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1 Lei Penal em Relação às Pessoas DIREITO PENAL www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS A lei penal possui a característica da generalidade, ou seja, possui aplicação em relação a todos, nacionais ou estrangeiros, sem existência de privilégios. Entretanto, apesar de não haver privilégios, existem pessoas que, em virtude de suas funções, gozam de imunidades. Estas representam proteção ao cargo ou função desempenhados pelo seu titular e em nenhuma hipótese devem ser confundidas com privilégio. Imunidade Diplomática Prerrogativa de direito público internacional conferida ao (s): Chefes de governo ou de Estado estrangeiro, sua família e membros de sua comitiva. Embaixador e sua família. Funcionários do corpo técnico e administrativo da missão diplomática e membros de suas famílias . Obs.: Desde que não sejam nacionais do Estado acreditado (Estado que recebe a comitiva diplomática) e nem nele possuam residência permanente (Decreto 56.435/65, art. 37, parágrafo 2). Funcionários de organizações internacionais, quando em serviço. Ex.: funcionários da ONU. Os detentores de imunidade diplomática não devem obediência à lei penal brasileira? Todos devem obediência à lei penal brasileira, em razão do princípio da generalidade, entretanto, a imunidade diplomática afasta a aplicação do preceito secundário de nossa norma, ficando o agente sujeito às consequências da lei penal de seu país de origem. Em resumo, um agente com imunidade pode até cometer um crime, mas não receberá penas. 2 Lei Penal em Relação às Pessoas DIREITO PENAL www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Característica da Imunidade Diplomática (Decreto n. 56.435/1965) a) causa de isenção pessoal de pena. b) veda qualquer espécie de detenção ou prisão (art. 29). • É possível a investigação dos fatos praticados por detentores de imunidade diplomática. c) estende-se à residência particular, bem como aos documentos, bens e cor- respondência do possuidor da imunidade. d) desobriga o imune de depor como testemunha ou autor. e) imunidade é irrenunciável pelo destinatário. • O Estado acreditante (que envia um corpo diplomático) pode renunciar a imunidade, desde que o faça expressamente. O agente consular também possui imunidade diplomática? Não. Possui apenas imunidade funcional (relativa) prevista no Decreto n. 61.078/1967. Será imune apenas no que diz respeito às práticas dos seus atos de ofício. Exemplo de atividade de um cônsul: emissão de passaporte. Imunidade Parlamentar São prerrogativas inerentes ao exercício do mandato parlamentar, preser- vando-se a instituição contra ingerências externas. Absoluta Relativa Inviolabilidade pelas palavras votos e opiniões 1 – ao foro 2 – à prisão 3 – ao processo 4 – à condição de testemunha Imunidade parlamentar absoluta Também conhecida como imunidade substancial, material, real inviolabilidade ou indenidade. Está prevista no art. 53, caput, da CF /1988: 3 Lei Penal em Relação às Pessoas DIREITO PENAL www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. • Parte da Doutrina ensina que a imunidade se estende às esferas adminis- trativa e política. Qual é a natureza jurídica da imunidade parlamentar? Para o STF, a imunidade absoluta é causa de atipicidade. Requisito da imunidade parlamentar: nexo entre as palavras, votos e opiniões proferidos e o exercício do mandato . • Esse nexo exigido é presumido de forma absoluta quando o parlamen- tar está nas dependências do Congresso Nacional, devendo ser provado quando ele estiver fora do Congresso. Obs.:� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Paulo Igor.