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fisiologia do exercicio 9788584823642 u3 (1)

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Fisiologia do 
exercício
UNIDADE 3
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o tecido adiposo
Unidade 3
RESPOSTAS AGUDAS E 
CRÔNICAS DO EXERCÍCIO 
FÍSICO SOBRE O SISTEMA 
ÓSSEO
Nesta seção vamos abordar os conhecimentos relativos à 
caracterização óssea, sua composição e aspectos, classificação e divisão.
Vamos entender como esse tecido se forma, modela, remodela e se 
solidifica. Especificaremos algumas patologias, seus aspectos quando são 
genéticos ou adquiridos. Também serão apresentados aspectos ligados à 
circulação óssea, além de outros tecidos e componentes desse sistema, 
como as cartilagens, que cumprem papel decisivo na saúde óssea.
Seção 3.1 | Visão geral do sistema ósseo
Objetivos de aprendizagem: 
Dentre os objetivos desta unidade, você deverá compreender:
• O sistema ósseo e sua composição. 
• Os fatores que podem influenciar o crescimento, o desenvolvimento e a 
formação desse tecido.
• As respostas agudas e crônicas do exercício físico no sistema ósseo.
Kamila Grandolfi 
Juliano Casonatto
Iniciaremos aqui os estudos sobre as respostas do exercício físico, 
entendendo os benefícios e malefícios que o sistema pode ter perante um 
programa de exercício. Vale destacar que nesta seção serão consideradas 
as respostas agudas, ou seja, as modificações fisiológicas induzidas por 
uma única sessão de exercício sobre esse sistema.
Seção 3.2 | Respostas agudas do exercício físico sobre o 
sistema ósseo
Vamos entender as possibilidades e como usar um programa de 
exercícios a favor do indivíduo, seja ele jovem adulto ou idoso. Nesta 
seção vamos estudar as respostas oriundas dos programas de exercício 
físico de longa duração, e a prática sistemática de exercício físico sobre 
o sistema ósseo.
Seção 3.3 | Respostas crônicas do exercício físico sobre o 
sistema ósseo
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
U3
101
Introdução à unidade
Olá, nesta unidade estudaremos alguns conteúdos importantes que facilitarão 
o aprendizado contínuo sobre questões relacionadas ao sistema ósseo, sua 
constituição e configuração da sua estrutura. 
Aprenderemos sobre os fatores que podem influenciar essa formação, os tipos 
de ossos, suas generalidades e sua constituição, e estudaremos esse sistema por 
segmentos. 
 Abordaremos fraturas, consolidação e as principais patologias que atingem 
esse sistema, e ainda falaremos sobre os benefícios da prática de exercício físico e 
o papel que este desempenha, seja como resposta aguda ou crônica.
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
U3
102
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
U3
103
Seção 3.1
Visão geral do sistema ósseo
Vamos começar esta seção falando sobre osteologia humana, que nada mais é 
que a parte da anatomia que estuda os ossos. Quando falamos em sistema ósseo, 
estamos falando de um conjunto constituído por nada mais que 206 ossos, pois esta 
é a quantidade de ossos encontrados em um indivíduo adulto.
Quando pensamos em sistema ósseo e em sua aparência, logo o relacionamos a 
um tecido sem vida. Muito pelo contrário, apesar da aparência simples, o osso é um 
tecido vivo, complexo e ativo. O tecido ósseo participa de um processo contínuo e 
sempre está dinamicamente em regeneração e remodelamento, de forma autóloga, 
esse tecido é desintegrado e reintegrado constantemente. Além disso, vamos 
perceber que o tecido ósseo é composto por outros tecidos e que estes, quando 
combinados entre si, são de suma importância para a capacidade de deslocamento 
dos seres humanos. Os tecidos que compõem o sistema ósseo são: 
 Tecido ósseo.
 Tecido cartilaginoso.
 Tecido epitelial.
 Tecidos formadores de células sanguíneas.
 Tecido nervoso.
 Tecido adiposo.
Quando o tecido ósseo é analisado através de microscópio podemos distinguir 
,entre outras substâncias, sua característica, ou seja, regiões de tecido ósseo 
esponjoso e regiões de tecido ósseo compacto.
Osso esponjoso: O tecido ósseo esponjoso se apresenta de forma irregular e 
deixa entre si espaços vazios e lacunas; estas lacunas são chamadas de trabéculas, 
daí também o nome de osso “trabecular”. O local onde se encontram mais tecidos 
esponjosos são aqueles em que, do ponto de vista mecânico, o organismo necessita 
de maior absorção de impactos. Nesse sentido, o osso esponjoso ou trabecular 
possui menor consistência e densidade, porém absorve mais força, funcionando 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
U3
104
como amortecimento. Nos ossos longos, nas extremidades, temos o que chamamos 
de epífises, que formam o osso esponjoso, por uma pequena camada superficial 
compacta. Já na diáfise (parte cilíndrica), a sua formação é praticamente inteira, 
compacta e só há uma pequena parte de osso esponjoso que fica na parte profunda, 
onde delimita o canal medular (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013).
Osso compacto: O tecido ósseo compacto apresenta estrutura sólida, em que a 
concentração ou densidade óssea é bem maior. Esse tipo de osso apresenta elevada 
rigidez, mas, por outro lado, possui reduzida capacidade de absorção de força, não 
cumpre bem o papel de amortecimento, mas é fundamental em regiões corporais 
onde a rigidez é necessária.
No osso compacto as lâminas se encontram fortemente unidas pelas suas faces, 
não havendo espaço entre elas, sua localização geralmente é na diáfise (periférica) 
e sua característica é de ser osso denso (Figura 3.1). Os ossos curtos têm o centro 
esponjoso e toda a sua periferia coberta por uma camada compacta (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2013).
Medula óssea
A medula óssea é um tecido líquido gelatinoso que compõe o osso, este tecido 
também é conhecido popularmente por “tutano”. É através dele que são produzidos 
os componentes do sangue. Entre eles, temos:
Fonte: Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/83/Osso_-_esponjoso_e_compacto.gif>. 
Acesso em: 1º abr. 2016.
 Figura 3.1 - Tecido ósseo esponjoso e compacto
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
U3
105
 Hemácias (glóbulos vermelhos): São os responsáveis por conduzir o oxigênio 
dos pulmões para todas as células e o processo inverso de conduzir o gás carbônico 
das células para os pulmões, a fim de eliminá-lo.
 Leucócitos (glóbulos brancos): São os responsáveis pelo sistema de defesa 
do organismo, fundamentais para o corpo se proteger de infecções.
 Plaquetas: As plaquetas são determinantes no processo de coagulação 
do sangue, protegem-nos em casos de hemorragia, auxiliam na interrupção do 
sangue, no fechamento dos vasos sanguíneos. Portanto, são elas que impedem que 
extravase sangue (controle).
A medula óssea se localiza nas cavidades do osso esponjoso e no canal medular 
da diáfise dos ossos longos. Nos recém-nascidos essa medula apresenta cor 
vermelha devido ao alto teor das hemácias (medula óssea hematógena). Pouco 
a pouco, com a idade, vai sendo infiltrada pelo tecido adiposo, pela diminuição 
da atividade hematógena, e então essa cor passa a ser amarelada (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2013).
Medula óssea x Medula espinhal
Medula óssea: Tecido líquido que ocupa o interior dos ossos.
Medula espinhal: É composta de tecido nervoso e está localizada dentro 
da coluna vertebral, ela é a responsável por comunicar os impulsos 
nervosos do cérebro para o corpo.
Para saber um pouco mais sobre como acontece o processo de doação 
de medula óssea, acesse o link: <http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/
connect/orientacoes/site/home/perguntas_e_respostas_sobre_
transplante_de_medula_ossea>. Acesso em: 31 mar. 2016. 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
U3
106Periósteo e Endósteo
Os ossos são revestidos em suas superfícies externas e internas por membranas 
do tecido conjuntivo, denominadas periósteo e endósteo, respectivamente. Eles 
são essenciais para a vitalidade tecidual, pois é a partir desse processo que acontece 
perda e depois a reabsorção óssea. O periósteo reveste o osso externamente, só não 
nas superfícies articulares. (GLEREAN; SIMÕES, 2013). Dentre suas características, 
apresentam-se dois folhetos, um superficial e outro profundo, e este está em contato 
com o osso. Essa camada também pode ser chamada de osteogênica, que significa 
uma célula que pode se transformar em célula óssea e por isso pode ser incorporada 
ao osso, causando seu espessamento. 
