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Disciplina: Farmácia Hospitalar Profª Drª Juliana Fernandes Fortaleza, Abril de 2018 Instituto de Ensino Superior de Fortaleza Faculdade de Farmácia Farmacovigilância Os métodos de desenvolvimento de medicamentos e as medidas regulatórias (antes de seu lançamento no mercado) - vêm aumentando a segurança dos produtos farmacêuticos. Novas reações adversas a medicamentos (RAM) – identificadas após comercialização - monitorização Mas.. Necessidade de técnicas para monitorização de medicamentos disponíveis para consumo humano. Visando à promoção de seu uso seguro e racional - papel desempenhado pela Farmacovigilância Farmacovigilância • Ciência e as atividades relativas à detecção, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer outros possíveis problemas relacionados a medicamentos. Farmacovigilância • Outras questões são também de relevância para a Farmacovigilância: – Desvios da qualidade de medicamentos – Erros de medicação – Notificações de perda da eficácia – Uso de medicamentos para indicações que não foram aprovadas e que não possuem evidência científica comprovada – Notificação de casos de intoxicação aguda ou crônica por medicamentos – Avaliação de mortalidade relacionada com medicamentos – Interações medicamentosas com outros medicamentos e alimentos. Farmacovigilância • Subsistemas de monitorização de medicamentos - derivados da Farmacovigilância: – Dermatovigilância: reações adversas que afetam pele e membranas mucosas – Fitovigilância: reações adversas provenientes de fitoterápicos e plantas medicinais – Gerontovigilância: reações adversas que ocorrem entre os idosos – Hematovigilância: reações adversas que afetam o sangue Farmacovigilância • Objetivos: – Melhorar o cuidado e a segurança do paciente em relação ao uso de medicamentos – Melhorar a saúde pública e a segurança em relação ao uso de medicamentos – Contribuir na avaliação do benefício, dano (malefício), efetividade e risco dos medicamentos – Promover a compreensão, educação e treinamento clínico em Farmacovigilância e sua efetiva comunicação com o público. Profissionais de saúde participem diretamente do processo de vigilância Então... Farmacovigilância: envolvida na detecção precoce de novas reações adversas aos medicamentos para a melhoria da prática de terapêutica racional. Necessário... Por meio da notificação voluntária de suspeita de reações adversas, visando à proteção e à promoção da saúde pública. História da farmacovigilância • Ano: 1937 • Local: Estados Unidos • Produto: Elixir de Sulfanilamida • Causa: Substituição do solvente (glicerina por dietilenoglicol) - Substituída na fórmula, a Glicerina que estava em falta no mercado, pelo Etilenoglicol sem que tivessem sido realizados os testes de segurança e atoxicidade necessários. • FDA considerou o fabricante responsável • Efeito: Morte de 107 pessoas por insuficiência renal História da farmacovigilância • 1938: governo americano passou a exigir testes de toxicidade pré-clínica – Além dos dados clínicos sobre segurança - antes da comercialização História da farmacovigilância • 1961: grande desastre da talidomida – Epidemia de recém-nascidos com deformidades nos membros, que ocorreu em duas formas, focomelia História da farmacovigilância • 1964: Reino Unido instituiu o famoso Yellow Card – 1º formulário padronizado para a notificação RAM em um sistema de vigilância governamental • 1968: OMS - criou o Projeto Internacional de Pesquisa Piloto para a Monitorização de Medicamentos – Tendo um relatório técnico baseado nas conclusões de uma reunião de consultoria realizada em 1971 História da farmacovigilância • 1971: uso do dietiletilbestrol (um anticoncepcional) – Mulheres que mais tarde engravidaram levou ao aparecimento de adenocarcinoma de vagina, entre outras malformações genitais – Demonstrou que é possível ocorrer RAM na segunda geração História da farmacovigilância • 1976: Brasil - publicada a Lei nº 6.360 (ainda em vigor), marco na área de vigilância sanitária – Estabeleceu a obrigatoriedade da notificação de eventos nocivos com produtos para a saúde • 2001: criado o Centro Nacional de Monitorização de Medicamentos (CNMM) – Na Unidade de Farmacovigilância da ANVISA Pesquisa clínica Pesquisa clínica Pesquisa clínica • Limitações: – Heterogeneidade – Sexo – Idade: recém-nascidos, crianças, adolescentes e idosos – Comorbidade - excluídos Pesquisa clínica • Características dos eventos adversos: – Período de latência: RAM - muitos meses ou muitos anos após o final do tratamento • Difícil (impossível) - detectar estas reações durante os testes pré-registro – Comercializado: pacientes em situações de “vida real” • Outras patologias, interação com alimentos, medicamentos* • Limitações dos ensaios clínicos - necessidade de continuar a identificação dos efeitos nocivos mais graves de um medicamento durante todo o período de sua comercialização • Fase IV são aqueles realizados após o registro do medicamento Milhões de pacientes utilizam o medicamento e que reações graves poderão passar a ser identificadas com maior frequência. Processo de desenvolvimento de um medicamento não se encerra quando o produto é aprovado para entrar no mercado Primeiros anos de comercialização de um medicamento - particularmente importantes para identificar reações adversas ainda desconhecidas. • Nem todos os riscos podem ser conhecidos antes de um medicamento ser comercializado - responsabilidade da Farmacovigilância – Missão de monitorar a relação benefício/risco dos medicamentos comercializados Métodos em Farmacovigilância Sinal em Farmacovigilância • Principais objetivos da Farmacovigilância: – Detecção precoce de sinais com relação ao risco de saúde pública - por reações adversas novas ou pouco descritas na literatura • Mais êxito quando comparados os dados nacionais • Sinal - fortalecido pela combinação de experiências relatadas em vários países. Sinal em Farmacovigilância • Sinal - em Farmacovigilância – Conjunto de notificações sobre uma possível relação causal entre um evento adverso e um medicamento • Até então desconhecida ou documentada de modo incompleto • Necessária mais de uma notificação - dependendo da gravidade do evento e da qualidade da informação Sinal em Farmacovigilância • Sinal - em Farmacovigilância – Necessário estabelecer: • Força de associação • Importância clínica (gravidade, severidade e impacto na saúde pública) • Potencial para a adoção de medidas preventivas Sinal em Farmacovigilância Vigilância passiva • Notificação Voluntária – Suspeitas de reações adversas a um dado medicamento que são, espontaneamente, transmitidas pelos profissionais de saúde para as empresas farmacêuticas ou centro de Farmacovigilância. – Pode trazer informações sobre risco relativo a grupos, fatores e questões clínicas relacionadas com o conhecimento das reações adversas graves. Vigilância passiva • Notificação Voluntária – Considerado um método não-intervencionista como gerador de hipóteses de sinais e de baixo custo – Método preferível para se iniciar um sistema de Farmacovigilância, independentemente se for local, regional ou nacional. – Métodos mais tradicionais da Farmacovigilância Vigilância passiva • Notificação Voluntária – Limitações: • Subnotificação • Dificuldade para detectar reações retardadas • Número de pacientes expostos desconhecido • Algumas técnicas vêm sendo desenvolvidas para analisar os dados provenientes dasnotificações voluntárias, tais como: Vigilância passiva • Série de Casos – Pode dar uma evidência de associação entre um medicamento e uma suspeita de reação adversa – Úteis para gerar hipóteses – Existem certas reações adversas que são associadas ao uso de medicamentos: • Anafilaxia • Síndrome de Stevens-Johnson Vigilância passiva • Notificação Intensificada – Utilizados para estimular e facilitar a notificação pelos profissionais de saúde em situações específicas – Notificações on-line em sistemas específicos Vigilância passiva • Notificação Intensificada – Brasil - Projeto Farmácias Notificadoras (planejado pela Unidade de Farmacovigilância da Gerência Geral de Medicamentos da ANVISA) • Estimular a notificação, pelo farmacêutico comunitário, principalmente para os medicamentos de venda livre e fitoterápicos Útil para contornar as subnotificação no campo da atenção primária Vigilância passiva Vigilância ativa • Busca determinar, completamente, o número de suspeitas de reações adversas por meio de um processo contínuo e pré- organizado • Exemplo: monitorização de pacientes tratados com um medicamento particular, através de um programa de gerenciamento de risco – Pacientes que recebem este medicamento via prescrição médica podem responder a um simples formulário e dar permissão para um contato posterior Vigilância ativa • Permite executar uma vigilância por reações adversas ou subgrupos da população – Grávidas – Neonatos – Idosos – Pacientes com insuficiência renal ou hepática que poderão fazer parte de um programa de monitorização. Vigilância ativa • Instituições Sentinela – Realizada por revisão de prontuários médicos ou entrevistas com pacientes ou médicos para garantir uma completa e adequada coleta de dados sobre uma reação adversa de interesse – Instituições selecionadas - informações (dados