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に ÐÑ www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に 1. (Cespe Î DP/DF) A edição de atos administrativos é exclusiva dos órgãos do Poder Executivo, não tendo as autoridades dos demais poderes competência para editá-los. Comentário: O quesito está errado. Os órgãos administrativos de todos os Poderes, e não apenas do Poder Executivo, exercem atividades administrativas e, portanto, editam atos administrativos. É o caso, por exemplo, de quando a Mesa do Senado promove concurso público para a seleção de novos servidores; de quando a Secretaria do STF realiza licitação para adquirir uma nova frota de veículos para o Tribunal; ou de quando o Presidente do TCU demite servidor do órgão. Gabarito: Errado www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に cfokpkuvtcvkxq"eqoq"woc"ÐÑrcncxtc"Ðfgenctc›«qÑ."gnc ÐÑ Q"cvq"cfokpkuvtcvkxq"fi"woc"fgenctc›«q"wpkncvgtcn"fq"ÐÑ www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に Ð Ñ. *Ðqw"fg"swgo"q"tgrtgugpvgÑ+0"Ukipkhkec." ÐÑ www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に 2. (Cespe Î TJDFT) A designação de ato administrativo abrange toda atividade desempenhada pela administração. Comentário: A questão está errada. Nem toda atividade desempenhada pela Administração se dá através da edição de atos administrativos. Como exemplo, pode-se citar a locação de imóveis (ato de direito privado), a limpeza de ruas (ato material), a emissão de pareceres (ato de opinião), além dos atos políticos, dos atos normativos e da celebração de contratos administrativos. Todas essas atividades constituem atos da Administração, mas não são classificadas como atos administrativos, pois lhes falta algum dos elementos destes, como a unilateralidade, o regime de direito público e a produção de efeitos jurídicos imediatos. Gabarito: Errado 3. (ESAF Î CVM) Assinale a assertiva que não pode ser caracterizada como ato administrativo. a) Semáforo na cor vermelha. b) Queda de uma ponte. c) Emissão de Guia de Recolhimento da União eletrônica. d) Protocolo de documento recebido em órgão público. e) Instrução Normativa da Secretaria de Patrimônio da União. Comentário: Atos administrativos se caracterizam por expressar uma manifestação de vontade. Assim, fatos concretos, materiais, produzidos independentemente de qualquer manifestação de vontade, ainda que provoquem efeitos no mundo jurídico e no âmbito da Administração Pública, não são atos administrativos, e sim fatos administrativos. É o caso, por exemplo, da queda de uma ponte *qr›«q"ÐdÑ+0"C"rtkpe‡rkq." trata-se de um evento da natureza, não decorrente de manifestação alguma de vontade dos agentes públicos. A queda pode, é claro, provocar consequências jurídicas para o Estado (como a necessidade de organizar o trânsito, de recolher os entulhos, de fazer outra licitação etc.); porém, nem por isso o evento passa a ser um ato administrativo; pela ausência de manifestação volitiva da Administração, a queda é simplesmente um fato administrativo. Fcu"cnvgtpcvkxcu"fc"swguv«q."cu"qr›‰gu"ÐeÑ."ÐfÑ"g"ÐgÑ"p«q"uwuekvco" maiores dúvidas, afinal, evidentemente constituem declarações de vontade da Administração Pública, ou seja, atou"cfokpkuvtcvkxqu0"Lƒ"c"cnvgtpcvkxc"ÐcÑ"fi" www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に Pcu"rcncxtcu"fg"Fk"Rkgvtq."