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CAPÍTULO 1
Introdução À Auditoria
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
� Compreender o conceito de auditoria, identificando suas transformações 
durante a história.
� Conhecer as características e objetivos da auditoria.
� Saber os tipos de auditoria existentes e quais as normas que as embasam
10
 Fundamentos e Objeto da Auditoria
11
Introdução À Auditoria Capítulo 1 
Contextualização
O contexto social de um mundo globalizado se configura, cada vez mais, de 
maneiras específica nas mudanças que ocorrem nas organizações, trazendo para 
os mercados consumidores, diferentes consequências. As instituições sociais, 
sejam de natureza pública ou privada, precisam acompanhar as transformações 
do ambiente externo como premissa básica de continuidade de suas atividades e 
de manutenção do patrimônio administrado.
Nesse cenário, a informação é adquirida e repassada de maneira muito 
fácil e rápida pelas redes, o que gera uma exigência de transparência quanto às 
informações prestadas pelos diferentes entes. Não distante disso, para permanecer 
no mercado, competitivo e instável, para além de oferecer serviços e/ou produtos 
de qualidade, e nisto ter a continuidade de suas atividades, as empresas precisam, 
adotar formas seguras e adequadas de gerir o capital investido, tanto na produção 
de bens e serviços quanto na administração do negócio. 
A contabilidade possui o patrimônio como seu objeto de estudo, para 
assegurar a integridade desse patrimônio, utiliza-se de fundamentos teóricos e 
práticos de orientação de gestão patrimonial, gerando informação que deve ser 
considerada útil e fidedigna ao usuário. Desta forma, nesse capítulo abordaremos 
os aspectos iniciais da área da contabilidade responsável pela verificação e 
estudos das rotinas contábeis, a auditoria.
Conceito de Auditoria
O contador, ao realizar suas atividades, possui fundamentos teóricos e 
práticos de orientação de gestão patrimonial que contribui de forma singular para 
administração de um patrimônio. Dentro das diferentes atribuições e atividades 
realizadas, a auditoria corresponde a uma área da contabilidade, que dá ênfase à 
qualidade dos processos, otimização dos recursos e também verifica a integridade 
dos eventos contábeis.
A auditoria compreende o exame de documentos, livros, registros e obtenção 
de informações, sejam internas ou externas, que estejam relacionadas a um 
patrimônio específico.
Em sua percepção inicial, a auditoria era utilizada para a verificação dos 
registros contábeis, sendo suas funções restritas ao confronto da escrita com 
seus registros correspondentes, conforme descreve Pierucci (1977, p. 14): 
12
 Fundamentos e Objeto da Auditoria
No campo específico da verificação é que entra a tarefa do 
auditor. Onde quer que haja um trabalho de registro, um 
documento, um relatório contábil, há que presidir a certeza dos 
seus conteúdos. É pressuposto inarredável a existência do fato 
registrado, pois a auditoria atua sobre ele. O exame comprovará 
sua exatidão, procedência, acerto etc. A auditoria, identifica e 
corrige erros, sejam dolosos ou simplesmente acidentais.
Este conceito restringe o campo de atuação da auditoria contábil em verificar 
a veracidade e exatidão dos registros contábeis e das demonstrações surgidas 
destes registros. No entanto, a auditoria atual não se vincula à mera ação corretiva 
do processo, mas ao processo de prevenção, ampliando, desta forma, o campo 
de atuação da auditoria contábil. 
Para o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) (2007, p. 28), a auditoria 
contábil “compreende o exame dos registros e dos documentos e na coleta de 
informações e confirmações, mediante procedimentos específicos, pertinentes ao 
controle do patrimônio de uma unidade, entidade ou projeto”.
Assim, o objeto da auditoria é, para Franco e Marra (2009, p. 31), o “conjunto 
de todos os elementos de controle do patrimônio administrado”, podendo citar como 
exemplo os registros contábeis, papéis e documentos internos e também dados 
externos que podem vir a confirmar ou confrontar uma determinada informação.
No próximo capítulo, veremos quais são os elementos que 
compõem o conjunto do controle do patrimônio administrado.
