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Técnica radiográfica oclusal e interproximal 1 Técnica radiográfica oclusal e interproximal Com o advento da tomografia, técnica radiográfica oclusal vem sendo cada vez menos utilizada. Porém, tem as suas funções e utilidades. Ex. Paciente queixando-se de inchaço na gengiva a aproximadamente 1 mês e meio, sem sintomatologia, em região de dente 36. Ao exame intrabucal, observou-se tumefação firme à palpação. Além disso, ligeiro apagamento do fundo de vestíbulo. Por sua consistência firme, nos dá a pista que tem envolvimento ósseo. O primeiro exame realizado foi uma radiografia panorâmica. Em região de dente 36, imagem radiolúcida em periápice. Além disso, linhas radiopacas concêntricas compatíveis com o quadro de tumefação (aumento ósseo). Não conseguimos discernir, em panorâmica, o que é vestibular e lingual, já que existe sobreposição destas estruturas. Justamente em casos como esse, poderíamos lançar mão de uma técnica oclusal, já que nela teríamos uma vista superior. Diagnóstico = conjunção de informações obtidas nos exames clínico, complementares e laboratoriais. Técnincas intrabucais = periapical, interproximal e oclusal. Planos existentes na cabeça = Plano de Camper (tragus até asa do nariz), Plano Sagital Mediano e Tragus comissura labial. Plano sagital mediano deve estar perpendicular ao plano horizontal, logo, paciente não pode estar com a cabeça inclinada. Para dentes superiores, plano de camper utilizado como referência, devendo estar paralelo ao solo. Para dentes inferiores, plano tragus comissura labial paralelo ao plano horizontal. Referências para quando não forem utilizados os posicionadores, fazendo com que o plano oclusal do paciente, independente se para dentes superiores ou inferiores, esteja paralelo ao plano horizontal. 1. INTERPROXIMAL Bitewing (também chamada interproximal) inclui as coroas dos dentes superiores e inferiores e a crista alveolar no mesmo receptor. Muito utilizada = técnica padrão = primeira indicação é de diagnóstico de cárie (principalmente interproximais, que não vemos clinicamente, já que nessa técnica não temos sobreposição de imagem nas faces proximais). Além da coroa, boa visualização das cristas ósseas. Nível ósseo também é muito bem avaliado nessa técnica. Técnica radiográfica oclusal e interproximal 2 Indicações → pesquisa de lesões cariosas, adaptação de restaurações em coroas (que não seguem contorno do dente), avaliação cristas ósseas alveolares (noção de quantidade de perda óssea). Por que imagem não tem tanta distorção como na periapical → maior paralelismo entre filme e dente (ideal! objeto paralelo ao receptor de imagem) → não temos tanta inclinação do receptor de imagem como na periapical. O feixe é direcionado através dos espaços interproximais e paralelo ao plano oclusal. O receptor é colocado em paralelo às superfícies vestibular e lingual dos dentes examinados e é perpendicular ao feixe de raios X. Ângulo vertical utilizado de +5 a +10° (quase zero, uma incidência ortogonal). Paciente morderá algum dispostivo, podendo ser no próprio posicionador, confeccionado ou do próprio filme (asa de mordida - haleta para manter filme em posição). Na clínica, utilização de filmes periapicais e confecção de haletas. Radiografaremos região de pré-molares e de molares. Em região de pré, preciso, pelo menos, enxergar a distal dos caninos. Na radiografia de molares, distal do segundo pré-molar (superior e inferior). Picote sempre para maxila. Como trabalharemos sem posicionador, plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal e orientação da maxila (plano de camper - tragus asa do nariz paralelo ao plano horizontal). Filme deve entrar entre língua e dentes (empurro língua com o filme e acomodo no assoalho do paciente). Após acomodar, pedir para o paciente morder. Em seguida, posicionamento, com angulação vertical de +5 a +10, direcionando para região onde está o filme, com ângulo horizontal paralelo aos espaços proximais. Tipicamente, as radiografias bitewings são feitas com o receptor em uma orientação horizontal (verticais são utilizadas quando o paciente apresenta perda óssea alveolar de moderada a grave). Vistas separadas são feitas para as regiões dos pré-molares e molares. O receptor é colocado no vestíbulo lingual adjacente aos dentes a serem radiografados, e o bloco de mordida ou a aba de mordida do receptor é repousado na superfície oclusal mandibular. O receptor é ajustado para ser paralelo às superfícies vestibulares dos dentes sendo radiografados. A borda dos suportes do receptor ou a aba pode ser usada para auxiliar nessa orientação paralela. Uma vez que o receptor esteja posicionado, o paciente é solicitado a gentilmente ocluir no bloco de mordida. Ao usar as abas de bitewing de papelão, é Técnica radiográfica oclusal e interproximal 3 importante direcionar o paciente para fechar suavemente para assegurar uma separação suficiente dos dentes maxilar e mandibular. 