amostra colhida em jejum.
Amostra de urina de 24 horas (ou com tempo marcado)
Muitas vezes é necessário medir a quatidade exata de determinada substância química na urina, ao invés de registrar apenas sua presença ou ausência. Deve-se usar uma amostra colhida cronometrada cuidadosamente para conseguir resultados quantitativos exatos. A amostra pode ser colhida por um período mais curto. 
Entretanto, deve-se tomar cuidado para manter se hidratado durante os períodos de coletas curtas. Para conseguir uma amostra precisamente cornometrada, é necessário iniciar o período de colheita com a bexiga vazia. Pegar no laboratório recipiente devidamente limpo e seco para a coleta, já que o volume será bem maior que o normal.
1ºdia – 7 Horas da manhã: Urinar e descartar a amostra. O paciente então colhe toda urina nas próximas 24 horas, as amostras colhidas devem ser mantidas refrigeradas.
2º dia – 7 horas da amanhã: O paciente urina novamente e coloca este material junto com aquela previamente colhida. Depois leve até o laboratório todo volume que foi recolhido.
Coletaestéril – jato médio para realizar urocultura
Coletar em pote (frasco) estéril. É util para realização de cultura em urinas suspeitas de infecção bacteriana. 
Tipos de amostra: 
-Primeira amostra da manhã, jato médio.
-Amostra de 24 horas.
-Amostra colhida por catéter.
-Aspiração suprapúbica.
-Amostr pediátrica;
Coleta: 
-Recipiente limpo e seco, descartável;
-Recipiente etiquetado com o nome, data e hora da coleta;
-Amostra deve ser analisada dentro de 1 hora ou deve ser mantida sob refrigeração ou conservantes.
Conservantes Refrigeração; Timol, Formalina, formol, ácido bórico, etc Bactericida, inibir a urease; conservar elementos figurados do sedimento; Não interferir nos testes bioquímicos.
Amostras mal conservadas
-Aumento de pH pela degradação da uréia;
-Diminuição da glicose pela glicólise;
-Diminuição de cetonas por volatização;
-Diminuição de bilirrubina por exposição a luz;
-Diminuição de urobilinogênio por oxidação e conservação em urobilina;
-Aumento de nitrito;
-Aumento de Bactérias
-Aumento da turvação devido as bactérias e precipitação de material amorfo
-Desintegração de hemácias e cilindros.
Coleta da URINA
É importante: -Assepsia dos órgãos genitais; -Coleta do jato médio; Identificação da amostra; -Conservação da amostra, se necessário.
A Urinálise é dividida em 3 testes (etapas): Exame Físico, Exame Químico e Análise do sedimento por microscopía;
EXAME FÍSICO = 
•Quanto ao VOLUME = 600 a 2000ml (24horas).  Depende da quantidade de água excretada pelos rins, sendo determinada pelo estado de hidratação do corpo.  Oligúria: desidratação devido à excessiva perda de água (vômito, diarréia, queimaduras);  Anúria: lesão renal grave, diminuição do fluxo sanguíneo para os rins;  Poliúria: diabetes melito, diabetes insípido, uso
de diuréticos, cafeína ou álcool.
•Cor:  Amarelo - claro, amarelo citrino, amarelo ouro e âmbar.  As variações podem ser devidas a funções metabólicas normais, atividade física, substâncias ingeridas ou doenças;
 A cor amarela da urina é devida à presença de um pigmento denominado urocromo, produto do metabolismo endógeno.  Anormal: sangue, bilirrubina, urobilinogênio, medicamentos.
Aspecto: • Límpido.
• Refere-se a transparência da amostra. Os termos comumente usados são: límpido, ligeiramente turvo, turvo, acentuadamente turvo.
• Turvação: cristais amorfos, leucócitos, hemácias, células epiteliais, bactérias, sêmen, muco.
Depósito:
• Estreita relação com o aspecto urinário. • Nulo, escasso, moderado, abundante.
DENSIDADE
1,014 a 1,030; Avalia a capacidade de reabsorção renal (muitas vezes é a primeira função renal a se tornar deficiente). Dertermina a concentração de solutos dissolvidos na urina; Urodensímetro, Refratômetro ou Tiras reativas.
EXAME QUÍMICO
TIRAS REATIVAS
•Meio simples e rápido de realizar 10 ou mais análises bioquímicas: pH, proteínas, glicose, cetonas, sangue, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito, leucócitos e densidade.
