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MATERIAL DIDÁTICO FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS U N I V E R S I DA D E CANDIDO MENDES CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010 Impressão e Editoração 0800 283 8380 www.ucamprominas.com.br Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 2 SUMÁRIO UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO ........................................................................... 03 UNIDADE 2 - ADMINISTRAÇÃO DE RH ........................................................ 05 2.1 Evolução das Teorias das Relações Humanas .......................................... 05 2.2 Objetivos e funções .................................................................................... 14 UNIDADE 3 - O ADMINISTRADOR DE RH ..................................................... 19 3.1 A nova função para o profissional de recursos humanos ........................... 25 3.2 As tendências na ARH ............................................................................... 27 UNIDADE 4 - AS PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES ..................................... 35 4.1 A importância dos recursos humanos ........................................................ 35 4.2 Os processos de gestão de RH .................................................................. 37 4.3 A motivação e a condução para os resultados ........................................... 38 4.4 O aperfeiçoamento da equipe .................................................................... 42 4.5 As implicações da qualidade de vida no trabalho ....................................... 44 4.6 A motivação ................................................................................................ 52 4.6.1 Fatores e condições para acontecer a motivação ................................... 54 4.6.2 A motivação do ponto de vista da administração estratégica .................. 56 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 61 Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 3 UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO Bem-vindos a mais um curso oferecido pelo Instituto Prominas em parceria com a FINOM! O potencial humano e suas competências são pilares de sustentação de qualquer organização e como bem diz Idalberto Chiavenato (2004) as organizações são feitas de pessoas e para pessoas, portanto, elas merecem atenção, investimentos, valorização. Ao constatarmos que o movimento atual em termos de administração tem se voltado para a importância e valorização das pessoas enquanto bem maior de uma organização, este curso vem agregar valor inestimável ao profissional que pretende investir na carreira de gestão de RH, mostrando que está consciente dessa valorização, o que, por conseguinte, atualizado. O Instituto Prominas, que tem como missão “construir conhecimentos respondendo às questões fundamentais sobre os elementos essenciais do pensamento educacional moderno, com a preocupação de capacitar estudantes para analisar criticamente as mensagens presentes, e relacionar a prática como domínio da tecnologia das formas culturais, bem como seus significados sociais, políticos e econômicos”, mais uma vez vem contribuir com o segmento empresarial ao oferecer este curso. Nesta apostila estudaremos os Fundamentos da Administração de RH que levará o aluno a refletir sobre três tópicos que se inter-relacionam: as pessoas, as organizações e as pessoas nas organizações. Passaremos pela evolução das teorias das relações humanas, os objetivos, funções, estilos de gestão e as tendências atuais de administrar os recursos humanos. Falaremos sobre a importância dos recursos humanos nas organizações e os processos de gestão baseados em Chiavenato. Sobre a equipe, analisaremos a motivação das pessoas e a sua condução para obtenção de resultados e as implicações da qualidade de vida no trabalho. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 4 Especificamente sobre o administrador, nosso foco será na liderança e nos estilos de gestão. Deixamos claro que esta apostila é uma compilação do que acreditamos ser mais importante na área, uma vez que as pesquisas são inúmeras e a cada dia surgem, igualmente, novas descobertas. Buscamos embasamento em diversos autores renomados e alguns clássicos, afinal de contas, os clássicos sempre serão nosso suporte maior. Com certeza algum tema sempre chama atenção e por outro lado, lacunas acabam surgindo, então sugerimos que não sejam tímidos, busquem aprofundamento quando esta situação acontecer. Para tanto, ao final da apostila encontram-se todas as referências consultadas e utilizadas. Desejamos a todos uma boa leitura e bons estudos! Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 5 UNIDADE 2 - ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 2.1 Evolução das Teorias das Relações Humanas Na atualidade, observamos que a competitividade e lucratividade das empresas são decididas tanto mais pelas pessoas que nela trabalham do que pelas tecnologias empregadas ou capacidades de produção, por isso acreditamos que o primeiro passo para uma gestão eficaz de recursos humanos, seja estudar e conhecer a evolução das diversas teorias e empregar os meios para conseguir que todos os funcionários se mantenham motivados durante a execução do seu trabalho. Uma vez que as relações humanas representam uma atitude, um estado de espírito que deve prevalecer no estabelecimento e/ou na manutenção dos contatos entre pessoas, concordamos com Balcão e Cordeiro (1979) que essa atitude deve basear-se no reconhecimento de que os seres humanos são possuidores de personalidade própria que merece ser respeitada. Isso implica numa compreensão sadia de que toda pessoa tem necessidades materiais, sociais ou psicológicas, que procura satisfazer-se e que motiva o seu comportamento em determinado sentido. Assim como as pessoas são diferentes entre si, também a composição e estrutura das necessidades variam de indivíduo para indivíduo e essas diferenças contribuíram para a evolução das teorias como veremos adiante. Evolutivamente, em relação as teorias administrativas voltadas para os recursos humanos, a primeira abordagem humanística surgiu nos Estados Unidos, por volta de 1930, junto com a Teoria das Relações Humanas, decorrente do desenvolvimento das ciências sociais, principalmente a Psicologia, que ocupava seus estudos com dois assuntos básicos, ambos abordados pela Psicologia do trabalho: A análise do trabalho e a adaptação do trabalhador ao trabalho; A adaptação do trabalho ao trabalhador (FARIA, 1994, p. 45). Assim, num processo irreversível, o homo economicus da Teoria Clássica foi substituído pelo homem social (surgido na Teoria das Relações Humanas com Elton Mayo e seus seguidores, que gerou o movimento chamado de A Escola das Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.brou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 6 Relações Humanas) ocupando seu espaço na vida das organizações, que do ponto de vista da empresa, desloca seu procedimento mecanicista e passa a ver as coisas pelo lado social, tentando motivar as pessoas (SCHEIN, 1982 apud OLIVEIRA, 2002, p.15). Alguns fatos foram marcantes, tais como: A necessidade de se humanizar e democratizar a Administração; O desenvolvimento das chamadas ciências humanas, em especial a Psicologia e a sociologia; As ideias da filosofia de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin; As conclusões da experiência de Hawthorne (FARIA, 1994, p.46). Na realidade, a Teoria das Relações Humanas foi basicamente um movimento de reação e oposição à Teoria Clássica. Nos Estados Unidos, um país democrático à época, tinha trabalhadores e sindicatos que viam a Administração Científica como um meio de exploração dos empregados e a favor dos patrões, assim a nova teoria veio com tendências a corrigir a desumanização do trabalho. Elton Mayo, considerado o pai das relações humanas, conduziu uma pesquisa, em 1923, em uma indústria têxtil, procurando solucionar problemas de produção e rotatividade de pessoal. Introduziu período de descanso, determinado pelos próprios operários e contratou uma enfermeira, conseguindo mostrar a influência da motivação humana nos resultados, no trabalho de equipe e na organização informal dentro das instituições, dando assim, início ao processo de valorização das pessoas dentro das organizações, uma vez que surgiu um espírito de equipe, a produção aumentou e a rotatividade de pessoal diminuiu. A motivação1 das pessoas tem uma relação direta na excelência da qualidade dos produtos e serviços das organizações. As várias correntes acerca do comportamento do homem organizacional demonstram uma particular estratégia de 1 Sobre a motivação dedicamos um capítulo específico mais adiante. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 7 comportamento individual e grupal, é o norteador da maneira de agir da organização que defronta com os indivíduos que com ela colaboram e interagem (SCHEIN, 1982 apud OLIVEIRA, 2002, p.15). Os enfoques dados à relação homem-empresa por Argyris (1969), Maslow (1970), McGregor (1973), citados por Oliveira (2002, p.16) oferecem uma outra maneira de encarar o homem, denominada “homem autorrealizador”. Neste modelo, parte-se da premissa de que os motivos obedecem a uma hierarquia – pirâmide de Maslow – que vai desde as necessidades que garantam a sobrevivência às necessidades de autorrealização. Para Schein (1982), o modelo do homem “autorrealizador” implica em estratégias diferentes das demais por parte das organizações. Neste caso, o homem quer tornar o trabalho mais desafiante e significativo de modo a gerar orgulho e autoestima para quem os realiza. A recompensa é intrínseca e visa a realização adequada do seu trabalho e há, também, uma interação entre o desejo de autorrealização individual e a necessidade da organização em sua busca de eficiência. Seguindo esta linha de pensamento, Herzberg, Mausner e Snyderman (1959) citados por Oliveira (2002, p.16), afirmam que são os fatores do próprio trabalho que funcionam como fatores motivadores e não os fatores externos a ele. É o atingir da meta que leva o indivíduo a novos desafios, ou seja, para eles os principais fatores motivadores são os de realização pessoal, o reconhecimento pelo trabalho, o trabalho em si mesmo, a responsabilidade, o avanço e o progresso profissional e individual. A gestão de pessoas baseia-se, portanto, no fato de que o desempenho de uma organização depende fortemente da contribuição das pessoas que a compõem e a forma como as pessoas estão organizadas, são estimuladas e capacitadas, e como são mantidos um ambiente de trabalho e um clima organizacional adequados. E ainda, como estão estruturados e organizados os membros da força de trabalho, de modo a habilitá-los a exercer maior poder e liberdade de decisão, levando à maior flexibilidade e à reação mais rápida aos requisitos mutáveis do mercado (OLIVEIRA, 2002, p.16). Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 8 Segundo Rutta e Bucelli (2001), abordagens para criar flexibilidade, autonomia e iniciativa na organização de trabalho e na estrutura de cargos podem ser estabelecidas através da redução de níveis hierárquicos, otimização de unidades organizacionais e arranjo físico adequado para as pessoas, em que as oportunidades para a criatividade, inovação e compartilhamento de conhecimentos e habilidades podem ser criadas através do uso de equipes de trabalho e equipes de solução de problemas, temporais ou permanentes, departamentais ou multidepartamentais, autogerenciadas ou não. Toda a empresa, num processo estruturado, deve estar comprometida com a qualidade para que os melhores resultados sejam alcançados. Não há qualidade sem o envolvimento de todos na organização, é uma mobilização coletiva. Para que haja esse comprometimento com a qualidade, é necessária uma mudança cultural significativa, exigindo alguns rompimentos com a tradição, inclusive nos sistemas de reconhecimento e recompensa. Muitos obstáculos para obtenção da qualidade vão surgindo e é a motivação que vai eliminando estes obstáculos (OLIVEIRA, 2002). As várias teorias das relações humanas dão embasamento e direcionamento ao administrador para compreender e identificar quais os fatores que motivam as pessoas nas organizações, norteando a ação dos gerentes para o alcance da tão desejada qualidade de produtos e serviços, como veremos a seguir. Teoria das hierarquias das necessidades - Maslow A teoria de Maslow pressupõe que as pessoas estão em um estado motivacional permanente, mas a natureza da motivação pode ser diferente de grupo para grupo ou de pessoa para pessoa, em determinadas situações. Vai além, quando afirma que as pessoas não atingirão nunca um estado de total satisfação, a não ser por certo período de tempo. Assim, quando um desejo é satisfeito, surge outro em seu lugar e sendo este atingido, outro o substitui. Mas Maslow considera e defende uma hierarquia para a satisfação dessas necessidades, como motivadores humanos, como pode-se observar na fala de Chiavenato: Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 9 Maslow concebeu essa hierarquia pelo fato de o homem ser uma criatura que expande suas necessidades no decorrer de sua vida. À medida que o homem satisfaz suas necessidades básicas, outras mais elevadas tomam o predomínio do seu comportamento (CHIAVENATO, 2003, p.92). A Pirâmide de Maslow, ilustrada abaixo, nos mostra claramente as necessidades primárias na base: fisiológicas (ar, comida, repouso, abrigo, etc.); de segurança (proteção contra o perigo ou privação); seguindo em direção ao topo, as necessidades secundárias: sociais (amizade, inclusão em grupos, etc.); de estima (reputação, reconhecimento, autorrespeito, amor, etc.) e as necessidades de autorrealização (realização do potencial, utilização plena dos talentos individuais, etc.) Segundo Kwasnicka (1990, p. 57), essa hierarquia é caracterizada porcertos pontos básicos: As necessidades superiores têm um desenvolvimento gradativo posterior; Quanto mais elevada for a necessidade, menor a influência ou pressão na sobrevivência do indivíduo; A vida ao nível das necessidades superiores significa maior rendimento biológico, menos doenças, melhor sono, entre outros; As necessidades superiores são menos urgentes se consideradas subjetivamente; A busca e satisfação de necessidades superiores representam uma tendência altamente positiva; Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 10 As necessidades superiores exigem melhores condições externas (econômicas, educativas, entre outras) para torná-las possíveis. Teoria dos dois fatores - Herzberg Os estudos de Herzberg complementam o estudo de Maslow, sendo que para ele, apesar de a motivação humana ser caracterizada por necessidades básicas, ela é orientada diretamente para a realização de determinados objetivos ou incentivos desejáveis, positivos, ou ainda, para evitar consequências indesejáveis, negativas. Herzberg dirigiu sua atenção para as necessidades relacionadas com a realização do trabalho, alicerçando sua teoria no ambiente externo. Kwasnicka (1990, p.58) e Chiavenato (2003, p.152), ressaltam, porém, que de acordo com a teoria de Herzberg, a satisfação das necessidades primárias, da base da hierarquia de Maslow não motiva. Herzberg pensa diferente, propondo dois fatores: Fatores satisfacientes ou motivacionais, relacionados com as satisfações do topo da hierarquia de Maslow, quer seja a realização, o reconhecimento, a responsabilidade, o crescimento e o trabalho em si. Os meios práticos de proporcionar ou incentivar tais fatores incluem: 1. Delegação de responsabilidade; 2. Liberdade de exercer discrição; 3. Promoção e oportunidades; 4. Uso pleno das habilidades pessoais; 5. Estabelecimento de objetivos e avaliação relacionada com eles; 6. Simplificação do cargo (pelo próprio ocupante); 7. Ampliação ou enriquecimento do cargo (horizontal ou verticalmente). Fatores insatisfacientes ou higiênicos, relacionados com as necessidades básicas de Maslow, que tendem atuar em uma direção negativa, ou Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 11 seja, situando-se em um nível abaixo do “adequado”, em termos de expectativa dos empregados, podendo causar insatisfação. Melhorando esses fatores ou as condições, pode-se remover a insatisfação, com efeitos benéficos. Eles incluem: 1. Condições de trabalho e conforto; 2. Políticas da organização e administração; 3. Relações com o supervisor; 4. Competência técnica do supervisor; 5. Salários; 6. Segurança no cargo; 7. Relações com o colega. Teorias X e Y - McGregor McGregor, um behaviorista, comparou dois estilos de administração opostos e os nomeou de Teoria X (baseada em convicções errôneas sobre o comportamento humano) e Teoria Y (a nova concepção de administração que baseia-se em princípios atuais sem preconceitos a respeito da natureza humana). Como exemplos do comportamento humano segundo a Teoria X, baseando em McGregor citado por Kwasnicka (1990, p.60) tem-se que o homem: é preguiçoso por natureza. Quer trabalhar o mínimo possível e ainda assim receber seu salário. não gosta de assumir responsabilidades, prefere ser comandado e sentir-se seguro nessa dependência. é egocêntrico e seus objetivos pessoais são contrários ao da empresa. resiste às mudanças, pois essas podem vir a prejudicá-lo. precisa ser controlado e dirigido pela empresa, pois sua dependência o torna incapaz de autocontrole e autodisciplina. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 12 Com essa análise sobre o comportamento humano, a Teoria X nos mostra que seu estilo de administração é rígido e autocrático e coloca os funcionários trabalhando dentro de um esquema predeterminado, visando apenas os interesses econômicos da empresa. A Teoria X é baseada na administração, pela qual as pessoas devem ser comandadas e controladas em suas ações. Sem isso, os funcionários resistiriam às necessidades da empresa. Como o salário motiva os trabalhadores, ele é usado como recompensa ou como punição. Para McGregor, todo administrador que impuser arbitrariamente um esquema de trabalho e passar a controlar o comportamento de seus subordinados, estará implantando a Teoria X. Já na Teoria Y, onde encontramos a nova concepção de administração e baseada em princípios atuais sem preconceitos a respeito da natureza humana, podemos citar os seguintes exemplos, também baseados em Kwasnicka (1990, p.61): O homem não tem desprazer em trabalhar, e muitas vezes, trabalhar se torna uma fonte de satisfação para ele; As pessoas não são passivas e resistentes às necessidades da empresa; As pessoas têm capacidade de assumir responsabilidades. O controle e a ameaça de punição não são as únicas formas de obter dedicação delas; Fugir da responsabilidade e a falta de ambição podem ser consequências de experiências insatisfatórias pelas quais o funcionário possa ter passado em outra empresa; A capacidade de alto grau de imaginação e de criatividade na solução de problemas empresarial é distribuída entre as pessoas. Com uma visão totalmente oposta a da Teoria X sobre o comportamento humano, a Teoria Y nos mostra o quanto ela segue um estilo administrativo dinâmico, participativo e extremamente democrático baseado em valores humanos, criando oportunidades para que seus funcionários tenham um melhor desempenho na vida profissional. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 13 A Teoria Y se baseia em alguns aspectos como, motivar o potencial de seus empregados, dirigir o comportamento para os objetivos da empresa e deixá-los assumir cargos de maior responsabilidade. Esses fatores estão presentes em cada pessoa e precisam ser despertados. É tarefa primordial da administração, criar condições organizacionais e métodos de operação para que os empregados atinjam melhor seus objetivos pessoais, dirigindo seus esforços em direção aos objetivos da empresa. A teoria da Motivação pelo Êxito e/ou pelo Medo – Mc Clelland David McClelland, através da Teoria da Motivação pelo Êxito e/ou Medo, destaca três motivos (necessidades de realização, de afiliação e de poder) que orientam a dinâmica do comportamento humano e que, segundo Caravantes (1998, p. 121), divide as pessoas em dois grupos: uma minoria de pessoas que são desafiadas pelas oportunidades e estão dispostas a trabalhar com tenacidade para alcançar algo; e, a maioria, que não se sente desafiada para alcançar resultados. Resumidamente os meios de satisfação das necessidades são: realização – competir como forma de autoavaliação; afiliação – relacionar-se cordial e afetuosamente e poder – exercer influência sobre o outro (CARAVANTES, 1998, p. 121). Sua teoria sustenta que diferentes indivíduos têm diferentes níveis de cada motivo, mas nunca a inexistência de qualquer deles, em especial o da realização (motivação pelo êxito), aprendido inicialmente na infância. Esses motivos têm relação íntima com a resolução de problemas. Sendoassim, quando o indivíduo obtém sucesso, utilizando-se de determinado meio (motivo), tenderá a repeti-lo para a solução de outros problemas, o que caracterizará o estilo da pessoa. A teoria de McClelland equivale aos níveis mais elevados da hierarquia de Maslow e se aproxima dos fatores motivacionais de Herzberg e, a exemplo deles, também não teve seus pressupostos comprovados cientificamente. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 14 McClelland obteve, no entanto, reconhecimento, à medida que suas ideias foram utilizadas largamente para a definição de Clima Organizacional (Escala para Avaliação do Clima Organizacional), como sendo um fator que aumenta a eficácia da entidade, na proporção em que contribui para o alinhamento dos interesses individuais aos da organização (CHIAVENATO, 2003, p.76). Justificamos a centralização do tópico nas teorias das relações humanas, pois estas são pertinentes ao nosso estudo nesta apostila, mas lembramos que em se tratando de administração de maneira geral seria preciso falar de outras teorias clássica, estrutural, comportamental, sistêmica e contingencial. 2.2 Objetivos e funções A administração de recursos humanos surgiu com a “expectativa de encontrar formas de administrar o capital humano nas empresas, visando à maximização dos benefícios econômicos advindos do alinhamento entre o potencial dos empregados e os objetivos empresariais” (VERGARA e DAVEL, 2001, p. 34). Para Chiavenato (2003), a administração de recursos humanos é uma especialidade que surgiu com o crescimento das organizações e com a complexidade das tarefas organizacionais. Ela trata do adequado provisionamento, de aplicação, da manutenção e do desenvolvimento das pessoas nas organizações. Segundo Chiavenato (2004), administração de recursos humanos é o conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir os aspectos da posição gerencial relacionados com as pessoas ou recursos humanos, incluindo recrutamento, seleção, treinamento, recompensas e avaliação de desempenho. Ou ainda, é a função na organização que está relacionada com a provisão, treinamento, desenvolvimento, motivação e manutenção dos empregados. São três os aspectos fundamentais na qual se baseia a moderna gestão de recursos humanos: 1. As pessoas como seres humanos – afinal de contas somos todos diferentes, dotados de personalidade própria, com uma história pessoa particular e diferenciada, possuidores de habilidades e conhecimentos, Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 15 destrezas e capacidades indispensáveis à adequada gestão dos recursos organizacionais. 2. As pessoas como ativadoras inteligentes de recursos organizacionais – sobretudo, como os elementos impulsionadores da organização e capazes de dotá-la da inteligência, talento e da aprendizagem indispensáveis à sua constante renovação e competitividade em um mundo pleno de mudanças e desafios. Vale lembrar que as pessoas possuem o dom do crescimento, do desenvolvimento pessoal. Elas são fonte de impulso própria e não agentes estáticos. 3. As pessoas como parceiros da organização – as pessoas são capazes de conduzi-la à excelência e ao sucesso. Como parceiros, elas fazem investimentos na organização como esforço, dedicação, comprometimento na expectativa de colherem retornos como salários, incentivos, crescimento profissional, etc. É bem verdade que qualquer investimento somente justifica- se quando traz retorno interessante, portanto, à medida que aumenta o retorno a tendência é aumentar o investimento, daí constatarmos a interação entre funcionário e empresa. (CHIAVENATO, 2004). Nesse contexto, os objetivos da gestão de recursos humanos são voltados para que se alcance uma eficácia organizacional através dos seguintes meios: Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão; Proporcionar competitividade à organização; Proporcionar à organização pessoas bem treinadas e bem motivadas; Aumentar a autoatualização e a satisfação das pessoas no trabalho; Desenvolver e manter a qualidade de vida no trabalho; Administrar e impulsionar a mudança (CHIAVENATO, 2004). Ainda segundo Chiavenato (2003), os objetivos da Administração de RH derivam dos objetivos da organização inteira. Geralmente este objetivo é a criação e distribuição de algum produto (um bem de produção ou de consumo) ou de algum serviço (uma atividade especializada). Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 16 Lembrem-se que ao lado dos objetivos organizacionais, a ARH (Administração de RH) deve considerar os objetivos pessoais dos participantes. Pensando assim, os objetivos da administração de RH são: Criar, manter e desenvolver um contingente de recursos humanos com habilidade e motivação para realizar os objetivos da organização; Criar, manter e desenvolver condições organizacionais de aplicação, desenvolvimento e satisfação plena dos recursos humanos, e alcance dos objetivos individuais; Alcançar eficiência e eficácia através dos recursos humanos disponíveis (CHIAVENATO, 2003, p. 184). A área de ARH também tem dificuldades a enfrentar, sendo relativamente consideráveis se pensarmos que administrar recursos humanos é diferente de administrar qualquer outro recurso, ao se tratar de um ambiente singular de operações. As dificuldades são: a) A ARH lida com meios, com recursos intermediários e não com fins. É uma função de assessoria, cuja atividade fundamental consiste em planejar, prestar serviços especializados, assessorar, recomendar e controlar; b) Lida com recursos vivos, extremamente complexos, diversificados e variáveis, que são as pessoas. Esses recursos são importados do ambiente para dentro da organização, crescem, desenvolvem-se, e mudam de atividade, de posição e de valor; c) Os recursos humanos não estão somente dentro da área de RH, mas alocados nos diversos órgãos da organização e sob autoridade de diversos gerentes. Assim, cada um desses gerentes é o responsável direto por seus subordinados. Disso decorre que a ARH é uma responsabilidade de linha e uma função de staff; d) A ARH preocupa-se fundamentalmente com a eficiência e com a eficácia. Porém, o fato mais concreto de sua existência é que ela não pode controlar facilmente os eventos ou as condições que produzem eficiência e eficácia, justamente porque os eventos e condições de suas operações são as Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 17 atividades das diversas áreas da organização e o comportamento heterogêneo dos participantes. e) A ARH trabalha em ambientes e em condições que não determinou e sobre os quais possui um grau de poder e controle muito pequeno. Está geralmente destinada à acomodação, adaptação e transigência. Somente com uma clara noção da finalidade principal da organização, com muito esforço e perspicácia, o executivo de RH poderá conseguir (se é que consegue) razoável poder e controle sobre os destinos da organização. f) Os padrões de desempenho e de qualidade dos recursos humanos são extremamente complexos e diferenciados, variando de acordo com o nível hierárquico, coma área de atividade, com a tecnologia aplicada e com o tipo de tarefa ou atribuição. O controle de qualidade é feito desde o processo inicial de seleção do pessoal e estende-se continuamente ao longo do desempenho cotidiano. g) A ARH não lida diretamente com fontes de receita. Aliás, ocorre algum preconceito de que ter pessoal forçosamente implica ter despesa. Muitas empresas ainda convencionam restritivamente seus recursos humanos em termos reducionistas de pessoal produtivo e pessoal improdutivo, ou pessoal direto e pessoal indireto. A grande maioria das empresas ainda aloca os seus recursos humanos em termos de centros de custos e não em termos de centros de lucro, como realmente devem ser considerados. h) Um dos aspectos mais críticos da ARH está na dificuldade de se saber se ela está fazendo ou não um bom trabalho. A ARH está cheia de desafios e de riscos não controlados ou não controláveis, não padronizados e imprevisíveis. É um terreno pouco firme e de visão nebulosa em que se pode cometer erros desastrosos ainda que na certeza de se estar jogando corretamente. As estratégias e decisões relacionadas com a ARH – uma vez que se referem a variáveis complexas e diferenciadas – exigem muito mais visão profética, prudência e julgamento intuitivo do que realmente raciocínio dedutivo, cuidadoso ou análise minuciosa meramente quantificadora. Muitas vezes, a falta de experiência e de sensibilidade em assuntos de RH pode levar o Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 18 presidente da organização a rejeitar providências recomendadas pelo executivo de RH ou a apoiar enfaticamente o que não deveria ser apoiado ou, ainda, a tomar decisões erradas sobre coisas de que pouco entende e, diante das quais, dificilmente admitiria sua ignorância ou insegurança (CHIAVENATO, 2003, p. 185). Enfim, nem sempre a ARH recebe o apoio necessária da alta direção, o qual é transferido para outras áreas que adquirem enganosamente maior prioridade e importância. Como ressalta Chiavenato (2003, p. 186): “o que é bom para um segmento da organização não é necessariamente bom para a organização inteira”. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 19 UNIDADE 3 - O ADMINISTRADOR DE RH Lidar com pessoas nas organizações é uma responsabilidade que, atualmente, se reveste de complexidade muito maior do que há poucos anos. De acordo com Ribeiro (2006), a área de Recursos Humanos tem como objetivo principal administrar as relações da organização com as pessoas que a compõe, consideradas, hoje em dia, parceiras do negócio, e não mais meros recursos empresariais, como vimos anteriormente em fala de Chiavenato. Esse passou a ser o mais importante desafio interno das empresas, em plena era da informação, uma função estratégica demais para ficar centralizada e monopolizada nas mãos de poucos especialistas, que atuam simplesmente na esfera tática ou operacional. O profissional de Recursos Humanos deve prover a organização de meios para avaliar as pessoas em todos os sentidos, desde a sua formação profissional até a coleta de informações que possam lhe dar uma indicação, ainda que parcial, do caráter delas. Em uma época em que a globalização, a competição, o forte impacto da tecnologia e as céleres mudanças se tornaram os maiores desafios externos, a vantagem competitiva das empresas está na maneira de utilizar o conhecimento das pessoas, colocando-o em ação de modo rápido e eficaz, na busca de soluções satisfatórias e de novos produtos e serviços inovadores (RIBEIRO, 2006). O profissional de Recursos Humanos deve possuir o poder de diferenciar as pessoas com as quais lida em seu dia-a-dia, pois os seres humanos são dotados de personalidades próprias, profundamente diferentes entre si, com uma história particular e diferenciada, além de possuírem conhecimentos, habilidades, destrezas e capacidades, indispensáveis à adequada gestão dos recursos organizacionais. Esse profissional tem de considerar as “pessoas como pessoas”, e não como meros recursos da organização (CHIAVENATO, 2003). Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 20 O perfil do administrador de RH deve ser multidisciplinar. Ribeiro (2006) ressalta que atualmente o profissional que vai lidar com RH precisa ter uma visão holística e multidisciplinar de temas oriundos da economia, marketing, produção, finanças, psicologia, sociologia e conhecimento profundo e atualizado dos aspectos trabalhistas e legais. No quadro abaixo, estão distribuídas as características cognitivas e posturais que Ribeiro (2006) acredita compor o perfil do ARH, que se resume em atrair/reter/desenvolver pessoas, e que são necessárias para que ele veja e avalie uma pessoa. Adaptabilidade Análise crítica Boa comunicação escrita e oral Bom humor Capacidade analítica Capacidade de discernimento Capacidade para negociar prazos Capacidade para se relacionar com clientes e fornecedores internos e externos Compromisso com os resultados Coordenação de grupos interdisciplinares Dinamismo Disposição para o aprendizado contínuo Domínio de sistemas de informações gerenciais Empreendedorismo Facilidade para se integrar nos negócios da empresa Flexibilidade Habilidade com relações humanas / facilidade de relacionamento Habilidade para administrar conflitos Habilidade para trabalhar em equipe Inovação Integridade Liderança Planejamento e planos de negócios Procura de metas e objetivos Qualidade de atendimento Tolerância para trabalhar sob pressão Visão estratégica Visão holística Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 21 Precisam apresentar característica tático-operacional, ou seja, profissionais voltados especificamente para funções de gerenciamento executivo. Formação humanística e que seja dotado de empatia profunda para estabelecer relações proveitosas, seja com os executivos da empresa, seja com os trabalhadores “chão de fábrica”, isso é essencial ao profissional de RH. Proporcionar pessoas bem treinadas e motivadas quer dizer que a administração de RH está construindo e protegendo o patrimônio mais valioso da empresa que são as pessoas. O primeiro passo é preparar e capacitar continuamente as pessoas. O segundo é dar reconhecimento às pessoas e não apenas dinheiro. Para melhorar e incrementar seu desempenho, as pessoas devem perceber justiça nas recompensas que recebem. Para Chiavenato (2004), isso significa recompensar bons resultados e não recompensar pessoas que não se desempenham bem. Para tanto é preciso tornar claros os objetivos e explicitar como são medidos e quais as decorrências do seu alcance. Antes de continuarmos nossas discussões sobre a satisfação das pessoas, voltemos a Ribeiro (2006) e sua lembrança de que esse profissional participa dos desafios mais relevantes da organização, contribuindo para o alcance dos objetivos organizacionais e dos objetivos individuais (expostos no quadro abaixo). OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS OBJETIVOS INDIVIDUAIS Competitividade Crescimento sustentado Imagem no mercado Lucratividade Novos clientes Novos mercados Participaçãono mercado Produtividade Qualidade de produtos e serviços Redução de custos Sobrevivência Consideração e respeito Estabilidade no emprego Liberdade para trabalhar Liderança liberal Melhores benefícios Melhores salários Oportunidade de crescimento Orgulho da organização Qualidade de vida no trabalho Satisfação no trabalho Segurança Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 