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272 Relações com os trabalhadores Relações com os Trabalhadores 4 RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES 4.1 Segurança, saúde e qualidade de vida no trabalho 4.1.1 Relações com os trabalhadores O estilo de gestão adotado por uma empresa estrutura toda a forma de condução dos negócios e das relações com seus trabalhadores. A seguir, alguns dos principais sistemas administrativos: Sistema autocrático-coercitivo: não há confi ança nos trabalhadores; a motivação baseia-se no medo e temor para com os superiores; o fl uxo da informação é de cima para baixo e centralização das decisões; Sistema autocrático-benevolente: confi ança condescendente; motivação baseada por recompensas e punições; o fl uxo da informação é vertical, de cima para baixo e/ou de baixo para cima e há uma certa descentralização das decisões, mas ainda existe um rígido controle; 5 10 273 GERENCIAMENTO DE PESSOAS Sistema consultivo: certa confi ança nos subordinados; relativa liberdade de expressão dos subordinados; motivados por recompensas, punições e envolvimentos; a informação fl ui melhor e a comunicação de baixo para cima é aceita melhor; as decisões macro são centralizadas e as específi cas são delegadas aos níveis mais baixos; Sistema participativo: total confi ança nos subordinados; a motivação baseia-se nos fatores econômicos e de reconhecimento do trabalho; a informação fl ui em todos os sentidos (ascendente, descendente e horizontal) e a tomada de decisões é descentralizada. De acordo com o sistema administrativo adotado, a organização irá balizar suas relações com os trabalhadores, ainda estabelecerá as regras de comunicação, cooperação, proteção, assistência, conduta, disciplina e administração dos confl itos. Com o objetivo de conduzir as relações com seus trabalhadores da forma mais produtiva e interessante para ambas as partes, a organização pode criar programas específi cos, como: Programas de Sugestões: tem o objetivo de solicitar, avaliar e implementar as sugestões dos trabalhadores. Se bem conduzido, pode ser um excelente canal de comunicação entre a direção da empresa e seus trabalhadores; Programas de Reconhecimento: geralmente, são prêmios concedidos aos trabalhadores em reconhecimento ao esforço empreendido em prol de algo. Também podem ser excelentes motivadores; 5 10 15 20 25 274 Relações com os trabalhadores Programas de Assistência ao empregado: acompanhamento dos trabalhadores em entraves específi cos, geralmente feito pelo próprio superior imediato ou por ajuda especializada (assistente social ou psicólogo (a)); Ao adotar medidas para a condução da relação com seus trabalhadores, a organização deverá ter bem-explícito o que ela estará considerando uma indisciplina e quais as punições previstas. Para tanto, algumas empresas elaboram manuais de conduta, visando facilitar a comunicação de tais aspectos. Para explicar melhor, vamos defi nir alguns pontos importantes: Disciplina: condução do comportamento diante de regras e procedimentos estabelecidos como aceitáveis pela organização. Pressupõe-se que as pessoas procuram ajustar seus comportamentos às regras da organização, enquanto esta monitora as metas e o alcance dos objetivos. É desejável que os padrões de comportamentos a serem adotados sejam negociados pela organização com seus trabalhadores, pois, assim, ela poderá contar com um maior envolvimento de todos; Punição: ocorre como conseqüência da apresentação de um comportamento indesejável por parte do trabalhador. Segundo Chiavenato, a disciplina envolve vários fatores fundamentais, como: • Gravidade do problema: grau de seriedade e/ou severidade do problema; • Duração do problema: tempo de permanência da indisciplina; • Freqüência e natureza do problema: é necessário avaliar com que freqüência ocorre a indisciplina e sua recorrência; 5 10 15 20 25 275 GERENCIAMENTO DE PESSOAS • Fatores condicionantes: condições ou circunstâncias relacionadas ao problema; • Grau de socialização: nível de conhecimento das regras da organização, também o nível de divulgação delas mesmas; • Histórico das práticas disciplinares da organização: avaliar como a organização procedeu, no passado, em infrações semelhantes; • Apoio gerencial: forma como os gestores apóiam e aplicam a