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1 Gabrielle Nunes | P2 | 2020.1 SUMÁRIO DE URINA | URINOANÁLISE HISTÓRICO ▪ Estudo da urina > urinoscopia ▪ Análise desde os primórdios: aspecto, cor, odor, sabor e teste da formiga. COLETA E ARMAZENAMENTO Coletar a primeira urina do dia ou 4 horas após a última micção (para avaliar a capacidade de concentração urinária, retenção urinária mínima de 2 horas). ▪ Analisar imediatamente (após 2 horas o sedimento degenera), é um material de difícil preservação ▪ Em casos preservação na refrigeração por no máximo 12 horas. ▪ Deve-se sempre buscar a contaminação mínima: Desprezo do primeiro jato e se necessário realizar um cateterismo de alívio. ▪ Para a realização do exame pacientes devem evitar a realização de exercícios físicos extenuantes nas últimas 24 hroras, assim como, evitar o uso de contrastes na última semana. As principais indicações para a urinálise são investigação e acompanhamento de doença renal, “screening” de doenças congênitas hereditárias ou assintomáticas, acompanhamento de patologias que podem cursar com acometimento renal (ex: lúpus eritematoso sistêmico, hipertensão arterial, diabetes mellitus, entre outros), investigação de infecções do trato urinário e litíase renal. INDICAÇÕES DO EXAME DE URINA: AVALIAÇÃO RENAL Doença ou condição frequentemente associada à doença renal Sintomas de infecção urinária Evidências de doença renal Suspeita de doença renal - Lúpus eritematoso sistêmico - Vasculite de pequenos vasos -HAS -Diabetes Mellitus - Disúria - Dor suprapúbica lombar - Albuminúria - Diminuição da TFG - Aumento das escórias nitrogenadas - Edema - Oligúria - Hematúria Nomeclatura: EAS, Urina tipo I, sumário de urina, rotina de urina FISIOLOGIA DA PRODUÇÃO URINÁRIA Produção contínua de urina pelos rins através de: ultrafiltração (glomérulo), reabsorção (transporte ativo) e secreção (transporte ativo). Volume diário (600 a 2000 ml): sendo uma média de 1200 a 1500mL. • Oligúria: débito urinário inferior a 400mL (vômitos, diarreia, suor e queimaduras) • Anúria: fluxo de urina ausente • Poliúria = ou > 2,5L por dia (Diabetis) • Nictúria: quando há uma inversão da frequência urinária (maior durante a noite do que o dia) PROBLEMAS NO SETOR DE URINÁLISE ▪ 70% dos erros acontecem na fase pré-analítica ▪ Coleta com mais atenção em idosos, crianças (lactantes), principalmente em relação a assepsia ▪ Transporte e preservação antes da análise PADRONIZAÇÃO: Requisição > orientação > coleta > entrega da amostra > armazenamento > análise > liberação resultado COLETA IDEAL: 1ª urina da manhã (É uma urina mais concentrada, sendo o jato médio p/ realizar uma assepsia); 2ª urina da manhã; coleta isolada aleatória. ▪ Sempre orientar a assepsia das mãos, do órgão p/ a coleta ▪ Coleta de urina 24 horas: Repetir essa coleta dois dias consecutivos em um frasco adequado (desprezar a primeira urina e coletar todas as urinas das próximas 24 horas). Como exemplo pode-se citar a depuração de creatinina. 2 Gabrielle Nunes | P2 | 2020.1 COMPONENTES DA ANÁLISE COMPOSIÇÃO DA URINA 95% da composição é do solvente (água) e 5% corresponde aos solutos (sais, uréia, creatinina) ▪ Uréia: Resultado da degradação de proteínas e aminoácidos e corresponde a quase 50% da parte sólida da urina ▪ Creatinina: indicador de lesão renal ▪ Sais inorgânicos: cloretos, sódio e potássio. FATOORES QUE INFLUENCIAM NA COMPOSIÇÃO DA URINA: Dieta, atividade física, metabolismo corporal, hormônios( ex: Beta HCG), posição corporal e o uso de medicamentos. Presença de outros