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Administrativo (Agente) Aula 02

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ESTADUAL DE 
TRÂNSITO DO DETRAN/SP 
1 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
Oi, gente! E ai, como andam os estudos? 
Espero que estejam firmes! Força, coragem, foco! 
Se muitos conseguiram, vocês também irão conseguir. 
Hoje a nossa aula será sobre “Atos Administrativos”. 
 
AULA 02 
 
Atos administrativos: Conceito, perfeição, requisitos, 
elementos, pressupostos, vinculação e discricionariedade. 
Revogação. Invalidade. O procedimento (ou processo) 
administrativo: conceito, requisitos, importância. 
 
Bons estudos! 
 
Conceito de Ato Administrativo 
O conceito de ato administrativo não deve ser confundido com o de fato 
administrativo. Embora sejam ambos provenientes da Administração, 
constituem manifestações distintas do Poder Público. 
 O fato administrativo não tem por fim a produção de efeitos 
jurídicos, mas sim a realização material no exercício da função 
administrativa (por isso são também chamados de atos materiais). 
O fato administrativo é, portanto, uma mera realização material, de ordem 
prática, de execução, como a construção de uma ponte, a demolição de um 
prédio, a apreensão de mercadorias irregulares, a instalação de um serviço. 
Ou seja, é em si uma atividade pública material desprovida de conteúdo de 
direito. 
Em regra, o ato administrativo e o fato administrativo são institutos 
relacionados, pois o último é conseqüência do primeiro. Antes de realizar o 
fato administrativo (realização material) a Administração vai manifestar sua 
vontade por intermédio do ato administrativo (conteúdo jurídico). 
Partindo-se da idéia da divisão de funções entre os três Poderes do Estado, 
pode-se dizer, em sentido amplo, que todo ato praticado no exercício da 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ESTADUAL DE 
TRÂNSITO DO DETRAN/SP 
2 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
função administrativa é ato da Administração. A expressão atos da 
Administração tem sentido mais amplo do que a expressão ato 
administrativo, abrangendo os atos de direito privado, atos materiais, 
atos de conhecimento, atos políticos, contratos, atos normativos e os atos 
administrativos propriamente ditos. 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
ATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
Atos regidos pelo direito público 
 
Atos regidos pelo direito público ou 
privado 
Ato administrativo: declaração do 
Estado ou de quem o represente, que 
produz efeitos jurídicos imediatos, com 
observância da lei, sob regime jurídico 
de direito público e sujeito ao controle 
do Poder Judiciário. 
Ato da administração: todo ato 
raticado no exercício da função 
administrativa. 
 
 
 
 
Ato da Administração: gênero; 
 
Ato administrativo: espécie do gênero atos da Administração 
 
Assim, os atos da Administração (gênero) englobam todos os atos 
praticados pela Administração Pública, seja sob o regime de direito 
público ou sob o regime de direito privado. 
 
Já o ato administrativo (espécie do gênero atos da Administração) é a 
declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos 
imediatos, com observância da lei, sob o regime de direito público e 
sujeita a controle pelo Poder Judiciário. 
 
Dentre os atos da Administração distinguem-se os que produzem e os que 
não produzem efeitos jurídicos. 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ESTADUAL DE 
TRÂNSITO DO DETRAN/SP 
3 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
 
Aqueles que não produzem efeitos jurídicos não são considerados atos 
administrativos por não se enquadrar no respectivo conceito. 
 
 
 
OS ATOS DA ADMINISTRAÇÃO ENGLOBAM: 
 
 
 
Atos de direito privado (ex. doação, permuta, compra e venda, locação); 
 
 
Atos materiais da Administração (ex. demolição de uma casa, 
apreensão de mercadoria, realização de um serviço); 
 
 
Atos de conhecimento (ex. atestados, certidões, pareceres, votos); 
 
 
Atos políticos; 
 
 
Contratos; 
 
 
Atos normativos (ex. decretos, portarias, resoluções, regimentos, de 
efeitos gerais e abstratos); 
 
 
Atos administrativos propriamente ditos 
 
 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ESTADUAL DE 
TRÂNSITO DO DETRAN/SP 
4 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
 
Elementos do Ato Administrativo 
 
Os elementos do ato administrativo estão presentes na Lei nº 4.717/65 (Lei 
de Ação Popular), art. 2º. São eles: competência, finalidade, forma, motivo 
e objeto. 
 
 
ELEMENTOS // REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO 
(Lei nº 4.717/65, art. 2º) 
 
 
 
Competência (sujeito) 
 
Conjunto de atribuições das 
pessoas jurídicas, órgãos e 
agentes, fixadas pelo direito 
positivo. 
 
Finalidade 
 
É o resultado que a Administração 
quer alcançar com a prática do ato. 
 
Forma 
 
É o modo através do qual se 
exterioriza o ato administrativo, é 
seu revestimento. 
 
Motivo 
 
É o pressuposto de fato e de direito 
que serve de fundamento ao ato 
administrativo. 
 
Objeto (conteúdo) 
 
É o efeito jurídico imediato que o 
ato produz. 
 
Discricionariedade x Vinculação: 
a) Ato vinculado: a lei estabelece todos os contornos do ato, como 
deve ser feito, quando, por quem etc, não deixando ao agente qualquer 
grau de liberdade. Cumpridos todos os requisitos legais, a Administração 
Pública não pode deixar de conceder a aposentadoria a quem de direito, ou 
a licença para construir; 
b) Ato discricionário: a lei também estabelece uma série de regras para a 
prática de um ato, mas deixa certo grau de liberdade à autoridade, que 
poderá optar por um entre vários caminhos igualmente válidos. Há 
uma avaliação subjetiva prévia à edição do ato, como os que permitem o 
uso de bem público, permitindo a instalação de uma banca de revistas na 
calçada. Segundo o STF, “a autoridade administrativa está autorizada 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ESTADUAL DE 
TRÂNSITO DO DETRAN/SP 
5 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
a praticar atos discricionários apenas quando norma jurídica válida 
expressamente a ela atribuir essa livre atuação”. 
 
