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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULA 7 – Capítulo 4 – Carga Axial Membros Estaticamente Indeterminados 11 MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS ∑∑∑ === 0;0;0 .. MFF VertHoriz Vamos tentar resolver essa estrutura utilizando as equações de equilíbrio: 2 O D.C.L. ao lado mostra as reações nos apoios A (FA) e B (FB), e os respectivos esforços internos. MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS Como não temos cargas horizontais e como as cargas e reações são axiais, a primeira e a terceira equações são automaticamente satisfeitas. ∑∑∑ === 0;0;0 .. MFF VertHoriz Aplicando o equilíbrio das forças verticais, chegamos a: 3 Ou seja, temos somente uma equação de equilíbrio disponível e duas incógnitas FA e FB. Matematicamente, esse é um sistema indeterminado. PFF PFFF BA BAVert =+∴ =−+⇒=↑+ ∑ 00. Aplicando o equilíbrio das forças verticais, chegamos a: MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS ∑ = 0.VertF Estruturas estaticamente indeterminadas (hiperestáticas), são assim conhecidas, pelo fato das equações de equilíbrio não serem suficientes para resolvê-las. A grande maioria das estruturas reais é hiperestática..... 4 A grande maioria das estruturas reais é hiperestática..... Como resolver um sistema com mais incógnitas do que equações disponíveis ? MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS ∑ = 0.VertF Como resolver um sistema com mais incógnitas do que equações disponíveis ? RESPOSTA : adicionando mais equações !!!! 5 - Porém, não existem outras equações de equilíbrio ..... - Então, vamos incluir outro tipo de equação .... - Uma equação que caracterize como a estrutura se desloca. Por exemplo, sabemos que o deslocamento relativo entre os pontos A e B é zero, uA/B=0 - Esse tipo de equação recebe o nome de “equação de compatibilidade de deslocamentos” MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS SOLUÇÃO o Equilíbride Equação ∑ 6 0)( )(0 ntos Deslocamede idadeCompatibil de Equação 0 // . ==⇒= =+⇒=↑+ ∫ ∑ dx xEA xN uu PFFF B A BABA BAVert MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS SOLUÇÃO 0)( )( ntos Deslocamede idadeCompatibil de Equação / =+== ∫∫∫ C B BCBC BC C A ACAC AC B A BA dxAE Ndx AE Ndx xEA xN u 7 0 0 / / =+= =+= ∫∫ BC BCBC BC AC ACAC AC BA C BBCBC BC C AACAC AC BA B BCBCA ACACA L AE NL AE N u dx AE Ndx AE N u MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS SOLUÇÃO 0 ntos Deslocamede idadeCompatibil de Equação / =+= BC BCBC BC AC ACAC AC BA LAE NL AE N u 8 BCBCACAC AEAE Observando que NAC=FA e NBC=-FB EAC=EBC=E (mesmo material) AAC=ABC=A (mesma seção transversal) Temos: MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS SOLUÇÃO 0 ntos Deslocamede idadeCompatibil de Equação / =+= BC BCBC BC AC ACAC AC BA LAE NL AE N u 9 BCBCACAC AEAE AC BC BA BC B AC A BC B AC A L LFF L EA FL EA FL EA FL EA F = =∴=− 0 ntos Deslocamede idadeCompatibil de Equação MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS SOLUÇÃO ntos Deslocamede idadeCompatibil de Equação PFF BA =+ o Equilíbride Equação 10 AC BC BA L LFF = ntos Deslocamede idadeCompatibil de Equação Agora temos duas equações disponíveis e duas incógnitas FA e FB. Matematicamente, esse é um sistema determinado. MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS SOLUÇÃO BCACBC BB AC BC B LL P L L PFPF L LF + = + =∴=+ 1 : temos,equilíbrio de equaçãona idadecompatibil de equaçãoa se-doSubstituín 11 ACAC BCAC B AC BCAC AC BCAC L L PL LL PF L LL L LL = + = ++1 BC AC A ACABA L L P L LLPF L L PPFPFF = − = −=∴=+ )( : temos,equilíbrio de equaçãona resultado esse se-doSubstituín RIGIDEZ E FLEXIBILIDADE Definição de Rigidez e flexibilidade – Equivalência entre elemento com carregamento axial e mola l l ∆⋅ = EA F l EA k eq = 12 RIGIDEZ E FLEXIBILIDADE RIGIDEZ l l ∆⋅ = EA F l∆⋅= eqkF l EA k eq = RIGIDEZ Observando a equação acima, podemos notar que para um deslocamento ∆l =1, a rigidez keq , corresponde à força necessária para produzir um deslocamento unitário. Dessa forma quanto maior for keq, maior será a força necessária para produzir um deslocamento unitário, ou seja mais rígido será a estrutura. 