Na camada mais superficial do periósteo é possível encontrar principalmente as 
fibras colágenas e fibroblastos. As fibras de Sharpey são feixes de fibras colágenas 
do periósteo que têm como função prender firmemente o periósteo ao osso 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013)
Em geral, os ossos são altamente vascularizados. As artérias penetram em seu 
interior e o irrigam, distribuindo-se na medula óssea. Quando o osso não tem a 
presença do periósteo, ele passa a ficar desnutrido e morre.
O endósteo geralmente está representado pelas camadas que revestem as 
trabéculas do osso esponjoso, canal medular e os canais de Harves e Volkmann. 
Quando são estimuladas, essas células do endósteo podem se transformar em 
osteoblastos.
Ligamentos x tendões 
Tendões são cordões bem resistentes, não contráteis, do tecido conjuntivo 
(colágeno) e são eles os responsáveis pela conexão entre o osso e o músculo. São 
os tendões que oferecem a força de contração muscular para o osso, gerando assim 
o movimento.
Ligamentos são tecidos semelhantes aos tendões, porém esses circundam as 
articulações e têm como função conectar o osso a outro osso. São eles que dão 
estrutura de alinhamento e estabilização das articulações, permitindo os movimentos, 
porém somente em determinadas direções.
Classificação óssea de ordem macroscópica
Os ossos têm classificação macroscópica, suas partes são observadas no 
microscópio e quando isso acontece conseguimos identificar que dentro dos ossos 
existem tubos estreitos onde passam vasos sanguíneos e células nervosas. São 
formadas por lâminas concêntricas. Esses canais são encontrados na região mais 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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compacta do osso (na diáfise), podem ainda ser encontrados no centro dos ósteons 
em cortes histológicos dos ossos. Existem também comunicações menores e mais 
transversais entre os canais de Havers, chamadas de Canais de Volkmann, com a 
mesma função de nutrir, mineralizar e enervar o osso.
 Metabolismo ósseo
O tecido ósseo, como já citamos, é formado por células (osteoblastos e 
osteoclastos), mineral (cálcio e fósforo) e sua matriz orgânica (proteínas colágenas 
e não colágenas). Esses osteoblastos têm como função sintetizar e mineralizar a 
matriz proteica com os cristais de hidroxiapatita enquanto que o osteoclastos vão 
atuar na função de reabsorção óssea. A vitamina D é um dos principais reguladores 
do bom andamento do cálcio nesse sistema. Como já vimos anteriormente, dentro 
dessas divisões existem dois tipos de ossos, o tubercular e o cortical. 
O osso tubercular está presente nas vertebras, crânio, pélvis e porção ultradistal 
do rádio. Esse osso tem maior metabolismo e está mais suscetível a transformações 
de massa óssea, enquanto o cortical está presente nos ossos longos, no colo femoral 
e no rádio distal (VAN DER SLUIS et al., 1999).
Formação óssea e suas fases
A mineralização óssea tem seu início na vida fetal e estende-se por toda a 
infância, tendo seu pico na adolescência. Nessa fase, o pico de formação óssea 
excede a reabsorção. O processo de remodelação é intenso, possui dois períodos 
de aceleração e crescimento, na primeira infância e adolescência (entre 11-14 anos 
nas meninas e 13-17 anos nos meninos) (MCDONAGH, 2001). 
Ainda nesse processo de formação, podemos caracterizar dois fatores que 
podem influenciá-lo: os fatores intrínsecos e os fatores extrínsecos. Os fatores 
intrínsecos possuem relação com o hereditário, sendo responsáveis por até 80% do 
pico final de massa óssea; outros fatores hereditários são a raça, o sexo e os fatores 
hormonais, como hormônios do crescimento, dependente da insulina I, estrógeno 
e testosterona. Já nos fatores extrínsecos temos os aspectos nutricionais, os fatores 
mecânicos, os hábitos adquiridos, o uso de medicamentos, drogas e ainda a possível 
presença de doenças crônicas (CASSIDY, 1999).
Esqueleto
Existe uma dúvida quando falamos do sistema ósseo e esquelético. Nesse sentido, 
toda vez que nos referimos ao conjunto de ossos e cartilagens que se interligam, e 
obviamente se unem entre si, chamamos de “sistema” esquelético, ou arcabouço. 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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Dessa forma, as funções e componentes diferenciam-se entre “tecido” e “sistema” 
esquelético.
Função do esqueleto
Dentre todas as características do sistema ósseo que apresentamos, precisamos 
ainda destacar as funções que ele tem perante nosso corpo. A seguir, veja as suas 
funções, explicaremos cada uma delas com o intuito de esclarecer a importância 
desse sistema.
Esqueleto articulado
O esqueleto articulado refere-se a como os ossos estão conectados. Eles podem 
ser articulados de forma natural, em que as articulações são unidas pelo tecido 
conjuntivo (formação da cápsula articular, tendões, ligamentos) e também pode 
ser de forma artificial, quando estão ligados por alguma peça, geralmente peças 
metálicas, parafusos, pinos, placas que têm como função conectar esses ossos. O 
osso articulado de forma mista é quando algumas articulações são conectadas de 
forma natural e também de forma artificial. 
O tecido ósseo é uma variedade do tecido conjuntivo e se caracteriza por sua 
matriz mineralizada, sendo um dos tecidos mais resistentes e rígidos do corpo e 
com funções importantes (GLEREAN; SIMÕES, 2013).
Temos como função do esqueleto: 
 Proteção: Proteger nossos principais órgãos, priorizando o sistema nervoso 
central e órgãos vitais, como coração e pulmões. 
O crânio e a coluna vertebral protegem nada mais que uma porção do sistema 
nervoso central. O crânio atua protegendo o encéfalo e a coluna vertebral, que 
assim fornece proteção à medula espinhal. Outros ossos que podemos citar como 
exemplo na proteção são a caixa torácica, que é composta por 12 costelas e pelo 
esterno, pelas escápulas e clavículas, formando uma grande caixa que visa dar 
proteção aos dois pulmões e ao coração.
 Sustentação e suporte do corpo: atua como arcabouço, funciona como base, 
estrutura, sustentação e dá forma aos tecidos. Serve como ponto de fixação para os 
tendões dos músculos. Sem essa sustentação seria impossível um ser humano ter a 
postura ereta.
 Armazenamento de íons, Ca (cálcio) e P (fósforo): São eles os responsáveis 
pela rigidez do osso. São nos ossos que o corpo armazena esses íons, nosso 
corpo “solicita” cálcio desse armazenamento para as disfunções metabólicas, 
portanto é necessário avaliar sempre esses componentes, já que o corpo em um 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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momento de necessidade os retira, deixando assim um déficit, caso não reposto 
adequadamente. 
A mulher tem que estar atenta ao armazenamento desses íons, principalmente 
na fase de gestação, quando o bebê precisará de cálcio para a formação óssea e, 
caso não o encontre automaticamente, o corpo irá retirar esse cálcio do osso da 
mãe. Isso poderá deixá-la mais suscetível a outros problemas, como a fragilidade 
do osso, que fica menos denso. Outro importante aspecto a se considerar é a 
menopausa: nessa fase existeuma mudança significativa da cinética hormonal, em 
que será inevitavelmente reduzida a liberação de hormônios que atuam aumentando 
a atividade osteoblástica. Uma vez que a atividade osteoblástica é reduzida devido à 
carência desses hormônios, a concentração de cálcio nos ossos também diminui, 
podendo iniciar um processo de redução da densidade óssea, que tem chances 
de culminarem doenças como a osteopenia ou osteoporose. Falaremos sobre elas 
mais adiante. 