ação disciplinar. Lembrar que esses gestores, devem apresentar sintonia com a política da organização, evitando o aparecimento de discordâncias. Todas as ações disciplinares devem ser comunicadas com clareza a todos, devendo haver registro formal de uma punição e ser percebida como uma resposta consistente à violação das regras. A ação disciplinar deve seguir três linhas: • A ação corretiva deve ser preferida à ação punitiva: é melhor corrigir do que punir; • A ação disciplinar deve ser progressiva: à medida que a indisciplina for ascendendo em gravidade, a ação disciplinar deve ascender também; • A ação disciplinar deve ser imediata, compatível, impessoal e informativa. A disciplina progressiva trata-se de uma série de intervenções progressivas que visam dar oportunidade ao trabalhador corrigir seu comportamento, antes de uma medida mais drástica, como a demissão. Geralmente, o procedimento de disciplina progressiva mais comum envolve as seguintes etapas: advertência verbal, advertência escrita, suspensão e demissão. Claro que essas etapas dependerão tanto da gravidade da situação, como da política da organização. 5 10 15 20 25 30 276 Relações com os trabalhadores Pode-se destacar também a disciplina positiva como uma estratégia que visa orientar e educar os empregados sobre as posturas adotadas. Suas etapas são: aconselhamento verbal, consenso escrito, advertência e demissão. Mas, lembre-se: todo trabalhador tem o direito de apelo e a legislação trabalhista deve ser respeitada. E, o mais importante, não esqueça que aquele trabalhador é um ser humano que deve ser respeitado em sua singularidade, independente de você e a organização que representa, concordar ou não com ele! 4.1.2 Administração de confl ito: O confl ito existe quando uma das partes tenta alcançar as próprios objetivos interligados com alguma parte, a qual interfere nessa busca. O confl ito pode ocorrer em três níveis: • Confl ito percebido; • Confl ito experienciado; • Confl ito manifestado. As condições que antecedem a um confl ito são: a ambigüidade de papel, objetivos concorrentes, recursos compartilhados e interdependência de atividades. Os confl itos podem apresentar resultados: Positivos Negativos Desperta sentimentos e energia nos membros; Conseqüências indesejáveis para a organização; Estimula sentimentos de identidade de grupo; Energia dirigida para o próprio confl ito; Meio de correção para evitar problemas mais sérios. Cooperação é substituída por comportamentos prejudiciais. 5 10 15 20 277 GERENCIAMENTO DE PESSOAS 4.1.3 Segurança, saúde e qualidade de vida no trabalho Segurança, saúde e qualidade de vida no trabalho são fatores preponderantes para o trabalhador e a organização, pois visam criar condições físicas e psicológicas saudáveis para o pleno exercício das atividades laborais, também atender a responsabilidades legais e morais que a organização tem, assegurando um local de trabalho seguro. As atividades de segurança e saúde no trabalho são desenvolvidas, geralmente, por profi ssionais especializados e devidamente qualifi cados, como: Técnico de Segurança no Trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro e/ou auxiliar de Enfermagem do trabalho. Seguem a uma legislação específi ca (Normas regulamentadores – NR), devendo o profi ssional de Gerenciamento de Pessoas ter noções sobre o assunto. No que diz respeito àsquestões relacionadas à qualidade de vida, são atividades e, na verdade, um estilo de gestão, que visa melhorar o ambiente de trabalho, as quais devem ser desenvolvidas por profi ssionais com foco em pessoas. Não deve ser uma atividade centralizada na área de Gerenciamento de Pessoas, que pode até fi car responsável por desenvolver estratégias de ação, mas sua aplicabilidade, e se possível até o seu planejamento, deve ser executada em parceria com os gestores de linha. Lembre-se de que criar um ambiente seguro tanto no aspecto físico, como mental, pode gerar alto custo, mas, com certeza, terá retorno garantido em forma de maior produtividade, qualidade, comprometimento e envolvimento. Assim, o subsistema de Manutenção de Pessoas tem como objetivo maior manter as pessoas no trabalho de maneira positiva tanto para o trabalhador, como para a organização. 