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TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS INTRABUCAIS SEM POSICIONADORES TÉCNICA PERIAPICAL: As radiografias periapicais podem ser feitas pela técnica da bissetriz e do paralelismo, sempre respeitando a direção de incidência do feixe principal da raiz à coroa dos dentes (a orientação é feita na altura do terço apical). BISSETRIZ PARALELISMO Cilindro localizador: 20 cm Cilindro localizador: 40cm Sujeito à distorção (encurtamento e alongamento) Sujeito à magnificação Utiliza posicionador ou não Sempre utiliza posicionador O cilindro localizador longo utilizado na técnica do paralelismo, torna o feixe incidente mais paralelo, diminuindo a magnificação produzida na imagem. Indicações: 1. Observação dos dentes e estruturas ao redor 2. Observação de sinais de infecção/inflamação apical 3. Avaliação periodontal 4. Avaliação pós-traumática dos dentes e osso alveolar 5. Avalia presença e posicionamento do dente 6. Procedimentos endodônticos 7. Avaliação morfológica radicular antes de extrações 8. Avaliação pré e pós-operatória de cirurgias apicais 9. Avaliação de lesões do osso alveolar 10. Avaliação pré e pós-operatória de implantes TÉCNICA DA BISSETRIZ Na técnica da bissetriz, a direção dos raios X centrais deve ser perpendicular à bissetriz do ângulo formado pelo longo eixo do dente e o plano do filme a fim de se produzir a menor distorção possível (seta 4). Caso o feixe incidente seja perpendicular ao filme haverá encurtamento da imagem (seta 5). Se o feixe for perpendicular ao longo eixo do dente haverá alongamento da imagem (seta 6). Geralmente é utilizada pois o filme deve se adequar à anatomia do paciente. O alongamento ocorrerá quando o filme estiver “dobrado” no interior da cavidade oral. Sequência da técnica: 1. Exame do paciente (protegê-lo com avental de chumbo e protetor de tireóide, solicitar remoção de óculos, piercings, brincos grandes, próteses removíveis quando presentes) 2. Acertar encosto da cabeça (a posição da cabeça fixa, apoiada no encosto, é o que permite a radiografia correta pela técnica da bissetriz) Manuella Soussa Braga - 3p 3. Verificação de planos Todos os planos utilizados na tomada radiográfica deve estar orientados de acordo com o plano horizontal. O plano sagital mediano refere-se a divisão da cabeça em lados direito e esquerdo, devendo estar perpendicular ao plano horizontal (cabeça reta). Já o plano de Camper, representando o plano oclusal dos dente, é orientado de acordo com arcada radiografada. No exame da maxila é representado por uma linha imaginário que vai do trágus à asa do nariz, paralelamente ao plano horizontal. Já na mandíbula e nas radiografias interproximais, a linha de referência é aquela que vai do trágus à comissura labial, também paralelo ao plano horizontal. orientação da cabeça de acordo com os planos 4. Colocação do filme na boca do paciente Cada região apresenta um tempo médio específico necessário para a formação de uma boa imagem radiográfica. Além disso, nos IC, por exemplo, o filme deve estar centralizado e o mais próximo possível dos dentes sem dobrar. ILCS o filme deve estar posicionado de forma centralizada entre o IL e o C. Como nas incidências feitas nos posteriores é difícil enxergar a margem posterior do filme, deve-se preconizar o aparecimento da mesial do CS (nas radiografias de pré-molares) e a mesial do 2PM (nas radiografias de molares). O picote sempre deverá estar fora da área de registro ósseo dentário (margem livre do filme - apical/oclusal dos dentes). Para isso, posiciona-se-o voltado para a borrachinha do posicionador. Isso orienta a área radiografada na confecção da cartela. Sustentação do filme: No exame da maxila, o paciente deve segurar o filme com o polegar e a mão espalmada. Nesse caso, o CD posiciona o filme na região