Para Attie (2010), a auditoria testa a eficiência e eficácia do controle 
patrimonial existente em uma empresa, expressando uma opinião sobre um 
dado analisado, ou seja, a auditoria, além da função de verificar a veracidade 
e exatidão dos registros contábeis, tem ainda a função de testar a eficiência do 
controle patrimonial. 
Em complemento a essas informações, Sá (2002) aponta que a auditoria 
é uma tecnologia contábil aplicada de forma sistemática ao exame de qualquer 
informação contábil, trazendo conclusões e orientações sobre situações 
patrimoniais que ocorreram ou estejam por ocorrer. Nesse sentido, o autor 
acrescenta que qualquer dado de natureza contábil é objeto de exame da 
auditoria, sendo esta responsável não somente pela verificação da exatidão 
13
Introdução À Auditoria Capítulo 1 
e veracidade deste dado, e sim, responsável pela apresentação de opiniões, 
conclusões, críticas e orientações sobre as circunstâncias ou fenômenos que 
geraram este dado. 
No contexto econômico e político em que nosso país está 
inserido, você teve conhecimento, por meio das mídias, de questões 
relacionadas à auditoria?
Muito provavelmente, sua resposta a esse questionamento será sim. 
No cenário político e econômico brasileiro, há muitas notícias relacionadas à 
auditoria. Isso por que escândalos envolvendo grandes empresas brasileiras 
foram descobertos, em suma, em razão de auditoria contábil.
Embora a auditoria externa não se destine especificamente à descoberta 
de fraudes, erros ou irregularidades, ela auxilia na descoberta de tais fatos 
(MENEGUSSI; IANESKO, 2007; FRANCO; MARRA, 2009). Os problemas 
apresentados nas demonstrações contábeis da Petrobras, por exemplo, deram 
grande visibilidade às empresas de auditoria. 
Dessa forma, a premissa de revisar os procedimentos utilizados nos registros 
contábeis busca verificar e identificar os corretos procedimentos realizados no dia 
a dia dos registros contábeis bem como também a possível existência de erros 
nos processos.
Na disciplina Ética profissional do auditor será estudado 
com maior afinco as questões relacionadas aos deveres e 
responsabilidades de um auditor e como isso impacta nas 
demonstrações contábeis. 
A auditoria contábil, ainda que seja uma das diferentes áreas de estudo da 
grande ciência que é a contabilidade, tem fundamental importância para a informação 
gerada, pois assegura que esta segue padrões e exigências tanto legais quanto 
gerenciais, além de representar com fidedignidade um determinado patrimônio.
14
 Fundamentos e Objeto da Auditoria
Evolução Histórica da Auditoria
A auditoria, como visto anteriormente, é uma especialização da contabilidade 
e sua evolução está intimamente ligada à evolução da sociedade. O aparecimento 
de grandes empresas em diferentes lugares do mundo e o desenvolvimento do 
mercado fizeram com que as demandas sobre o patrimônio evoluíssem. Desta 
forma, com os processos de crescimento das empresas frente à evolução dos 
mercados, houve a necessidade de confirmação, tanto por investidores quanto 
por proprietários, da realidade econômico-financeira do patrimônio em análise.
A auditoria, ao longo dos tempos, perpassou atribuições e aplicabilidades 
distintas e condizentes às necessidades de cada período. Entretanto, seu 
surgimento, datado e registrado, não consta nos registros, conforme descreve 
Pinho (2007, p. 5):
Todo aquele que possuía a função de verificar a existência de 
bens, e posteriormente, a legitimidade dos fatoseconômico-
financeiros, prestando contas a uma proprietária ou 
representante deste, poderia ser considerado como auditor. 
Quando da antiguidade, os proprietários que confiavam seus 
bens à guarda de terceiros conferiam ou mandavam conferir os 
rendimentos auferidos, já estava presente a auditoria.
Na literatura há divergências no que diz respeito ao nascimento das práticas 
de auditoria. Além da teoria de Pinho, alguns autores acreditam na possibilidade 
de um guarda-livros ter exercido as funções de um auditor. Entretanto, a maioria 
dos pesquisadores afirma que o termo auditor apareceu em 1285, século XIII, 
na Inglaterra, no Reinado de Eduardo I. De acordo com Franco e Marra (2009) 
e Sá (2002), a Inglaterra era dominadora dos mares e controladora do comércio 
mundial e, desde 1314, já praticava auditoria das contas públicas. 