elementos: células, cilindros, cristais, muco e bactérias. EXAME FÍSICO VALORES DE REFERÊNNCIA ASPECTO Límpido/ transparente Refere-se transparência da amostra e alterações podem ser correlacionados com algumas doenças Turvação/ opaco: piúria, excesso de células epiteliais, muco, fecalúria, precipitação de fosfatos (urina alcalina) ou ácido úrico (urina ácida). Ligeiramente turvo; leitoso/ acentuadamente turvo; hemorrágico. COR Vai do incolor ao amarelo escuro - Tons de amarelo: urocromos endógenos (intensidade varia de acordo com o grau de hidratação) - Amarelo claro: urina diluída/ volume aumentado, diabetes mellitus, insipidus - Amarelo escuro: urina concentrada/ volume diminuído, febre , desidratação - Vermelha/ rosa: hemácias (no sedimento, após centrifugação), hemoglobina ou mioglobina - Cor de coca cola (marrom escura): presença de bilirrubina, icterícia (bilirrubina, urobilinogênio) - Corantes e medicamentos (ex.: metildopa, Piridium) - Preto – presença de melanina - Verde ou azul – presença de corantes ou medicamentos DENSIDADE 1.010 a 1025 1.010= isostenúria (densidade urinária = densidade do plasma). < 1.010= hipostenúria (pode ie até 1.003 – quase “água pura”). Ambas as situações podem indicar perda da capacidade de concentração urinária (doenças tubulares, fases iniciais da IRC) ou apenas hiperidratação. COR ▪ Cor normal da urina: amarelo citrino ▪ Pigmento UROCROMO 3 Gabrielle Nunes | P2 | 2020.1 ▪ Estima a concentração da urina ▪ UROERITRINA: pigmento rosa, pouco influi na coloração da urina. Refrigeração (urato amorfo) ▪ UROBILINA: pigmentação castanho-alaranjado após um tempo de coleta. Produto da oxidação do urobilinogênio (Normal). ASPECTO Elementos que influenciam no aspecto da urina: a presença de células epiteliais, hemácias, leucócitos, cilindros, cristais, microrganismos, muco e gordura. DENSIDADE Mede a concentração de elementos solúveis na urina. A queda na densidade pode ser resultado da incapacidade dos túbulos renais de concentrar a urina (diabetes insípido). ▪ Pode indicar a relação entre a ingestão e as perdas hídricas ANÁLISE QUÍMICA A análise química é realizada através de tiras ou fitas reativas, essa iram reagir com os componentes da urina. É feita uma análise comparativa cuidadosa com a tabela de cores. São determinados valores semiquantitativos: traços, 1+, 2+, 3+ ou 4+. São realizadas estimativas em mg/L TÉCNICA PADRONIZADA: (1) Mergulhar a tira em amostra homogeneizada, não centrifugada e em temperatura ambiente (2) Retirar o excesso de urina da borda lateral e posterior da tira em papel absorvente (descartável) (3) Esperar o tempo específico (4) Comparar a cor produzida com a tabela fornecida em boa iluminação PH ▪ VN: 4,5-8,0 (normalmente ácido) ▪ pH ácido: jejum, doenças respiratórias, diabetes ▪ pH alcalino: vômitos, hiperventilação; quando apresenta um pH alcalino constante pode indicar sucessíveis infecções urinárias ▪ pH= 9 (repetir coleta) OBS: Pacientes que apresentam cristais normalmente apresentam pH correspondente à natureza destes. TEMPO DE COLETA: Uma possível demora ou erra na fase analítica (coleta ou transporte) pode estimular a proliferação de bactérias e o acúmulo de nitrito na amostra, indicando um falso pH alcalino. Juntamente com os pulmões, os rins constituem o principal regulador do equilíbrio acidobásico. A determinação do pH fornece informações valiosas para avaliar e tratar doenças e determinar a propriedade de uma amostra para exame bioquímico. O pH de uma amostra de urina recentemente eliminada varia de 5,0 a 