 
ATO VINCULADO 
 
 
ATO DISCRICIONÁRIO 
(# ato arbitrário) 
 
 
Não há liberdade para o 
administrador 
 
Há liberdade para o administrador 
 
 
Não há oportunidade e conveniência 
 
Há oportunidade e conveniência 
 
 
Pode ser anulado, mas não pode 
ser revogado 
 
 
Pode ser anulado e revogado 
 
Há controle do Poder Judiciário 
 
Há controle do Poder Judiciário, 
exceto quanto ao mérito 
 
 
Ex. aposentadoria compulsória, 
licença, admissão 
 
 
Ex. autorização 
 
Perfeição dos Atos Administrativos: 
 
a) Ato perfeito: é aquele que completou seu processo de formação, 
estando apto a produzir seus efeitos. Perfeição não se confunde com 
validade. Esta é a adequação do ato à lei; a perfeição refere-se às etapas 
de sua formação. 
b) Ato imperfeito: não completou seu processo de formação, 
portanto, não está apto a produzir seus efeitos, faltando, por exemplo, a 
homologação, publicação, ou outro requisito apontado pela lei. 
c) Ato pendente: para produzir seus efeitos, sujeita-se a condição ou 
termo, mas já completou seu ciclo de formação, estando apenas 
aguardando o implemento desse acessório, por isso não se confunde com o 
imperfeito. Condição é evento futuro e incerto, como o casamento. 
Termo é evento futuro e certo, como uma data específica. 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ESTADUAL DE 
TRÂNSITO DO DETRAN/SP 
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d) Ato consumado: é o atoque já produziu todos os seus efeitos, 
nada mais havendo para realizar. Exemplifique-se com a exoneração ou a 
concessão de licença para doar sangue. 
 
- Perfeição: refere-se ao processo de formação do ato, que foi todo 
cumprido; 
- Validade: refere-se à conformidade do ato com a lei; 
- Eficácia: é a capacidade do ato para produzir seus efeitos; 
- Exeqüibilidade: é a capacidade do ato para produzir seus efeitos 
imediatamente. 
 
Extinção do Ato Administrativo 
 
O ato administrativo em vigor permanecerá no mundo jurídico até que algo 
capaz de alterar esta situação lhe aconteça. Uma vez publicado, esteja 
eivado de vícios ou não, terá vigência e deverá ser cumprido, em respeito 
ao atributo da presunção de legitimidade, até que ocorra formalmente o seu 
desfazimento. 
A extinção do ato administrativo poderá ser resultante do reconhecimento 
de sua ilegitimidade, de vícios na sua formação, ou poderá simplesmente 
advir da desnecessidade de sua existência, isto é, mesmo legítimo o ato 
pode tornar-se desnecessário e pode ser declarada inoportuna ou 
inconveniente a sua manutenção. 
Dessa distinção surgem as noções de revogação e anulação, espécies do 
gênero extinção do ato administrativo. 
Anulação: A anulação deve ocorrer quando há vício no ato, relativo à 
legalidade ou legitimidade (ofensa à lei ou ao direito como um todo). É 
sempre um controle de legalidade, nunca um controle de mérito. 
A anulação retira do mundo jurídico atos com defeito de validade (atos 
inválidos), assim, seus efeitos retroagem ao momento da prática do ato (ex 
tunc). Dessa forma, todos os efeitos produzidos pelo ato devem ser 
desconstituídos. O ato inválido não gera direitos ou obrigações para as 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ESTADUAL DE 
TRÂNSITO DO DETRAN/SP 
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Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
partes e não cria situações jurídicas definitivas; ademais, caso se trate de 
um ato nulo (ato com vício insanável), não é possível sua convalidação. 
A anulação pode ser feita pela administração (autotutela), de ofício ou 
mediante provocação, ou pelo Poder Judiciário, mediante provocação. 
Na esfera federal, o art. 54, da Lei nº 9784/99 estabelece em cinco anos o 
prazo para a anulação de atos administrativos ilegais, seja qual for o vício, 
quando os efeitos do ato forem favoráveis aos administrados, salvo 
comprovada má-fé. 
Anulação do Ato Administrativo 
Quem? Quando? Efeitos? Prazo? 
A própria 
Administração 
Pública (Súmula 
473, STF, Poder 
de Autotutela) 
ou o Poder 
Judiciário (desde 
que seja 
provocado) 
Quando o ato 
for ilegal 
(controle de 
legalidade) 
Ex Tunc 
(retroagem) 
 
Decadencial de 5 
anos (a contar da 
data em que o ato 
foi praticado) 
 
 Obs. Obs. Para o prof. Celso Antônio B. Mello podem ocorrer 
casos, em nome do princípio da boa-fé e da vedação do enriquecimento 
sem causa, que os efeitos da anulação serão ex nunc. 
Revogação: É a retirada, do mundo jurídico, de um ato válido, mas que, 
segundo critério discricionário da administração, tornou-se inoportuno ou 
inconveniente. 
A revogação é a supressão de um ato administrativo legítimo e eficaz, 
realizada pela Administração – e somente por ela – por não mais lhe convir 
sua existência. 
EX TUNC 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ESTADUAL DE 
TRÂNSITO DO DETRAN/SP 
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A revogação tem fundamento no poder discricionário. Ela somente se aplica 
aos atos discricionários. A revogação é, em si, um ato discricionário, uma 
vez que decorre exclusivamente de critério de oportunidade e conveniência. 
A revogação dos atos administrativos configura o denominado “controle de 
mérito”, que incide sobre atos válidos, sem quaisquer vícios, diferentemente 
do controle de legalidade ou de legitimidade, que incide sobre atos ilegais 
ou ilegítimos, anulando-os. 
A revogação somente produz efeitos prospectivos, para frente (ex nunc), 
porque o ato revogado era válido, não tinha vício nenhum. Além disso, 
devem ser respeitados os direitos adquiridos. 
A revogação é ato privativo da administração que praticou o ato que está 
sendo revogado. 
Obs. O Poder Judiciário jamais revogará um ato administrativo editado pelo 
Poder Executivo ou pelo Poder Legislativo. De forma mais ampla, é acertado 
asseverar que o Poder Judiciário, no exercício de sua função típica 
jurisdicional, nunca revogará um ato administrativo. 
Por outro lado, os atos administrativos editados pelo próprio Poder 
Judiciário, no exercício de suas funções administrativas, somente poderão 
ser revogados por ele mesmo (Judiciário); cumpre ressaltar, todavia, que, 
ao revogar seus próprios atos administrativos, o Judiciário não estará 
exercendo função jurisdicional, mas sim administrativa, estará atuando na 
qualidade de administração pública, valorando a conveniência e 
oportunidade administrativas de um ato administrativo por ele mesmo 
editado. 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ESTADUAL DE 
TRÂNSITO DO DETRAN/SP 
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Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
 
Revogação do Ato Administrativo 
Quem? Quando? Efeitos? Prazo? 
Somente a 
própria 
Administração 
Pública 
(Judiciário 
apenas os seus 
próprios atos na 
sua função 
atípica de 
administrar) 
Quando o ato 
for legal, 
porém 
inconveniente 
e inoportuno 
(controle de 
mérito) 
Ex nunc (não 
regroage) 
 
 ------------------- 
 
ANULAÇÃO 
(invalidação) 
REVOGAÇÃO 
Retirada de atos 
inválidos, com vício, 
ilegais. 
Retirada de atos válidos, 
sem qualquer vício. 
Opera retroativamente, 
resguardados os efeitos já 
produzidos perante 
terceiros de boa-fé. 
Efeitos prospectivos: não 
é possível revogar os atos 
que já tenham gerado 
direito adquirido. 
Pode ser efetuada pela 
administração, de ofício 
ou provocada, ou pelo 
Judiciário, se provocado. 
Só pode ser efetuada pela 
própria administração que 
praticou o ato. 
A anulação de ato com 
vício insanável é um ato 
vinculado. A anulação de 
ato com vício sanável que 
fosse passível de 
convalidação é ato 
discricionário. 
A revogação é um ato 
discricionário. 
 