 Sistema de alavancas: É o sistema de alavancas que, movimentado pelos 
músculos, permite os deslocamentos das estruturas ósseas e faz com que o 
indivíduo consiga se movimentar de um lado para o outro. Os músculos se prendem 
nos ossos através de seus tendões, e quando estes se contraem, tracionam os ossos 
como se fosse uma alavanca, o que permite produzir um movimento. Função do 
sistema músculo esquelético em que os músculos atuam ativamente e os ossos, 
passivamente.
 Produção de células sanguíneas ou hematopoiéticas: É a função que vem da 
medula óssea. É a medula que tem como função a produção de células sanguíneas. 
A medula óssea permite doação, pois ela mesma admite um suprimento contínuo 
de células sanguíneas novas.
Divisões do esqueleto
O sistema esquelético ou ósseo é dividido em duas grandes partes, a saber: 
esqueleto axial e esqueleto apendicular. 
Esqueleto axial: Forma o eixo do corpo, é constituído pela cabeça (crânio e face), 
coluna vertebral, sacro e cóccix, e ainda as costelas e o osso esterno.
Esqueleto apendicular: Formado pelas partes apensas do corpo (membros 
superiores e inferiores).
Cíngulos: É a união entre o eixo axial e apendicular, faz-se por meio das cinturas 
escapular e pélvica.
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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Ossos do esqueleto axial
• Crânio: É formado por 22 ossos, sendo 14 faciais ou viscerais e 8 neurais. O 
crânio é formado por 4 ossos medianos (osso frontal, etmoide, esfenoide e occipital) 
e 2 ossos bilaterais (ossos parietais e temporais), além desses 8 grandes ossos 
ainda há 3 ossículos auditórios, bilaterais, que estão alojados na orelha média e são 
chamados de martelo, bigorna e estribo. Existem também os ossos chamados de 
ossos saturais, que têm essa denominação porque se formam entre as suturas, que 
são articulações fibrosas entre os ossos do crânio. É formada por 6 ossos bilaterais 
e 2 ossos medianos. Os bilaterais são: maxilar, zigomático, nasal, lacrimal, concha 
nasal e platino, e os medianos são os ossos vômer e mandíbula (único osso móvel 
da cabeça).
• Coluna vertebral: Formada por 33 vértebras, distribuídas em 5 regiões. 7 vértebras 
formam a região cervical, 12 vértebras a torácica, 5 vértebras a lombar, e ainda há 
o osso sacro, que é um único osso 
que possui 5 vértebras sacrais, e no 
cóccix temos 4 vértebras coccígeas.
• Caixa torácica: Possui 12 pares 
de costelas, 7 pares são chamadas 
de vértebras verdadeiras, 3 pares 
de costelas falsas, e 2 pares de 
costelas flutuantes. A diferença 
entre a verdadeira e a falsa está na 
sua articulação com o osso esterno, 
sendo que as verdadeiras estão 
ligadas diretamente ao osso esterno 
e as falsas vão se ligar à cartilagem 
das verdadeiras, para que estas as 
liguem ao osso esterno.
• Osso hioide: Localizado na 
região logo abaixo da mandíbula.
A divisão das vértebras é referida 
da seguinte forma: C1 até C7, sendo 
a C1 chamada de atlas, a C2 de 
áxis e a C7 chamada de vértebra 
proeminente. Torácicas – da T1 até a 
T12 , lombares da L1 até a L5, sacrais 
da S1 até a S5 e coccígeas da Co1 
até a Co4 (Figura 3.4).
Fonte: Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/0/0f/Curvatura_coluna_vertebral.png>. Acesso em: 05 
abr. 2016.
Figura 3.2 - Divisões e curvaturas da coluna 
vertebral
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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Ossos do esqueleto apendicular
• Cintura escapular: composta pela clavícula e escápula.
Esse cíngulo do membro superior formado pela escápula, osso de forma 
triangular, classificado como osso plano, e pela clavícula como alongado, está 
situado na parte anterior à escápula, esta caracterizada por osso plano. É uma 
articulação bastante móvel, pois é ela que permite o movimento do braço em todas 
as direções. O osso do braço chama-se úmero, o antebraço é formado pelos ossos 
longos chamados de rádio e ulna e estes se articulam com a parte inferior da mão 
e se unem a mais oito ossos carpais, que formam o carpo, mais conhecido como 
punho. No total são 14 ossos que formam os dedos da mão, conhecidos como 
falanges. Podemos classificá-las em proximais, medias e distais. O polegar é o único 
que só tem a proximal e a distal.
• Cintura pélvica: ossos do quadril, formado pela união do ílio, ísquio e púbis. 
Até os 15 anos de idade o quadril está formado pelos três ossos. Após essa idade 
estes se fundem e forma-se o osso do quadril. Este osso articula-se com o fêmur, 
osso mais forte, resistente e longo do nosso corpo. O fêmur ainda se une à tíbia e à 
fíbula, que também são caracterizados como ossos longos, e é através desta união 
que se forma o osso da perna. Este 
então tem lugar para a articulação 
do joelho, o qual fornece espaço 
para o osso sesamoide (osso da 
patela).
• Ossos do membro superior: são 
compostos pelo úmero, rádio, ulna, 
ossos do carpo, ossos do metacarpo 
e falanges. Ossos da mão: falanges 
distais, falanges médias, falanges 
proximais, metacarpo e carpo 
(Figura 3.5).
• Ossos do membro inferior: são 
fêmur, patela, tíbia, fíbula, ossos do 
tarso, ossos do metatarso e falanges.
Ainda temos os ossos que se 
articulam no pé: sendo eles: tálus, 
calcâneo, navicular, cuboides e cuneiformes (lateral, intermédio e medial). Também 
fazem parte os 5 ossos metatarsos e os da falange (proximal, média e distal). 
Fonte: Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Falange#/
media/File:Scheme_human_hand_bones-pt.svg>. Acesso em: 1º 
abr. 2016.
Figura 3.3 – Sistema esquelético da mão
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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Para saber mais sobre o sistema esquelético, acesse: <http://www.
sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sistemaesqueletico2.php>. Acesso 
em: 20 mar. 2016.
Classificação dos ossos
Existem várias maneiras de classificar os ossos. Uma delas é a partir da sua 
posição topográfica, reconhecendo o osso axial (os que pertencem a esse grupo) e 
apendicular (que fazem parte do esqueleto apendicular). Porém a classificação mais 
conhecida e utilizada é a que leva em consideração a forma dos ossos. Para dividi-
los foi usado o critério de predominância de uma de suas dimensões, que podia ser 
o comprimento, largura ou espessura, sobre as outras duas, ou seja, ossos longos, 
curtos, planos, que são os laminares e irregulares. Vamos saber um pouco mais 
sobre eles.
• Ossos longos: O comprimento é maior que a espessura, e são constituídos 
por um corpo e duas extremidades. Normalmente têm a característica de serem 
meio curvados, o que lhes dá uma maior resistência pois absorvem menor estresse 
mecânico em relação ao peso do corpo em vários pontos. Esses ossos têm na 
sua diáfise (região periférica) ossos de tecido compacto e nas suas epífises grande 
quantidade de tecido ósseo esponjoso. Ex.: ossos do esqueleto apendicular. 
• Ossos planos ou laminares: O osso plano é mais largo, quando a largura do 
osso for maior que seu comprimento e sua espessura, ele será classificado como 
osso laminar ou plano.
• Ossos curtos: Os ossos curtos são caracterizados pelo comprimento, pela 
sua largura e espessura que se equivalem, quer dizer, quando os ossos forem 
parecidos nas suas dimensões e lembrarem a imagem de um ccubo, eles podem 
ser classificados como ossos curtos.
• Ossos irregulares: Os ossos irregulares não têm forma definida,ou seja, não 
poderão ser caracterizados como longos, laminares ou curtos. Têm característica 
bem diferente de qualquer outro. Ex.: vértebras, osso zigomático.