22 A satisfação das pessoas no trabalho e sua autorrealização são dois outros pontos que merecem atenção por parte do administrador de RH nos tempos atuais. É fácil lembrar que antigamente a ênfase era colocada nas necessidades da organização, mas hoje, sabe-se que as pessoas precisam ser felizes e para que sejam produtivas, elas devem sentir que o trabalho é adequado às suas capacidades e que estão sendo tratadas equitativamente. O trabalho é considerado a maior fonte de identidade pessoal e as pessoas gastam a maior parte de suas vidas no trabalho, isso, evidentemente, requer uma estreita identidade com o trabalho que fazem e assim, pessoas satisfeitas não são necessariamente as mais produtivas, mas pessoas insatisfeitas tendem a desligar-se da empresa, se ausentar frequentemente e a produzir pior qualidade do que pessoas satisfeitas (CHIAVENATO, 2004). Para Lacombe (2005), os administradores de RH são os chefes, os gerentes de cada unidade da empresa e são responsáveis: Pelos resultados de sua área e os de seus subordinados; Por distribuir os trabalhos, planejar e controlar os resultados; Por motivar a avaliar os subordinados e lhes dar feedback sobre seu desempenho; Por decidir quem deve ser admitido, promovido e demitido; Pela orientação e educação dos novos empregados; Pelo treinamento de seus subordinados; Por zelar pela segurança no trabalho de todo o seu pessoal. Desenvolver e manter a qualidade de vida trabalho (QVT) se relaciona diretamente com aspectos tais como experiência do trabalho, estilo de gestão, liberdade e autonomia para tomar decisões, ambiente de trabalho agradável, segurança no emprego, horas adequadas de trabalho e tarefas significativas e agradáveis. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 23 Um programa de QVT estrutura o trabalho e o seu ambiente no sentido de satisfazer a maioria das necessidades individuais das pessoas e tornar a organização um local desejável e atraente, assunto este que será tratado em detalhes mais adiante. Concordando com Lacombe (2005, p. 124), não há dúvidas de que o administrador de RH deve ter grande habilidade para lidar com as pessoas, definindo um bom gerente de RH como “alguém que dirige as atividades de outras pessoas e assume a responsabilidade de atingir determinados objetivos por meio da soma de esforços”. Para o mesmo autor, é preciso três habilidades básicas para uma administração bem-sucedida: técnica, humana e conceitual. A habilidade técnica implica compreender e dominar um determinado tipo de atividade. Envolve conhecimento especializado, habilidade analítica dentro da especialidade e facilidade no uso das técnicas e do instrumental da disciplina específica. Essa habilidade é adquirida por meio de experiência, educação e treinamento profissional. A habilidade humana é a capacidade de trabalhar com eficácia como membro de um grupo e de conseguir esforços cooperativos nesse grupo na direção dos objetivos estabelecidos. É a habilidade que se refere às aptidões para trabalhar com pessoas e para obter resultados por meio dessas pessoas. Requer capacidade para criar uma atmosfera de segurança, para comunicar e encorajar a comunicação entre subordinados e para compreender as necessidades e motivações dos membros do grupo. Lacombe (2005) ressalta que essa habilidade também é conhecida e extensamente relatada por Daniel Goleman como inteligência emocional. A habilidade conceitual, ou visão sistêmica ou holística, significa habilidade para visualizar a organização como um conjunto integrado. Leva o profissional a perceber como as várias funções são interdependentes e como uma alteração em uma delas afeta todas as demais (LACOMBE, 2005, p. 125). Concordando com Lacombe, Chiavenato (2004) vai além e ressalta que aos profissionais de RH, cabem na atualidade, papéis múltiplos que decorrem das grandes mudanças e transformações impostas pela globalização. Eles Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 24 desempenham papéis operacionais, e ao mesmo tempo estratégicos. São polícia e parceiros simultaneamente. Comparativamente, o quadro abaixo mostra as mudanças ocorridas na área de RH. Os novos papéis da função de RH DE PARA Operacional e burocrático Estratégico Policiamento e controle Parceria e compromisso Curto prazo e imediatismo Longo prazo Administrativo Consultivo Foco na função Foco no negócio Foco interno e introvertido Foco externo e no cliente Reativo e solucionador de problemas Proativo e preventivo Foco na atividade e nos meios Foco nos resultados e nos fins Fonte: Chiavenato (2004, p. 46) Ao administrar os recursos humanos, o gerente busca como resultado a execução da estratégia tendo como característica principal ser um parceiro para alcançar os objetivos organizacionais. Dentre as atividades realizadas por ele, estão ajustar as estratégias de RH à estratégia empresarial, através do diagnóstico organizacional para detectar forças e fraquezas da organização. Ao participar da administração da infraestrutura da empresa, ele busca ajudar na construção de uma infraestrutura eficiente. A principal característica é que ele atua como especialista administrativo reduzindo custos e aumentando valor através de atividades da reengenharia dos processos da organização. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 25 Ao atuar junto aos funcionários, o gerente de RH busca um aumento do envolvimento e capacidade dos funcionários, defendendo o treinamento e incentivando as pessoas. Ele ouve e responde aos funcionários, provendo recursos aos funcionários para incentivar as contribuições. No tocante à administração para transformação e mudanças, o gerente ajuda a criar uma organização renovada, sendo sua principal contribuição, ser agente de mudança e inovação para melhorar a capacidade de mudar, o que acontece assegurando a capacidade para mudança e identificação e solução de problemas. 3.1 A nova função para o profissional de recursos humanos Dentre as áreas promissoras na atualidade, temos a consultoria interna que vem sendo utilizada pelas organizações como forma de integrar a área de recursos humanos aos negócios da empresa. Segundo Ribeiro (2006), a novidade fica por conta, não dessa mudança na área, mas pelo modo como o profissional deve se preparar para exercer seu trabalho, ou seja, investindo na própria carreira, buscando a atualização constante e adquirindo multifuncionalidade para atuar como consultor interno de recursos humanos. Na opinião de alguns especialistas da área de Gestão de RH, a carreira do consultor interno de Recursos Humanos requer automotivação constante,estudo, educação, treino e prática, flexibilidade para lidar com as pessoas, idoneidade e confiança para conquistar o cliente. Certamente, não é fácil mudar de repente toda a estrutura de um departamento. Portanto, a organização da nova função dos Recursos Humanos acaba por depender muito mais do estágio de desenvolvimento no qual se encontra a empresa e a própria área de Recursos Humanos. A competitividade trouxe vários desafios aos profissionais, como o fato destes serem praticamente obrigados a agregar valor ao negócio da organização, a descoberta de quais competências cada Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 26 indivíduo precisa desenvolver para se manter competitivo e o desafio da lucratividade por meio do crescimento (RIBEIRO, 2006). Assegurar um ambiente de trabalho seguro e adequado ao trabalhador é uma obrigação não só profissional, mas também humana. Cabe à área de Recursos Humanos zelar pelo bom ambiente de trabalho para evitar más consequências estratégicas e legais para a organização. O treinamento e o desenvolvimento, juntamente com a função de buscar e escolher os melhores profissionais para a empresa, encabeçam a área de Recursos Humanos que deve se preocupar em treinar os funcionários para o exercício de suas tarefas presentes e, também, realizar programas que visem ao desenvolvimento dos empregados, para um desempenho cada vez melhor no futuro. No que se refere ao perfil do profissional de Recursos Humanos, não podemos deixar de lado o fato de que dedicação integral, coragem de decidir, agilidade e visão ampla e moderna sobre gerenciamento são qualidades que fazem muita diferença, do ponto de vista das empresas que se decidem pela contratação de gerentes e diretores para a área de Recursos Humanos (RIBEIRO, 2006). Precisamos comentar, mesmo que rapidamente, sobre a revolução qualitativa que começou em meados da década de 1990. Até então exista uma certa tolerância no recrutamento de executivos que não cumpriam à risca alguns requisitos do perfil e isso mudou totalmente, bem como mudou aquele perfil de executivo revolucionário que chega e muda toda a equipe, e do executivo linha dura que utilizava a expressão “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Estes