6,0. O pH da urina pode ser controlado por regulação dietética e medicação. PROTEÍNAS 4 Gabrielle Nunes | P2 | 2020.1 Normalmente não é eliminada em quantidades detectáveis. Membrana glomerular permite a passagem de moléculas com PM < 70.000 Da. ▪ Valor de referência: 10mg/dL ou < 100 mg/24H (NEGATIVO no exame) ▪ Quando apresenta valores >100mg/24H é positivo: expresso em + a ++++ ou em mg/dL ▪ Fita reagente: Albumina ▪ Dois mecanismos apresentam proteinúria: aumento da permeabilidade e diminuição da reabsorção ▪ Maior indicador de doença renal no EAS OBS: Pacientes apresentam variações na quantidade de proteína na dieta, como exemplo muito consumo decarne. Proteinúria postural: ocorre apenas quando o indivíduo permanece em posição ereta. A excreção diária pode atingir até 1g. Proteinúria funcional - Excreção de proteínas associada a estados febris, exposição ao calor ou ao frio intensos, exercícios físicos intensos. PROTEINÚRIAS POR LESÃO RENAL PROTEINÚRIAS PRÉ-RENAL Hipertensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva, etc PROTEINÚRIAS GLOMERULAR Glomerulonefrite, síndrome nefrótica de origem infecciosa, tóxica, imunológica ou problemas vasculares PROTEINÚRIAS TUBULAR Pielonefrite, necrose tubular aguda, intoxicação por metais pesado ▪ Falso positivo: Urinas alcalinas, densidade, desinfetantes ▪ Falso negativo: Preservativos ácidos (ácido bórico) GLICOSE Glicosúria não é fisiológico: Praticamente toda a glicose é reabsorvida, principalmente no tubo contorcido proximal através do transporte ativo. No entanto, o rim apresenta um limiar de reabsorção de 160 a 180 mg/dL aproximadamente. ▪ Detecção e acompanhamento do diabetes mellitus ▪ Aumento da excreção urinária de glicose associado a diabetes, gravidez, hipertireoidismo, climatério MÉTODO DE DETECÇÃO DA TIRA REATIVA: Baseado na reação de oxidação da glicose e a formação do ácido glucônico e água oxigenada BILIRRUBINAS A fita reagente detecta o produto da degradação da heme da hemoglobina. Apenas a forma conjugada é solúvel em água e eliminada pelas vias biliares. ▪ A presença da bilirrubina na urina geralmente é acompanhada de icterícia, hepática ou obstrutiva. ▪ Indicativo de hepatites virais- hepatite A- ou tóxicas. ▪ Resultado: Negativo, traços, 1+, 2+, 3+ UROBILINOGÊNIO Também é formado pela digestão da hemoglobina. É um pigmento formado no intestino pela ação da bactéria sobre a bilirrubina conjugada. ▪ Característico de: obstrução hepática, lesão hepática, transtorno hemolítico e constipação (até 10%) ▪ Resultado: Normal, traços, 1+, 2+, 3+, 4+ CORPOS CETÔNICOS Indicador de desnutrição, desidratação e diabetes mellitus, já que são formados através do metabolismo de lipídios. São eles ácidos aceto-acético, ß-hidróxido butírico e acetona. ▪ Outras condições: febre, diarreia ▪ Resultado: Negativo, traços, 1+, 2+, 3+, 4+ 5 Gabrielle Nunes | P2 | 2020.1 SANGUE Apresenta-se como uma urina vermelha e pode indicar hemácias, hemoglobina ou mioglobina, sendo assim é necessário investigar as causas e os componentes. RESEULTADO: Negativo, traços, 1+, 2+, 3+ HEMATÚRIA: aspecto turvo avermelhado; HEMOGLUBINÚRIA: aspecto límpido-avermelhado CAUSAS PATOLÓGICAS CAUSAS FISIOLÓGICAS ▪ Origem renal ou geniturinária ▪ Trauma ou dano ▪ Cálculos renais ▪ Doenças glomerulares ▪ Tumores ▪ Traumatismos ▪ Pielonefrite ▪ Intoxicação ▪ Terapia anticoagulante ▪ Exercício físico extenuante ▪ Menstrução NITRITO É um composto formado pela conversão de nitrato a nitrito por bactérias (geralmente bactérias gram-negativas como E. coli, K.enterobacter