• Ossos pneumáticos: O osso pneumático tem esse nome relacionando-o 
com o ar, dentro da cavidade do osso há um espaço vazio, oco, e esse espaço é 
preenchido de ar. Em: osso maxilar, osso frontal, osso esfenoide.
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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Remodelação óssea
O osso, depois que atinge seu tamanho e forma de adulto, continua se formando. 
O próprio sistema faz com que o tecido ósseo antigo seja destruído e um novo 
seja formado em seu lugar. Esse processo acontece em várias partes do corpo e 
em velocidades variadas. Temos como exemplo a porção distal do fêmur, que é 
remodelada a cada quatro meses, o contrário dos ossos da mão que são substituídos 
completamente durante a vida inteira. Esse processo de remodelação permite 
que os tecidos que já tenham sido gastos e que tenham sofrido algum trauma ou 
• Ossos sesamoides: Normalmente são ossos arredondados que se localizam 
perto das articulações, os tendões passam se prendendo nesses ossos e existe uma 
função protetora e facilitadora de movimento por ser arredondado. Muito comum 
nas mãos e pés, um exemplo bem conhecido é a patela (osso do joelho).
Fonte: Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Bone#/media/File:Blausen_0229_ClassificationofBones.png>. Acesso 
em: 05 abr. 2016. Adaptado pelo autor.
Figura 3.4 - Tipos e divisões de ossos
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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114
lesão sejam trocados por novos e saudáveis. Outra característica importante dessa 
remodelação é o fato de agir como um estoque reserva de cálcio para o corpo.
Todo esse processo acontece a partir dos osteoblastos, que são células 
formadoras de matriz orgânica do osso, formadas a partir de células mesenquimais, 
participam do processo de mineralização e dos osteoclastos, que são células 
formadas a partir de mononucleadas da linhagem hematopoiética, e essas têm 
como função a reabsorção óssea (GLEREAN; SIMÕES, 2013).
Vamos entender um pouco mais sobre como funciona esse processo ósseo.
Quando um adulto está em perfeito equilíbrio, em homeostase com seu corpo, 
a ação dos osteoclastos e a dos osteoblastos se equivalem, e assim não acontece 
perda da densidade óssea. Quando osteoblastos são ativados, estes depositam 
cálcio de forma regionalizada, correspondente ao local de impacto mecânico, então 
são formados os conhecidos “calos ósseos” ou o que chamamos de esporão ou 
esporas. O contrário também pode ser prejudicial, pois se muito cálcio for retirado 
(osteoclasto) isso vai causar enfraquecimento dos ossos por causa do seu sistema 
de reabsorção, o que os deixará mais suscetíveis a fraturas.
Patologias relacionadas ao sistema ósseo
Agora vamos citar algumas patologias que estão envolvidas no sistema ósseo. 
Essas doenças nem sempre têm uma causa definida e podem surgir a partir de vários 
fatores, sendo eles de ordem hereditárias ou de estilo de vida. Entre os agravos mais 
conhecidos estão a osteopenia e a osteoporose, vamos conhecê-los um pouco 
melhor.
Osteoporose e Osteopenia
A osteoporose é uma patologia de condição osteometabólica. Ela se caracteriza 
pela perda progressiva de massa óssea, o que leva consequentemente a uma 
Para saber mais sobre sistema ósseo, acesse: <http://www.ufjf.br/
anatomia/files/2012/04/SISTEMA-ESQUELETICO-2014.pdf>. Acesso 
em: 31 mar. 2016. 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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115
diminuição da resistência e aumento da fragilidade óssea, causando um risco elevado 
de fratura (KAUFMAN; LAMSTER, 2002). A osteoporose pode ser classificada em dois 
tipos, a do tipo I ou pós-menopausa, que ocorre no período pós-menopausa, e a 
tipo II que ocorre na fase idosa e tem atingido de forma semelhante mulheres e 
homens. A osteopenia é a diminuição de massa óssea, este processo antecede à 
osteoporose.
A osteoporose tipo I já é considerada, ultimamente, como um problema de saúde 
pública mundial, pois estatísticas demonstram que uma em cada três mulheres 
provavelmente terá osteoporose pós-menopausa e isso pode ter um final fatal 
quando ocorre alguma fratura. (KOGA-ITO et al., 2004).
Exemplo dessa condição é a fratura de colo femoral, uma das complicações da 
diminuição da massa óssea. O índice de mortalidade causada por essa fratura do 
quadril é tão grande que já se tem números maiores do que a mortalidade de câncer 
de colo uterino, ovário e útero juntos (KAUFMAN; LAMSTER, 2002).
A formação da massa óssea é de grande importância durante a vida para as 
realizações das funções do dia a dia e é determinada por diversos fatores que podem 
ser genéticos, hormonais, biomecânicos e ainda relacionados à ingestão de cálcio 
durante o período de desenvolvimento (RAISZ, 1999). Já vimos que o osso é um 
tecido muito ativo, uma vez que o remodelamento ósseo acontece naturalmente 
pela ordem fisiológica de formação e reabsorção.
A densidade mineral óssea é um fator biofísico importantíssimo na medida 
da qualidade óssea. A quantidade de mineral ósseo, fosfato de cálcio na forma 
cristalina de hidroxiapatita, existente dentro de uma determinada parte do esqueleto 
é denominada de conteúdo mineral ósseo (CMO), e normalmente é contado em 
gramas (g). De acordo com Eis (2003), quando esse valor de CMO é dividido pela 
área esquelética, calculada em centímetros ao quadrado, temos o valor da densidade 
mineral óssea – DMO.
Um pico de massa óssea é atingido por volta dos trinta anos, aproximadamente, 
dos trinta aos quarenta anos ocorre um balanceamento entre formação óssea, 
atividade osteoblástica e reabsorção óssea, atividade osteoclástica, período em que 
a massa óssea se mantém. Após os 40 anos, as atividades de reabsorção óssea 
se modificam, assim o indivíduo começa perder massa óssea, numa velocidade 
aproximada de 0,3 a 0,4% da massa óssea por ano (LIMA; OLIVEIRA, 2003). Com 
o tempo essas ações diminuem e como consequência os ossos tornam-se mais 
porosos e têm sua resistência diminuída.
No período de menopausa, há um aumento nesse processo de remodelação 
óssea, entretanto ocorre mais reabsorção óssea do que formação, este processo 
fica desequilibrado com a contínua perda óssea (LANZILLOTTI, et al., 2003). 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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As causas e fatores que podem influenciar nesse processo são: o envelhecimento, 
a queda na produção de hormônios (por isso a alta incidência em mulheres na 
menopausa), a nutrição (alimentação deficiente, falta de cálcio e vitamina D), excesso 
de ingestão de medicamentos à base de cortisona, heparina e de medicamentos 
no tratamento de epilepsia, doenças de base como artrite reumatoide, diabetes, 
leucemia e linfoma, pessoa de pele branca, histórico de osteoporose na família, 
sedentarismo, consumo exagerado de álcool e tabagismo.
O estrógeno e a progesterona atuam na remodelação óssea, porém por 
mecanismos ainda não totalmente elucidados, o fato de ter a presença de 
receptores para estrógeno em osteoblastos e osteócitos indica o efeito direto 
desse hormônio sobre o tecido ósseo. Quando nos referimos aos osteoblastos, o 
estrógeno potencializa a diferenciação dessas células, o que permite a síntese e a 
mineralização da matriz óssea, regulando o aparecimento de genes que reúnem o 
colágeno tipo I e as proteínas não colagênicas, como osteopontina, osteocalcina, 
osteonectina, entre outras. Além disso, o estrógeno inibe a reabsorção óssea ao 
regular tanto a síntese quanto a liberação de citocinas, prostaglandinas e de fatores 
de crescimento (HIND; BURROWS, 2007).