Em 1494, quando Luca Paccioli publicou a teoria do método das partidas 
dobradas, as associações profissionais, que examinavam os fatos escriturados, 
tiveram que acompanhar a evolução da contabilidade. Assim, a importância 
de uma figura auditando as informações fornecidas pela contabilidade já 
demonstravam relevância.
Com o advento da Revolução Industrial, deu-se início às atividades industriais 
e empresariais e, a partir de então, os investidores não mais participavam da 
administração, exigindo, desta forma, relatórios imparciais sobre a integridade dos 
seus investimentos, conforme destaca Santi (1988, p. 18): 
15
Introdução À Auditoria Capítulo 1 
A Revolução Industrial, na Inglaterra [...] mudou o eixo do 
desenvolvimento prático dessa disciplina para aquele país. 
Mas a real necessidade da contabilidade pública (auditoria) 
somente se manifestou a partir da institucionalização do 
investidor capitalista (não participante da administração).
Os procedimentos de auditoria foram impulsionados a uma evolução em 
função da Revolução Industrial, que demandou novas diretrizes e técnicas e, por 
isso, em 1845, a Consolidação das Leis das Companhias das Estradas de Ferro 
já obrigava uma verificação anual dos balanços. Essa verificação deveria ser 
realizada por auditores (SÁ, 2002) e, como visto anteriormente, buscava verificar 
se as empresas estavam utilizando da melhor forma o dinheiro dos investidores, 
ou seja, surgiu a partir da necessidade de dar mais credibilidade aos números 
apresentados pelas empresas aos usuários da informação contábil.
Com a evolução da contabilidade e com o surgimento da auditoria, a fim de 
proteger a integridade profissional, foram criadas, em diversos países da Europa, 
as Associações de Contadores Públicos, nas quais era necessário o registro para 
exercer a atividade de contabilidade. Desta forma, o aparecimento de auditoria 
como prática sistemática ocorreu quando do surgimento destas associações.
Na década de 1940, juntamente com as companhias multinacionais, a 
auditoria chegou ao Brasil, em decorrência da necessidade dos investidores de 
ter garantias de que seus investimentos estavam sendo verificados por seus 
auditores. Attie (2010), ratifica essa condição ao determinar que a evolução da 
auditoria no Brasil está relacionada à instalação de empresas internacionais de 
auditoria independente.
Dessa forma, escritórios de auditoria foram abertos no Brasil e cada vez mais 
auditores brasileiros estavam sendo treinados. A primeira associação de auditores 
surgiu em meados de 1960 e chamou-se “Instituto dos Contadores Públicos do 
Brasil”, que em 1971 passou a se chamar “Instituto dos Auditores Independentes 
do Brasil”, depois de “Instituto Brasileiro de Contadores” (IBRACON). Segundo 
Jund (2002, p. 5):
Apesar de formalmente organizada em 26 de março de 1957, 
quando formado o Instituto de Contadores Público no Brasil, 
em São Paulo, a auditoria foi oficialmente reconhecida apenas 
em 1968, por ato do Banco Central do Brasil. O fortalecimento 
da atividade, todavia, ocorreu em 1972, por regulamentações 
do Banco Central do Brasil, Conselho Federal de Contabilidade 
e Instituto dos Auditores Independentes.
A primeira menção à exigência da auditoria no Brasil, foi em 1965 por meio 
da Lei n. 4.728, que instituía o mercado de capitais. Em seu artigo 20, letra b, 
versava sobre a competência do Conselho Monetário Nacional de expedir normas 
16
 Fundamentos e Objeto da Auditoria
relativas a informações de demonstrativos contábeis e relatórios e pareceres de 
auditores independentes. A auditoria foi legalmente reconhecida em 1972, por 
meio da Resolução n. 220 do Banco Central, que apresentava normas relativas à 
auditoria e ao profissional auditor no exercício de sua profissão, e da Resolução 
n. 321 de 1972, editada pelo CFC, que aprovou as Normas e os Procedimentos 
de Auditoria.
Se você quiser conhecer mais sobre a história da auditoria, 
existem bons livros. A seguir, vai a dica de um livro bem completo e 
muito interessante.