13 RIGIDEZ E FLEXIBILIDADE l l ∆⋅ = EA F Feq ⋅=∆ flFEA ⋅ =∆ ll Feq ⋅=∆ fl EAeq l =f FLEXIBILIDADE Observando a equação acima, podemos notar que para uma força F=1, a flexibilidade feq , corresponde ao deslocamento causado por uma força unitária. Dessa forma, quanto maior for feq, maior será a deslocamento causado pela força unitária e portanto mais flexível é a estrutura. EA 14 RIGIDEZ E FLEXIBILIDADE l∆⋅= eqkF l EA k eq = RIGIDEZ Feq ⋅=∆ fl EAeq l =f FLEXIBILIDADE eq eq 1 k f = 15 MÉTODOS PARA SOLUÇÃO DE ESTRUTURAS ESTATICAMENTE INDETERMINADAS Para a solução de estruturas estaticamente indeterminadas, o conceito explicado acima pode ser formulado através de dois métodos: 16 •Método das Forças (Método da Flexibilidade) Incógnitas � FORÇAS •Método dos Deslocamentos (Método da Rigidez) Incógnitas � DESLOCAMENTOS MÉTODO DAS FORÇAS A idéia principal do método das forças, é transformar a estrutura estaticamente indeterminada em uma estrutura estaticamente determinada, pela remoção de restrições; 1. A essa estrutura estaticamente determinada, são aplicadas, numa primeira etapa, as ações externas (forças, variação de temperatura, etc..), e deslocamentos são calculados (p.e. na extremidade onde a 17 etc..), e deslocamentos são calculados (p.e. na extremidade onde a restrição foi removida); 2. Numa segunda etapa, a reação (incógnita) associada à restrição removida, é aplicada na estrutura estaticamente determinada e novamente os deslocamentos são calculados; 3. Finalmente os deslocamentos das duas etapas anteriores deverão ser compatíveis com os deslocamentos da estrutura original estaticamente indeterminada. MÉTODO DAS FORÇAS P BAu / AF BAu /+ = 0 Equação de compatibilidade de deslocamentos 3 = 18 FA 1 2 Estrutura Estaticamente Indeterminada MÉTODO DAS FORÇAS ETAPA 1 - Determinação do deslocamento da extremidade causado pela ações externas x D i a g r a m a d e E s f o r ç o s N o r m a i s NN Cálculo do deslocamento relativo entre os pontos A e B (extremidade livre e apoio) 19 N ( x ) - P D i a g r a m a d e E s f o r ç o s N o r m a i s BC BC AC ACP L EA NL EA N u BA += / Como NAC=0 e NBC=-P, temos BC P L EA P u BA −= / FA MÉTODO DAS FORÇAS ETAPA 2 - Determinação do deslocamento da extremidade causado pela reação removida x + F A D i a g r a m a d e E s f o r ç o s N o r m a i s NN Cálculo do deslocamento relativo entre os pontos A e B (extremidade livre e apoio) 20 N ( x ) + F D i a g r a m a d e E s f o r ç o s N o r m a i s BC BC AC ACF L EA NL EA N u A BA += / Como NAC=+FA e NBC=+FA,temos EA LF u LL EA FL EA FL EA F u AF BCAC A BC A AC AF A BA A BA = +=+= / / )( MÉTODO DAS FORÇAS ETAPA 3 – Aplicar a equação que compatibiliza os deslocamentos das etapas anteriores (1 e 2) com o deslocamento da estrutura estaticamente indeterminada. 0 / = BA u Os deslocamentos da estrutura estaticamente determinada foram calculados nas etapas 1 e 2. Observamos da figura ao lado que o deslocamento relativo entre os pontos A e B é zero, já que eles representam apoios fixos: 21 determinada foram calculados nas etapas 1 e 2. Como a reação FA é a incógnita do problema, ela será determinada pela imposição da equação de compatibilidade: L PLF EA LF EA PL uuu BC A ABC FP A BABABA =⇒=+ − =+= 0 0 /// L PLFPFF ACBBA =⇒=+ Por equilíbrio determinamos a reação FB: MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS A idéia principal do método dos deslocamentos é aplicar um deslocamento (incógnita) em um ponto da estrutura estaticamente indeterminada, e determinar os esforços internos em função desse deslocamento. Depois, impondo-se o equilíbrio, o deslocamento é determinado e portanto os esforços internos e conseqüentemente as reações de apoio. 22 reações de apoio. MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS Vamos arbitrar que o deslocamento relativo entre os pontos A e C uA/C é “δ”. Assim sendo, o deslocamento relativo entre C e B uC/B é “-δ”, podemos então escrever: δδ ⋅=∴== AC ACAC AC L EANL EA N u CA / 23 ACLEA e δδ ⋅−=∴−== CB CBCB CB L EANL EA N u BC / δ MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS δ Observamos da figura ao lado que, NAC=FA e NCB=-FB , e que por equilíbrio temos: PFF BA =+ Substituíndo-se as equações anteriores (em função do deslocamento) na expressão acima, chegamos a: 24 )( ).