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Aula 4 FERRO E EXPOSIÇÕES

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A ARQUITETURA DO FERRO
UMA NOVA ESTÉTICA PARA UM NOVO MUNDO
ARQUITETURA DO FERRO
A segunda fase da Revolução Industrial, iniciada em torno de 1830, marcou a consolidação do neogótico e o sucesso posterior do ecletismo completou o panorama estético da arquitetura daquele século.
A Arquitetura do Ferro se intromete e coexiste com os mesmos vícios em todos os estilos em voga, tornando-os mais complicados. 
EXPANSÃO DA ECONOMIA INDUSTRIAL E CAPITALISTA
Tornou-se necessária a implantação de uma nova infraestrutura (e de materiais) para a produção e transporte, tais como:
fábricas; 
armazéns;
estufas; 
silos;
estações para as estradas de ferro; 
alfândegas;
mercados; 
pontes;
pavilhões temporários para exposições.
O ENGENHEIRO
Estava melhor preparado cientificamente, sobretudo na:
 – aplicação de saberes científicos ligados a física, mecânica, geometria, matemática;
 – utilização de novos equipamentos e novos meios construtivos; 
– aproveitamento de novos materiais mais baratos como o tijolo cozido, o ferro e o vidro, o aço, o cimento e o concreto.
ESTÉTICA X TÉCNICA
Não se pode ignorar a estética na arquitetura mas na arquitetura do ferro outros aspectos, como a técnica, devem ser contemplados, muitas vezes com maior ênfase. 
A desvinculação do edifício em relação ao sítio era uma ideia tão revolucionária que os críticos da arquitetura europeus, na época, não consideravam como exemplares de arquitetura os edifícios desmontáveis em ferro porque podiam ser transferidos de lugar.
O FERRO
O ferro começou a ser utilizado na construção a partir do século XVII, no entanto, a dificuldade de o produzir em larga escala limitou seu potencial por muito tempo. 
A grande mudança ocorreu em 1709 nos fornos de Abraham Darby, quando o forjador conseguiu, com sucesso, substituir o carvão vegetal por carvão mineral, o que possibilitou a criação de grandes estruturas de ferro fundido com o uso de formas.
1750: a produção de ferro torna-se mais barata.
Final do séc. XVIII: maquina a vapor passa a ser empregada na produção de ferro fundido ou forjado.
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O FERRO
	De todas as características do novo material, duas contribuíram para a sua aceitação:
A primeira, que logo se revelou uma ilusão, foi a maior resistência à combustão, principalmente quando comparada às estruturas de cobertura convencionais em madeira. 
A segunda foi a possibilidade de vencer grandes vãos, graças à produção de aço e ao crescente conhecimento de suas características de resistência. 
EXPOSIÇÕES UNIVERSAIS
O CONTEXTO HISTÓRICO
O período entre o fim do século XVIII e o começo do século XX, alguns países europeus (Inglaterra, França e Alemanha), e os EUA, lideraram grandes mudanças na relação entre ciência e sociedade, caracterizadas por uma forte valorização do sistema de ensino, com o intuito de profissionalizar e especializar os cientistas. 
As máquinas inventadas na Primeira etapa da Revolução Industrial junto das inovações tecnológicas, marcam o início da Segunda etapa da Revolução Industrial caracterizada por avanços na metalurgia, criação da siderurgia, consolidação do uso de eletricidade e o uso do petróleo. Transformando as técnicas de produção e criação de novos produtos e materiais.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E CIENTÍFICA
Muitas empresas, e os próprios governos, começaram a financiar as pesquisas científicas para se tornarem mais fortes, tentando ganhar a dianteira na crescente competição internacional. 
O constante progresso tecnológico e o crescimento das empresas proporcionam uma nova imagem de poder, riqueza, luxo e modernidade. 
Para mostrar toda essa reorganização social e econômica foram criadas as Exposições Universais, que foram verdadeiras vitrines do mundo moderno e do ascendente ideal burguês.