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. 
São Paulo: Atlas, 2009.
Objetivos da Auditoria
Em simples palavras, o objetivo da auditoria é verificar a autenticidade dos 
registros contábeis de um determinado dado em período de tempo específico, 
ou seja, busca-se, com o exame dos registros contábeis, expressar uma opinião 
sobre a propriedade desses registros, assegurando que eles representem 
adequadamente um determinado dado.
De acordo com Attie (2010, p. 11), “o objetivo principal da auditoria pode ser 
descrito, em linhas gerais, como sendo o processo pelo qual o auditor se certifica 
da veracidade da totalidade das demonstrações contábeis preparadas pela 
companhia auditada”.
De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (2007, p. 28), as 
atividades de auditoria 
Objetivam obter elementos comprobatórios suficientes que 
permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de 
acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e se 
as demonstrações deles originárias refletem, adequadamente, 
em seus aspectos mais relevantes, a situação econômico-
financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo 
examinado e as demais situações nelas demonstradas.
A forma pela qual esse objetivo será atingido está relacionada ao tipo de 
auditoria que é realizado, tema que será abordado na seção seguinte.
17
Introdução À Auditoria Capítulo 1 
Atividade de Estudos:
 1) “Como visto, o objetivo da auditoria consiste na confirmação 
dos registros contábeis. Dessa forma, a auditoria deve apresentar 
uma opinião sobre as demonstrações contábeis”. 
 Reflita sobre essa afirmação e responda: o objetivo da auditoria 
pode se confundir com o objetivo da Contabilidade?
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Tipos de Auditoria
De forma geral, existem dois tipos de auditoria:
a) Auditoria interna
 
Atividade de avaliação realizada de forma independente dentro da empresa e 
que objetiva verificar as operações ali realizadas, seja em alguma área específica, 
seja relacionada a um processo, a atribuições de setores etc. Para Crepaldi 
(2004, p. 41), a auditoria interna constitui “o conjunto de procedimentos que tem 
por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos 
e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade”, ou 
seja, na auditoria interna, a gerência de uma empresa estabelece pontos a serem 
investigados e o auditor averigua sua conformidade com os planos e padrões da 
empresa. Na auditoria interna, o auditor, por ser funcionário da empresa, possuium menor grau de independência e seu trabalho, em consequência, é realizado 
de forma contínua, com maior volume de testes.
Em síntese, o trabalho do auditor interno envolve, conforme Crepaldi (2004):
- revisão das demonstrações contábeis;
- revisão do sistema de controles internos;
18
 Fundamentos e Objeto da Auditoria
- exame de informações financeiras e operacionais;
- revisão das operações da empresa;
- revisão do cumprimento de leis e regulamentos;
- revisão de políticas internas.
• Revisão de sistemas contábeis e de controle interno
As tarefas de um auditor interno podem ser tão abrangentes quanto 
as operações da empresa, respondendo, o auditor interno, à gerência da 
empresa, que geralmente determina o escopo de seus trabalhos. Assim, suas 
responsabilidade são de informar e assessorar a administração da empresa, ou 
seja, agregar valor, auxiliando a empresa a atingir seus objetivos.
A finalidade da auditoria interna é promover melhorias nos controles internos da 
empresa, por meio de recomendações contidas em relatórios. O escopo dos trabalhos 
contemplam a eficácia e eficiência operacional, que é representada pela conformidade 
com leis e normas internas de qualidade das informações para a tomada de decisão. 
Lembrando que a empresa é a maior interessada nesses trabalhos.
O auditor interno, por estar alocado ao quadro de funcionários, conhece os 
detalhes das operações, as dificuldades dentro da empresa, quais são os principais 
pontos que precisam de atenção, os desvios de político e os planos da empresa 
e, por isso, em seus trabalhos, é um agente de transformação nos processos de 
assessoria aos gestores da entidade para evitar a omissão, o erro e a fraude. 
b) Auditoria externa (independente)
Provavelmente, todas as grandes empresas conhecidas no Brasil são 
auditadas independentemente sendo o Vale do Rio Doce, Gerdau e Petrobras. 