EX NUNC 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ESTADUAL DE 
TRÂNSITO DO DETRAN/SP 
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Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
 
 
Súmula 346, STF: “A Administração Pública pode declarar a nulidade de 
seus próprios atos” 
 
Súmula 473, STF: “A Administração pode anular seus próprios atos, 
quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se 
originam direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os 
casos, a apreciação judicial”. 
 
 
Lei nº 9784/99 
Lei do Processo Administrativo 
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
 Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo 
administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, 
visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor 
cumprimento dos fins da Administração. 
 § 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos 
Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de 
função administrativa. 
Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no 
âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em 
especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor 
cumprimento dos fins da Administração. 
Atenção!! Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos 
Poderes Legislativo e Judiciárioda União, quando no desempenho 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ESTADUAL DE 
TRÂNSITO DO DETRAN/SP 
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de função administrativa. 
Ex. Quando o Judiciário vai abrir uma licitação (função administrativa), 
deverá obedecer a Lei nº 8666/93, assim como os preceitos estabelecidos 
nesta Lei. 
Ex. Quando um servidor do Legislativo requer concessão de férias. Também 
deverá obedecer as regras do Processo Administrativo Federal aqui 
tratadas, além das regras da Lei nº 8112/90. 
Por outro lado, não se aplicam estas regras aos Estados e Municípios. 
 § 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: 
 I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da 
Administração direta e da estrutura da Administração indireta; 
 II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade 
jurídica; 
 III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de 
decisão. 
 Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos 
princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, 
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, 
segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
Como nós já estudamos os princípios da Administração Pública na aula 01, 
farei aqui uma rápida revisão: 
Legalidade: a Administração só pode fazer aquilo que a Lei autoriza. 
Finalidade: é uma vertente do princípio da impessoalidade, que impõe que 
o administrador pratique o ato para seu fim legal, o interesse público. O 
princípio da impessoalidade pode ser visto sob dois aspectos: a) qualquer 
ato da Administração Pública deve zelar pelo interesse público nunca pelo 
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TRÂNSITO DO DETRAN/SP 
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interesse pessoal do agente público; b) os atos são imputados à entidade a 
que se vincula o agente público, não a ele próprio. 
Motivação: exige que a Administração Pública fundamente todos seus atos 
adequadamente, sempre vinculando o ato aos motivos apresentados. Ainda 
que o ato discricionário esteja entre as exceções de obrigatoriedade de 
motivação, segundo a Teoria dos Motivos Determinantes, o motivo 
alegado vincula-se ao ato: se aquele for falso ou inexistente, o ato será 
nulo. 
Razoabilidade e Proporcionalidade: a Administração na prática dos seus 
atos deve buscar sempre a adequação entre os meios e os fins, 
considerando-se todas as situações e circunstâncias que afetem a solução. 
Moralidade: diz respeito à moral interna da instituição, que deve pautar os 
atos dos agentes públicos, como complemento à lei. Os atos devem ser, 
além de legais, honestos e conformes aos bons costumes e à boa 
administração. 
Ampla defesa: o acusado pode usar todos os meios lícitos admitidos para 
provar o que alega, inclusive manter-se calado (art. 5º, LXIII, CF/88) e não 
produzir provas contra si. 
Princípio do contraditório: com previsão no mesmo inciso LV do art. 5º 
da CF/88, traduz a garantia que todos têm de poder contradizer tudo que se 
alega em seu desfavor. 
Segurança jurídica: garante-se estabilidade nas relações jurídicas, não 
passíveis de alteração aleatória pela Administração Pública, mas apenas 
dentro das possibilidades e prazos legais de alterações. Veda novas 
interpretações por parte do Poder Público. 
Supremacia do interesse público: princípio basilar da Administração 
Pública, que deve ser observado tanto pelo legislador, no momento de 
produzir a lei, quanto pelo administrador, quando de sua execução. O 
interesse público é indisponível, tendo o agente público o poder-dever 
de agir de acordo com esse princípio. 
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Eficiência: busca a otimização dos procedimentos em qualquer ação da 
Administração Pública, que deve ser rápida, útil, econômica, voltada para o 
alcance dos melhores resultados possíveis. Qualidade x economicidade. 
Oficialidade: o processo administrativo pode ser instaurado de ofício, ou 
seja, por iniciativa da Administração, independentemente de provocação do 
administrado. Ademais, cumpre a Administração o impulso do processo (o 
chamado impulso oficial, previsto no art. 2º, parágrafo único, inciso XII). 
Informalismo: o processo administrativo não está sujeito a formas rígidas. 
Isso não significa, porém, ausência absoluta de forma, pois forma sempre 
há, até porque o processo é escrito. No processo administrativo, o 
formalismo somente deve existir quando seja necessário para atender ao 
interesse público e proteger os direitos dos particulares. 
Gratuidade: em regra, não existem os ônus característicos do processo 
judicial, tais como custas, ônus de sucumbência, honorários e outros. 
 Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, 
entre outros, os critérios de: 
 I - atuação conforme a lei e o Direito; 
 II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total 
ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei; 
 III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a 
promoção pessoal de agentes ou autoridades; 
 IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-
fé; 
 V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as 
hipóteses de sigilo previstas na Constituição; 
 VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de 
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente 
necessárias ao atendimento do interesse público; 
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 VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que 
determinarem a decisão; 
 VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos 
direitos dos administrados; 
 IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado 
grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados; 
 X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de 
alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos 
processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio; 
 XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas 
as previstas em lei; 
 XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo 
da atuação dos interessados; 
 XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor 
garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação 
retroativa de nova interpretação. 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS 
 Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a 
Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: 
 I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que 
deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas 
obrigações; 
 II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em 
que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de 
documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; 
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 III - formular alegações e apresentar documentos antes da 
decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; 
 IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvoquando obrigatória a representação, por força de lei. 
A possibilidade de atuar no processo sem advogado é decorrência do 
princípio do informalismo. 
Na Súmula Vinculante 5, o STF explicita a possibilidade de o interessado 
atuar sem advogado nos processos administrativos, mesmo nos processos 
que possam resultar em sanções. Segundo a orientação firmada no STF, o 
simples fato de não ser feita a defesa do administrado por um advogado 
(desde que não haja exigência legal) não ofende, por si só, os princípios 
constitucionais da ampla defesa e do contraditório. 
SV5 – A falta de defesa técnica por advogado no processo 
administrativo disciplinar não ofende a Constituição. 
 