CARACTERÍSTICAS
O desenho industrial é resultado da cultura moderna; 
Os produtos da cultura moderna passam a representar a junção de vários fatores: racionalidade da produção, funcionalidade do projeto e utilidade dos produtos;
As Grandes Feiras Internacionais são organizadas para mostrar a produção industrial;
As feiras convertem-se em grandes vitrines do poderio econômico das nações industrializadas.
OBJETIVOS
O objetivo dessas exposições era mostrar a força e a consolidação do sistema fabril ao grande público e às outras nações. Os avanços técnico-científicos, que antes só se viam nos ambientes das fábricas, puderam ser vistos pelo grande público. Faziam-se exaltações à razão humana e tinham como propósito dominar a natureza, provando assim a superioridade do ser humano, principalmente o europeu.
EXPOSIÇÕES UNIVERSAIS
As Feiras procuravam mostrar tudo o que diz respeito à atividade humana, mas as máquinas e os novos inventos eram a atração principal. 
Nessa época (meados do século XIX), o ensino passou a ser institucionalizado e vulgarizado (no sentido de ampliação do acesso) para que os filhos da pequena burguesia (comerciantes, profissionais liberais) pudessem progredir e ter profissões que antes eram ofícios passados de um mestre para um aprendiz. A profissão de engenheiro na Inglaterra, por exemplo, só foi legalmente criada em 1898.
AS PRIMEIRAS EXPOSIÇÕES UNIVERSAIS
A PRIMEIRA GRANDE EXPOSIÇÃO UNIVERSAL ocorreu em Londres em 1851. Teve como símbolo o Crystal Palace, com 563m de comprimento, 124 de largura e 33 de altura, cujo projeto era de um antigo jardineiro, Joseph Paxton. A construção era de ferro e vidro, onde a transparência foi valorizada, podia ser desmontado e aplicado a outros fins, da maneira mais econômica e racional possível. 
Além de inventos, houve obras de artes e projetos como o do Canal de Suez que à época não chamou muito a atenção. Novos modelos de locomotivas e prensas hidráulicas foram apresentados, além de uma máquina de fabricar envelopes. A Inglaterra se julgava destinada a cumprir sua missão de líder mundial; por ser a primeira a fazer a Revolução Industrial tinha também que ser a primeira a ter uma exposição universal.
IMPORTANTE!
Através de um concurso onde participaram 245 competidores, o projeto de Horeau foi escolhido para abrigar a exposição. Este projeto consistiu num armazém construído em ferro e vidro. Contudo, todos os projetos, até mesmo o vencedor, foram considerados inviáveis por se tratarem de construções que utilizariam grandes elementos não recuperáveis depois de sua demolição.
A partir desta decisão, Joseph Paxton, um construtor de estufas, juntamente com o Comitê de Construção e alguns empreiteiros, sugeriu um projeto todo em ferro, madeira e vidro que pudesse ser reaproveitado.
Benevolo explica que o sucesso da construção do Palácio de Cristal em Londres, ocorreu principalmente em função da formação de seu projetista que não era arquiteto e sim experiente construtor de estufas e perito em jardins.
PALÁCIO DE CRISTAL (1851)
PALÁCIO DE CRISTAL (1851)
Em menos de 5 meses os engenheiros Fox e Hederson construíram o Palácio de Cristal.
Essa construção marca a época por sua estruturação clara e racional e é considerado o primeiro exemplo de pré-fabricação.
Em 1936, ele foi destruído em um incêndio.
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EXPOSIÇÃO DE PARIS (1889)
Quarta Exposição Universal francesa, na qual foram construídos a Galeria das Máquinas, de Charles Dutert (1845-1906), com uma abóbada de 45 m de altura por 115 m de vão, e a Torre Eiffel, realizada em ferro pelo engenheiro Gustave Eiffel (1832-1923), com 300 m de altura (mais 20 m da antena no topo). Possui 1652 degraus até o terceiro andar, que também pode ser acessado por elevadores.
EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE PARIS (1889)

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