de um subgrupo de pacientes) – Mais eficiente para medicamentos utilizados em hospitais, atenção domiciliar, centros de hemodiálise, considerando o uso com grande frequência de medicamentos específicos Vigilância ativa • Instituições Sentinela – Rede de Hospitais Sentinela (+ 100 hospitais) - criada pela ANVISA • Monitora não somente medicamentos, mas também sangue, produtos para a saúde, saneantes hospitalares e os níveis de infecção hospitalar Vigilância ativa • Monitorização de Eventos Relacionados com a Prescrição de Medicamentos – Pacientes são identificados por meio de dados provenientes de prescrição eletrônica ou banco de dados de seguro de saúde – Questionário de monitorização pode ser encaminhado a cada médico prescritor ou paciente - em intervalos específicos – informações: • Indicação para o tratamento; duração da terapia; dose, eventos clínicos; razões para a descontinuação. • Limitações: baixa taxa de retorno dos questionários - que podem obscurecer importantes sinais Vigilância ativa • Registros – Lista de pacientes que apresentam uma mesma característica • Doença (registro de doença) ou de exposição específica (medicamento) • Podem ser coletadas informações usando questionários padronizados • Exemplos: discrasias sanguíneas, reações adversas graves ou malformações congênitas Vigilância ativa • Registros – Discrasias sanguíneas, reações adversas graves ou malformações congênitas Ajudam a coletar dados sobre a exposição aos medicamentos e outros fatores associados com a condição clínica dos pacientes - registros - úteis para a realização de estudos epidemiológicos O que notificar? • RAM graves ou a não são comuns a medicamento (reação inesperada ou não descrita) • RAM comuns que apresentam aumento desproporcional • Perda da eficácia (ausência ou diminuição da ação farmacológica) • Interações medicamentosas • Tolerância ou resistência ao tratamento medicamentoso • Dependência • Intoxicações • Desvios da qualidade – Contaminação, concentração do ativo maior, troca de conteúdo Porque as RAM’s não são notificadas? • Ingenuidade – “se o medicamento foi registrado na Anvisa e está sendo comercializados ele é absolutamente seguro” • Medo – Ser “punido” pelo paciente, indústria farmacêutica, CRF ou Vigilância Sanitária • Culpa – Responsável pela prescrição, preparo ou dispensação do medicamento que causou uma RAM Porque as RAM’s não são notificadas? • Desconhecimento – Sobre como notificar ou quem procurar na Vigilância Sanitária • Incerteza – Suspeita de RAM • Apatia – Falta de interesse, tempo, não acesso ao formulário ou internet Subnotificação Dificulta o conhecimento precoce de um efeito raro ou mesmo a criação de uma cultura da notificação pelos profissionais de saúde Retarda, por um tempo indefinido, o conhecimento do perfil de segurança dos medicamentos consumidos pela população O que... Problemas relacionados a medicamentos • PRM – Relativamente comuns em pacientes hospitalizados – Podem resultar em morbi-mortalidade dos pacientes – Aumento de custos hospitalares PRM são hoje considerados escopo da Farmacovigilância Problemas relacionados a medicamentos • PRM – Reações adversas – Erros de medicação – Interação medicamentosa – Sobredose - nos casos de tentativa de suicídio – Dependência – Não-adesão ao tratamento – Perda da eficácia Ocorrem em nível hospitalar têm grande importância e necessitam ser detectados, avaliados e prevenidos Problemas relacionados a medicamentos Como o farmacêutico identifica PRM? Interação medicamentosa • Resposta farmacológica ou clínica à administração de dois ou mais fármacos que seja diferente da resposta desencadeada por esses fármacos, quando tomados individualmente • Um PRM ou causa de um PRM • Avaliações clínicas das IM não devem ser dissociadas das avaliações das RAM – Nº de medicamentos administrados por um paciente - fator de risco para o desenvolvimento de RAM Interação medicamentosa • Classificadas como reações adversas do tipo A – Identificadas e notificadas – Exemplo histórico: • Interação entre norfloxacina e varfarina: promove um prolongamento do tempo de protrombina, com risco de hemorragia - detectado pelo FDA • A partir de análise de banco de dados sobre reações adversas a medicamentos Interação medicamentosa • Estratégia para a identificação: – Rastreamento por pacientes que apresentam algumas características de risco • Pacientes com 5 ou mais medicamentos prescritos • Pacientes com 60 anos ou mais • Medicamentos prescritos com reduzido índice terapêutico Reações adversas a Medicamentos • Tipo A - Existem três principais mecanismos de ação: – Resposta terapêutica exagerada em