5 10 15 20 25 278 Relações com os trabalhadores 4.2 Sistemas de informações As comunicações internas são a mola-mestra para a monitoração das pessoas, pois facilita os relacionamentos e dinamiza os processos, tornando-os mais efi cientes e efi cazes. Aos gestores de linha, cabe a missão de fomentar esse processo, pois, além de ser um elemento fundamental na execução das atividades organizacionais, é um instrumento básico para auxiliar na satisfação das necessidades humanas dos trabalhadores. Lembre-se de que, para o Gestor de Pessoas, o sucesso ou fracasso de um programa de Gerenciamento de Pessoas está diretamente relacionado à forma como o sistema de informação é planejado e desenhado. O sistema de informação de Gerenciamento de Pessoas é utilizado para coletar, registrar, armazenar, processar, analisar e dinamizar o acesso de seus dados. É disponibilizado por meios eletrônicos. Os principais objetivos do sistema de informação de Gerenciamento de Pessoas são: redução de tempo e custo no processamento da informação e dar suporte à tomada de decisão. Vale ressaltar que, atualmente, o sistema de informação de Gerenciamento de Pessoas não é mais restrito ao gestor dessa área, sendo, geralmente, disponibilizado para a alta direção, os gerentes de linha, e os trabalhadores de uma forma geral. 5 10 15 20 279 GERENCIAMENTO DE PESSOAS As organizações monitoram pessoas, processos e máquinas, num seguimento cíclico e repetitivo, composto de quatro etapas: • Estabelecimento de padrões desejados: a organização estabelece o padrão que ela tem como expectativa alcançar; • Monitoração do desempenho: a organização acompanha o desempenho, tendo como balizador o padrão estabelecido previamente; • Comparação do desempenho com os padrões desejados; • Ação corretiva, caso haja necessidade. O sistema de informação de Gerenciamento de Pessoas poderá contemplar os seguintes pontos: • Planejamento estratégico da área de Gerenciamento de Pessoas; • Formulação de objetivos e planos de ação da área; • Registros e controles de pessoal (terá como fi nalidade a elaboração da folha de pagamento e administração de benefícios); • Emissão de relatórios variados sobre: remuneração, treinamentos, área médica e plano de carreiras; • Emissão de relatórios sobre cargos e seções. Trata-se de um sistema integrado que contempla informações variadas, alimentadas por todos os demais subsistemas de Gerenciamento de Pessoas. O acesso a essas informações dependerá do nível de abertura da organização e de sua forma de gestão. 5 10 15 20 25 280 Relações com os trabalhadores Sistema de informação gerencial Tem como objetivo básico facilitar a tomada de decisão pelo gestor de linha, haja vista que é planejado para colher, processar, armazenar e disseminar a informação. Sistema de informação aos trabalhadores Informações disponibilizadas aos próprios trabalhadores a seu respeito, sobre o seu trabalho, cargo, departamento e da organização em que trabalham. Sistema de monitoração de pessoas Vale ressaltar que, na maioria das organizações, atualmente, o controle das pessoas está deixando de ser basicamente externo, feito por punições e baseando-se no conhecimento do trabalhador e na informação que ele tem como retroação de seu trabalho e contribuições à organização. É importante ressaltar que o monitoramento de pessoas nas organizações deve ser compreendido como uma forma de seguir, acompanhar, orientar e manter o comportamento dos trabalhadores dentro dos limites aceitáveis. Vamos deter-nos um pouco mais no que diz respeito à jornada de trabalho, ponto de extrema divergência e possível fonte de confl itos na organização. 5 10 15 281 GERENCIAMENTO DE PESSOAS A jornada de trabalho é a determinação das horas que o trabalhador deve cumprir, devendo essa quantidade ser estabelecida no contrato individual de trabalho, atender à convenção coletiva e à legislação trabalhista. Na jornada devem ser contempladas as horas de entrada e saída (com limites de tolerância) e os intervalos para refeição e descanso. O cumprimento dessa jornada está diretamente relacionado com a produtividade, por isso o seu monitoramento é acompanhado de forma muito próxima pelos gestores. Com o objetivo de adequar a jornada de trabalho às suas necessidades e às conveniências de seus trabalhadores, algumas organizações adotam algumas medidas, como: criação de um calendário anual de