Ðgpswcpvq"p«q"fgetgvcfc"c"kpxcnkfcfg"fq" oguoc"hqtoc"swg"q"cvq"xƒnkfq."fgxgpfq"ugt"ewortkfqÑ0 ="c"rtkpe‡rkq."guuc"Ðcngic›«qÑ"fi"ngi‡vkoc."oguoq"swg" www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に 4. (Cespe Î MIN) Suponha que determinada secretaria de Estado edite ato administrativo cujo conteúdo seja manifestamente discriminatório. Nessa situação, podem os administrados recusar-se a cumpri-lo, independentemente de decisão judicial, dado que de ato ilegal não se originam direitos nem se criam obrigações. Comentário: O item está errado. Pelo atributo da presunção de legitimidade, os atos administrativos são tidos como legais desde sua origem e, por isso, vinculam os administrados por ele atingidos desde a edição. Por conseguinte, o particular é obrigado a cumprir as determinações do ato ainda que, aparentemente, ele esteja eivado de ilegalidade. É claro que o ato poderá ser questionado judicialmente ou perante a própria Administração. Porém, enquanto ele não for invalidado, continuará a produzir efeitos normalmente, obrigando os administrados, que não podem recusar-se a cumpri-lo. De outra parte, se o ato for invalidado judicialmente (ou pela própria Administração), aí sim deixará de originar direitos e obrigações. Abre-se um parêntese para destacar que é possível a sustação dos efeitos dos atos administrativos através de recursos internos ou de ordem judicial (medidas liminares ou cautelares); nesse caso, o ato permanece válido mas sem produzir efeitos, continuando assim até o pronunciamento final de validade ou invalidade do ato ou até a derrubada da liminar. Gabarito: Errado www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に 6. (Cespe Î CNJ) Todos os atos administrativos são imperativos e decorrem do que se denomina poder extroverso, que permite ao poder público editar provimentos que vão além da esfera jurídica do sujeito emitente, interferindo na esfera jurídica de outras pessoas, constituindo-as unilateralmente em obrigações. Comentário: Questão errada. Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente da sua concordância. Decorre, é verdade, do chamado poder extroverso, que é a prerrogativa dada ao Poder Público de impor, de modo unilateral, obrigações a terceiros, ou seja, a sujeitos que estão além da esfera jurídica do sujeito emitente. Entretanto, nem todos os atos administrativos são imperativos. A imperatividade está presente apenas nos atos que impõem obrigações ou restrições, a exemplo da interdição de estabelecimentos comerciais; mas não está presente nos atos enunciativos (certidão, atestado, parecer) e nos atos que conferem direitos solicitados pelo administrado (licença, autorização de bem público). Gabarito: Errado www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に 7. (Cespe Î Câmara dos Deputados) Em decorrência da autoexecutoriedade, atributo dos atos administrativos, a administração pública pode, sem a necessidade de autorização judicial, interditar determinado estabelecimento comercial. Comentário: O quesito está correto. A autoexecutoriedade é a prerrogativa de que certos atos administrativos sejam executados imediata e diretamente pela própria Administração, independentemente de ordem ou autorização judicial. Permite-se até mesmo o uso da força física, se for necessária, mas sempre com meios adequados e proporcionais. A interdição de estabelecimento comercial é um típico exemplo de autoexecutoriedade. Gabarito: Certo 8. (Cespe Î TRT10) Em razão da característica da autoexecutoriedade, a cobrança de multa aplicada pela administração não necessita da intervenção do Poder Judiciário, mesmo no caso do seu não pagamento. Comentário: A questão está errada. A cobrança de multa inadimplida não possui o atributo da autoexecutoriedade, vale dizer, a Administração não pode cobrar o pagamento sem a intervenção do Poder Judiciário. Gabarito: Errado 9. (Cespe Î ICMbio) A autoexecutoriedade dos atos administrativos ocorre nos casos em que é prevista em lei ou, ainda, quando é necessário adotar providências urgentes em relação a determinada questão de interesse público. Comentário: O quesito está correto. A autoexecutoriedade não existe em todos os atos administrativos. Conforme a doutrina, só há autoexecutoriedade quando expressamente prevista em lei ou quando tratar-se de medida urgente que, acaso não adotada de imediato, pode ocasionar prejuízo maior para o interesse público. Gabarito: Certo www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に ╉5¹æ"º-Øæœ"æœ"̇ßæœ"Ø̋œÆ©æœ"̇æ"ı̇ßøÆŒùºÆæ"¸ œ̇"̋ºßƸ̇¸ œ̋"Œ̋º̊Ææº̇¸̇œ"ºæ"̇øßÆ̌æ" ╊┻ www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に eqorgv‒pekc"ukornguogpvg"eqoq"ÐuwlgkvqÑ"qw"Ðuwlgkvq"eqorgvgpvgÑ+0 ̇ ̇ www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に 12. (Cespe Î TCE/ES) A competência para a prática dos atos administrativos depende sempre de previsão constitucional ou legal: quando prevista na CF, é denominada competência primária e, quando prevista em lei ordinária, competência secundária. Comentário: Tanto as competências previstas na CF quanto as previstas nas leis são denominadas competências primárias, daí o erro. São chamadas de competências secundárias aquelas previstas em normas infralegais. Gabarito: Errado www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に Ðcu"fgeku‰gu"cfqvcfcu"rqt" Ñ ̇ ̇ ̇ www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に 13. (Cespe Î TRT10) A competência administrativa pode ser transferida e prorrogada pela vontade dos interessados, assim como pode ser delegada e avocada de acordo com o interesse do administrador. Comentário: O item está errado, eis que a competência administrativa é intransferível e improrrogável. De fato, como a competência decorre de norma expressa, somente a norma pode transferi-la ou autorizar a sua delegação ou avocação, e não mero acordo entre as partes. A competência administrativa também não pode ser prorrogada, vale dizer, um agente incompetente não passa a ser automaticamente considerado competente apenas pelo fato de ter praticado determinado ato. A prorrogação de competência é possível no Direito Civil, em que a lide, por uma série de razões, pode ser julgada em foro diverso daquele previsto na lei. Lembrando que a competência também é irrenunciável, imodificável por mera vontadedo agente e imprescritível. Todavia, a competência administrativa pode ser delegada e avocada de acordo com o interesse do administrador, como, aliás, corretamente registra o quesito. Gabarito: Errado 14. (FGV 2011) O chefe de determinado órgão público integrante da estrutura do Poder Executivo Federal, visando a conferir maior celeridade na tramitação de processos administrativos, decide delegar a competência para decidir recursos administrativos a seu chefe de gabinete. Considerando a situação hipotética acima narrada, é correto afirmar que tal conduta se revela juridicamente (A) incorreta, em decorrência da regra geral de indelegabilidade de competências administrativas. (B) incorreta, uma vez que é legalmente vedada a delegação da competência para decidir recursos administrativos. (C) correta, uma vez que o chefe do órgão público exerce a direção superior da Administração Pública Federal. (D) correta, desde que o ato de delegação seja publicado em meio oficial. (E) correta, desde que exista previsão legal e que o ato seja acompanhado de aceitação expressa do agente delegatário. Comentário: Como regra, as competências administrativas podem sim ser delegadas, salvo as exceções previstas em lei, a exemplo da decisão de recursos administrativos. Com efeito, segundo o art. 13 da Lei 9.84/99, a competência para decidir recursos administrativos não pode ser delegada. Icdctkvq<"cnvgtpcvkxc"ÐbÑ www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に Ðq Ñ Ðcvqu"fq"rtqeguuq" uwc"tgcnk¦c›«q"g"c"cuukpcvwtc"fc"cwvqtkfcfg"tgurqpuƒxgnÑ 15. (Cespe Î PGE/BA) Incorre em vício de forma a edição, pelo chefe do Executivo, de portaria por meio da qual se declare de utilidade pública um imóvel, para fins de desapropriação, quando a lei exigir decreto. Comentário: O quesito está correto. No caso, o decreto é a forma prevista na lei para que ocorra a exteriorização da vontade do Chefe do Poder Executivo. Assim, o ato de declaração de utilidade pública para fins de desapropriação deveria ser emitido mediante decreto, e não portaria. Logo, houve vício de forma. Gabarito: Certo www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に