CAPÍTULO III 
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO 
 Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração, sem 
prejuízo de outros previstos em ato normativo: 
 I - expor os fatos conforme a verdade; 
 II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; 
 III - não agir de modo temerário; 
 IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e 
colaborar para o esclarecimento dos fatos. 
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CAPÍTULO IV 
DO INÍCIO DO PROCESSO 
 Art. 5o O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a 
pedido de interessado. 
O processo pode ser iniciado pela própria administração (de ofício) – 
decorrência do princípio da oficialidade, ou mediante provocação do 
interessado (a pedido). 
 Art. 6o O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for 
admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os 
seguintes dados: 
 I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; 
 II - identificação do interessado ou de quem o represente; 
 III - domicílio do requerente ou local para recebimento de 
comunicações; 
 IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus 
fundamentos; 
 V - data e assinatura do requerente ou de seu representante. 
 Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de 
recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado 
quanto ao suprimento de eventuais falhas. 
 Art. 7o Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar 
modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem 
pretensões equivalentes. 
 Art. 8o Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem 
conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único 
requerimento, salvo preceito legal em contrário. 
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CAPÍTULO V 
DOS INTERESSADOS 
 Art. 9o São legitimados como interessados no processo 
administrativo: 
 I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de 
direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de 
representação; 
 II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou 
interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; 
 III - as organizações e associações representativas, no tocante a 
direitos e interesses coletivos; 
 IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas 
quanto a direitos ou interesses difusos. 
 Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os 
maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo 
próprio. 
CAPÍTULO VI 
DA COMPETÊNCIA 
 Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos 
administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de 
delegação e avocação legalmente admitidos. 
 Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver 
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos 
ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, 
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, 
social, econômica, jurídica ou territorial. 
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 Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à 
delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos 
presidentes. 
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COMPETÊNCIA 
 
 
No Direito Administrativo não basta capacidade; é necessário também 
que o sujeito tenha competência; 
 
 
Decorre da lei; 
 
 
É inderrogável, seja pela vontade da Administração, seja por acordo com 
terceiros; 
 
 
Pode ser objeto de delegação ou avocação; 
 
 
 
Não é possível delegar: 
(Lei nº 9.784/99, art. 13) 
1 – edição de atos de caráter 
normativo; 
 
2 – decisão de recurso 
administrativo; 
 
3 – matéria de competência 
exclusiva de órgão ou autoridade. 
 
 
 
 
O que é delegar? 
 
Corresponde ao repasse de 
atribuições administrativas de 
responsabilidade do superior para o 
subalterno (mantendo-se aquele 
competente), 
 
 
É Improrrogável, ou seja, o agente incompetente hoje continuará sendo 
sempre, exceto por previsão legal expressa em sentido contrário. 
 