decorrência dos efeitos farmacológicos primários (mesmo local da ação desejada) • Hemorragia por anticoagulantes – Resposta farmacológica secundária • Cefaléia com uso de vasodilatadores – Ação farmacológica em locais não associados com a ação desejada • Efeitos carcinogênicos de medicamentos citotóxicos Reações adversas a Medicamentos • Tipo A - Mecanismos podem também ser classificados quanto a suas causas: – Causas Farmacêuticas • Controle da qualidade não foi efetivo em detectar desvios da produção – Discrepâncias entre o valor rotulado e a dose do fármaco no produto • Quantidades excessivas podem levar a reações adversas e quantidades insuficientes podem resultar em perda da eficácia. Reações adversas a Medicamentos • Tipo A - Mecanismos podem também ser classificados quanto a suas causas: – Causas Farmacocinéticas • Alterações nesse processo podem levarao aumento anormal de concentrações de um fármaco no local de ação e a um exacerbado efeito farmacológico • Algumas dessas alterações podem ser explicadas por polimorfismo genético ou por efeito de interações medicamentosas. Reações adversas a Medicamentos • Tipo A - Mecanismos podem também ser classificados quanto a suas causas: – Causas Farmacodinâmicas • Sensibilidade exacerbada de órgãos ou tecidos-alvo – Diferenças na potência da resposta farmacológica individual – Por alterações da resposta farmacológica em órgãos e tecidos promovidos por doenças Reações adversas a Medicamentos • Tipo B – São aberrações – Em termos de Farmacologia: efeito não é considerado normal, formando um grupo heterogêneo de reações – São caracterizadas por existência de algumas diferenças qualitativas, tanto relativas ao fármaco quanto ao paciente ou, possivelmente, a ambos. Reações adversas a Medicamentos • Tipo B - Causas Farmacêuticas – Decomposição dos fármacos. Tetraciclina (levando a aminoacidúria, glicosúria, acetonúria) – Efeitos secundários, promovidos por aditivos, solubilizantes (propilenoglicol – hipotensão) – Efeitos de substâncias químicas ativas, provenientes do processo da síntese do fármaco (impurezas). • Produtos de condensação no processo de síntese do L- triptofano produzindo uma síndrome eosinofilia-mialgia. Reações adversas a Medicamentos • Tipo B - Causas Farmacocinéticas – Anormalidades na farmacocinética comumente - atribuídas às reações do tipo A – Tipo B • Biotransformação de fármacos pode levar a metabólitos ativos, o que resulta em toxicidade direta ou mediada pelo sistema imune – Carbamazepina e reações de hipersensibilidade. Reações adversas a Medicamentos • Tipo B - Causas Farmacodinâmicas – Anormalidades qualitativas em um órgão-alvo ocorrem por diversas razões • Peso corporal, idade, sexo, via e tempo de administração, influenciam na resposta final de um paciente a uma dose de um dado medicamento. Reações adversas a Medicamentos • Quanto a gravidade – Grave • Hospitalização (ou prolongamento da mesma) • Incapacidade significativa ou persistente • Anomalia congênita • Evento médico significativo • Ameaça à vida • Morte Reações adversas a Medicamentos • Síndrome de Stevens-Johnson Reações adversas a Medicamentos • Reação no músculo deltóide a um medicamento IM Reações adversas a Medicamentos • Quanto a gravidade – Não graves • Não incluído nos critérios acima • Reação urticariforme intensa (região dorsal) Reações adversas a Medicamentos Importante • Os termos “reação adversa” e “efeito adverso” referem-se ao mesmo fenômeno – Efeito adverso é visto do ponto de vista do medicamento – Reação adversa é vista do ponto de vista do paciente • O medicamento causa um efeito, enquanto o paciente experimenta uma reação • Reação adversa X Evento adverso – Evento adverso: qualquer ocorrência médica desfavorável que pode ocorrer durante o tratamento com um medicamento, mas que não possui, necessariamente, relação causal com esse tratamento • Exemplo: eventos adversos decorrentes do uso não aprovado de medicamentos, erros de medicação potenciais e reais, queda do paciente. – RAM: qualquer resposta prejudicial ou indesejável, não intencional, a um medicamento, que ocorre nas doses usualmente empregadas para profilaxia, diagnóstico ou terapia de doenças • Existência de uma relação causal entre o uso do medicamento e a ocorrência do problema RAM é considerada, assim, um tipo de evento adverso Anvisa http://portal.anvisa.gov.br/farmacovigilancia NOTIVISA • Sistema informatizado desenvolvido pela Anvisa – Receber notificações: • Incidentes • Eventos adversos • Queixas técnicas Relacionadas ao uso de produtos e de serviços sob vigilância sanitária NOTIVISA • Exemplos de notificações de eventos adversos