á á www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に ̇ ÐeqpukfgtcpfqÑ" ̇ www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に Ðfktgkvqu"g"kpvgtguuguÑ www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に Cfokpkuvtc›«q"guvglc"ÐvtcpuhqtocpfqÑ"wo"cvq 16. (FGV Î OAB) A associação de moradores do Município F solicitou ao Poder Público owpkekrcn"cwvqtk¦c›«q"rctc"q"hgejcogpvq"fc"Ðtwc"fg"vtƒuÑ."rqt"woc"pqkvg." para a realização de uma festa junina aberta ao público. O Município, entretanto, negou o pedido, ao fundamento de que aquela rua seria utilizada para sediar o encontro anual dos produtores de abóbora, a ser realizado no mesmo dia. Considerando que tal fundamentação não está correta, pois, antes da negativa do pedido da associação de moradores, o encontro dos produtores de abóbora havia sido transferido para o mês seguinte, conforme publicado na imprensa oficial, assinale a afirmativa correta. A) Mesmo diante do erro na fundamentação, o ato é válido, pois a autorização pleiteada é ato discricionário da Administração. B) Independentemente do erro na fundamentação, o ato é inválido, pois a autorização pleiteada é ato vinculado, não podendo a Administração indeferi-lo. C) Diante do erro na fundamentação, o ato é inválido, uma vez que, pela teoria dos motivos determinantes, a validade do ato está ligada aos motivos indicados como seu fundamento. D) A despeito do erro na fundamentação, o ato é válido, pois a autorização pleiteada é ato vinculado, não tendo a associação de moradores demonstrado o preenchimento dos requisitos. Comentários: De fato, a autorização é um ato administrativo discricionário.Porém, ainda assim se submete à teoria dos motivos determinantes, de modo que, ao motivar o ato, a Administração fica vinculada à existência e à legitimidade dos motivos declarados. Por outras palavras, quando a Administração motiva o ato (fosse ou não obrigatória a motivação), ele só será válido se os motivos forem verdadeiros. Caso seja comprovada a não ocorrência da situação declarada (pressuposto de fato), ou a inadequação entre a situação ocorrida e o motivo descrito na lei (pressuposto de direito), o ato será nulo. www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に Fguuc"hqtoc."eqttgvc"c"ngvtc"ÐeÑ0"Eqo"ghgkvq."pc"ukvwc›«q"go"cpƒnkug."q" motivo para a negativa do pedido foi a ocorrência de um outro evento no mesmo horário, fato que, posteriormente, se mostrou inverídico. Assim, diante da falsidade do motivo declarado, o ato que negou o pedido deve ser considerado nulo, pois a validade do ato está ligada à veracidade dos motivos indicados como seu fundamento. Icdctkvq<"cnvgtpcvkxc"ÐcÑ 17. (Cespe Î Ministério da Justiça) O motivo do ato administrativo não se confunde com a motivação estabelecida pela autoridade administrativa. A motivação é a exposição dos motivos e integra a formalização do ato. O motivo é a situação subjetiva e psicológica que corresponde à vontade do agente público. Comentário: O quesito está errado. Estava indo bem, mas se perdeu no final. Com efeito, é correto que motivo e motivação não se confundem. Também é verdade que motivação é a exposição dos motivos e integra a formalização do ato. Porém, motivo não diz respeito à situação subjetiva e psicológica, ou seja, à vontade do agente; isto é o que a doutrina chama de móvel. O motivo, por outro lado, é a realidade objetiva e externa ao agente, consubstanciada nos pressupostos de fato e de direito que fundamentam a expedição do ato. Gabarito: Errado 18. (Cespe Î PGE/BA) O ato de exoneração do ocupante de cargo em comissão deve ser fundamentado, sob pena de invalidade por violação do elemento obrigatório a todo ato administrativo: o motivo. Comentário: O quesito está errado. O ato de exoneração do ocupante de cargo em comissão é exemplo clássico de ato que não precisa ser previamente motivado. Isso porque, segundo o art. 37, II da CF, tais