Diagnóstico
O exame padrão-ouro para avaliar as medidas da massa óssea é a densitometria 
óssea – DXA (dual X-ray absorptiometry),esse exame tem como função medir 
sítios como o quadril e a coluna lombar. O resultado é apresentado em gramas por 
centímetros quadrados (g/cm2), a partir daí é possível comparar com uma média 
da população adulta jovem, em que estão estabelecidos valores de referência que 
permitem classificar a condição do sujeito (EIS, 2003). 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresenta alguns critérios de base para 
o diagnóstico densitométrico da osteoporose e osteopenia, baseado nos desvios-
padrões de médias populacionais de adulto jovem e idade analisada do exame, sendo 
que a diferença do desvio-padrão (T-score) entre essas duas médias populacionais 
define o diagnóstico como a seguir: 
 Osso normal com T-score até - 1
 Osteopenia com T-score de - 1 a - 2,5
 Osteoporose com T-score abaixo de - 2,5 
 Osteoporose grave com ocorrência de fratura com T-score abaixo de 2,532
Existem algumas partes do corpo mais suscetíveis ao desenvolvimento da 
doença óssea. Dentre elas, podemos destacar a coluna, o pulso e o colo do 
fêmur, sendo este último o de maior incidência e o mais perigoso. A osteoporose 
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é considerada um grande fator de risco para a saúde, ficando atrás somente das 
doenças cardiovasculares. 
A osteoporose geralmente é assintomática e quando se inicia o tratamento, não 
é raro que a doença esteja em algum grau mais avançado. Não existe a possibilidade 
de descobrirmos a falta de cálcio se não através dos exames específicos, em que 
o método mais comum é a densitometria óssea. Por isso, é importante que alguns 
sintomas sejam levados em consideração para o possível diagnóstico por meio de 
sinais. A osteoporose pode causar microfraturas, o que pode levar à diminuição da 
estatura e à compressão de raízes nervosas e também em partes do esqueleto. Ela 
ainda pode apresentar sintomas comuns, como dores na lombar, e estas podem se 
apresentar com ou sem compressão dos nervos, além de dores na coluna, como 
no nervo ciático que irradia para as pernas.
Prevenção 
Com a intenção de prevenir essa perda de massa óssea, vamos citar alguns critérios 
que podem ajudar no decorrer dos anos. Para prevenir a osteoporose, deve-se:
 Evitar comportamento sedentário, para tanto se recomenda manter a prática 
de atividade física por pelo menos 3 dias na semana. Essa atividade deve ter duração 
de pelo menos 30 minutos.
 Alimentar-se com dieta rica em cálcio, proteínas (laticínios), vitaminas 
(essencialmente a vitamina D), frutas e verduras cruas, manter boa hidratação 
(ingestão líquida de 2 litros/dia).
 Não fazer uso de tabaco, excesso de álcool e não ter sobrepeso/obesidade e 
nem baixo peso.
Osteoartrose é uma doença degenerativa da cartilagem articular, 
caracterizada pela inflamação e pelo desgaste cartilaginoso. Existe 
também a osteoartrite, que pode ser chamada de reumatismo. Tanto 
a osteoartrite quanto a osteoartrose são doenças caracterizadas pela 
irritação das articulações. Vale relembrar que as articulações são os 
locais onde um osso se conecta com outro osso. Quando eles começam 
a se tocar, começam as dores. 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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 Tomar sol da manhã/fim de tarde, antes das 10h da manhã e após as 16h, 
respectivamente, por pelo menos 15 min/dia. Isso ajudará na formação de vitamina 
D, importante no processo de calcificação dos ossos.
 Evitar fatores que predispõem a quedas, como superfícies irregulares, lisas ou 
esburacadas, bem como pisos escorregadios.
 Após os 45 anos fazer o exame de densitometria com periocidade conforme 
recomendação médica.
Medicamentos
O uso deve ser sempre prescrito e supervisionado por um médico. Dentre as 
opções de medicamentos, normalmente de uso diário, existem os de uso oral 
ou local, esses podem ser cremes, pomadas ou gel, substâncias analgésicas, 
anestésicos ou anti-inflamatórios, entre outros. Em alguns casos é prescrito o uso 
de hormônios como estrógenos, progesterona, vitamina D, calcitona, bifosfonados, 
raloxifeno, andrógenos e outros. Lembrando sempre que qualquer medicamento 
pode apresentar efeitos colaterais.
 O papel do estrogênio na manutenção óssea já foi reconhecido a algum 
tempo, mas é preciso ressaltar que a terapia estrogênica pode acarretar vários 
efeitos adversos não relacionados ao sistema esquelético, entre eles cardiopatias 
e carcinomas (CAULEY et al., 2003). Outro medicamento muito conhecido e de 
fácil aceitação é a combinação de cálcio e vitamina D como tratamento básico para 
osteoporose, ela tem como objetivo reduzir o risco de fratura de quadril e outras 
fraturas não vertebrais em mulheres idosas. Esse fato significativo foi observado 
quando realizaram uma pesquisa e após 18 meses as mulheres idosas apresentaram 
melhora (CHAPUY et al., 1992). Os pacientes idosos, que fizeram o tratamento com 
vitamina tiveram benefícios como aumento da forca muscular, reduzindo a chance 
de fraturas (CHAPUY et al., 1992; BISCHOFF et al., 2003). Tem-se ainda como 
opção as cirurgias, elas podem ser para limpeza e também corretivas, nos casos de 
osteoartrose, ou ainda, de inclusão ou troca de articulações (próteses articulares) 
sendo estas indicadas em casos extremos, quando a opção conservadora já não 
pode mais surtir melhora no intuito de restabelecer a mobilidade adequada. 
Patologias
Osteogênese imperfeita
A osteogênese imperfeita, também conhecida como doença de Lobstein ou ossos 
de vidro, é uma doença genética, marcada pela fragilidade óssea e osteopenia, o que 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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acarreta fraturas que podem ter origem intrauterina e frequentemente evoluem com 
graves deformidades ósseas e limitações funcionais. Os pacientes portadores dessa 
enfermidade nascem com falta da proteína necessária, o colágeno, ou ainda sem 
a capacidade de sintetizá-la. Algumas crianças nascem com tantas fraturas que não 
conseguem sobreviver por muito tempo, tendo a morte logo após seu nascimento; 
outras conseguem sobreviver, porém sofrem de inúmeras fraturas ao longo da vida, 
têm o crescimento em desacordo com as outras crianças e acabam apresentando 
déficit de estatura e algumas deformidades. A falta de colágeno afeta também todas 
as outras estruturas do corpo dependentes dessa substância, por exemplo, os vasos 
sanguíneos e a pele. Vale ressaltar que essa doença é extremamente rara.
A osteogênese imperfeita pode ser classificada em 4 grupos fundamentais: o 
tipo I, que é a forma leve, sendo identificado e caracterizado por poucas fraturas 
ao longo da vida, raras deformidades dos ossos longos, escleras azuladas, estatura 
quase sempre normal e dentinogênese imperfeita (descoloração e fraqueza dos 
dentes); o tipo II, que é letal no tempo perinatal, os bebês são pequenos e muito 
hipotônicos, e é possível observar múltiplas fraturas mesmo antes do parto, as 
deformidades são graves e escleras escuras; a característica do tipo III é a forma 
potencialmente grave ajustada com a vida. As pessoas diagnosticadas e afetadas têm 
face triangular, baixa estatura, inúmeras fraturas, deformidades grandes nos ossos 
longos, escleras acinzentadas e dentinogênese imperfeita; já as características do 
tipo IV são compostas por um grupo altamente heterogêneo, tanto em relação à 
gravidade e seriedade quanto às características clínicas. Elas apresentam um número 
variado de fraturas e arqueamento do fêmur, mesmo que apresentem a ocorrência 
de fratura. Não é observada surdez e as escleras podem ser brancas ou cinzas 
(SILLENCE; SENN; DANKS, 1979).
O programa da rede pública de saúde no Brasil para o tratamento da osteogênese 
imperfeita é oferecido com medicamentos do grupo dos bisfosfonatos (pamidronato 
dissódico e alendronato dissódico), de forma gratuita, descentralizadae de fácil 
acesso. Os medicamentos oferecidos no tratamento têm como principal função 
inibir a reabsorção óssea, ocasionando o aumento da densidade mineral óssea, 
a redução da dor e do número de fraturas, melhorando assim o prognóstico da 
doença. (RAUCH; GLORIEUX, 2004).
