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Modelo Petição Vínculo Intermitente

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EXMO. SR. DR. JUIZ DO TRABALHO DA ____ VARA DO TRABALHO DE _______
RECLAMANTE, por meio de seu advogado e procurador que esta subscreve, vem à presença de V. Excelência com fulcro no art. 852-A e seguintes da CLT, propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA contra RECLAMADA, pelos motivos de fato e de direito que seguem expostos.
DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA
O reclamante percebia a remuneração inferior a 40% do teto da previdência e declara nos autos não possuir condições de pagar as custas processuais sem prejuízo do próprio sustento.
Preenchidos, portanto, os requisitos do art. 790, §3º da CLT para concessão da gratuidade judiciária, sendo o que se requer.
DO CONTRATO DE TRABALHO
O reclamante foi admitido em 25/01/2018 para laborar na função de garçom com jornada de sexta à domingo das 18hs às 22hs sem intervalo para descanso e refeição. Percebia a quantia de R$ 50,00 por dia de trabalho, nada a mais.
Laborou nestas condições sem registro em CTPS até o dia 18/03/2019, sendo que, ficou alguns períodos em inatividade diante da baixa demanda da reclamada cujo ramo é de Restaurante. Entre 01a 20/10/2018 e 01/02 a 20/02/2019 permaneceu em casa à disposição do empregador.
Foi dispensado imotivadamente. 
Após infrutíferas tentativas de resolver amigavelmente com a reclamada, a percepção das verbas de estilo, o reclamante não vê alternativa a não ser bater às portas do judiciário para ver seus créditos garantidos.
DO VÍNCULO INTERMITENTE
Infere-se do narrado que o reclamante laborava de forma intermitente, figura esta trazida pela lei 13.467/17 inserindo o §3º do art. 443 da CLT que assim dispõe:
“art. 443
[...]
§3º Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para aeronautas, regidos por legislação própria”.
Tendo em vista que a ordem social tem como base o primado do trabalho, bem como o trabalho ser um direito social (art. 6º c/c 193, CF) cabe ao Estado regular todas as formas de prestação de serviços, como a relação de emprego, autônoma, avulsa, temporária e agora a intermitente.
Anteriormente a reforma, a doutrina e a jurisprudência previa que a relação de emprego se configurava quando o empregado prestava serviços por mais de dois dias durante a semana, a exemplo das domésticas (art. 1º da Lei Complementar 150/15).
Entretanto, os famosos “bicos” em que o empregado laborava dois dias ou menos por semana, horas por dias de forma intercalada, sem a presença da habitualidade e presente os demais requisitos do vínculo, não havia proteção da CLT e garantia dos demais direitos, enquadrando-se em outras formas de relação de trabalho, muito embora havia feição de empregado na sua relação com o tomador de serviços.
No caso em tela, o reclamante laborava como garçom, com jornada pré-fixada pelo empregador de sexta à domingo das 18hs às 22hs, recebendo ordens para o atendimento aos clientes e mediante remuneração diária de R$ 50,00, não podendo se fazer substituir por outro empregado.
Permaneceu nestas condições sem registro em CTPS entre 25/01/2018 a 20/02/2019, contudo, presentes todos os demais requisitos da relação de emprego do art. 3º da CLT, a saber a onerosidade, subordinação e pessoalidade.
Assim sendo, requer o reconhecimento do vínculo intermitente nos termos do §3º do art. 443 da CLT c/c o art. 3º da CLT, com a condenação da reclamada à anotação do período de 25/01/2018 a 20/02/2019 na CTPS do obreiro, na função de Garçom.
DAS VERBAS RESCISÓRIAS
Com o surgimento do contrato intermitente, muitas dúvidas surgiram com relação ao pagamento das verbas rescisórias pelo tempo proporcional de prestação de serviço, daí surgiu a edição da MP 808/17 que permaneceu vigente entre 13/11/2017 a 23/04/2018.
O art. 452-E da CLT, alterada com a MP 808/17, previa que as verbas seriam pagas pela metade, o aviso prévio indenizado e multa de 40% sobre o FGTS. Quanto as demais verbas o pagamento seria proporcional na forma do cálculo do art. 452-F do texto consolidado em que seria apurada a média da remuneração recebida durante os últimos 12 meses ou pela vigência do contrato intermitente se o período fosse inferior.
Destarte, a regra insculpida na MP 808/17 não está mais em vigor, trazendo a lacuna da lei quanto a forma de pagamento das verbas rescisórias, sendo necessário aplicação da regra prevista na Medida Provisória supracitada com base no art. 8º caput da CLT.
Com efeito, são devidos ao reclamante o aviso prévio proporcional pela metade, férias integrais acrescidas de 1/3 do período de 25/01/2018 a 25/01/2019, férias proporcionais acrescidas de 1/3, 13º salário de 2018 e proporcional de 2019 e multa de 20% sobre o saldo do FGTS.
DO FUNDO DE GARANTIA 
É dever do empregador o recolhimento do FGTS no importe de 8% sobre a remuneração percebida pelo empregado apurado mês a mês.
Uma vez que o contrato de trabalho em tela era precário, não havia o recolhimento fundiário, assim requer a condenação da reclamada no pagamento do FGTS devido pela remuneração recebida durante o pacto laboral do reclamante.
Requer ainda a expedição de saque para movimentação do saldo nos termos do art. 20, I-A da lei 8.036/90.
DAS MULTAS DOS ARTIGOS 467 E 477 DA CLT
Verbas rescisórias são verbas incontroversas e devem ser pagas em audiência conforme o art. 467 da CLT, sendo que em caso de inadimplência, requer seja aplicada multa de 50% sobre o valor das verbas em comento.
Outrossim, uma vez que as verbas não foram pagas no prazo legal, requer aplicação da multa do art. 477 da CLT.
DOS PEDIDOS
Ante todo o exposto acima requer:
1) A concessão dos benefícios da gratuidade judiciária nos termos do art. 790, §3º da CLT;
2) A citação da reclamada para que, querendo, apresente defesa no momento oportuno sob pena de incorrer em revelia e seus efeitos jurídicos;
3) O reconhecimento do vínculo laboral intermitente termos do §3º do art. 443 da CLT c/c o art. 3º da CLT, com a condenação da reclamada à anotação do período de 25/01/2018 a 20/02/2019 na CTPS do obreiro, na função de Garçom;
4) O pagamento do aviso prévio proporcional pela metade, férias integrais acrescidas de 1/3 do período de 25/01/2018 a 25/01/2019, férias proporcionais acrescidas de 1/3, 13º salário de 2018 e proporcional de 2019 e multa de 20% sobre o saldo do FGTS;
5) A condenação da reclamada no pagamento do FGTS devido pela remuneração recebida durante o pacto laboral do reclamante;
6) Condenação na multa do art. 467 e 477 da CLT;
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, em especial, provas documentais e testemunhais, sem prejuízo de outras que se fizerem necessárias para instrução processual.
Em caso de eventual condenação requer sejam os valores pagos ao mesmo título, abatidos, desde que comprovados nos autos, a fim de evitar o enriquecimento ilícito do reclamante.
Dá-se a causa o valor de R$ (não foi liquidada a inicial por isso não há valor da causa)
Termos em que
Pede deferimento
Local e Data
Advogado e OAB

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