Isso por que essas empresas utilizam, em suas atividades, muitos recursos de 
terceiros (sejam públicos ou privados). Preconiza-se que a utilização desses 
recursos seja feita da melhor forma possível e, para averiguar se de fato ocorre, 
as empresas contratam auditores externos para análise de seus registros. Assim, 
a auditoria externa, também chamada de independente, constitui o conjunto 
de procedimentos técnicos realizados com o objetivo de emitir um relatório de 
auditoria que informe se os dados auditados refletem a posição patrimonial e 
financeira, o resultado das operações das mutações do patrimônio líquido e 
das origens e aplicações de recursos da entidade auditada mediante as normas 
brasileiras de contabilidade.
Diferentemente da auditoria interna, na auditoria externa quem realizada os 
trabalhos é um profissional independente (o termo auditoria independente) que 
presta serviços à empresa, ou seja, que não está ligado ao quadro de funcionários.
19
Introdução À Auditoria Capítulo 1 
A finalidade da auditoria externa é opinar sobre as demonstrações financeiras 
e elaborar um relatório de auditoria sobre estas, sendo os maiores interessados 
nesses trabalhos a empresa e os usuários da informação contábil (sócios e 
acionistas, principalmente). 
De acordo com o Resolução n. 1.203/09 do CFC (NBC TA 200 – Objetivos 
Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com 
Normas de Auditoria): 
O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas 
demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é 
alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor 
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em 
todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma 
estrutura de relatório financeiro aplicável.
De acordo com Crepaldi (2004), as atividades de auditoria externa têm 
diversas finalidades, dentre elas:
- revisão das demonstrações contábeis;
- revisão do sistema de controles internos;
- proteção dos investidores;
- emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis;
- repressão e prevenção contra erros e fraudes.
Atualmente, o mercado de auditoria independente é dominado 
pelas chamadas Big Four (em português, as quatro grandes). São 
quatro empresas multinacionais de auditoria e consultoria que 
alternam entre si o posto entre maior e melhor empresa de auditoria 
do mundo. São elas: Price WaterHouse Coopers (também conhecida 
como PwC), KPMG, Deloitte e Ernst & Young. 
Nessa seção, foi possível perceber as particularidades de cada um dos tipos 
de auditoria. Entretanto, no que diz respeito às demandas contábeis, tanto o auditor 
interno quanto o auditor externo buscam verificar se os registros apontam a um 
efetivo sistema de controle interno que salvaguarde o patrimônio da empresa e 
que esteja funcionando de forma satisfatória dentro das normas da empresa e das 
exigências legais; e se há um sistema contábil que seja capaz de fornecer todos os 
dados de elaboração das demonstrações contábeis, a posição contábil e o resultado 
das operações da empresa em um determinado período (CREPALDI, 2004). 
20
 Fundamentos e Objeto da Auditoria
É sempre pertinente lembrar que, os objetivos das auditorias (interna e 
externa) são diferentes, mas os meios para alcançá-los são semelhantes.
Existem, ainda, outras formas de se analisar o tipo de auditoria, que são 
identificados de acordo com:
- extensão dos trabalhos;
- profundidade dos exames;
- tempestividade;
- fins a que se destina.
c) Extensão dos trabalhos
A extensão dos trabalhos está relacionada ao escopo da auditoria. Nesse 
sentido, são três formas de auditoria: 
• auditoria geral: que é a mais completa, podendo destinar-se a várias 
finalidades, como atender aos interesses de investidores e acionistas, a atender 
exigências legais, verificar controles internos etc; 
• auditoria parcial ou específica: apura a situação econômico/financeira, revisa 
custos, verifica o cumprimento de obrigações fiscais e tributárias, apura erros e 
fraudes etc;
• auditoria limitada: por fim, é um exame periódico dos registros sem que se 
aplique todos os procedimentos de auditoria.
No capítulo 2 trataremos sobre os procedimentos de auditoria.
d) Profundidade dos exames
Diz respeito à quantidade de registros que serão analisados. Pode ser 
um exame integral, que verificará todos os registros contábeis, de todos os 
documentos e de todo o sistema de controles internos da entidade que está sendo 
auditada nota do revisor; pode ser um exame com amostragem ou testes, no qual 
é examinada uma porcentagem dos registros que o auditor considera suficiente 
para gerar sua opinião nota do revisor; por fim, o exame analítico, que consiste 
em um exame minucioso de todo o fluxo dos controles internos e das operações 
de determinada natureza ou determinado período.