•São constituidas por pequenos quadrados de pepal absorvente impregnados com substâncias químicas e presos a uma tira de plástico. Quando o papel absorvente entra em contato com a urina, ocorre uma reação química que produz mudança de cor. 
CONTROLE DE QUALIDADE
•Manter protegidas de deterioração por umidade, substâncias voláteis, calor e luz;
•Respeitar o prazo de validade; •Frascos abertos durante 6 meses devem ser descartados independente do prazo de validade; •Testar a reatividade química das tiras com controles de concentrações conhecidas.
SEMI-AUTOMATIZADO
-Realiza a leitura das tiras reativas; -Tiras reativas devem ser compatíveis com o equipamento.
AUTOMATIZADO
•Realiza os testes a partir da amostra de urina; •Utiliza tiras reativas;
pH
--4,5 a 8,0
--Equilíbrio ácido-básico do organismo.
--Acidose ou alcalose respiratória ou metabólica, precipitação de cristais e formação de cálculos, tratamento das infecções;
--O controle do pH é feito principalmente pela dieta, embora também possam ser usados alguns medicamentos. 
--Urinas Ácidas: Dieta rica em proteínas, acidose metabólica ou respiratória, alguns medicamentos;
--Urinas Alcalinas: Dieta rica em frutas e verduras, vômitos repetidos, alcalose metabolica ou respiratória, alguns medicamentos.
--O fundamento da técnica é o uso de um sistema de indicador duplo (vermeho de metila -4,4 a 6,2 e azul de bromotimol – 6,0 a 7,6).
PROTEÍNAS
•Proteínas séricas de baixo PM (albumina) e proteínas produzidas pelo trato urogenital;
•Proteinúria: Lesão da membrana glomerular, disturbios que afetam a reabsorção tubular, mieloma múltiplo, fase aguda de várias doenças. –transitória: exercício físico vigoroso, febre alta, desidratação ortostática.
•Teste de precipitação: método do ácido sulfossalicílico, observando o grau de turvação.
GLICOSE
•Em circunstância normais, quase toda glicose é filtrada pelos glomérulos. O limiar renal é de 160 a 180 mg/dL; •Licosúria: diabetes melito, reabsorção tubular deficiente, distúrbios da tireóide. •Teste com tiras reativas: Método da glicose oxidase (sensibilidade entre 50 a 100 mg/dL); •Interferentes: ácido ascórbico, aspirina, levodopa (impedem a oxidação do cromogênio); •Urinas mal conservadas – glicólise. •Teste da redução do Cobre (REAÇÂO de BENEDICT): Capacidade da glicose e outras substâncias de reduzir o sulfato de cobre e convertê-lo em óxido cuproso em meio alcalino e calor-mudança de cor (azulvermelho tijolo);
CETONA
•Englobam 3 produtos intermediários do metabolismo das gorduras (acetona, ácido acetoacético e ácido beta-hidroxibutírico); •Cetonúria: Diabetes melito, perda de carboidratos por vômitos, carência alimentar, redução de peso (estoques de gorduras suprimentos de energia); • Teste com tiras reativas: Reação com nitroprussinato de sódio cor púrpura.
•Interferências: volatização da acetona e degradação do ácido acetoacético por bactérias (conservação deficiente).
BILIRRUBINA
•Pode ser a primeira indicação de hepatopatia. É o produto de degradação da hemoglobina; •Bilirrubinúria: obstrução do ducto biliar, lesão hepática (hepatite, cirrose) – ciclo de degradação é interrompido.; •Teste com tiras reativas: Bilirrubina + sal de diazônio 2,4-dicloroanilina (meio ácido) rosa até violeta; •Interferências: Destruição da bilirrubina por exposição à luz e ar, presença de pigmentos urinários.