As deformidades esqueléticas que normalmente passam a existir são:
• Peito carinatum, conhecido como peito cavado.
• Tíbia curva.
• Ossos faciais pequenos e cifoescoliose.
• Hipotonicidade.
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120
• Mal desenvolvimento muscular.
• Hiperextensibilidade articular.
• Baixa estatura e muitas vezes dependência de cadeira de rodas.
• Ossos longos mais propícios a fraturas, principalmente entre as idades de 2 a 3 
anos e 10 a 15 anos.
• Surdez secundária a otosclerose, muitas vezes só aparece na idade adulta, até 
35% apresentam perda auditiva por volta da terceira idade.
O diagnóstico dessa doença, também chamada de ossos de vidro, pode ser 
feito ainda na gravidez por meio do exame de ecografia, e se ela for detectada é 
recomendado aos pais que façam uma orientação genética para saber qual a 
possibilidade de recorrência da doença em uma nova gestação. 
As fraturas são tratadas de forma habitual como outras fraturas, com redução e 
imobilização do osso para a regeneração celular. O grande risco acontece quando 
há fratura de crânio pois esta pode fazer com que ocorra lesão cerebral e até a 
morte. Em alguns pacientes ainda pode ser necessário o tratamento com vários 
produtos, entre eles temos os bisfosfonatos e a calcitonina que se destacam, 
pois são inibidores da reabsorção óssea, ainda indica-se a fisioterapia, tendo esta 
proporcionado resultados importantes. Apesar de todos esses tratamentos, sabe-se 
que não existe cura para essa doença.
Raquitismo e osteomalacia
O raquitismo é uma doença óssea caracterizada pela redução da mineralização 
da placa epifisária de crescimento, e a osteomalacia é caracterizada pela diminuição 
da mineralização do osso cortical e trabecular, com acúmulo de tecido osteoide 
não mineralizado ou insuficientemente mineralizado. São processos que, em geral, 
ocorrem juntos. Logo após ocorrer o fechamento da cartilagem epifisária, quando 
termina a fase do crescimento, apenas a osteomalacia permanece (GOLDRING et 
al.,1989). 
A formação e o crescimento ósseo dependem exclusivamente da produção da 
matriz óssea, formada principalmente por colágeno, e sua mineralização através da 
destituição dos cristais de hidroxiapatita, esses compostos são essencialmente de 
cálcio e fósforo. A falha do procedimento de mineralização tem como uma das 
causas a inadequada concentração extracelular desses íons, e a falta ou pouca 
eficiência da ação dos elementos responsáveis por sua absorção, que nesse caso é 
exclusivamente a vitamina D (TERMINE; ROBEY, 1996).
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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121
O raquitismo é uma enfermidade que surge na infância após um processo de 
mutação ocorrido nos ossos, decorrente da ação incorreta de substâncias e minerais. 
Essa modificação faz com que os ossos das crianças fiquem frouxos e frágeis, o que 
acarreta algumas lesões e deformações. Essa patologia é mais comum nos países 
em desenvolvimento, ela se desencadeia pela falta de vitamina D ou pela carência 
do contato com o sol. Uma dieta pobre em vitaminas, a desnutrição e a falta de 
cálcio têm o mesmo valor de importância na obtenção da doença. 
O raquitismo é a doença na idade infantil, enquanto que a osteomalacia é a 
patologia de quadro similar adquirida na vida adulta, causada também pela a falta 
de vitamina D. Essa substância é a porta de entrada para absorção do fósforo e 
do cálcio e sem ela naturalmente a taxa de cálcio é diminuída, os ossos e dentes 
sofrem alterações e até os nervos e músculos são afetados, pois entram em estado 
de intensa excitação.
O diagnóstico é feito através do exame de sangue em que os índices de fósforo, 
cálcio, fosfato e alcalina são analisados. Além dos exames de sangue também é 
necessário o exame de radiografia para um completo diagnóstico.
Os sintomas mais comuns aparecem quando se apresentam dores nos ossos, 
afecção dos dentes, uma fragilidade dos músculos, o aumento nas lesões ósseas, 
alterações no crescimento, espasmos sem controle e ainda pode haver alterações 
no crânio, na costela e sua cartilagem. 
Tanto para o tratamento como para a prevenção do raquitismo, é preciso 
incluir a exposição ao sol, assim como aumentar a ingestão de alimentos com 
vitamina D, cálcio, fósforo (óleo de fígado, óleo de bacalhau e óleo de fígado 
linguado). A dose pode ser intensificada a partir de suplementos e ainda com 
a escolha da vitamina D3, que é melhor e mais rapidamente absorvida pelo 
organismo que a vitamina D2. 
Distúrbios posturais
Os distúrbios posturais, também conhecidos como desvios ou curvas 
espinhais anormais, podem ser causados por osteoporose, doenças ou defeitos 
congênitos. Dentre os três distúrbios posturais que existem temos escoliose, 
cifose e lordose, e ainda dentro dessa classificação é possivel avaliar se é leve, 
moderada ou avançada.
Na escoliose, a visão da coluna tem uma curva lateral anormal, que pode ser 
avaliada pela visão de trás do indivíduo. Os outros dois casos podem ser avaliados 
e detectados pela visão lateral. A cifose é muito conhecida como "corcunda" e é 
comum principalmente em mulheres idosas com osteoporose. A curva vista nessa 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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122
condição é exagerada, as vértebras torácicas fazem com que os ombros se curvem. 
A lordose é uma característica muito comum em mulheres grávidas e em homens 
com barrigas largas. É uma curva acentuada da lombar, e normalmente desaparece 
ou tende a diminuir muito com o parto ou a perda de peso.
Há associação da obesidade com alterações osteoarticulares pelo excesso de 
massa corporal, ocorrendo consequentemente uma diminuição da estabilidade e 
aumento descompensado das necessidades mecânicas para adaptação corporal 
(SACCO et al., 1997; TEIXEIRA, 1996). 
A postura pode ser definida como a posição do corpo no espaço, e esta tem 
relação direta de suas partes, elementos com a linha do centro de gravidade. Para 
que tenhamos uma postura correta, adequada, é necessário um ajustamento do 
sistema neuromusculoesquelético (NARDI; PORTO, 1994). 
Todo indivíduo traz características únicas de postura que são influenciadas e 
determinadas ao longo da formação por vários fatores: anomalias ósseas congênitas 
e adquiridas, vícios posturais, excesso de peso corporal, principalmente gordura 
corporal localizada, deficiência proteica na alimentação, atividades físicas sem 
orientação e/ou inadequadas, pode ser influenciada por alterações respiratórias 
e musculares, frouxidão ligamentar, e podem ainda ser agravados por distúrbios 
psicológicos (TEIXEIRA; 1996; LOVELL; WINTER, 1991; TACHDJIAN, 1995).
Cifose
A cifose dorsal é fisiológica e estabelecida por uma curvatura suave. Porém a 
hipercifose é anormal, e se forma devido a maus hábitos posturais, podendo 
ser reduzida, convertida se tratada. A hipercifose constitucional é rigorosa ou 
parcialmente redutível e sofre de alterações vertebrais que podem ter muitas causas, 
dentre elas as congênitas, pós-traumáticas, infecciosas, tumorais, contudo, a mais 
comum atinge cerca de 1% da população, prevalece no sexo masculino e tem 
incidência familiar, conhecida como cifose juvenil, ou cifose familiar ou doença de 
Scheuermann (WENGER; FRICK, 1999). 
A doença de Scheuermann é caracterizada por uma cifose dorsal exagerada, 
de incidência familiar, e manifesta-se por uma forte deformidade praticamente 
irredutível, causando por vezes dor lombálgica, dor devido à má postura, e ainda é 
caracterizada no exameradiográfico por um ajuste dos corpos vertebrais envolvidos 
com as irregularidades das plataformas vertebrais e osteoporose observadas. 