Pseudomonas), ainda é possível que infecções bacterianas com bacteriúria não apresente nitrito (ex. bactérias gram positivas). Além disso, dietas ricas em vegetais podem culminar na presença de nitrito na urina. OBS: Maioria das infecções urinárias são provocadas por E. coli (+90%) ▪ Resultado: Negativo ou positivo ▪ Triagem para detecção de ITU ▪ Avaliar positividade de esterase leucocitária: enzima liberadas pelos leucócitos - Detecta a presença de leucócitos, estando presentes a urina apresenta-se alcalina / pouco concentrada. Não serve para quantificar os leucócitos. Resultado: negativo, 1+, 2+, 3+. - Varia até 05 por campo (400x) ▪ A quantidade de bactéria influência na quantidade de nitrito ATENÇÃO ao tempo de reação: Amostras colhidas após armazenamento vesical de 4 horas podem apresentar nitrito por ação de bactérias externas SEDIMENTOSCOPIA SEDIMENTO NORMAL (CITOLOGIA) Hemácias 0-2 campo Leucócitos 0-5 campo Cilindros hialinos 0-2 campo Células epiteliais renais raras Células epiteliais de transição raras Células epiteliais pavimentosas raras 6 Gabrielle Nunes | P2 | 2020.1 LEUCÓCITOS Os leucócitos podem penetrar na urina a partir de qualquer ponto do trato urinário ou de secreções do trato genital. Esses leucócitos em geral são neutrófilos e indicam inflamação em qualquer ponto do trato urinário, sendo assim, seria observado microrganismos + leucócitos. ▪ Leucocitúria sem bacteriúria: Trichomonas sp, Chlamydia trachomatis, leveduras, processos inflamatórios renais ▪ Presença de grumos piocitários – grupo de leucócitos- indica infecção aguda. ▪ Presença de cilindros leucocitários indica pielonefrite ▪ Piócitos: leucócitos mortos. HEMÁCIAS Quando o paciente apresenta acima de 2 hemácias em campo indica sangramento em qualquer ponto do trato urinário, coagulopatia ou uso de anticoagulantes. ▪ Presença de hematúria sem proteinúria ou cilindrúria indica origem no trato urinário ▪ Presença de dimorfismo indica origem renal especialmente se acompanhada de proteinúria e cilindrúria ISOMORFISMO DISMORFISMO CILINDROS Os cilindros são elementos exclusivamente renais. A formação ocorre no interior da luz do túbulo contorcido distal e ducto coletor, é resultado da “solidificação” da proteína (Tamm-Horsfall) e pode incluir qualquer material ou estrutura presente no interior do túbulo. Servem como proteção imunológica contra infecções. ▪ Formação facilitada pela presença de proteínas plasmáticas, pH ácido e concentração elevada de solutos ▪ Podem ser cristais diferentes: hialino, leucocitário, hemáticos, epitelial, granuloso, céreo TIPO ORIGEM SIGNIFICADO CLÍNICO HIALINO Segregação tubular da proteína agregada às fibrilas Glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal crônica, ICC, estresse e exercícios físicos HEMÁTICO Hemácias ligadas a matriz das proteínas Glomerulonefrite e exercícios físicos intensos LEUCOCITÁRIOS Leucócitos ligados a matriz proteica Pielonefrite e nefrite intersticial aguda BACTERIANOS Bactérias presas à matriz Pielonefrite CÉLULAS EPITELIAIS Células ligadas a matriz Lesão do túbulo renal GRANULAR Desintegração de cilindros leucocitários. Lisossomos das células tubulares e agregados proteicos Glomerulonefrite, pielonefrite, estresse e exercícios intensos CÉREOS Cilindros hialinos e granulares Estase do fluxo urinário ICC 7 Gabrielle Nunes | P2 | 2020.1 HIALINO CÉREO LEUCOCITÁRIO CRISTAIS CRISTAIS NORMAIS: URINA ÁCIDA URINA BÁSICA - Ácido úrico (ex: gota) - Urato -Oxalato - Fosfato - Carbonato - Biurato CRISTAIS ANORMAIS: ▪ Metabolismo: Cistina, tirosina, leucina, colesterol, bilirrubina ▪ Iatrogenia: Sulfonamidas, ampicilina, acyclovir, contraste radiográfico SINOPSE DIAGNÓTICA ESQUEMÁTICA NEFRITE AGUDA Hematúria franca; cilindros hialinos, granulosos e hemáticos; presença de alguns leucócitos; células epiteliais renais; SÍNDROME NEFRÓTICA Cilindros hialinos, granulosos e epiteliais; corpos graxos ovalados; PIELITE Leucocitúria/piúria; células epiteliais de vias urinarias; bactérias PIELONEFRITE Leucocitúria/piúria em graus variáveis; hematúria; bactérias e cilindros leucocitários CISTITE Leucocitúria/piúria; células epiteliais de descamação; as vezes hemácias; bactérias URETRITE Leucocitúria/piúria; bactérias GLOMERULONEFRITE AGUDA Presença de sangue, proteínas e cilindros na urina; infecções por estreptococos A. GLOMERULO NEFRITE CRÔNICA Lesões redicivantes ou permanentes nos glomérulos; hematúria, proteínas e grandes variedade de cilindros. LITÍASE RENAL Hematúria sem indicadores de infecção; Sem leucócito, sem proteínas; pode apresentar cristais oxalacetato de cálcio CASOS CLÍNICOS 1. Paciente: M. M. S, sexo : Masculino, 20 anos, realizou um sumário de urina com a seguinte justificativa: Justificativa: Febres, leucocitose, com neutrofilia e desvio a esquerda,dor ao urinar, poliúria. Resultado: Cor: amarelo claro, Aspecto: turva, Densidade:1,020, Proteínas: ausente, Glicose: ausente, Acetona: ausente, Sangue: ausente, pH: 6,0, Urobilinogenio: normal, Pig. Biliares: ausente, Nitrito: presente, Células: várias, Leucócitos: incontáveis, Hemácias: 1-2 p/c, Muco: raros, Bacteriuria: presente, Cilindros: ausente, Cristais: ausente. Identifique as principais alterações no exame de urina e o possível diagnóstico? Urina amarelo claro que corresponde a uma urina de volume aumentado, turva, com densidade ideal. Leucocitose, neutrofilia com desvio a esquerda (bacteriana), poliúria, dor ao urinar 8 Gabrielle Nunes | P2 | 2020.1 O paciente apresenta incontáveis leucócitos na urina e bacteriuria, além do quadro clínico de dor ao urinar e poliúria que correspondem a um processo de infecção do trato urinário por bactérias. Assim como , apresenta hemograma compatível com infecção bacteriana (leucocitose por neutrofilia e desvio a esquerda). 2. Paciente: M. M. S, sexo : Masculino, 30 anos, realizou um sumário de urina com a seguinte justificativa: Dores articulares, ácido úrico sanguíneo elevado. Resultado: Cor: amarelo claro, Aspecto: límpida, Densidade:1,018, Proteínas: ausente, Glicose: ausente, Acetona: ausente, Hemoglobina: ausente, pH: 7,8, Urobilinogenio: normal, Pig. Biliares: ausente, Nitrito: presente, Células: raras, Leucócitos: 0 a 1 p/c, Hemacias: ausente, Muco: alguns, Bacteriuria: presente, Cilindros: ausente, Cristais: Numerosos cristais de ácido úrico. Identifique as principais alterações no exame de urina e o possível diagnóstico? pH=7,8 alcali, presença de nitritos, bactérias presentes, presença de cristais de ácido úrico. Esse exame apresentou uma inconsistência pela alteração de pH, correspondendo a um erro na fase pré-analítica (alteração no pH > proliferação de bactérias > aparecimento do nitrito 3. Homem de 25 anos de idade VEGETARIANO, procura o médico queixando-se de micção frequente e dolorosa. A análise da urina mostra os seguintes resultados: Cor: amarelo escura; aspecto: turva; pH: 8,0; Proteína: negativo; Cetonas: negativo; Bilirrubina: negativo; Sangue: moderado; Urobilinogênio: 0,1 EU; Nitrito: positivo; Leucócitos: +++; Densidade: 1020. Qual o provável diagnóstico? Achados no exame de urina: O paciente