profissionais pertencem ao passado, mesmo porque, hoje o profissional de Recursos Humanos precisa estar atento para estes detalhes, que podem sugerir a intenção de dar um golpe, existindo uma prevenção contra fraudes no sistema de gerenciamento como arquivos serem apagados ou alterados. Para tanto, é realizado uma pesquisa minuciosa sobre os antecedentes do candidato ao cargo. Ainda relacionado com os antigos gerentes linha dura, as empresas da atualidade e segundo profissionais que ditam as tendências, que ajudam as organizações a desenvolver e obter o melhor potencial de seus talentos, atualmente, Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 27 não existe mais espaço para práticas consideradas agressivas à qualidade de vida das pessoas. Grande parte das empresas cobra resultados, mas não deixa de se preocupar com ser humano, criando condições para que as relações no trabalho possam ser melhores e, consequentemente, mais produtivas. Os conceitos que atualmente vigoram na cultura das empresas forçam o profissional de Recursos Humanos a ter ou desenvolver um perfil de extrema habilidade no trato com as pessoas, além de buscar habilidades não muito ligadas a seu trabalho de rotina, como noções de estratégia empresarial, a fim de se valer do maior número possível de ferramentas disponíveis, na lida diária com o ‘material’ frágil e precioso das organizações: o ser humano (RIBEIRO, 2006). 3.2 As tendências na ARH Chiavenato (2008) pontua algumas tendências atuais que têm sido percebidas na área de ARH, as quais mostram que o mundo dos negócios leva a área a configurar-se e reconfigurar-se continuamente para poder acompanhar essas mudanças. São elas: 1) Uma nova filosofia de ação – considerar a gerência de pessoas como uma responsabilidade da gerência de linha. Nessa abordagem, as pessoas são consideradas seres humanos e não simples recursos empresariais. Suas características e diferenças individuais são consideradas e respeitadas, pois elas são dotadas de personalidades singulares, de inteligência e de aptidões diferenciadas, de conhecimento e habilidades específicos. Nas organizações bem- sucedidas, já não se fala em administrar ou gerenciar pessoas, pois isso poderia significar que as pessoas são meros agentes passivos e dependentes das decisões vindas de cima. Fala-se em administrar com as pessoas, como se elas fossem parceiras do negócio e não elementos estranhos e separados da organização. Isso tem um novo significado. As pessoas em todos os níveis da organização são consideradas os parceiros que conduzem os negócios da empresa, Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 28 utilizam a informação disponível, aplicam seus conhecimentos e habilidades e tomam as decisões adequadas para garantir os resultados desejados. Esse passa a ser o grande diferencial, a vantagem competitiva obtida por meio das pessoas. Existe um consenso de que o principal cliente da empresa é seu próprio funcionário. Daí, o surgimento do endomarketing, o marketing interno, cujo objetivo é manter os funcionários informados sobre as filosofias, políticas e objetivos da empresa, integrá-Ios através de programas amplos e abrangentes, assisti-los em suas necessidades e aspirações e desenvolver esforços para que as pessoas se sintam orgulhosas de pertencer e colaborar com a organização por meio de dinâmicas de relações de intercâmbio. Daí também a administração holística, que visualiza cada pessoa dentro de um contexto organizacional humano e social e não mais como uma peça ou componente qualquer do sistema produtivo. Administrar com as pessoas é sinalizar uma nova mentalidade empresarial. 2.) Uma nítida e rápida tendência para o downsizing – é o gradativo e sistemático desmantelamento da área de ARH, sua redefinição e sua descentralização rumo às outras áreas da organização. A área de ARH está sendo reestruturada, reduzida e enxugada ao essencial ou básico. Ou seja, de seu core business específico. Com o enxugamento, os executivos e especialistas de RH estão mudando radicalmente suas atribuições. O enxugamento da estrutura organizacional da empresa, redução de níveis hierárquicos, descentralização das decisões, desburocratização, desregulamentação, desmembramento em unidades estratégicas de negócios, os programas de melhoria contínua e de qualidade total e outras tendências da administração moderna das empresas estão sendo acompanhados de perto por mudanças paralelas e equivalentes na gestão das pessoas. E nem poderia ser diferente. A busca de uma empresa ágil e flexível, criativa e inovadora, que privilegia a qualidade total e a participação e o comprometimento de todos os seus membros tem sido a meta perseguida pela ARH. Dessa forma, há forte tendência para reduzir e flexibilizar a área. Contudo, o downsizing é mais um ajutório para os problemas de hoje do que uma diretriz para a empresa de amanhã. Serve como corretivo dietético para ajustar as operações do passado à realidade de hoje, mas não constitui uma rota que norteie o futuro da área. Põe apenas a casa em ordem.Mas é o que as organizações estão fazendo. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 29 3) Transformação de uma área de serviços em uma área de consultoria interna – a estrutura departamental da ARH está cedendo lugar para unidades estratégicas voltadas para processos e focalizadas nos clientes e usuários internos. A antiga organização funcional e departamentalizada está dando lugar para a organização por processos. Em vez de órgãos ou departamentos, a ARH está coordenando processos ou subsistemas. A mudança da cultura focada na função está dando lugar para a cultura focada no processo. De um órgão prestador de serviços para uma consultoria interna voltada para resultados finais da organização. Além disso, a ARH está transferindo para terceiros parte de suas atribuições rotineiras e burocráticas em nível operacional, em um nítido processo de terceirização de atividades não essenciais na busca da transformação de custos fixos em custos variáveis. Ou seja, de focalização no essencial e desativação de recursos físicos dispensáveis para melhorar a relação de custos/benefícios. A terceirização é um esforço para utilizar intensivamente recursos externos, já que os processos terceirizados são executados por outras empresas mais bem preparadas para fazê-Ios melhor do que a própria empresa conseguiria fazê-los. Mas ela não significa melhoria do sistema de RH se não vier acompanhada de efetiva mudança de enfoque. 4) Gradativa transferência de decisões e ações da ARH para gerência de linha – é o deslocamento de atividades antes centradas na ARH para os gerentes das demais áreas das empresas. Seleção, treinamento e remuneração são as principais delas. Administrar pessoas é um componente estratégico, uma tarefa importante demais para ser centralizada e confiada a apenas um departamento da empresa. Os gerentes de linha tornam-se os gestores de pessoas e ganham plena autonomia nas decisões e ações a respeito de seus subordinados. Os gerentes tornam-se multiplicadores do processo de preparar e desenvolver as pessoas. O treinamento gerencial passa a ser intensivo e contínuo. Isso significa um compromisso de alta direção em confiar nas gerências e delegar parte das decisões e responsabilidade e forte necessidade de desenvolvimento gerencial para abrigar as novas habilidades não técnicas e conceituais e interpessoais na conduta gerencial cotidiana. Com isso, a ARH passa a preocupar-se com a produtividade do capital intelectual da empresa, com o desempenho gerencial e com as contribuições Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 30 das pessoas aos objetivos organizacionais. Isso é o essencial: a busca da eficácia e da excelência a partir das pessoas. 5) Uma intensa ligação com o negócio da empresa: a ARH está ligando- se ao planejamento estratégico da empresa e desenvolvendo meios pelos quais as pessoas possam caminhar pró-ativamente em direção aos objetivos organizacionais. Isto significa focalização nas áreas de resultado da empresa e impõe o comprometimento pessoal de cada funcionário com as metas da organização. Educação, comunicação e comprometimento passam a ser os fatores fundamentais nesse processo. A filosofia de RH é amplamente declarada e praticada por todos. O planejamento de RH é vinculado ao planejamento estratégico dos negócios para que os de RH apoiem e incentivem os negócios da empresa. Os objetivos de RH são focalizados em objetivos organizacionais, como lucratividade, crescimento, produtividade, qualidade, competitividade, mudança, inovação e flexibilidade. O impacto do processo de gerenciamento de RH nas pessoas é avaliado para proporcionar os constantes ajustes necessários em um mundo em constante mudança. 