que podem ser feitas no Notivisa: – Incidente / evento adverso durante procedimento cirúrgico – Queda do paciente – Reação adversa ao uso de medicamentos – Inefetividade terapêutica de algum medicamento NOTIVISA – Erros de medicação que causaram ou não dano à saúde do paciente (por exemplo, troca de medicamentos no momento da administração) – Evento adverso decorrente do uso de artigo médico-hospitalar ou equipamento médico-hospitalar – Evento adverso decorrente do uso de um produto cosmético – Evento adverso decorrente do uso de um produto saneante NOTIVISA • Exemplos de notificações de queixas técnicas que podem ser feitas no Notivisa: – Produto com suspeita de desvio da qualidade – Produto com suspeita de estar sem registro – Suspeita de produto falsificado – Suspeita de empresa sem autorização de funcionamento NOTIVISA • Profissionais da saúde – Cadastrar – Preencher os dados do evento, o medicamento e o paciente – http://www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmCadastro.asp NOTIVISA • Cidadão - não é profissional da área de saúde • http://www16.anvisa.gov.br/notivisaServicos/cidadao/notific acao/evento-adverso NOTIVISA • Manuais • http://portal.anvisa.gov.br/notivisa/manuais NOTIVISA • Notificações – Avaliadas pelos técnicos da Anvisa e podem gerar um sinal referente à segurança de determinado medicamento • Anvisa não fornece uma resposta para cada notificação realizada. • Quando uma ou mais notificações produzem um sinal NOTIVISA • Sinal – Investigado e pode gerar medidas sanitárias • Alterações do texto de bula • Suspensão de comercialização do medicamento • Cancelamento do registro.... Estas medidas, quando adotadas, são publicadas no portal da Anvisa NOTIVISA • Quais eventos adversos podem ser notificados? – Qualquer suspeita de reação adversa ocorrida após o uso de medicamentos (não é preciso ter certeza ) – Casos de suspeita de inefetividade terapêutica – Eventos adversos causados por erros de medicação – Eventos adversos causados pelo uso off label de medicamentos (uso do medicamento para uma indicação distinta daquela aprovada no registro da Anvisa) – Intoxicações e eventos causados por interações medicamentosas NOTIVISA • Quais eventos adversos podem ser notificados? – Anvisa - Solicita que sejam notificados- preferencialmente, casos graves • Envolvam óbito, risco de morte, hospitalização, prolongamento da hospitalização, anomalia congênita e incapacidade persistente ou permanente • Reações não descritas na bula do medicamento Desvio de qualidade de medicamentos. E agora? Desvio de qualidade de medicamentos. E agora? • Preciso notificar a ANVISA um blister que tá faltando um medicamento? – Esse desvio tem grande impacto para ANVISA? Nenhuma reclamação técnica precisa ser notificada a ANVISA – exceto quando tem a necessidade de um RECALL (recolhimento do produto do mercado) Desvio de qualidade de medicamentos. E agora? • Informados para área de qualidade do fabricante (SAC) – Investigar o desvios • Se no processo de fabricação ou mau uso • Exemplo de mau uso – Deixar o medicamento dentro do carro e o blister fica retorcido Desvio de qualidade de medicamentos. E agora? • Desvios – risco potencial para o cliente – Defeitos críticos - Recall • Recolhimento do produto/lote do mercado • Comunicação ao órgão sanitário (ANVISA) Classificação dos desvio de qualidade de medicamentos • Desvios críticos – Afetam a saúde do paciente ou podem comprometer a eficácia do tratamento – Afetam ou comprometem a qualidade do produto – Infringemalguma norma ou resolução Classificação dos desvio de qualidade de medicamentos • Desvios críticos – Exemplos: • Embalagem de um medicamento e blister contendo outro produto ou dose diferente • Teor de ativo maior ou menor • Contaminação microbiológica • Degradação do medicamento • Mancha na embalagem que impedem a leitura • Objeto estranho no medicamento Classificação dos desvio de qualidade de medicamentos • Desvios maior – Falha de qualidade – mas que não compromete a segurança, o bem-estar e os direitos dos pacientes – Exemplo: • Falha na inspeção visual na embalagem primária liberando blister faltando medicamento – Prejudica o tratamento – mas não diretamente a saúde • Falta de bula Classificação dos desvio de qualidade de medicamentos • Desvios menor – Ocorre isoladamente ou que não possuem qualquer impacto na saúde, qualidade do produto, não infringe nenhuma norma ou requisito legal – Geralmente – relacionado a aparência – mas não a qualidade – Exemplo • Mancha na embalagem – Mas que não compromete a leitura de informações imprescindíveis
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