Lordose
A incidência de dor lombar na população em geral é muito elevada. As causas e 
sintomas são muitos e variados, o que explica a dificuldade no diagnóstico etiológico. 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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Lombalgias são muito frequentes na idade adulta e na velhice, sendo mais raras na 
infância e na adolescência. A ciência da anatomia da coluna e de sua fisiologia é de 
grande importância para se compreender o desenvolvimento da lombalgia, e assim 
a sua dor. 
Além das vértebras e dos músculos, a coluna é dependente do funcionamento 
dos discos intervertebrais e dos seus ligamentos. Essa necessidade se dá devido à 
sustentação e é necessária para a mobilização. 
Com o passar dos anos, a perda da mobilidade das articulações da coluna 
vertebral ocorre significantemente, assim como a diminuição na potência muscular e 
hipotrofia dos músculos abdominais, com o predomínio do iliopsoas e paravertebrais 
lombares sobre a musculatura ântero-lateral do abdome. Contudo, a estruturação 
das partes da coluna lombar na posição de hiperlordose acaba caracterizando a 
hiperextensão do conjunto lombossacro. 
Durante as práticas diárias, é possível observar que o grau de lordose lombar 
é variável durante a vida. Normalmente, na infância e adolescência a mobilidade 
lombar acontece naturalmente, porém na idade adulta, com a manifestação de 
fatores como a gravidez, o sedentarismo, a obesidade e a osteoporose, a coluna 
lombar apresenta uma diminuição dessa mobilidade. Contudo, a ação dos músculos 
iliopsoas, na idade adulta, tendem a desempenhar flexão da pelve sobre os quadris, 
substituindo a atuação dos músculos abdominais. Assim, necessariamente, músculos 
flexores da coxa sobre a pelve tendem a aumentar sua força, o que acarreta no 
desequilíbrio entre esses músculos.
A identificação desse desequilíbrio no momento em que ele acontece pode ser 
fator decisivo na prevenção da estruturação da coluna lombar em hiperextensão, ou 
seja, em hiperlordose. Essa perda ou diminuição da mobilidade da coluna lombar 
em razão do desequilíbrio muscular pode ser causa de avanço da pressão nas 
articulações interfacetárias, acarretando uma possível artrose, sendo reconhecida 
como síndrome facetária. A profilaxia do desequilíbrio muscular lombar é um forte 
elemento, que pode ser o diferenciador no tratamento e um meio fundamental na 
redução dos índices de lombalgia na população em geral. 
Escoliose
A escoliose é o desvio frequentemente encontrado na visão de plano frontal, 
ela pode ser definida como um desvio da linha vertical normal da coluna vertebral, 
que consiste numa curvatura lateral com rotação vertebral (JANICKI; ALMAN, 2007) 
(Figura 3.7). 
A avaliação, o diagnóstico e o acompanhamento do desvio escoliose, 
tradicionalmente, é por radiografia, este por sinal é considerado o método padrão-
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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124
ouro para a avaliação de desvios posturais (JEFFERSON et al., 1988; MAC-THIONG 
et al., 2007). 
Contudo, a principal preocupação clínica na utilização desta técnica é que em 
crianças com escoliose, para se ter o acompanhamento necessário e assim saber a 
evolução da doença, é necessária a realização de exame radiográfico por trimestre 
ou a cada semestre, expondo o sujeito a elevadas doses de radiação ionizante 
(TURNER-SMITH et al., 1988). 
Especialmente se tratando de curvas precoces, o período de acompanhamento 
para esses pacientes geralmente é longo e, portanto, torna-se necessário reduzir a 
exposição aos raios X, sem prejudicar a avaliação da progressão da doença e seu 
tratamento (WEISZ et al., 1988). 
 Nesse contexto, técnicas não invasivas para a avaliação das curvaturas 
da coluna vertebral são altamente desejáveis (TURNER-SMITH et al., 1988), pois os 
exames com exposição à radiação 
ionizante oferecem riscos, e 
adicionalmente, apresentam outros 
méritos confrontados à radiografia, 
como o menor custo e a menor 
complexidade técnica (CHEN; LEE, 
1997). 
Essas técnicas e medidas 
de avaliação podem ser muito 
úteis, como testes de triagem 
para escoliose, que possibilitam 
um encaminhamento médico e 
diagnóstico precoce, impedindo 
maiores complicações e 
agravamentos clínicos. Mais à frente, 
com todas essas informações 
providas das avaliações posturais 
não invasivas, é possível obter 
informações de atividades físicas 
adequadas, colaborando tanto com 
os treinadores físicos na prescrição 
das atividades físicas quanto com 
os fisioterapeutas, nos tratamentos. 
Os métodos não invasivos de 
análise da deformidade possibilitam 
a compreensão e estimativa do tratamento, fornecendo informações importantes, 
como a deformidade visível do tronco (GOLDBERG et al., 2001).
Fonte: Disponível em: <http://www.istockphoto.com/photo/
scoliosis-film-x-ray-show-spinal-bend-in-teenager-patient-
gm500062460-80577295?st=43fe719>. Acesso em: 07 mar. 2016.
Figura 3.5 - Formação da coluna normal e com 
escoliose
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
U3
125
1. Existem patologias de origem genética ou adquiridas na 
infância que podem estar ocultas por roupas ou sapatos/
tênis. Como avaliar esse indivíduo sem correr o risco de ser 
confundido por alguns desses objetos?
2.. Qual é a real importância de um profissional com 
conhecimento específico nos exames de avaliação postural?
1. Sabemos que o corpo humano é composto de vários 
sistemas, todos eles importantes para o seu desenvolvimento 
e funcionamento. Dentre eles, um de grande importância é o 
sistema ósseo. Quais, dentre suas funções, se destacam?
a) Osteoblastos e Osteoclastos.
b) Sustentação e calcificação.
c) Proteção dos órgãos e do sistema articular.
d) Proteção, sustentação e suporte do corpo, armazenamento 
de íons, cálcio e fósforo, sistema de alavancas e produção 
sanguínea e hematopoiética.
e) Todas as alternativas anteriores.
2. Sabemos que o sistema ósseo é um tipo importante do tecido 
conjuntivo e que este passa por um processo de formação. O 
que caracteriza esse processo?
 I. Tecido muscular, órgãos, ossos.
 II. Tecido conjuntivo, células, matriz extracelular calcificada, 
 matriz óssea, periósteo e endósteo.
III. Osteoblastos e osteoclastos.
a) Apenas a afirmativa I está incorreta.
b) Apenas a afirmativaa II está correta.
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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126
c) Apenas a afirmativa III está correta.
d) As afirmativas I, II e III estão corretas.
e) As afirmativas II e III estão incorretas.
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
U3
127
Seção 3.2
Respostas agudas do exercício físico no sistema 
ósseo
A densidade mineral óssea (DMO) é resultado da atividade de dois processos 
metabólicos, que compõem a formação e a reabsorção óssea. Esses permitem que 
o esqueleto desempenhe as suas funções principais, como suporte mecânico do 
corpo, estoque de cálcio e hematopoiese, processo de renovação celular do sangue 
por meio de processos mitóticos. 
Os marcadores do metabolismo ósseo servem para identificar a atividade óssea 
e para estimar as taxas e direção que as atividades biológicas reagem, estimando as 
taxas de renovação óssea. As vantagens para o emprego desses marcadores é que 
são menos críticos do que os radiológicos, sendo mais tênue o impacto frente aos 
equipamentos radiológicos, e ainda são facilmente obtidos e analisados. Entretanto, 
determinadas desvantagens são evidentes, possuem uma variabilidade biológica 
elevada. Os metódos radiológicos, exames de sangue e exame de urina também 
possibilitam a identificação de marcadores deatividade metabólica do sistema ósseo.
O exercício físico é fortemente conhecido como fonte de remodelação 
mineral óssea e é recomendado para previnir problemas como a osteoporose e 
do metabolismo ósseo. São inúmeros os experimentos com marcadores do 
metabolismo ósseo após o exercício.