apresenta uma urina alcalina, densa, turva, presença, hematúria (a urina tá turva), leucocitúria e nitrito positivo. Provavelmente esse paciente apresenta uma infecção urinária bacteriana do trato urinário baixo (uretrite), que na maioria das vezes é provocada pela bactéria E. coli (gram-negativa que produz nitrito) Devido a dieta vegetariana o paciente o pH é justificado. REVISÃO LABORATORIAIS QUESTÕES 1. Bacilo Gram-negativo, não fermentador de glicose, oxidase positiva, tem grande importância clínica em casos de infecção relacionada à assistência à saúde, principalmente em Unidades de Terapia Intensiva. Essas são características da bactéria a) Pseudomonas aeruginosa. b) Escherichia coli. c) Streptococcus agalactiae. d) Enterococcus faecalis e) Staphylococcus aureus 2. Paciente: M. M. S, sexo : Masculino, 30 anos, realizou um sumário de urina com a seguinte justificativa: Dores articulares, acido úrico sanguíneo elevado. Resultado: Cor: amarelo claro, Aspecto: límpida, Densidade:1,018, Proteínas: ausente, Glicose: ausente, Acetona: ausente, Hemoglobina: ausente, pH: 7,8, Urobilinogenio: normal, Pig. Biliares: ausente, Nitrito: presente, Células: raras, Leucócitos: 0 a 1 p/c, Hemacias: ausente, Muco: alguns, Bacteriuria: presente, Cilindros: ausente, Cristais: Numerosos cristais de ácido úrico. Identifique as principais alterações no exame de urina e o possível diagnóstico? 9 Gabrielle Nunes | P2 | 2020.1 pH=7,8 alcali, presença de nitritos, bactérias presentes, presença de cristais de ácido úrico. Esse exame apresentou uma inconsistência pela alteração de pH, correspondendo a um erro na fase pré-analítica (alteração no pH > proliferação de bactérias > aparecimento do nitrito 3. Ao considerar as possibilidades diagnósticas que os índices hematimétricos trazem na análise da série vermelha, analise as afirmativas abaixo. 1) O histograma é uma ferramenta gráfica que permite identificar microcitose e macrocitose. 2) Uma hipocromia denuncia uma concentração de hemoglobina reduzida e a necessidade de cuidados quanto às funções respiratórias do paciente. 3) O CHCM é um parâmetro que contribui significativamente para um diagnóstico diferencial. 4) A indicação de uma microcitose ou de uma macrocitose pode ser observada a partir do resultado do volume corpuscular médio encontrado na análise da série vermelha. Estão corretas, apenas: * a) 1, 3 e 4 b) 1, 2 e 4 c) 2 e 3 d) 2, 3 e 4. e) 1 e 3 4. A análise da série leucocitária, sobretudo no que tange à contagem diferencial, é fundamental para alguns diagnósticos clínicos. Sobre essa questão, analise as afirmativas abaixo. 1) A análise do leucograma mais fiel é realizada a partir dos dados relativos e exige considerar a contagem dos subtipos dos leucócitos. 2) É necessário aos profissionais de saúde reconhecer a linhagem dos neutrófilos para diagnósticar infeções virais. 3) Achados clínicos como granulações tóxicas, vacúolos ou hipersegmentação nuclear são indicativos de bacteremias. 4) Níveis plasmáticos aumentados de monócitos são indicativos de doenças agudas, normalmente. Estão corretas, apenas: a) 1 e 3 b) 2 e 3. c) 1 e 4 d) 1, 2 e 4 e) 1 e 2 5. Sobre o exame simples de urina ou EAS, assinale a alternativa INCORRETA. * a) A cor da urina depende da presença e concentração de pigmentos de origem alimentar, medicamentosa e até mesmo endógena. A urina normal geralmente é amarelada devido à presença de um pigmento chamado urocromo, produto do metabolismo endógeno e produzido em velocidade constante. b) A urina normal tem aspecto límpido, porém