21
Introdução À Auditoria Capítulo 1 
Destaca-se que a revisão integral é raramente praticada em função do 
elevado número de horas necessárias e, consequentemente, gerando elevados 
custos para os usuários. Atualmente, a metodologia de auditoria com foco 
em riscos possibilita ao auditor trabalhar com uma amostragem cem por cento 
estatística, contribuindo para um aumento da eficiência na execução dos trabalhos 
de auditoria.
e) Tempestividade 
As auditorias podem ser realizadas habitualmente, em todos os exercícios 
sociais, podendo ser:
• continuadas: é realizado o exame constante das operações registradas e dos 
controles internos; ou 
• periódicas ou sazonal: exame realizada em períodos específicos.
Podem, ainda, ser realizadas de forma eventual ou especial, para atender 
a exigências legais, e apurar valor real do patrimônio líquido da entidade, para 
controle administrativo etc.
f) Fins a que se destina
A auditoria pode ser classificada de acordo com o fim a que se destina, ou 
seja, sobre qual área debruçará seus esforços,por exemplo, auditoria da área 
contábil de uma determinada empresa, auditoria de sistemas baseados em 
normas da International Standard Organization (ISSO), áreas de processamento 
de dados, área de gestão etc.
Atividades de Estudos:
 1) O que é auditoria?
 ____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
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____________________________________________________
 2) Qual o objeto da auditoria?
 ____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
22
 Fundamentos e Objeto da Auditoria
____________________________________________________
____________________________________________________
 3) Qual o objetivo da auditoria?
 ____________________________________________________
____________________________________________________
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____________________________________________________
____________________________________________________
 4) Quais os tipos existentes de auditoria?
 ____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
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____________________________________________________
 5) O que é auditoria interna?
 ____________________________________________________
____________________________________________________
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____________________________________________________
 6) O que é auditoria externa ou independente?
 ____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
Algumas Considerações 
Neste capítulo, trouxemos fundamentos iniciais sobre a auditoria, 
perpassando seu conceito, seus objetivos, sua evolução histórica diante da 
evolução da sociedade e quais os tipos de auditoria existentes.
A correta aplicação das normas e procedimentos contábeis na administração 
do patrimônio contribui de forma singular para sua administração, pois, ao passo 
que as informações expõem a real situação de uma empresa, é possível que os 
23
Introdução À Auditoria Capítulo 1 
elementos adquiridos a partir da contabilidade orientem as decisões dos diretores 
e gestores e, desta forma, aprimorem o patrimônio constituído.
No próximo capítulo, abordaremos os processos de auditoria, a figura do 
auditor e suas rotinas e atividades.
Referências
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
CFC; CRSs. Conselho Federal de contabilidade. Manual de auditoria do 
sistema CFC/CRCs. Brasília: CFC, 2007.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 3. ed. São 
Paulo: Atlas, 2004.
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 
2009.
JUND, Sergio. Auditoria. Rio de Janeiro: Impetus, 2002.
MENEGUSSI, Elires Marinho de Melo; IANESKO, José Augusto. A Importância 
da auditoria contábil na prevenção e combate aos erros e às fraudes nas 
organizações. Revista Eletrônica Lato Sensu, Unicentro, 2007. Disponível em: 
<http://web03.unicentro.br/especializacao/Revista_Pos/P%C3%A1ginas/6%20
Edi%C3%A7%C3%A3o/Aplicadas/PDF/1-Ed6_CS-ImpAu.pdf>. Acesso em: 3 jan. 
2018.
PIERUCCI, Antônio. Roteiro de auditoria contábil. São Paulo: McGraw-Hill do 
Brasil, 1977.
PINHO, Ruth Carvalho de Santana. Fundamentos de auditoria: auditoria 
contábil, outras aplicações de auditoria. São Paulo: Atlas, 2007.
SÁ, Antônio Lopes de. Curso de auditoria. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
SANTI, Paulo Adolpho. Introdução à auditoria. São Paulo: Atlas, 1988.
24
 Fundamentos e Objeto da Auditoria

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