 
É Imprescritível, ou seja, ela continua a existir, independente de seu não 
uso 
 
Esse Art. 13 não cai nas provas, despenca!! Decorar!! 
 Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: 
 I - a edição de atos de caráter normativo; 
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 II - a decisão de recursos administrativos; 
 III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou 
autoridade. 
 Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados 
no meio oficial. 
 § 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes 
transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da 
delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da 
atribuição delegada. 
 § 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela 
autoridade delegante. 
 § 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar 
explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo 
delegado. 
 Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos 
relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de 
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
 Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão 
publicamente os locais das respectivas sedes e, quando conveniente, a 
unidade fundacional competente em matéria de interesse especial. 
 Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo 
administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor 
grau hierárquico para decidir. 
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CAPÍTULO VII 
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO 
A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o 
fato à autoridade competente, abstendo-se desta forma de atuar, sendo a 
omissão desta comunicação uma falta grave para efeitos disciplinares. 
A diferença fundamental entre impedimento e suspensão reside no 
fato de que, no primeiro caso, a autoridade não poderá atuar. Já no caso 
de suspeição, poderá a mesma não acatar os argumentosdo 
interessado de seguir atuando normalmente. 
 Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor 
ou autoridade que: 
 I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; 
 II - tenha participado ou venha a participar como perito, 
testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto 
ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; 
 III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o 
interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. 
 Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve 
comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. 
 Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento 
constitui falta grave, para efeitos disciplinares. 
 Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que 
tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos 
interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, 
parentes e afins até o terceiro grau. 
 Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser 
objeto de recurso, sem efeito suspensivo. 
CAPÍTULO VIII 
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO 
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 Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de 
forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. 
 § 1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em 
vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da 
autoridade responsável. 
 § 2o Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será 
exigido quando houver dúvida de autenticidade. 
 § 3o A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita 
pelo órgão administrativo. 
 § 4o O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente 
e rubricadas. 
 Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no 
horário normal de funcionamento da repartição na qual tramitar o processo. 
 Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já 
iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou 
cause dano ao interessado ou à Administração. 
 Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou 
autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele 
participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de 
força maior. 
 Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado 
até o dobro, mediante comprovada justificação. 
 Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se 
preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o interessado se 
outro for o local de realização. 
CAPÍTULO IX 
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS 
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 Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo 
administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de 
decisão ou a efetivação de diligências. 
 § 1o A intimação deverá conter: 
 I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade 
administrativa; 
 II - finalidade da intimação; 
 III - data, hora e local em que deve comparecer; 
 IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se 
representar; 
 V - informação da continuidade do processo independentemente do 
seu comparecimento; 
 VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. 
 § 2o A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis 
quanto à data de comparecimento. 
 § 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via 
postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que 
assegure a certeza da ciência do interessado. 
 § 4o No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou 
com domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de 
publicação oficial. 
 § 5o As intimações serão nulas quando feitas sem observância das 
prescrições legais, mas o comparecimento do administrado supre sua 
falta ou irregularidade. 
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 Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o 
reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo 
administrado. 
 Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido 
direito de ampla defesa ao interessado. 
 Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que 
resultem para o interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou 
restrição ao exercício de direitos e atividades e os atos de outra 
natureza, de seu interesse. 
CAPÍTULO X 
DA INSTRUÇÃO 
No âmbito administrativo, a instrução ocorre de ofício (princípio da 
oficialidade). No entanto, tal princípio não impede que o administrado 
proponha a prática de atos necessários ou úteis ao bom andamento da 
instrução. 
Assim, durante a instrução deverão ser enviados todos os esforços, por 
iniciativa oficial ou por provocação do interessado, necessários à elucidação 
dos fatos pertinentes ao processo, desde que, evidentemente, não se 
utilizem provas obtidas por meios ilícitos, inadmissíveis também nos 
processos administrativos. 
 Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e 
comprovar os dados necessários à tomada de decisão realizam-se de 
ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, 
sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias. 
 § 1o O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os 
dados necessários à decisão do processo. 
 § 2o Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados 
devem realizar-se do modo menos oneroso para estes. 
 Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas 
obtidas por meios ilícitos. 
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 Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse 
geral, o órgão competente poderá, mediante despacho motivado, abrir 
período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da 
decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada. 
 § 1o A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos 
meios oficiais, a fim de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os 
autos, fixando-se prazo para oferecimento de alegações escritas. 
 § 2o O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a 
condição de interessado do processo, mas confere o direito de obter da 
Administração resposta fundamentada, que poderá ser comum a todas as 
alegações substancialmente iguais. 
 Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da 
relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para debates 
sobre a matéria do processo. 
 Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, 
poderão estabelecer outros meios de participação de administrados, 
diretamente ou por meio de organizações e associações legalmente 
reconhecidas. 
 Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros 
meios de participação de administrados deverão ser apresentados com a 
indicação do procedimento adotado. 
 Art. 35. Quando necessária à instruçãodo processo, a audiência de 
outros órgãos ou entidades administrativas poderá ser realizada em reunião 
conjunta, com a participação de titulares ou representantes dos órgãos 
competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos. 
 Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, 
sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a instrução e do 
disposto no art. 37 desta Lei. 
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 Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão 
registrados em documentos existentes na própria Administração 
responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão 
competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos 
ou das respectivas cópias. 
 Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada 
da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, 
bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo. 
 § 1o Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação 
do relatório e da decisão. 
 § 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão 
fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam 
ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. 
 Art. 39. Quando for necessária a prestação de informações ou a 
apresentação de provas pelos interessados ou terceiros, serão expedidas 
intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e condições 
de atendimento. 
 Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão 
competente, se entender relevante a matéria, suprir de ofício a omissão, 
não se eximindo de proferir a decisão. 
 Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao 
interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não 
atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva 
apresentação implicará arquivamento do processo. 
 Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligência 
ordenada, com antecedência mínima de três dias úteis, mencionando-se 
data, hora e local de realização. 
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 Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão 
consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quinze 
dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo. 
 § 1o Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido 
no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva 
apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. 
 § 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser 
emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser 
decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se 
omitiu no atendimento. 
 Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser 
previamente obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não 
cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela 
instrução deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de 
qualificação e capacidade técnica equivalentes. 
 Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de 
manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo for 
legalmente fixado. 
 Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá 
motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia 
manifestação do interessado. 
 Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter 
certidões ou cópias reprográficas dos dados e documentos que o integram, 
ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou 
pelo direito à privacidade, à honra e à imagem. 
 Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a 
decisão final elaborará relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das 
fases do procedimento e formulará proposta de decisão, objetivamente 
justificada, encaminhando o processo à autoridade competente. 
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CAPÍTULO XI 
DO DEVER DE DECIDIR 
Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o 
prazo de até trinta dias para decidir. É possível a prorrogação por 
igual período, desde que expressamente motivada. 
Esse é um prazo dito impróprio, ou seja, aquele que não gera 
conseqüências processuais. Assim o julgamento fora do prazo não implica 
nulidade do processo. 
Não seria razoável anular todo o processo se a decisão fosse proferida após 
o decurso dos 30 (trinta) dias concedidos à autoridade. Será ele perfeito, 
porém o responsável pela demora poderá ser punido, se caracterizada 
alguma infração disciplinar, como a desídia. 
 Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir 
decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou 
reclamações, em matéria de sua competência. 
 Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a 
Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo 
prorrogação por igual período expressamente motivada. 
CAPÍTULO XII 
DA MOTIVAÇÃO 
 Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com 
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: 
 I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
 II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
 III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção 
pública; 
 IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
 V - decidam recursos administrativos; 
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 VI - decorram de reexame de ofício; 
 VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou 
discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; 
 VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de 
ato administrativo. 
Princípio da motivação: A Administração Pública deve motivar os seus 
atos, ou seja, demonstrar os motivos pelos quais está agindo de 
determinada maneira, para conhecimento e garantia dos administrados, que 
assim terão a possibilidade de contestar o motivo alegado pela 
Administração, caso discordem do mesmo. 
A Lei nº 9.784/99 trouxe de forma expressa o princípio da motivação em 
seu art. 2º, segundo o qual nos processos administrativos serão 
observados, entre outros, os critérios de indicação dos pressupostos de 
fato e de direito que determinam a decisão. 
A referida Lei em seu art. 50, § 1º, permitiu a denominada 
motivação aliunde ou per relationem, segundo a qual a 
concordância com fundamentos anteriores, informações, decisões 
ou propostas já é considerada motivação do ato administrativo. 
Opõe-se a chamada motivação contextual em que os fundamentos de fato e 
de direito estão indicados no próprio contexto do ato, não havendo 
remissão à motivação externa. 
Dessa forma, não viola o princípio da motivação dos atos 
administrativos o ato da autoridade que, ao deliberar acerca de 
recurso administrativo, mantém decisão com base em parecer de 
consultoria jurídica, sem maiores considerações. 
 § 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo 
consistir em declaração de concordância com fundamentos deanteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste 
caso, serão parte integrante do ato. 
 § 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser 
utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde 
que não prejudique direito ou garantia dos interessados. 
 § 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de 
decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escrito. 
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CAPÍTULO XIII 
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO 
 Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir 
total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos 
disponíveis. 
 § 1o Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge 
somente quem a tenha formulado. 
 § 2o A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não 
prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar 
que o interesse público assim o exige. 
 Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo 
quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar 
impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. 
CAPÍTULO XIV 
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO 
 Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando 
eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. 
 Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos 
de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco 
anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada 
má-fé. 
 § 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de 
decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. 
 § 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de 
autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato. 
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 Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao 
interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem 
defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria 
Administração. 
Essa é a possibilidade de convalidação expressa, desde que não acarrete 
lesão ao interesse público ou prejuízo a terceiros. Assim, nos termos do art. 
54 da mesma Lei, eventual ato administrativo viciado, de que decorram 
efeitos favoráveis para os destinatários, que não seja anulado no prazo 
decadencial de cinco anos, contados da data em que foram praticados, 
estará convalidado tacitamente, não podendo mais ser alterado, salvo 
comprovada má-fé. 
Quais são os requisitos pra convalidar? 
1 – não acarretar lesão ao interesse público; 
2 – não haver prejuízo a terceiros; 
3 – ato com defeito sanável 
Quem convalida? 
A própria Administração 
Quais são os efeitos? 
Ex tunc, retroage. 
Quais elementos do ato podem ser convalidados? 
A finalidade, o motivo e o objeto nunca podem ser convalidados. 
A forma pode ser convalidada, desde que não seja fundamental à validade 
do ato. Se a lei estabelecia uma forma determinada, não há como tal 
elemento ser convalidado. 
Com relação à competência, é possível a convalidação dos atos que não 
sejam exclusivos de uma autoridade, quando não pode haver delegação ou 
avocação. Assim, desde que não se trate de matéria exclusiva, pode o 
superior ratificar o ato praticado por subordinado incompetente. 
Se o ato não for convalidado, o que acontecerá com ele? 
Será anulado! 
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CAPÍTULO XV 
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO 
 Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de 
razões de legalidade e de mérito. 
 § 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a 
qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à 
autoridade superior. 
 § 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso 
administrativo independe de caução. 
SV 21 - É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento 
prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso 
administrativo. 
 § 3o Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria 
enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão 
impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o 
recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou 
inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. 
 Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três 
instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa. 
No máximo haverá dois recursos hierárquicos (um contra a primeira 
decisão, que leva o processo para a segunda instância, e outro contra a 
decisão proferida nessa segunda instância, que remete o processo para a 
terceira instância). 
É chamado recurso hierárquico porque a autoridade competente para 
apreciá-lo é a autoridade hierarquicamente superior à que proferiu a 
decisão recorrida. 
 Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo: 
 I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no 
processo; 
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 II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente 
afetados pela decisão recorrida; 
 III - as organizações e associações representativas, no tocante 
a direitos e interesses coletivos; 
 IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses 
difusos. 
 Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para 
interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou 
divulgação oficial da decisão recorrida. 
 § 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso 
administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de trinta dias, 
a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente. 
 § 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser 
prorrogado por igual período, ante justificativa explícita. 
 Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o 
recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo 
juntar os documentos que julgar convenientes. 
 Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem 
efeito suspensivo. 
Somente possui, portanto, o denominado efeito devolutivo. Significa 
que a administração não fica impedida de praticar o ato que esteja sendo 
alvo de impugnação administrativa pelo particular, nem os efeitos desse ato 
são sustados pela instauração ou pelo curso do processo administrativo, 
vale dizer, as impugnações e recursos administrativos, como regra, não 
suspendem a executoriedade do ato contra o qual se dirigem. 
 Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta 
reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a 
imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo 
ao recurso. 
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 Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer 
deverá intimar os demais interessados para que,no prazo de cinco dias 
úteis, apresentem alegações. 
 Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto: 
 I - fora do prazo; 
 II - perante órgão incompetente; 
 III - por quem não seja legitimado; 
 IV - após exaurida a esfera administrativa. 
 § 1o Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a 
autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso. 
 § 2o O não conhecimento do recurso não impede a 
Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida 
preclusão administrativa. 
 Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, 
modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se 
a matéria for de sua competência. 
 Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder 
decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser 
cientificado para que formule suas alegações antes da decisão. 
 Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula 
vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explicitará as razões 
da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído 
pela Lei nº 11.417, de 2006). 
 Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação 
fundada em violação de enunciado da súmula vinculante, dar-se-á ciência à 
autoridade prolatora e ao órgão competente para o julgamento do recurso, 
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que deverão adequar as futuras decisões administrativas em casos 
semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal nas esferas cível, 
administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). 
Se o administrado entender que houve violação a enunciado de súmula 
vinculante, poderá ajuizar reclamação perante o STF, desde que, antes, 
tenha esgotado as vias administrativas. 
 Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão 
ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem 
fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a 
inadequação da sanção aplicada. 
 Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar 
agravamento da sanção. 
ATENÇÃO!!! A Lei 9784/99 adotou regra distinta para a possibilidade de 
aplicação da chamada reformatio in pejus. Ela é permitida nos 
recursos administrativos em geral, mas é vedada especificamente na 
revisão dos processos de que resultem sanções. 
CAPÍTULO XVI 
DOS PRAZOS 
 Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação 
oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do 
vencimento. 
 § 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte 
se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for 
encerrado antes da hora normal. 
 § 2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. 
 § 3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a 
data. Se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do 
início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês. 
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 Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os 
prazos processuais não se suspendem. 
CAPÍTULO XVII 
DAS SANÇÕES 
 Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade 
competente, terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação 
de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa. 
CAPÍTULO XVIII 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
 Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a 
reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os 
preceitos desta Lei. 
 Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou 
instância, os procedimentos administrativos em que figure como parte ou 
interessado: (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
 I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; 
(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
 II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental; (Incluído 
pela Lei nº 12.008, de 2009). 
 III – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
 IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, 
neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, 
cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, 
nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget 
(osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de 
imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão 
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da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após 
o início do processo. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
 § 1o A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova 
de sua condição, deverá requerê-lo à autoridade administrativa 
competente, que determinará as providências a serem cumpridas. 
(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
 § 2o Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria 
que evidencie o regime de tramitação prioritária. (Incluído pela Lei nº 
12.008, de 2009). 
Como se denota do texto retro reproduzido, buscou o legislador aplicar as 
prerrogativas a que fazem jus os idosos, nos termos da Lei nº 10.741/2003 
(Estatuto do Idoso), que os define como sendo aqueles com idade igual ou 
superior a 60 (sessenta) anos (art. 1º), e da CF/88, art. 230. Fez incluir 
também os deficientes (Lei nº 7.853/1989) e as pessoas portadoras de 
doenças graves. 
 § 3o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
 § 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
 Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília 29 de janeiro de 1999; 178o da Independência e 111o da 
República. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
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Vamos treinar? 
Como fizemos na aula 1, seguiremos mesclando a nossa banca, VUNESP, 
com a FCC. “Ai, profa........só quero fazer questões VUNESP!” 
Gente, não dá... a VUNESP tem poucas questões, então eu sempre trago 
questões FCC (que tem um perfil muito parecido com a VUNESP) para que a 
gente possa treinar bem. 
Agora é com vocês! 
Lista de questões 
 
