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resumo 1807695 paulo igor 11561445 direito penal novo parte geral aula 16 lei penal em relacao as pessoas

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Lei Penal em Relação às Pessoas
DIREITO PENAL
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS
LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS
A lei penal possui a característica da generalidade, ou seja, possui aplicação 
em relação a todos, nacionais ou estrangeiros, sem existência de privilégios. 
Entretanto, apesar de não haver privilégios, existem pessoas que, em virtude 
de suas funções, gozam de imunidades. Estas representam proteção ao cargo 
ou função desempenhados pelo seu titular e em nenhuma hipótese devem ser 
confundidas com privilégio.
Imunidade Diplomática 
Prerrogativa de direito público internacional conferida ao (s):
Chefes de governo ou de Estado estrangeiro, sua família e membros de sua comitiva.
Embaixador e sua família.
Funcionários do corpo técnico e administrativo da missão diplomática e membros de suas 
famílias .
Obs.: Desde que não sejam nacionais do Estado acreditado (Estado que recebe a comitiva 
diplomática) e nem nele possuam residência permanente (Decreto 56.435/65, art. 
37, parágrafo 2).
Funcionários de organizações internacionais, quando em serviço. Ex.: funcionários da ONU. 
Os detentores de imunidade diplomática não devem obediência à lei 
penal brasileira? 
Todos devem obediência à lei penal brasileira, em razão do princípio da 
generalidade, entretanto, a imunidade diplomática afasta a aplicação do preceito 
secundário de nossa norma, ficando o agente sujeito às consequências da lei 
penal de seu país de origem. Em resumo, um agente com imunidade pode até 
cometer um crime, mas não receberá penas. 
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Característica da Imunidade Diplomática (Decreto n. 56.435/1965)
a) causa de isenção pessoal de pena. 
b) veda qualquer espécie de detenção ou prisão (art. 29).
• É possível a investigação dos fatos praticados por detentores de imunidade 
diplomática. 
c) estende-se à residência particular, bem como aos documentos, bens e cor-
respondência do possuidor da imunidade. 
d) desobriga o imune de depor como testemunha ou autor.
e) imunidade é irrenunciável pelo destinatário. 
• O Estado acreditante (que envia um corpo diplomático) pode renunciar a 
imunidade, desde que o faça expressamente. 
O agente consular também possui imunidade diplomática?
Não. Possui apenas imunidade funcional (relativa) prevista no Decreto n. 
61.078/1967. Será imune apenas no que diz respeito às práticas dos seus atos 
de ofício. Exemplo de atividade de um cônsul: emissão de passaporte. 
Imunidade Parlamentar
São prerrogativas inerentes ao exercício do mandato parlamentar, preser-
vando-se a instituição contra ingerências externas. 
Absoluta Relativa
Inviolabilidade pelas palavras votos e opiniões 1 – ao foro
2 – à prisão
3 – ao processo
4 – à condição de testemunha
Imunidade parlamentar absoluta
Também conhecida como imunidade substancial, material, real inviolabilidade 
ou indenidade. Está prevista no art. 53, caput, da CF /1988: 
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Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por 
quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
• Parte da Doutrina ensina que a imunidade se estende às esferas adminis-
trativa e política. 
Qual é a natureza jurídica da imunidade parlamentar?
Para o STF, a imunidade absoluta é causa de atipicidade. 
Requisito da imunidade parlamentar: nexo entre as palavras, votos e opiniões 
proferidos e o exercício do mandato . 
• Esse nexo exigido é presumido de forma absoluta quando o parlamen-
tar está nas dependências do Congresso Nacional, devendo ser provado 
quando ele estiver fora do Congresso. 
Obs.:� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, 
de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Paulo Igor.

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