cargos são de livre nomeação e exoneração. Gabarito: Errado 19. (Cespe Î Anatel) Josué, servidor público de um órgão da administração direta federal, ao determinar a remoção de ofício de Pedro, servidor do mesmo órgão e seu inimigo pessoal, apresentou como motivação do ato o interesse da administração para suprir carência de pessoal. Embora fosse competente para a prática do ato, Josué, posteriormente, informou aos demais servidores do órgão que a remoção foi, na verdade, uma forma de nunca mais se deparar com Pedro, e que o caso serviria de exemplo para todos. A afirmação, porém, foi gravada em vídeo por um dos presentes e acabou se tornando pública e notória no âmbito da administração. À luz dos preceitos que regulamentam os atos administrativos e o controle da www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に administração pública, julgue o item seguinte, acerca da situação hipotética acima. Ainda que as verdadeiras intenções de Josué nunca fossem reveladas, caso Pedro conseguisse demonstrar a inexistência de carência de pessoal que teria ensejado a sua remoção, por força da teoria dos motivos determinantes, o falso motivo indicado por Josué como fundamento para a prática do ato afastaria a presunção de legitimidade do ato administrativo e tornaria a remoção ilegal. Comentário: A questão está correta. Pela teoria dos motivos determinantes, a validade de um ato está vinculada aos motivos indicados como fundamento de sua prática, de maneira que, se inexistentes ou falsos os motivos, o ato será nulo. Mesmo se a lei não exigir motivação, caso a Administração a realize, estará vinculada aos motivos expostos. Na situação apresentada, o motivo declarado por Josué para a remoção de Pedro foi a carência de pessoal; assim, caso fique provado que o motivo indicado é falso, ou seja, que não há carência alguma de pessoal na unidade de destino, a remoção torna-se ilegal, devendo o ato ser anulado. No caso, a anulação independeria das intenções de Josué com a prática do ato; importaria, tão-somente, a realidade objetiva da falsidade do motivo apontado. Gabarito: Certo 20. (FGV 2014) Fernando é ocupante de cargo em comissão no Município. O Prefeito resolve exonerá-lo, sem prévio processo administrativo disciplinar, fundamentando o ato com argumento de que Fernando não cumpria corretamente a carga horária de trabalho. Ocorre que, logo após o ato, Fernando conseguiu comprovar que nunca faltou ao trabalho e que cumpria regularmente o horário de expediente. No caso em tela, haverá: (A) invalidação da exoneração, aplicando-se a teoria dos motivos determinantes, em razão da incompatibilidade entre o motivo expresso no ato e a realidade fática; (B) invalidação da exoneração, pois a exoneração de cargo em comissão é ato administrativo vinculado e o motivo utilizado para o ato não guarda congruência com os fatos; (C) invalidação da exoneração, pois apesar de a exoneração de cargo em comissão ser ato administrativo vinculado, não ocorreu o prévio processo administrativo; (D) manutenção da exoneração, pois os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração pelo Prefeito municipal, não havendo sequer necessidade de fundamentação; (E) manutenção da exoneração, pois a exoneração é ato administrativo discricionário, não cabendo controle sobre seu mérito administrativo. Comentários: vamos analisar cada alternativa: a) CERTA. Pela teoria dos motivos determinantes, a validade do ato está www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に adstrita aos motivos indicados como seu fundamento, de maneira que, se os motivos forem inexistentes ou falsos, o ato será nulo. No caso, foi apresentado como motivo para a exoneração de Fernando o fato de que ele não cumpria corretamente a carga horária de trabalho. Uma vez comprovado que este motivo era falso, ou seja, na realidade, Fernando cumpria corretamente sua jornada, o ato de exoneração passa a ser nulo, devendo