1 – (VUNESP/TJ-MG/Juiz/2012) Analise as afirmativas a seguir: 
 
O Poder Judiciário pode exercer o controle dos atos administrativos, quer no 
que tange à conformidade dos elementos vinculados com a lei (controle de 
legalidade stricto sensu) quer no que toca à compatibilidade dos elementos 
discricionários com os princípios constitucionalmente expressos (controle da 
legalidade lato sensu), decretando sua nulidade, se necessário) 
 
PORQUE 
 
são elementos do ato administrativo o sujeito, a forma, o objeto, o motivo e 
a finalidade. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
a) A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira 
b) A segunda afirmativa é falsa e a primeira é verdadeira. 
c) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
d) As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a 
primeira. 
 
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2 – (VUNESP/TJ-SP/Notário/2011) A anulação dos atos administrativos 
pela própria administração pública representa a forma normal de 
invalidação de atividade ilegítima do poder público. Em que se funda essa 
faculdade? 
 
a) Em razão de conveniência e oportunidade. 
b) No poder de autotutela do Estado. 
c) No poder arbitrário da administração. 
d) No poder de fiscalização hierárquica. 
 
3 – (VUNESP/MPE-SP/Analista/2010) A competência para o ato 
administrativo: 
 
a) Se presume. 
b) Pode, via de regra, ser delegada por lei. 
c) Pode ser objeto de renúncia. 
d) É o mesmo que capacidade. 
e) não é de exercício obrigatório. 
 
4 – (VUNESP/TJ-SP/Juiz/2008) Em relação ao controle do ato 
administrativo, é correto afirmar que: 
 
a) a revogação do ato administrativo legal e eficaz compete apenas à 
Administração Pública e produzirá efeito ex nunc. 
b) a anulação do ato administrativo legal e eficaz compete apenas à 
Administração Pública e produzirá efeito ex tunc. 
c) a revogação pode ser declarada tanto pela Administração Pública quanto 
pelo Poder Judiciário, quando provocado. 
d) a existência de ilegalidade sempre é pressuposto da revogação do ato 
administrativo. 
 
5 – (VUNESP/OAB-SP/2007) Sobre os atos administrativos 
discricionários, é incorreto afirmar que: 
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a) são resultados da liberdade de atuação do administrador nos limites 
traçados pela lei. 
b) são objetos de controle de legalidade pelo Poder Judiciário. 
c) são atos arbitrários, praticados pelo administrador com base em seu 
Poder de Polícia. 
d) têm no desvio de poder um dos limites a sua prática concreta. 
 
6 - (FCC/TRT8/Analista/2010) A liberdade de escolha quanto à 
oportunidade e conveniência do ato administrativo praticado nos limites da 
lei insere-se no âmbito da 
 
(A) arbitrariedade. 
 
(B) discricionariedade. 
 
(C) vinculação. 
 
(D) imperatividade. 
 
(E) regulamentação. 
 
7 - (FCC/TRT8/Analista/2010) Utilizando documentos falsos, um 
cidadão consegue autorização para desenvolver atividade comercial para a 
qual é obrigatória a autorização para o exercício de sua atividade. 
Constatada a irregularidade e, portanto, verificada a nulidade do ato 
administrativo de autorização, esse ato 
 
(A) pode ser anulado pela própria Administração independentemente de 
provocação. 
 
(B) não pode ser anulado pela Administração se não houver pedido de 
terceiros prejudicados. 
 
(C) pode ser revogado pelo Poder Judiciário se for provocado por qualquer 
cidadão. 
 
(D) pode ser revogado pela Administração se ficar provado dolo do 
funcionário responsável pela concessão da autorização. 
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(E) não pode ser anulado por iniciativa da Administração, que deverá 
pleitear a anulação no Poder Judiciário. 
 
8 - (FCC/TRT9/Analista/2010) Analise as seguintes assertivas acerca 
dos atos administrativos: 
 
I. A competência administrativa, sendo requisito de ordem pública, é 
intransferível e improrrogável pela vontade dos interessados. Pode, 
entretanto, ser delegada e avocada, desde que o permitam as normas 
reguladoras da Administração. 
 
II. A forma é o revestimento que exterioriza o ato administrativo e consiste, 
portanto, em requisito vinculado. Logo, a inexistência da forma, vicia 
substancialmente o ato, tornando-o passível de nulidade. 
 
III. Convalidação consiste no suprimento da invalidade de um ato 
administrativo e pode derivar de ato da Administração ou de ato do 
particular afetado pelo provimento viciado, sendo que, nesta hipótese, não 
terá efeitos retroativos. 
 
IV. Caso a Administração revogue várias autorizações de porte de arma, 
invocando como motivo o fato de um dos autorizados ter se envolvido em 
brigas, referida revogação só será válida em relação àquele que perpetrou a 
situação fática geradora do resultado do ato. 
 
Está correto o que consta APENAS em 
 
(A) I e IV. 
 
(B) I, III e IV. 
 
(C) II e III. 
 
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(D) I, II e III. 
 
(E) II e IV. 
 
9 - (FCC/TRT22/Analista/2010) No que diz respeito ao elemento motivo 
dos atos administrativos, é INCORRETO afirmar: 
 
(A) O motivo, sempre está expresso na lei, não podendo ser deixado ao 
critério do administrador. 
 
(B) No ato de punição do funcionário, o motivo é a infração que ele 
praticou. 
 
(C) A ausência de motivo ou a indicação de motivo falso invalidam o ato 
administrativo. 
 
(D) Motivação é a exposição ou indicação dos motivos, ou seja, 
demonstração por escrito dos fatos e fundamentos jurídicos do ato. 
 
(E) Quando a Administração motiva o ato, mesmo que a lei não exija a 
motivação, ele só será válido se os motivos forem verdadeiros. 
 
10 - (FCC/TRT22/Analista/2010) Sobre a revogação e anulação dos 
atos administrativos, é correto afirmar que: 
 
(A) a revogação pode ser feita pelo Judiciário e pela própria Administração, 
mas a anulação compete apenas ao Poder Judiciário. 
 
(B) a revogação atinge um ato administrativo não editado em conformidade 
com a lei. 
 
(C) a revogação opera efeitos ex tunc, enquanto a anulação produz efeitos 
ex nunc. 
 
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(D) a revogação poderá ocorrer mesmo se o ato administrativo já produziu 
seus efeitos. 
 
(E) não podem ser revogados os atos que geram direitos adquiridos. 
 
11 - (FCC/TJ-PI/Analista/2009) Quanto aos requisitos de validade do 
ato administrativo, considere: 
 
I. O conteúdo do ato corresponde ao seu efeito jurídico. 
 
II. O objeto do ato deve ser formal, motivado, lícito ou ilícito, possível e 
determinado. 
 
III. Motivo é o pressuposto de fato e de direito que autoriza a Administração 
a praticar um ato administrativo. 
 
IV. Sujeito é o agente público ou particular que possui competência para 
praticar o ato de administração. 
 
É correto o que consta APENAS em 
 
(A) I e IV. 
 
(B) III e IV. 
 
(C) I e III. 
 
(D) II e III. 
 
(E) II e IV. 
 
12 - (FCC/TCE-AL/Procurador/2008) Dizer que determinado ato 
administrativo é discricionário equivale a afirmar que se 
 
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(A) trata de ato praticado conforme juízo de oportunidade e conveniência do 
administrador, inadmitindo controle de legalidade pelo Poder Judiciário. 
 
(B) trata de ato praticado em decorrência de escolha de oportunidade e 
conveniência do administrador diante de duas ou mais soluções possíveis 
dentro do contexto de legalidade. 
 
(C) trata de ato praticado em decorrência de determinação legal, não 
havendo possibilidade de escolha por parte do administrador, o que 
possibilita o controle judicial em relação a todos os aspectos. 
 