trabalho, o estabelecimento de férias coletivas, semana de trabalho reduzida, horário fl exível de trabalho, trabalho compartilhado (trabalho compartilhado entre duas ou mais pessoas), trabalho remoto (realizado em casa, mas conhecido como home offi ce) e trabalho em tempo parcial. Balanço social Documento que lista os investimentos realizados em benefícios para os trabalhadores da organização e a comunidade. Divulga a responsabilidade social (compromisso da organização para com a sociedade em geral) da organização. Pode ou não ser divulgado; depende da fi losofi a da organização. Geralmente, contempla: indicadores laborais, indicadores sociais, indicadores do quadro funcional, projetos de educação e projetos relacionados à qualidade de vida. Mas, o principal ativo de uma organização é o capital intelectual, ou seja, é tudo o que você sabe. Assim, afi rma-se que o subsistema de monitoramento de pessoas é alimentado pelos demais subsistemas de Gerenciamento de Pessoas e deve ser utilizado como um aliado dos trabalhadores, e, não, como uma forma de controle. 5 10 15 20 25 30 282 Relações com os trabalhadores 4.3 Desafi os no gerenciamento de pessoas Atuar na área de Gerenciamento de Pessoas não é uma atividade tão simples, requer cuidados e atenção especial. É comum, as pessoas dizerem que basta gostar de pessoas para atuar nessa área. Mas, não é bem assim! É preciso qualifi cação e aptidão para lidar com pessoas. Além disso, é necessário vir aberto para a troca de experiências, pois essa área não está mais fechada num casulo! Breve discussão sobre o processo de centralização x descentralização das atividades de Gerenciamento de Pessoas. Tradicionalmente, a área de Gerenciamento de Pessoas comportava-se como uma prestadora de serviços para as demais áreas da organização, fornecendo seleção, treinamento, entre outras atividades. Tudo fi cava centralizado nessa área e a ela cabia o “poder” de decidir quem seria admitido, quem seria treinado e quem merecia revisão salarial. Aos gestores de área, cabia apenas aceitar os procedimentos, sem questionamentos, afi nal a área responsável -Gerenciamento de Pessoas – era a grande detentora dos segredos desses procedimentos, ao especialista não era permitido contestar. As seguintes características da centralização da área são apontadas por Chiavenato: 5 10 15 20 283 GERENCIAMENTODE PESSOAS 4.3.1 Centralização PRÓS CONTRAS Especialistas reunidos num só órgão Concentração das decisões no staff da área A especialização é estimulada Monopólio e exclusividade das decisões e execução no staff da área Dentro do departamento há uma elevada integração Práticas muito homogêneas e padronizadas – burocráticas Delimitação da área de Gerenciamento de Pessoas O status quo é mantido e conservado Ênfase na função, tarefas e atividades da área O foco de ação é distante Próprio para empresas de pequeno porte Administração autoritária e autocrática Atualmente, as empresas mais modernas e com visão estratégica estão revendo seus posicionamentos e descentralizando as atividades de gerenciamento de pessoas. No início, isso gerou um certo mal-estar entre os profi ssionais da área de Gerenciamento de Pessoas, pois vislumbrava-se que ela estaria em extinção e seus representantes estariam perdendo campo de trabalho. Qual o profi ssional dessa área que nunca se assustou ao ler um artigo sobre o fi m da área de RH? A tomada de decisões está descentralizada e não existe mais o monopólio do Gerenciamento de Pessoas sobre as estratégias de ação com relação aos trabalhadores. O importante agora é compartilhar decisões. O Gerenciamento de Pessoas atua mais como uma consultoria interna, dando suporte às demais áreas da organização. Nesse novo cenário, os gestores de pessoal são os próprios gerentes de linha. Você pode perguntar: e a área de Gerenciamento de Pessoas vai acabar? Isso vai depender muito da sua forma de conduzir as coisas! Claro que espaço há e muito. Ainda continuaremos a ter os especialistas de Gerenciamento de Pessoas, profi ssionais qualifi cados para dar suporte aos 5 10 15 20 284 Relações com os trabalhadores gestores de linha, haja vista que estes são os responsáveis diretos pelo desempenho de sua equipe. Ocorre que, muitas vezes, pode existir um confl ito entre o especialista de Gerenciamento de