ser invalidado. b) ERRADA. O erro é que a exoneração de cargo em comissão é ato administrativo discricionário, uma vez que a Constituição estipula que esses cargos são de livre nomeação e exoneração. Ressalte-se que, justamente por ser livre, o ato de exoneração de cargo em comissão, a princípio, não precisa de motivação (externalização dos motivos), mas, se a autoridade competente o fizer, o ato ficará sujeito à validade dos motivos expostos. c) ERRADA. De fato, a ausência de processo administrativo seria razão para invalidar a exoneração. O erro, porém, está na afirmação de que a exoneração de cargo em comissão é ato administrativo vinculado (pois é discricionário). d) ERRADA. De fato, não há necessidade de apresentar os motivos para a exoneração de cargos em comissão. Porém, caso a autoridade competente o faça (como na situação apresentada no enunciado), a validade do ato ficará condicionada à veracidade dos motivos apresentados. Portanto, a exoneração de Fernando deve ser invalidada, pois foi fundamentada no descumprimento na jornada de trabalho, fato que, posteriormente, se mostrou inverídico. e) ERRADA. Como demonstradonas alternativas anteriores, a exoneração de Fernando deve ser invalidada (e não mantida), com base na teoria dos motivos determinantes. Ressalte-se que tal invalidação não representa controle de mérito, e sim de legalidade, razão pela qual o ato deve anulado (e não revogado). Icdctkvq<"cnvgtpcvkxc"ÐcÑ kpfcicpfq<"Ðrctc"swg"ugtxg"q"cvqAÑ www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に ̇ ̇ ̇ www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に Î Î www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に ̇ ̇ ̇ 21. (Cespe Î Anatel) Embora tenha competência para analisar a legalidade dos atos administrativos, o Poder Judiciário não a tem relativamente ao mérito administrativo desses atos. Comentário: O item está correto. O controle judicial sobre os atos administrativos se restringe à aferição da legalidade e da legitimidade. O Poder Judiciário não pode entrar no mérito do ato, quer dizer, não pode fazer juízo de conveniência e oportunidade em relação a atos discricionários praticados dentro dos limites da lei e com observância aos princípios administrativos. Caso a Administração ultrapasse esses limites, o Judiciário poderá invalidar ato, sem que isso caracterize controle de mérito; uma vez rompidos os limites da lei, o controle passa a ser de legalidade. Gabarito: Certo www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に Ü Ü Ü ̇ ̇ ̇ ̇ ̇ ̇ www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に 22. (Cespe Î TJ/RJ) O ato se extingue pelo desfazimento volitivo quando sua retirada funda-se no advento de nova legislação que impede a permanência da situação anteriormente consentida. Comentário: A anulação, a revogação e a cassação são classificadas como formas do chamado desfazimento volitivo, eis que são resultantes da manifestação expressa do administrador ou do Poder Judiciário. Todas as demais formas de extinção vistas no tópico acima, inclusive a caducidade de que trata o item em questão, independem de qualquer manifestação ou declaração, daí o erro. Gabarito: Errado 23. (FGV Î OAB 2013) O Estado X concedeu a Fulano autorização para a prática de determinada atividade. Posteriormente, é editada lei vedando a realização daquela atividade. Diante do exposto, e considerando as formas de extinção dos atos administrativos, assinale a afirmativa correta. A) Deve ser declarada a nulidade do ato em questão. B) Deve ser declarada a caducidade do ato em questão. C) O ato em questão deve ser cassado. D) O ato em questão deve ser revogado. Comentário: No caso, o ato de autorização deve ser extinto mediante caducidade, modalidade de retirada aplicável aos casos em que uma norma jurídica posterior torna inviável a permanência da situação antes permitida pelo ato. Icdctkvq<"cnvgtpcvkxc"ÐdÑ 24. (FGV Î OAB 