(D) está diante de opção do administrador de praticar ou não o ato, o que 
autoriza, como garantia ao administrado, controle de mérito da opção pelo 
Poder Judiciário. 
 
(E) está diante de ato praticado conforme juízode oportunidade e 
conveniência do administrador apenas diante das opções expressamente 
previstas em lei, o que, portanto, possibilita controle de legalidade pelo 
Poder Judiciário. 
 
13 - (FCC/SEFAZ-SP/Fiscal/2009) Sobre validade dos atos 
administrativos, considere: 
 
I. Nos atos discricionários, será razão de invalidade a falta de correlação 
lógica entre o motivo e o conteúdo do ato, tendo em vista sua finalidade. 
 
II. A indicação de motivos falsos para a prática do ato, mesmo para os 
casos em que a lei não exija sua motivação, implica a invalidade do ato. 
 
III. A Administração poderá convalidar seus atos inválidos quando a 
invalidade decorrer de vício de competência, desde que a convalidação seja 
feita pela autoridade titulada para a prática do ato e não se trate de 
competência indelegável. 
 
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Está correto o que se afirma em 
 
(A) III, apenas. 
 
(B) II e III, apenas. 
 
(C) I e III, apenas. 
 
(D) I, II e III. 
 
(E) I e II, apenas. 
 
14 - (FCC/TJ-AP/Analista/2009) Nos termos da legislação federal 
aplicável à matéria dos atos administrativos, 
 
(A) a Administração deve revogar seus próprios atos, quando eivados de 
vício de legalidade, e pode anulá-los por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. 
 
(B) apenas ao Judiciário compete anular atos da Administração, quando 
eivados de vício de legalidade, cabendo à própria Administração revogá-los 
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos 
adquiridos. 
 
(C) a Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de 
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou 
oportunidade, posto que deles não decorrem direitos adquiridos. 
 
(D) a Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de 
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. 
 
(E) a própria Administração ou o Judiciário devem revogar atos da 
Administração, por motivo de conveniência ou oportunidade, competindo 
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apenas ao Judiciário anulá-los por vício de legalidade, situação em que 
deles não decorrem direitos adquiridos. 
 
15 - (FCC/TJ-AP/Analista/2009) A situação na qual a matéria de fato 
ou de direito, em que se fundamenta o ato administrativo, é materialmente 
inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido caracteriza o 
vício dito pela Lei 
 
(A) ilegalidade do objeto. 
 
(B) desvio de finalidade. 
 
(C) desvio de poder. 
 
(D) inexistência dos motivos. 
 
(E) ausência de motivação. 
 
16 - (FCC/TJ-AP/Técnico/2009) Suponha que um servidor público 
pratique um ato, de boa-fé, fundamentando tal ato na ocorrência de um 
fato, fato esse que, posteriormente, se comprove não ter existido. Essa 
situação caracteriza o que a lei chama de 
 
(A) desvio de finalidade, que constitui um vício do ato administrativo. 
 
(B) inexistência dos motivos, que constitui um vício do ato administrativo. 
 
(C) ilegalidade do objeto, que constitui um vício do ato administrativo. 
 
(D) incompetência, que não necessariamente constitui um vício do ato 
administrativo. 
 
(E) falta de motivação, que não necessariamente constitui um vício do ato 
administrativo. 
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17 - (FCC/TJ-PA/Técnico/2009) A anulação e a revogação do ato 
administrativo sujeitam-se às seguintes regras: 
 
(A) A anulação do ato administrativo não pode ser decretada se o ato for 
vinculado. 
 
(B) A revogação do ato administrativo produz efeito ex tunc; a anulação 
efeito ex nunc. 
 
(C) Revogação é a supressão de um ato administrativo por ser ilegítimo e 
ilegal. 
 
(D) Todo e qualquer ato administrativo pode ser revogado. 
 
(E) Ato administrativo emanado do Poder Executivo pode ser anulado pela 
própria Administração, de ofício ou a requerimento do interessado, ou pelo 
Poder Judiciário, nesta última hipótese. 
 
18 - (FCC/TJ-SE/Técnico/2009) A anulação do ato administrativo 
emanado do Poder Executivo pode ser feita 
 
(A) unicamente por provocação do interessado. 
 
(B) pelo Ministério Público. 
 
(C) pelo Poder Legislativo. 
 
(D) quando não for mais conveniente ou oportuna a sua manutenção. 
 
(E) pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. 
 
19 - (FCC/TRE-PI/Técnico/2009) A competência, como um dos 
requisitos do ato administrativo, é 
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(A) transferível. 
 
(B) renunciável. 
 
(C) de exercício obrigatório para órgãos e agentes públicos. 
 
(D) modificável por vontade do agente. 
 
(E) prescritível. 
 
20 - (FCC/TRT-20/Analista/2011) Os atos administrativos 
a) discricionários não podem ser objeto de anulação. 
b) vinculados podem ser objeto de revogação. 
c) ilegais não podem ser objeto de convalidação. 
d) ilegais não podem ser objeto de revogação. 
e) vinculados não podem ser objeto de anulação. 
21 - (FCC/TRT-20/Técnico/2011) Sobre os atos administrativos analise 
as seguintes assertivas: 
I. Convalidação é o ato jurídico que sana vício de ato administrativo 
antecedente de tal modo que este passa a ser considerado como válido 
desde o seu nascimento. 
II. A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de 
vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou 
revogá-los por motivos de conveniência e oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos e ressalvadas em todos os casos, a apreciação judicial. 
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III. Revogação é o ato administrativo discricionário pelo qual a 
Administração extingue um ato válido, por razões de oportunidade e 
conveniência, e terá efeitos ex tunc. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II. 
d) II e III. 
e) III. 
22 - (FCC/TRE-AP/Analista/2011) Analise as seguintes assertivas sobre 
os requisitos dos atos administrativos: 
I. O objeto do ato administrativo é o efeito jurídico imediato que o ato 
produz. 
II. Quando a Administração motiva o ato, mesmo que a lei não exija a 
motivação, ele só será válido, se os motivos forem verdadeiros. 
III. O requisito finalidade antecede à prática do ato. 
Está correto o que se afirma em 
a) III, somente. 
b) I e II, somente. 
c) I e III, somente. 
d) II e III, somente. 
e) I, II e III. 
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23 - (FCC/TRE-AP/Técnico/2011) Considere a seguinte hipótese: o 
município desapropria um imóvel de propriedade de desafeto do Chefe do 
Executivo com o fim predeterminado de prejudicá-lo. O exemplo narrado 
a) caracteriza hipótese de vício no objeto do ato administrativo. 
b) corresponde a vício de forma do ato administrativo. 
c) corresponde a vício no motivo do ato administrativo. 
d) corresponde a desvio de finalidade. 
e) não caracteriza

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