2. OCLUSAL Visão superior (axial) do que eu estou examinando/do paciente, que não tenho em panorâmica, periapical ou interproximal. Utilizamos quando queremos examinar áreas maiores da maxila ou da mandíbula (não caberiam em filmes periapicais, cortando, por exemplo, limites). Além disso, utilizadas quando queremos avaliar osso, dente numa vista axial. Ex. paciente com dente incluso, onde quero descobrir se este está mais para vestibular ou para lingual. Indicação para pesquisa de cálculos salivares e para pacientes que estão realizando expansão intermaxilar na ortodontia (controle com essa técninca). Indicação para pecientes com fendas palatinas, dentes inclusos (localização da coroa para acesso em dente na cirurgia). Utilizamos receptor (filme oclusal) 3.4: tamanho 5.7 x 7.6 → filme grande. No nosso caso, duas placas de tamaho 3. Oclusal parcial → picote fora da boca, com longo eixo no sentido anteroposterior. Oclusal total → filme com longo eixo no sentido latero-lateral (cobre toda arcada superior ou inferior), com picote para fora da boca. Lado de exposição (branco) sempre voltado para as faces oclusais dos dentes da região que estamos radiografando, logo, se for oclusal de maxila, voltado para dentes superiores, sendo o contrário verdadeiro. Paciente prende o filme pela mordida. Em pacientes edêntulos, segurar via polegares para maxila e indicadores para mandíbula (demais dedos fechados e fora da radiação). Filme maior → distância foco-filme maior (colimador faz com que feixe saia na face do paciente c/ até 6cm de diâmetro - para ampliarmos feixe e pegar todo o filme, precisamos distanciar) → “hang loose” para evitar meia-lua. Posicionamento da cabeça → plano sagital mediano perpedincular ao plano horizontal + para oclusais de maxila: plano de camper paralelo ao plano horizontal ou para oclusais de Técnica radiográfica oclusal e interproximal 4 mandíbula: plano tragus comissura labial de 45° com o plano horizontal (paciente deve inclinar o máximo que puder cabeça para trás - hiperextensão cervical). OCLUSAL TOTAL DA MAXILA (topográfica superior) - ponto de incidência: násio (início dos ossos nasais); ângulo vertical: + 65°; ângulo horizontal: 0. OCLUSAL PARCIAL DA MAXILA - filme com longo eixo no sentido anteroposterior, com deslocamento do filme para lado de interesse (direito ou esquerdo). Ponto de incidência: 2cm atrás comissura palpebral externa; ângulo vertical: + 60°; ângulo horizontal: feixe vem de lado. OCLUSAL PARCIAL DE TÚBER - filme, como na parcial, deslocado para lado de interesse. Ponto de incidência: 3cm atrás comissura palpebal externa; ângulo vertical e horizontal: + 45°. Vem de trás pra frente e de cima para baixo. OCLUSAL TOTAL DE MANDÍBULA (topográfica inferior), em que NÃO usamos protetor de tireóide - paciente com cabeça o máximo possível pra trás. Filme com longo eixo no sentido latero-lateral. Ponto de incidência: centro do assoalho bucal; ângulo horizontal: 0°; ângulo vertical: feixe vai atingir 90° com o receptor (não tem angulaçãono goniômetro, sendo no olho). *Se técnica para sialolito, devemos diminuir bastante tempo de exposição (queremos ver mineralização no assoalho bucal). OCLUSAL LATERAL INFERIOR - filme trazido para lado de interesse e anteroposterior. Feixe perpendicular ao filme, como na total, sem inclinações horizontais. OCLUSAL DE SÍNFISE - posicionamento do filme para uma parcial e extensão da cabeça do paciente a máxima que puder. Medir angulação do filme na boca do paciente (feixe de RX tem que incidir 55° com receptor de imagem). Devo, para medir, portanto, alinhar o tubo de RX com o filme e anotar angulação. Após, diminuir por 55 do ângulo mostrado no goniômetro. O resultado é o valor que devo fazer incidência.