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MAT0355 - Álgebra Linear I - A - Turma A2 Segunda Prova - 27/11/2014 - Fila 1 TODAS AS RESPOSTAS DEVEM SER JUSTIFICADAS 1) Considere uma matriz real A de ordem 3� 3 QUALQUER dada: Seja T : R3 ! R3 dada, para cada v 2 R3; por T (v) = vA; sendo vA o produto matricial de v por A; considerando v como uma matriz 1� 3 (matriz linha). (a) (1,0) Prove que T é linear. Solução. Como T (u+ v) = (u+ v)A = uA+ vA = T (u) + T (v) e T (au) = (au)A = a (uA) = aT (u) decorre que T é linear. (b) (1,0) Supondo A = 0@ 0 1 1�1 0 2 �1 3 5 1A comprove que a expressão em coordenadas de T é T (x; y; z) = (�y � z; x+ 3z; x+ 2y + 5z) : Solução. Temos T (x; y; z) = (x; y; z) 0@ 0 1 1�1 0 2 �1 3 5 1A = (�y � z; x+ 3z; x+ 2y + 5z) sendo a segunda igualdade obtida através de um simples produto matricial. (c) (2,0) Ache todas os vetores (x; y; z) 2 R3 tais que T (x; y; z) = (2;�5;�9) resolvendo, por escalonamento (chegando à matriz escalonada reduzida), um sistema de 3 equações a 3 incógnitas. Solução. A equação T (x; y; z) = (2;�5;�9) é equivalente ao sistema8<: 0x� y � z = 2 x+ 0y + 3z = �5 x+ 2y + 5z = �9 Resolvendo por escalonamento obtemos0@ 0 �1 �1 21 0 3 �5 �1 2 5 �9 1AL1 $ L3�����! 0@ 1 2 5 �91 0 3 �5 0 �1 �1 2 1A L2 $ L2 � L1���������! 0@ 1 2 5 �90 �2 �2 4 0 �1 �1 2 1AL2 $ �L22�������! 0@ 1 2 5 �90 1 1 �2 0 �1 �1 2 1A 1 L1 $ L1 � 2L2; L3 + L2�����������������! 0@ 1 0 3 �50 1 1 �2 0 0 0 0 1A : Logo as soluções são da forma (�3z � 5;�z � 2; z): (d) (1,0) Sem calcular explicitamente justi que, usando o Teorema do Núcleo e da Imagem, que existe uma escolha de reais a; b; c para os quais não existe v 2 R3 tal que T (v) = (a; b; c): Solução. O núcleo de T é formado pelas ternas (x; y; z) que são soluções do sistema8<: 0x� y � z = 0 x+ 0y + 3z = 0 x+ 2y + 5z = 0 Resolvendo-o vemos que as soluções são da forma x = �3z; y = �z: Portanto, dimN(T ) = 1: Pelo Teorema do Núcleo e da Imagem, 3 = dimN(T )+dim Im(T ) do que segue que dim Im(T ) = 2: Logo Im(T ) não pode ser todo R3 e podemos concluir que existe (a; b; c) para o qual não existe v tal que T (v) = (a; b; c): 2) Seja T : R2 ! R2 dada por T (x; y) = (�x 2 + 5y 2 ; 5x 2 � y 2 ): (a) (1,0) Usando a teoria da Álgebra Linear explique porque devem existir uma base B de R2 e reais a; b tais que T (x; y)B (1) = (ax; by)B: Solução. A matriz de T na base canônica C é [T ]C = � �1 2 5 2 5 2 �1 2 � do que segue que [T ]tC = [T ]C : Logo T é um operador simétrico. Pelo teorema de diagonalização de operadores simétricos decorre que T é diagonálizável ou seja, existem uma base B do R3 e a; b 2 R tais que [T ]B = � a 0 0 b � Logo, se v 2 R3 tem coordenadas x; y na base B ou seja, v = (x; y)B então tem-se (1): (b) (1,0) Determine a e b: Solução. Os reais a; b são exatamente os autovalores de T; a saber, as raízes do polinômio característico p(�) de T que é dado por p(�) = det � �1 2 � � 5 2 5 2 �1 2 � � � = �2 + �� 6: Logo p(�) = 0, �2 + �� 6 = 0: Resolvendo a equação obtemos a = 2; b = �3: (c) (1,5) Determine uma base B onde vale a fórmula (1). Solução. 2 Começando com a = 2 obtemos o sistema �x 2 + 5y 2 = 2x 5x 2 � y 2 = 2y cujas soluções são da forma x = y: Portanto, um autovetor é u = (1; 1): Para b = �3 obtemos o sistema �x 2 + 5y 2 = �3x 5x 2 � y 2 = �3y cujas soluções são da forma x = �y: Portanto, v = (1;�1) é outro autovetor de T: Sendo B = f(1; 1); (1;�1)g temos [T ]B = � 2 0 0 �3 � : 3) Dizemos que dois operadores lineares S; T : R2 ! R2 comutam se T � S = S � T; ou seja, se T (S(x; y))) = S(T (x; y)) para todo (x; y) 2 R2: (a) (0,5) Comprove que os operadores T (x; y) = (�x; 2y) S(x; y) = (3x; 4y) comutam. Solução T (S(x; y)) = T (3x; 4y) = (�3x; 8y) S(T (x; y)) = S(3x; 4y) = (�3x; 8y) logo T (S(x; y)) = S(T (x; y)) para todo (x; y) do que segue que S e T comutam. (b) (1,0) Sejam S; T : R2 ! R2 dois operadores QUAISQUER que comutam. Suponha que v seja um autovetor de T associado ao autovalor � e que, importante: o conjunto dos autovetores de T associado ao autovalor � seja gerado por v: Descubra argumentos que comprovam que v é um autovetor de S: Solução. Como S e T comutam temos T (S(v)) = S(T (v)): Sendo v autovetor associado ao autovalor � obtemos T (S(v)) = S(�v) = �S(v): Denotando w = S(v) vemos que se w = 0 então � = 0 é um autovalor de S com autovetor v: Se w 6= 0 então, das igualdades anteriores, vemos que T (w) = �w; de modo que w é um autovetor de T associado ao autovalor �: Por hipótese, w deve ser da forma w = �v; ou seja, S(v) = �v: Logo v é um autovetor de S: 3
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