( CBAC CBAC CBAC LLEA LLP P L EA L EA + = =⋅+⋅ δ δδ acima, chegamos a: MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS δ Com o deslocamento determinado, as reações do problema são: L LP LLEA LLP L EA L EAN BC BCAC BCAC ACAC AC =+ ⋅ =⋅= )( )( .δ 25 L LP LLEA LLP L EA L EAN AC BCAC BCAC BCBC BC −=+ ⋅ −=⋅−= )( )( .δ Como NAC=FA e NCB=-FB , temos: L LPF BCA = L LPF ACB = EXEMPLOS DE MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS 26 EXEMPLOS DE MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS 27 Três incógnitas (FA,FC e FE) e duas equações: ∑∑ == 0;0. MFVert Problema estaticamente indeterminado. EXEMPLOS DE MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS 28 EXEMPLOS DE MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS 29∑ = 0.VertF Problema estaticamente indeterminado. Duas incógnitas (Fb e Ft) e uma equação de equilíbrio: tb FF = EXEMPLOS DE MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS 30 EXEMPLOS DE MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS ©2004 by Pearson Education 31 EXEMPLOS DE MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS 32 EXEMPLOS DE MEMBROS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS ∑ = 0.VertF Problema estaticamente indeterminado. Duas incógnitas (FAÇO e FCONCRETO) e uma equação de equilíbrio: 33 Problema estaticamente indeterminado. kNFF ConcretoAço 800=+ TENSÕES TÉRMICAS Tensão térmica: A tensão térmica ocorre em componentes ou sistemas nos quais peças com diferentes coeficientes de dilatação térmica são usadas, em casos em que a deformação térmica de uma peça esteja bloqueada ou em casos de aquecimento não-uniforme. 34 LTT ⋅∆⋅=αδ O deslocamento devido a uma variação de temperatura constante é dado para um material isotrópico e linear, pela fórmula: δT TENSÕES TÉRMICAS LTT ⋅∆⋅=αδ δT 35 TENSÕES TÉRMICAS Se a mudança da temperatura varia em todo o comprimento, isto é: ∆T= ∆T(x) 36 Então o deslocamento é dado por: JUNTAS DE DILATAÇÃO � A junta de dilatação é uma separação física entre duas partes de uma estrutura, para que estas possam se movimentar sem transmitir esforços entre si. 37 JUNTAS DE DILATAÇÃO � Caso este espaçamento tenha presença de algum material rígido ou que tenha perdido suas propriedades de elasticidade, o mesmo produzirá tensões indesejáveis na estrutura, e assim impedir ou restringir o movimento decorrente da dilatação térmica previsto para a mesma, movimento decorrente da dilatação térmica previsto para a mesma, originando tensões superiores aquelas a serem absorvidas, logo poderá ocasionar fissuras nas lajes adjacente à junta, ocasionando a possibilidade de se propagar às vigas e pilares próximos. 38 JUNTAS DE DILATAÇÃO A largura da junta depende do deslocamento previsto, geralmente está entre 2 e 3 cm, podendo ter larguras maiores. Algumas de suas aplicações mais comuns são em; lajes, viadutos, pontes, calçadas, quadras poliesportivas, e etc. 39 TENSÕES TÉRMICAS Coeficientes lineares de dilatação térmica 40 40 EXEMPLO Calcular o deslocamento do ponto A em relação ao ponto B causado por uma variação de temperatura ∆T, para os casos (a) e (b). A A (a) B (b) B 41 EXEMPLO Caso (a) A ∫ ⋅= L 0 B/A dx)x(u ε )x()x()x( térmicamecânica εεε += T)x(; )x(A)x(E )x(N )x( térmicamecânica ∆⋅== αεε (a) A B )x(A)x(E Como N(x)=0, pois não existem cargas aplicadas, a parcela mecânica da deformação é nula. T)x()x( térmica ∆⋅== αεε LTdxTdxTdx)x(u L 0 L 0 L 0 B/A ⋅∆⋅=∆⋅=⋅∆⋅=⋅= ∫∫∫ αααε 42 EXEMPLO Caso (b) ∫ ⋅= L 0 B/A dx)x(u ε )x()x()x( térmicamecânica εεε += T)x(; )x(A)x(E )x(N )x( térmicamecânica ∆⋅== αεε A RA )x(A)x(E Como a barra está presa nos pontos A e B, reações aparecem nesses apoios, que por equilíbrio deverão ser iguais, sendo elas as responsáveis pela deformação mecânica. RA=RB=R T EA N )x()x()x( térmicamecânica ∆⋅+=+= αεεε LT EA LR dxT EA N dx)x(u L 0 L 0 B/A ⋅∆⋅+ ⋅− =⋅ ∆⋅+=⋅= ∫∫ ααε (b) B RB TAER0LT EA LR u B/A ∆⋅⋅=∴=⋅∆⋅+ ⋅− = αα 43
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