6) Ênfase em uma cultura participativa e democrática nas organizações: a participação das pessoas nos processos de tomada de decisão, a consulta contínua, as oportunidades de diálogo, as comunicações diretas, os programas de sugestão, a utilização de convenções e comemorações, a liberdade na escolha das tarefas e dos métodos para executá-Ias, os trabalhos em grupo e em equipe, as opções de horários de trabalho, os planos de sugestões, a disponibilidade de informações on-line estão consolidando a administração consultiva e participativa, por meio da qual as pessoas trabalham dentro de uma cultura democrática e impulsionadora. Há preocupação com o clima organizacional e com a satisfação das pessoas. A qualidade de vida passou a ser uma obsessão: ela significa bons salários, bons benefícios, cargos bem desenhados, clima organizacional sadio, estilo de liderança eficaz, motivação intensiva, retroação contínua, recompensas pelo bom desempenho como reforço psicológico, intensa comunicação e interação, educação continuada e tudo o mais. Um funcionário não pode ter qualidade de vida na empresa se não tiver todas essas coisas. É a qualidade de vida que lhe permite condições de proporcionar à empresa a qualidade de trabalho como retribuição. O Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 31 retorno vale todo o investimento efetuado: um empregado feliz trabalha melhor e produz muito mais do que um empregado insatisfeito e revoltado. Para amparar essa nova cultura, está surgindo uma nova estrutura enxuta com poucos níveis hierárquicos para aproximar a base organizacional no que concerne a ações disciplinares e punitivas. A área está perdendo seus antigos ares duros e sombrios de verdugo para ganhar nova postura arejada, amigável e de apoio e suporte às pessoas. 7) Utilização de mecanismos de motivação e de realização pessoal: os objetivos e as necessidades individuais das pessoas estão sendo realçados e valorizados e as empresas estão buscando meios para oferecer oportunidades de plena realização pessoal dos funcionários. As pessoas são realçadas como pessoas e não como recursos produtivos. Para tanto, o levantamento de necessidades de treinamento é efetuado entre funcionários e gerentes com base nas carências e necessidades dos negócios e dos funcionários. Estes se tornam conscientes da importância de seu autodesenvolvimento e, como reforço, são utilizadas práticas de gerenciamento por objetivos participativos, nas quais gerente e subordinado traçam em conjunto metas e objetivos a atingir, enquanto se utiliza a remuneração variável para abranger bônus e participação nos resultados alcançados. A remuneração variável constitui a recompensa material direta pelo sobre-esforço e tem sido feita sem custos adicionais, aproveitando a alavancagem obtida e beneficiando a ambos, empresa e empregado, nos ganhos obtidos pelo sistema. A administração participativa por objetivos utiliza também a avaliação do desempenho. Os sistemas de reconhecimento são abundantes e variados e fartamente utilizados e comemorados dentro das empresas. 8) Adequação das práticas e políticas de RH às diferenças individuais das pessoas: a antiga tendência à padronização das regras e dos procedimentos está cedendo lugar a práticas alternativas desenhadas de acordo com os desejos e as necessidades individuais dos funcionários. Em vez de esquemas genéricos e abrangentes, as empresas estão utilizando menus, opções e alternativas para a escolha das pessoas. A ARH está oferecendo pacotes e menus alternativos, na área de benefícios e serviços, ou treinamento, encarreiramento,entre outros. Em vez de Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 32 um plano único e fixo de assistência médica, os funcionários podem optar, entre duas ou mais alternativas, por aquela que melhor atenda as suas necessidades ou preferências pessoais. 9) Completa virada em direção ao cliente, seja ele interno ou externo: a ARH está voltando-se para o usuário. Os gerentes e funcionários estão sendo orientados para a satisfação dos clientes. O treinamento em qualidade e produtividade é intensivo, obrigatório e cíclico. A qualidade é reconhecida e premiada. Os círculos de qualidade, os grupos multitarefas, as equipes autônomas, as células de produção, os times e comitês são amplamente estimulados pelas empresas. O trabalho confinado e isolado cedeu lugar ao trabalho em equipe, como meio de interação social, e o desenho de cargos e tarefas utiliza intensamente a chamadas dimensões motivacionais. A satisfação do cliente cede lugar ao esforço impecável de encantar o cliente e ultrapassar suas expectativas. A busca da excelência é a norma. 10) Forte preocupação com a criação de valor dentro da empresa: ou criação de valor para o cliente ou, ainda, o aumento de valor para o contribuinte. Está havendo preocupação quanto ao alcance contínuo de ganhos incrementais por meio da contínua geração de riqueza. Isso pode ser chamado de emergente sistêmico ou efeito sinergístico ou, ainda, maximização do lucro. Mas o que interessa é que, com base nesse conceito, o presidente preocupa-se em tornar a empresa cada vez mais valiosa, cada gerente preocupa-se em fazer as pessoas cada vez mais capacitadas e cada pessoa preocupa-se em aumentar o valor dos produtos e serviços que executa para o cliente. O que se pretende é aumentar a riqueza dos acionistas, aumentar a satisfação dos clientes, elevar o valor do patrimônio humano. É essa cadeia de valores que proporciona aumento da riqueza patrimonial e intelectual da organização e a constante melhoria do negócio. A ARH tem muito a ver com a educação das pessoas e com sua conscientização no sentido de gerar continuamente valor dentro da organização. 11) Preocupação em preparar a empresa e as pessoas para o futuro: a ARH está abandonando seu comportamento passivo e reativo para adotar uma postura pró-ativa e voltada para o futuro no sentido de antecipar-se às demandas e Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 33 necessidades da organização. Está deixando de preservar o passado para começar a criar o futuro. A ARH está envolvida em preparar continuamente a empresa para a organização do futuro e preparar as pessoas para o futuro que certamente virá. Se é que já não chegou. Nas organizações mais avançadas, a ARH está adotando uma postura de inconformismo com o presente e um sentido de provisoriedade da situação atual, considerando que tudo pode e deve ser melhorado e desenvolvido ainda mais, não obstante o nível de excelência já conquistado. Está considerando que a qualidade de vida pode melhorar mais. Que a empresa pode alcançar resultados melhores ainda. Este é o novo impulso que a ARH tem trazido para as empresas. Um sopro de renovação e vitalidade. 12) Utilização intensiva do benchmarking como estratégia para a constante melhoria dos processos e serviços: o benchmarking reflete uma visão voltada para o ambiente externo e para o que nele existe de excelente. Na área de ARH, o benchmarking veio para valer, seja ele interno, externo ou internacional. A necessidade de comparar as operações e os processos de uma referência passou a ser uma atividade normal dentro da ARH. O benchmarking tem-se revelado um poderoso instrumento de aprendizagem gerencial e de ajustamento à medida que aponta os marcos de referência das empresas excelentes na área e mostra os caminhos para alcançá-los. Por trás disso, há forte competição entre empresas excelentes para oferecer as melhores práticas de gestão de RH, não apenas no sentido de conquistar e reter os melhores talentos, mas também para obter o máximo em termos de eficiência e de eficácia das pessoas para alcançar sucesso nos negócios. Todas essas macrotendências não ocorrem por acaso. Elas refletem, de um lado, a necessidade de competitividade das organizações em um mundo turbulento e cheio de desafios, e de outro, a necessidade de contar irrestritamente com o apoio e o suporte dos parceiros internos na consecução dos negócios e no alcance de resultados. Elas refletem a visão negociável de investimentos que certamente trarão retornos garantidos para a organização. Uma visão que considera a tremenda capacidade de desenvolvimento e de criação de valor que as pessoas podem aportar para a organização e a necessidade Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 34 de contar com todo esse aporte para o sucesso organizacional (CHIAVENATO, 2008, p. 188-193). Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 35 UNIDADE 4 - AS PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES 4.1 A importância dos recursos humanos Se pensarmos nas pessoas enquanto seres humanos que simplesmente gostam de ser tratados com justiça, diríamos que a gestão desse recurso em uma organização seria fácil. Por outro lado, se pensarmos nas inúmeras características que cada um possui, gerir pessoas se torna uma atividade difícil. Gerir pessoas é também um dos fatores mais importantes na organização, pois esta depende das pessoas, as quais permitem que a organização alcance com mais facilidade os seus objetivos. Segundo Chiavenato (2004), as pessoas constituem o mais valioso dos recursos da organização e nesse contexto, o dilema da administração de recursos humanos (ARH) ou da gestão de pessoas é exatamente: tratar as pessoas como pessoas (dotadas de características próprias de personalidade, motivações, valores pessoais, entre outros) ou como recursos (dotadas de habilidades, capacidades e conhecimentos, entre outros). Como as organizações são compostas de pessoas, o estudo das pessoas é fundamental para a ARH. Para Lacombe (2005), é preciso considerar que, embora as pessoas precisem ser administradas elas são seres humanos, que querem ser felizes e ter qualidade de vida, que tem outros vínculos além daqueles que mantêm com suas organizações e que seus objetivos nunca coincidem integralmente com os da organização, ainda que possam ter muitos pontos coincidentes. Enfim, as organizações vivem de pessoas e para pessoas, a partir disso é possível notar a importância destas dentro e fora de qualquer organização. Quando o conhecimento das pessoas e a sua inteligência são bem geridos, tornam-se o diferencial que alavanca bons resultados e prosperidade para ambas as partes. Deste modo, para trabalhar a força humana de modo que todos deem o máximo de si, é necessário ter pessoas motivadas e satisfeitas com aquilo que fazem, assim desenvolverão com melhor qualidade suas atividades e perseguirão Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 36 objetivoscom maior eficácia. Portanto, torna-se indispensável a qualquer empresa, independentemente do seu porte, empreender esforços para possibilitar que as pessoas sintam-se motivadas. Logo adiante falaremos sobre a motivação necessária para que as pessoas deem o melhor de si, sintam-se satisfeitas, o que, por conseguinte, leva a empresa a caminhar para resultados satisfatórios. Mas falar em pessoas dentro das organizações automaticamente nos leva a pensar em equipe. Nesse sentido, Lacombe (2005) nos lembra que todas as técnicas modernas de administração recomendam sempre admitir os melhores e num mundo altamente competitivo, é cada vez mais importante que se disponha de uma equipe à altura dos objetivos e planos da empresa, capaz de responder positivamente aos constantes desafios do ambiente externo. Uma equipe ótima não é formada de gênios, mas de pessoas competentes para o trabalho que devem executar, que são motivadas pelo que fazem que se identificam com a organização, que sabem e gostam de colaborar com os companheiros de trabalho, que não tendem a criar problemas e que têm potencial para o crescimento profissional. Não existe, de acordo com Lacombe (2005), uma equipe ideal para todas as situações. Cada empresa tem suas peculiaridades, seu ambiente externo de negócios, sua cultura, seus pontos fortes e fracos, suas ameaças e oportunidades, seus processos, seus produtos, sua competição e até seus vícios e cacoetes. Além disso, todas as pessoas têm qualidades e defeitos: são boas para algumas atividades, mas não para outras. É importante que as pessoas se encaixem muito bem nas posições disponíveis na empresa e tenham condições de contribuir para os resultados previstos nos planos estratégicos da organização. O objetivo é sempre ter a pessoa certa na posição certa e no momento certo. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 37 4.2 Os processos de gestão de RH Um processo é composto por um conjunto de atividades inter-relacionadas dentro da empresa com o objetivo maior de fornecer produtos ou serviços aos seus clientes. Conhecer os processos de uma organização é de suma importância no mundo atual, principalmente, considerando a necessidade de racionalização das atividades operacionais, a melhoria na qualidade e produtividade e o impacto dos processos na implantação e operação de sistemas informatizados. Adair e Murray (1996) citam que um processo consiste em um conjunto de tarefas executadas sequencialmente com a finalidade de gerar um resultado identificável, que pode ser um bem, um serviço, dados ou informações. O resultado do processo é sempre direcionado a um cliente, seja ele interno ou externo que é quem define e avalia esse resultado. No caso da gestão de recursos humanos ou modernamente falando, gestão de pessoas, na verdade, ela é um conjunto integrado de seis processos dinâmicos e interativos, ou seja, se interpenetram e se influenciam reciprocamente. 1º. Agregar pessoas – os processos de agregar pessoas são utilizados para incluir novas pessoas na empresa. Também são denominados de processos de provisão ou suprimento de pessoas. Incluem o recrutamento e a seleção; 2º. Aplicar pessoas – estes processos desenham as atividades que as pessoas irão realizar na empresa, orientam e acompanham o seu desempenho. Estão incluídos aí o desenho organizacional e de cargos, análise e descrição dos cargos, orientação das pessoas e avaliação do desempenho; 3º. Recompensar pessoas – são os processos utilizados para incentivar as pessoas e satisfazer suas necessidades individuais mais elevadas. Incluem as recompensas, remuneração e benefícios e sérvios sociais; 4º. Desenvolver pessoas – os processos de desenvolver pessoas são utilizados para capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal das pessoas. Estão incluídos aí, seu treinamento e desenvolvimento, a gestão do Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 38 conhecimento e de competências, programas de mudanças e desenvolvimento de carreiras e programas de comunicações e consonância; 5º. Manter pessoas – os processos de manter pessoas são utilizados para criar condições ambientais e psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas. Incluem a administração da cultura organizacional, clima, disciplina, higiene, segurança e qualidade de vida e manutenção de relações sindicais; 6º. Monitorar pessoas – é o acompanhamento e controle das atividades das pessoas e a verificação dos resultados, incluindo banco de dados e sistema de informações gerenciais (CHIAVENATO, 2004). Tais processos tendem a favorecer ou prejudicar os demais, quando bem ou mal utilizados, necessitando equilíbrio entre eles. 4.3 A motivação e a condução para os resultados Segundo Tamayo e Paschoal (2007, p. 35), o estudo da motivação no trabalho recebe interesse considerável na literatura internacional devido, provavelmente, à sua estreita relação com a produtividade individual e organizacional. O problema da motivação situa-se no contexto da interação dos interesses da organização com os interesses do empregado. Do ponto de vista da organização, existem demandas explícitas e bastante precisas relacionadas ao desempenho do empregado e às normas de comportamento na empresa. Já em relação ao desempenho, a empresa exige que seus membros executem tarefas bem delimitadas, em períodos determinados de trabalho e com padrões de quantidade e qualidade previamente estabelecidos (TAMAYO E PASCHOAL, 2007, p. 35). De acordo com os mesmo autores citados acima, já em relação às demandas do empregado no ambiente organizacional, estas referem-se, fundamentalmente, a ser tratado e respeitado como ser humano e a encontrar na organização oportunidade para satisfazer as suas necessidades e atingir os seus objetivos e expectativas por meio da própria atividade do trabalho. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 39 Assim, de acordo com as teorias das relações humanas expostas anteriormente, pode-se constatar que empregados insatisfeitos não apresentam disposição para dedicar esforço, conhecimentos e habilidades pessoais no seu trabalho, portanto, é fundamental que a organização valorize, eficientemente, os seus empregados, se quiser manter um lugar de destaque no mercado altamente competitivo de hoje (TAMAYO E PASCHOAL, 2007, p. 36). Segundo Motta (1991, apud SERAFIM FILHO, 1999, p. 5), os indivíduos possuem objetivos que desejam alcançar e agem intencionalmente de acordo com suas percepções da realidade. A motivação se desenvolve somente depois de se ter um objetivo a concretizar. O objetivo é que dá impulso, ou seja, mobiliza as energias de um indivíduo e gera a intenção de se concretizar algo. Nessa perspectiva, a motivação se liga à ação. A intencionalidade do indivíduo é sempre associada à sua expectativa de realização. Outra visão que parece adequada ao mesmo autor para o estudo da motivação no trabalho do conhecimento é a que define no seu entendimento, o contrato psicológico, o qual não se trata de um contrato convencional, já que a sua maior parte não pode ser escrita e nem falada. Esse contrato vai além das recompensas materiais e benefícios especificamente estipulados e concordados, sendo os fatores psicológicos, tais como a satisfação no trabalho e as expectativas
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