UROBILINOGÊNIO
•Pigmento biliar resultante da degradação da hemoglobina; •Urobilinogênio na urina: hepatopatias e distúrbios hemolíticos; •REAGENTE de EHERLICH – sal de diazônio composto azóico (rosa a vermelho); •Interferências: grande quantidade de nitrito, urina muito pigmentada, degradação do urobilinogênio por exposição à luz;
SANGUE
•o sangue pode estar presente na urina em forma de hemácias íntegras (hematúria) ou de hemoglobina (hemoglobinúria); •O exame microscópico o sedimento urinário mostrará a presença de hemácias íntegras; •Hematúria: Cálculos renais, glomerulonefrite, tumores, traumatismos, pielonefrite, exposição a drogas; •Hemoglobinúria: lise de hemácias no trato urinário, hemólise intravascular (transfusões, anemia hemolítica, queimaduras graves, infecções); •teste com tiras reativas: atividade pseudoperoxidase da hemoglobina; •Interferências: níveis elevados de ácido ascórbico, nitrito, densidade elevada, pH ´cido, mioglobina, contaminação menstrual, peroxidase de vegetais e bactérias;
LEUCÓCITOS
•Indica uma possível infecção do trato urinário; •Teste com tiras reativas: utiliza esterases dos granulócitos; •Interferências: amostras com grande densidade, a crenação dos leucócitos pode impedir a liberação das esterases;
NITRITO
•útil para o diagnóstico precoce das infecções de bexiga (cistite); •Presença de nitrito: cistite, pielonefrite, avaliação da terapia com antibióticos, seleção de amostras para cultura; •Teste com tiras reativas: capacidade de algumas bactérias em reduzir nitrato em nitrito; •Interferências: Leveduras e bactérias gram-positivas, tempo de contato entre nitrato e bactérias, amostrasnão recentes, presença de ácido ascórbico, uso de antibióticos.
EXAME MICROSCÓPICO DO SEDIMENTO URINÀRIO
O exame microscópico do sedimento urinário tem a finalidade de detectar e identificar os elementos insolúveis (hemácias, leucócitos, cilindros, células epiteliais, bactérias, leveduras, parasitas, muco, espermatozóides, cristais e artefatos) presentes na urina.
METODOLOGIA
•Qualitativo; •Quantitativo
HEMÁCIAS
•Até 5000 hemácias / mL;
•A presença de hemácias pode ter relação com lesões namembrana glomerular ou nos vasos do sistema urogenital; 
•Costuma decorrer de glomerulonefrite, infecção aguda, reações tóxicas e imunológicas, neoplasias e distúrbios circulatórios que rompem a integridade dos capilares renais;
•Costuma decorrer de glomerulonefrite, infecção aguda, reações tóxicas e imunológicas neoplasias e disturbios circulatórios que rompem a integridade dos capilares renais;
•Aparecem como discos incolores;
•Contagem nos 4 quadrantes laterais e resultado multiplcado por 250;
• MAS, o que será utilizado na PROVA é o quadrante do centro e o resultado será multiplicado por 1000
LEUCÓCITOS
•Até 7000 leucócitos / mL;
•Podem passar para a urina através de lesão glomerular ou capilar, mas também são capazes de migrar de forma amebóide através dos tecidos, indo para locais de infecção ou inflamação. Possuem grânulos citoplasmáticos e núcleos lobulados.
•Piúria: Infecção bacterianas (pielonefrite, cistite, prostatite e uretrite), glomerulonefrite, lúpus eritematoso sistêmico e tumores.
•Contagem nos 4 quadrantes laterais e resultado multiplicado por 250;
CÉLULAS EPITELIAIS
•Até 10000 células / mL;
•Podem ser encontrados 3 tipos de células epiteliais, classificadas de acordo com seu local de origem no sistema urogenital: 
1-Células epiteliais escamosas: mais frequentes e menos significativas – revestimento da vagina ou porções inferiores da uretra masculina ou feminina.
2-Células epiteliais transicionais: revestimento da pelve renal, bexiga e porção superior da uretra;
3-Células dos túbulos renais: traduz a existência de doenças causadoras de lesão tubular (pielonefrite, reações tóxicas, infecções virais, rejeição de transplante, efeitos secundários da glomerulonefrite);
•Contagem nos 4 quadrantes laterais e resultado multiplicado por 250;
CILINDROS
•Únicos elementos exclusivamente renais encontrados no sedimento urinário;
•Formam-se no interior da luz do túbulo distal e ducto coletor e suas formas representam a luz do túbulo;
•A aparência dos cilindros é influenciada pelos materiais presentes no filtrado no momento de sua formação: células, bactérias, grânulos, pigmentos, cristais, leucócitos.
•O principal componente é a glicoproteína de Tamm-Horsfall, excretada pelas células tubulares renais em velocidade constante.