Pessoas e o gestor de linha. Às vezes, podem discordar sobre pontos de vista, formas de disciplina e forma de conduzir um problema, entretanto ambos devem compreender que fazem parte de um conjunto e precisam somar esforços para solucionar possíveis impasses. Além disso, vale lembrar que nas organizações de pequeno porte, e em algumas de médio porte, não existe a especialidade de Gerenciamento de Pessoas, cabendo aos gestores de linha, exclusivamente, a execução das atividades relacionadas às pessoas. À medida que a organização vai crescendo, aumenta a demanda por uma abordagem mais complexa nas atividades de Gerenciamento de Pessoas, sendo delegadas a especialistas, que devem assessorar e dar consultoria interna às demais áreas, conforme mencionamos anteriormente. A seguir apresentamos uma lista com os principais prós e contras da descentralização da área de Gerenciamento de Pessoas, segundo Chiavenato: 5 10 15 20 285 GERENCIAMENTO DE PESSOAS 4.3.2 Descentralização PRÓS CONTRAS Ações e decisões compartilhadas e tomadas pelos gestores de linha Pode haver uma perda de fronteiras e limites da área de Gerenciamento de Pessoas Não há monopólio das decisões relacionadas às pessoas Pode haver uma dispersão dos especialistas da área de Gerenciamento de Pessoas Adequação das práticas às necessidades individuais A terceirização de algumas atividades burocráticas é necessário Foco no cliente interno. A área de Gerenciamento de Pessoas atua com consultoria interna Favorece a administrativa compartilhada e participativa De acordo com o exposto, fi ca explícito que a descentralização é bem mais vantajosa tanto para os especialistas da área de Gerenciamento de Pessoas, como para os gestores de linha. Não precisa haver esse temor de que a área vai acabar e perderemos nosso campo de atuação! Basta desenvolvermos um trabalho atuante, participativo, criativo e em sintonia com a missão e política da organização. Vejamos a história abaixo e refl itamos sobre o assunto: Conta uma velha história popular que um especialista em grandes construções prediais, em visita a uma cidade, deparou- se com uma imponente construção. Curioso por conhecer as minúcias do trabalho, aproximou-se e perguntou ao primeiro trabalhador à vista o que ele estava fazendo. Cansado, abatido e muito suado, o trabalhador respondeu-lhe, sem sequer lhe dirigir o olhar, que estava quebrando uma pedra maldita. Insatisfeito com a resposta, o especialista aproximou-se de outro trabalhador e repetiu a pergunta. Deste obteve a resposta de que estava preparando pedras para uma construção, mas não entrou em detalhes. Ainda insatisfeito com as respostas obtidas, o especialista procurou o terceiro trabalhador que encontrou. 5 10 15 20 286 Relações com os trabalhadores Este estava cantarolando uma melodia, parecia alegre e respondeu-lhe com entusiasmo e orgulho que estava ajudando a construir a catedral da cidade, o que se tratava de um grande empreendimento para o país. Interessante, não é? Todos os três trabalhadores executavam a mesma atividade, mas tinham uma percepção diferente sobre o que faziam. É exatamente nessa percepção mais ampla, na motivação, no comprometimento e no envolvimento do trabalhador, que, tanto a área de Gerenciamento de Pessoas, como os gestores de linha, devem somar esforços, para que possam contribuir efetivamente com a construção de um ambiente de trabalho mais prazeroso e alinhem os objetivos individuais aos organizacionais e vice-versa. Referências BERGAMINI, C. W. Psicodinâmica da vida organizacional: motivação e liderança. São Paulo: Atlas, 1997. CARVALHO, A. V. de. Administração de recursos humanos. São Paulo: Pioneira, 1999. 2. v. FORTUNA, A. A. M.; FERREIRA, V. C. P.; TACHIZAWA, T. Gestão com pessoas: uma abordagem aplicada às estratégias de negócios. 3. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2003. LÉNY-LEBOYER, C. Crise das motivações. São Paulo: Atlas, 2003. ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. 11. ed. Rio de Janeiro: Pearson, 2006. ULRICH, D. Os campeões de recursos humanos: inovando para obter os melhores resultados. 9. ed. São Paulo: Futura, 2004. WAGNER III, J. A.; JOHN, R. H. Comportamento organizacional criando vantagem competitiva. São Paulo: Saraiva, 2004. 5 10
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