pode sofrer alterações devido à presença de numerosas células epiteliais, de leucócitos, hemácias, bactérias e leveduras, filamentos de muco e de cristais. c) Na coleta da urina deve-se realizar a higiene do local, desprezar o jato inicial e coletar o jato médio em recipiente adequado. d) Se for mantida refrigerada, é possível analisar a urina até 48 horas após a coleta. e) Para verificar possível infecção urinária bacteriana, deve-se levar em conta inicialmente o aspecto quantitativo, pois sempre haverá bactérias na urina excretada, proveniente da flora normal da uretra. 6. Com relação aos exames laboratoriais de rotina parasitológica, marque a opção incorreta * a) O método de Baerman-Moraes serve para detecção de larvas e utiliza-se do termotropismo das larvas de Ascaris lumbricoides para a sua detecção. b) O método da centrífugo-flutuação foi desenvolvido por Faust e colaboradores e é eficiente tanto para a concentração de ovos de helmintos quanto cistos de protozoários. c) O método MIF (Mertilolato-Iodo-Formol) serve para a pesquisa de ovos, cistos e trofozoítos. d) São exemplos de métodos para concentração de ovos e cistos: Willis; De Rivas; Lutz/Hoffman; e Craig. e) O método de Hoffman é indicado principalmente para a pesquisa de Schistosoma mansoni. Serve também para pesquisa de larvas e ovos de outros vermes. 10 Gabrielle Nunes | P2 | 2020.1 7. Assinale a alternativa correta. O tipo morfológico bacteriano denominado Estafilococos é caracterizado por: * a) Grupos de 4 cocos unidos b) Cocos agrupados 2 a 2 c) Cocos agrupados de forma aleatória, semelhante ao formato de um cacho de uvas d) Grupos de 8 cocos unidos, de forma semelhante a um cubo e) Vários cocos dispostos em cadeia similar a um cordão de pérolas 8. A análise da série leucocitária é muito significativa para o diagnóstico de infecções bacterianas, sobretudo em estados emergenciais. Sobre o leucograma, analise as afirmativas abaixo. 1) Umaleucopenia apenas justifica um estado infeccioso por vírus. (V) 2) Um paciente com neutropenia acompanhada de bastonetes e metamielócitos é um forte candidato a septcemia. 3) Os linfócitos típicos contribuem para a defesa celular, mas as atipias linfocitárias determinam as bacteremias. 4) Níveis plasmáticos aumentados de eosinófilos são indicativos de alergias em adultos e doenças parasitárias em crianças, normalmente. (V) Estão corretas, apenas: * a) 1, 3 e 4 b) 3 e 4. c) 2 e 4 d) 1 e 2 e) 1, 2 e 4 9. A partir das figuras abaixo, correlacione os tipos de ovos e seus respectivos parasitos. 1) Ascaris lumbricoides infértil (5), 2) Enterobius vermicularis (2) , 3) Taenia sp( 1 ) , 4) Trichuris truchiura( 3) , 5) Schistosoma mansoni( 4 ) A sequência correta, de cima para baixo, é: * a) 5, 3, 2, 1, 4 b) 5, 2, 1, 3, 4. c) 3, 1, 4, 2, 5 d) 2, 3, 1, 4, 5. e) 1, 3, 2, 5, 4 10. Um aluno de Medicina realizou a coloração de Gram, que é um método para corar lâminas de vários materiais biológicos na identificação de bactérias. Observou ao final do método que trocou a ordem dos corantes, colocando primeiro a fucsina, em seguida o lugol, depois o descorante e por último o cristal violeta. Nesse caso, o que irá acontecer? * a) As bactérias gram negativas ficarão coradas em rosa. b) As bactérias gram positivas ficarão coradas de roxo. c) Ele não conseguirá visualizar nada na lâmina, pois não haverá nenhuma bactéria corada d) As bactérias gram positivas não irão corar. e) As bactérias gram negativas ficarão coradas de roxo *Ambas ficarão roxas
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