desejada, levando a mão do paciente ao local. Na mandíbula, utiliza-se o indicador com a mão fechada. A mão não deve ficar na direção de incidência do feixe central, por isso, deve-se utilizar a contrária à região radiografada. Manuella Soussa Braga - 3p Direção dos feixes centrais: ANGULAÇÃO VERTICAL ARCADA GONIÔMETRO Superior Inferior ÂNGULOS + ÂNGULOS - MAXILA MANDÍBULA MOLARES + 30° 0° a -5° PRÉ-MOLARES +35° -10 ° IN. LATERAIS E CANINOS +40° a 45° -15° INCISIVOS +50° a 55° -20° medidas de ângulo vertical ANGULAÇÃO HORIZONTAL O feixe central de raio X deve ser orientado de forma a passar reto entre as faces proximais dos dentes, paralelo aos espaços interdentais (“fio dental”) - Imagem A. Um pequeno desvio na direção horizontal dos feixes centrais, terá produção de sobreposição de imagens - Imagem B. PONTOS DE INCIDÊNCIA NA MAXILA (RESPEITANDO O PLANO DE CAMPER) ICS Ápice nasal (margem inferior dos ossos nasais) ILCS Asa do nariz PMS Forame infra-orbitário MS 1 cm atrás da comissura palpebral externa, descendo em paralelo cruzando o plano de Camper Manuella Soussa Braga - 3p PONTOS DE INCIDÊNCIA NA MANDÍBULA (RESPEITANDO O PLANO DE CAMPER) II No plano sagital mediano, 0,5 cm acima da margem inferior da mandíbula CI Mesma direção da asa do nariz, 0,5 cm acima da margem inferior da mandíbula PMI Mesma direção do forame infra-orbitário, 0,5 cm acima da margem inferior da mandíbula M 1 cm posterior à comissura palpebral externa, descendo em paralelo, 05 cm acima da margem inferior da mandíbula Tempo de exposição: O tempo de exposição depende da sensibilidade do filme (D, E ou F - reduzindo a quantidade de radiação necessária para produzir a imagem), poder de penetração do raio X produzido (dependente da ddp e do kVp), da quantidade de radiação produzida (corrente - mA) e área a ser exposta bem como tamanho do paciente (relacionado com a densidade óssea). 5. Medidas de biossegurança (incluindo embalagem do filme) 6. Montagem das cartelas ATENÇÃO!! Deve-se tomar cuidado com a colimação do aparelho nas técnicas do paralelismo. Ao aumentar a distância do cilindro localizador não significa que a exposição aos feixes de raio X na boca do paciente deva ultrapassar os 6 cm de diâmetro padrão. Nesse caso, mesmo em cilindros curtos com aumento da distância entre colimador e área de incidência e nos cilindros longos, haverá muito mais exposição aos feixes de raio X. Então, utiliza-se um anteparo (dispositivo semelhante a um posicionador) para limitar a área de exposição ao tamanho do filme, incidindo apenas na área que será radiografada. TÉCNICA INTERPROXIMAL: Nas radiografias interproximais, enxerga-se, concomitantemente, as coroas dos dentes superiores e inferiores. Nesse tipo de técnica, não deve ter sobreposição das faces proximais de forma alguma, ou seja, a angulação horizontal deve ser perfeita. Existem filmes específicos para a técnica (com a asa de mordida) ou pode se utilizar os filmes número 2 da técnica periapical. Os filmes específicos são mais compridos, o que permite que, com apenas uma incidência, faça a imagem de pré-molares e molares em um único filme. Nos filmes periapicais nº 2 énecessário a incidência de quatro regiões e pode ser utilizada com posicionador ou aleta confeccionada. Indicações: 1. Análise das cristas ósseas alveolares Manuella Soussa Braga - 3p 2. Detecção de cáries interproximais 3. Adaptação de blocos e restaurações A orientação do feixe radiográfico nessa técnica é de +8º a +10º respeitando a linha imaginária que vai do trágus à comissura labial paralelo ao plano horizontal (corresponde ao plano oclusal do paciente com a boca fechada). Essa angulação vertical compensa a curva de Wilson. O picote na técnica interproximal sempre deve estar voltado para a maxila. Manuella Soussa Braga - 3p
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