2012) Acerca das modalidades de extinção dos atos administrativos, assinale a alternativa correta. A) A renúncia configura modalidade de extinção por meio da qual são extintos os efeitos do ato por motivo de interesse público. B) A cassação configura modalidade de extinção em que a retirada do ato decorre de razões de oportunidade e conveniência. C) A revogação configura modalidade de extinção que ocorre quando a retirada do ato se dá por ter sido praticado em contrariedade com a lei. D) A caducidade configura modalidade de extinção em que ocorre a retirada do ato por ter sobrevindo norma jurídica que tornou inadmissível situação antes permitida www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に pelo direito e outorgada pelo ato precedente. Comentários: vamos corrigir os erros de cada alternativa: a) ERRADA. A renúncia revogação configura modalidade de extinção por meio da qual são extintos os efeitos do ato por motivo de interesse público. b) ERRADA. A cassação revogação configura modalidade de extinção em que a retirada do ato decorre de razões de oportunidade e conveniência. c) ERRADA. A revogação anulação configura modalidade de extinção que ocorre quando a retirada do ato se dá por ter sido praticado em contrariedade com a lei. d) CERTA. A caducidade configura modalidade de extinção em que ocorre a retirada do ato por ter sobrevindo norma jurídica que tornou inadmissível situação antes permitida pelo direito e outorgada pelo ato precedente (fonte: Di Pietro).Gabarivq<"cnvgtpcvkxc"ÐfÑ www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に Î www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に ̇ ̇ ̇ ‒ www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に 25. (Cespe Î OAB 2010) Assinale a opção correta no que se refere à revogação dos atos administrativos. A) A revogação do ato administrativo produz efeitos ex tunc. B) Atos vinculados não podem ser objeto de revogação. C) A revogação pode atingir certidões e atestados. D) Atos que gerarem direitos adquiridos poderão ser revogados. Comentários: vamos analisar cada assertiva: a) ERRADA. A revogação somente produz efeitos prospectivos, para frente (ex nunc). b) CERTA. A revogação somente se aplica aos atos discricionários (controle de mérito), portanto, atos vinculados não podem ser revogados. Além dos atos vinculados, também não podem ser objeto de revogação os atos: exauridos ou consumados; que geraram direitos adquiridos; integrantes de um processo administrativo; meros atos administrativos; complexos e quando se exauriu a competência relativamente ao objeto do ato. c) ERRADA. Como visto acima, os meros atos administrativos, de que são exemplo as certidões e os atestados, não podem ser revogados. d) ERRADA. Como visto, os atos discricionários que eventualmente gerarem direitos adquiridos não poderão ser revogados. Gabarito: anvgtpcvkxc"ÐdÑ 26. (FGV Î OAB 2011) A revogação representa uma das formas de extinção de um ato administrativo. Quanto a esse instituto, é correto afirmar que (A) pode se dar tanto em relação a atos viciados de ilegalidade ou não, desde que praticados dentro de uma competência discricionária. (B) produz efeitos retroativos, retirando o ato do mundo, de forma a nunca ter existido. (C) apenas pode se dar em relação aos atos válidos, praticados dentro de uma competência discricionária, produzindo efeitos ex nunc. (D) pode se dar em relação aos atos vinculados ou discricionários, produzindo ora efeito ex tunc, ora efeito ex nunc. Comentários: vamos analisar cada alternativa: a) ERRADA. Os atos viciados de ilegalidade devem ser anulados, e não www.concurseirosunidos.orgwww.concurswww.concurs に revogados. A revogação atinge apenas os atos que, embora legais, tornaram- se inoportunos ou inconvenientes. b) ERRADA. A revogação produz efeitos prospectivos, para frente (ex nunc). c) CERTA. É uma síntese do que foi
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