A realização de um breve exercício não é suficiente para modificar as 
concentrações séricas de marcadores do metabolismo ósseo. Variações nos 
marcadores são mais evidentes após várias horas ou dias da realização do exercício, 
porém esses marcadores de formação óssea são mais sensíveis do que os 
marcadores de reabsorção, sendo que a estimulação de osteoblastos e/ou funções 
de osteoclastos está condicionada ao exercício. As respostas aos exercícios de efeito 
agudo dependem dos marcadores, que parecem ser menos sensíveis aos exercícios 
resistidos (pesos), e a intensidade do exercício não é discriminatória (não faz 
diferença entre os outros). Diante das comparações feitas entre indivíduos treinados 
e não treinados (controles), temos confirmado a ideia de que o exercício físico é um 
grande influenciador sobre a remodelação óssea.
Sabemos que todo aumento na densidade mineral óssea é importante para a 
saúde dos ossos. Para aprimorar nossos conhecimentos, vamos falar sobre um 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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128
tratamento agudo (estudo) feito com homens em plataformas vibratórias em alta 
intensidade e exercícios de resistência muscular localizada com carga de 1RM. Esse 
estudo sugeriu que o exercício físico agudo, quando analizado seus efeitos nos 
exercícios de vibrações de corpo inteiro, era capaz de alterar a reabsorção óssea e 
os marcadores de remodulação óssea em homens jovens, mas não parecem ter um 
efeito positivo em lactato, hematócrito ou na formação óssea e nas respostas dos 
marcadores para o exercício de resistência. Enfim, mais pesquisas serão necessárias 
para comparar os efeitos de diferentes tipos, frequências, amplitudes e acelerações 
em metabolismo ósseo. 
Para saber mais sobre exercício e sistema ósseo, acesse: <http://www.
efdeportes.com/efd124/efetividade-do-exercicio-fisico-no-controle-
da-massa-ossea-em-pessoas-idosas.htm>. Acesso em: 20 mar. 2016.
1. É possível afirmar que o efeito do exercício agudo não é 
benéfico em nenhum dos fatores de estimulação do tecido 
ósseo?
2..Mesmo sendo tardios os efeitos dos osteoclastos e 
osteoblastos, como podemos avaliar a necessidade do 
exercício físico para um indivíduo?
1. Sabemos que a densidade mineral óssea (DMO) é resultado de 
um processo dinâmico do sistema ósseo. Quando os ossos são 
frágeis e quebradiços, isso está diretamente relacionado à baixa 
DMO, e ossos fortes estão ligados à alta DMO. Qual o processo 
pelo qual os ossos passam que aumenta a concentração desse 
tecido e do volume ósseo?
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
U3
129
a) Formação e reabsorção óssea.
b) Periósteo, endósteo.
c) Osteoclastos e osteoblastos.
d) Esponjoso e compacto.
e) Matriz óssea e reabsorção óssea.
2. Sabemos que o processo de remodelação óssea acontece 
a partir de forças de pressão ou tração exercidas sobre o osso. 
A partir desse conhecimento, qual combinação de células é 
conhecida por fazer o processo de remodelação mineral 
óssea?
a) Formação óssea, matriz óssea e reabsorção óssea.
b) Periósteo, endósteo.
c) Osteoclastos e osteoblastos.
d) Esponjoso e compacto.
e) Força de pressão e tração.
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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131
Seção 3.3
Respostas crônicas do exercício físico no sistema 
ósseo
A osteoporose é uma das doenças mais diagnosticadas em mulheres e homens 
de todo o mundo. Mesmo tendo conhecimento de que os esteroides sexuais sejam 
de suma importância na formação da osteoporose, a inatividade física constitui um 
fator de risco bem considerado. O exercício físico tem ação no osso por efeito 
direto, via força mecânica, ou indireto, levado por fatores hormonais. Porém os 
mecanismos pelos quais a atividade física melhora a massa óssea ainda não são 
completamente conhecidos.
Considerando os benefícios da atividade física no tecido ósseo, a prática regular 
de esportes vem sendo aconselhada na prevenção e até mesmo no tratamento 
da osteoporose. A remodelagem é considerada significativa, segundo Guyton e 
Hall (2002), a partir de três aspectos: Em primeiro lugar, o osso normalmente ajusta 
sua força em proporção ao grau de estresse ósseo; assim, ossos se tornam mais 
grossos quando submetidos a cargas pesadas. Em segundo, a forma do osso pode 
ser remodelada para sustentar adequadamente as forças mecânicas através da 
deposição e da absorção do osso de acordo com os padrões de estresse. E em 
terceiro, como o osso velho se torna quebradiço e fraco, há necessidade de uma 
nova matriz orgânica quando a antiga se degenera, assim, a resistência normal do 
osso é mantida. Para Zazula e Pereira (2003), o exercício tem tido efeitos benéficos 
sobre o aumento e prevenção da perda da massa óssea.
O estresse físico causado pela prática de determinados exercícios é associado 
aos efeitos osteogênicos no tecido ósseo e pode ser considerado estímulo para a 
remodelação e fortalecimento do osso, de acordo com Erickson e Sevier (1997).
Efeito da atividade física sobre o tecido ósseo
Apesar de sabermos que muitos sustentam a hipótese de que a atividade física 
apresenta efeito importante sobre o sistema ósseo, alguns resultados ainda são 
contraditórios, muitos não demonstraram alterações, outros mostram um aumento 
e alguns até mesmo redução da massa óssea (BOURRIN et al., 1994). 
Temos ainda a constatação de que a prática de exercícios físicos nas fases de 
crescimento e de desenvolvimento está relacionada a um ganho de 7 a 8% de 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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132
massa óssea no indivíduo adulto, o que reduz substancialmente os riscos de fratura 
na idade avançada (HENDERSON; WHITE; EISMAN, 1998). 
Sabe-se também que dependendo do tipo e da intensidade do exercício, as 
respostas sobre o tecido ósseo variam (WALLACE et al., 2000). 
No entanto, não são todos os tipos de exercício que podem promover efeito 
benéfico e qualitativo sobre o esqueleto de mulheres na pós-menopausa. Alguns 
demonstram que exercícios com carga moderada, como caminhadas e corridas 
leves, causam um aumento significativo do conteúdo mineral ósseo dessas 
mulheres. Ao contrário, em mulheres na pós-menopausa, quando submetidas a 
exercícios físicos de baixa carga de peso, como natação, não houveram alterações 
no conteúdo mineral ósseo (SINAKI, 1989). 
Exercícios físicos com carga moderada auxiliam na manutenção ou no ganho de 
massa óssea em mulheres na pós-menopausa (BERARD; BRAVO; GAUTHIER, 1997). 
Nessa mesma fase, a atividade física quase sucessivamente causa efeito anabólico 
conjunto, se associada a outro tipo de tratamento convencional da osteoporose 
(MOSEKILDE et al., 1999). 
Esse processo de força mecânica, quando aplicada sobre o tecido ósseo, tem o 
poder de iniciar sinais endógenos que intervêm nas ações de remodelação óssea. 
A atividade física também promove aumento das conexões das ramificações 
canaliculares dos osteócitos, nos canalículos as células se comunicam e trocam 
moléculas e íons pelas junções gap, aumentando a viabilidade da matriz óssea 
(OCARINO, 2004).
Contudo podemos dizer que o efeito indireto da atividade física sobre o osso, 
causado por fatores hormonais, abrange a produção de citosina e a liberação de 
fatores de crescimento pelas células ósseas, promovendo o natural aumento da 
atividade osteoblástica (HENDERSON; WHITE; EISMAN, 1998). 
A atividade física aumenta a produção dohormônio de crescimento (GH) que 
tem consequência anabólica direta ou indireta. Quando avaliado seis horas após o 
exercício, há aumento dos níveis de RNAm de IGF-1; porém, existe uma polêmica 
sobre a liberação de IGF-1 na atividade física (WALLACE et al., 2000; BRAHM; PIEHL-
AULIN; LJUNGHALL, 1997). Em seres humanos, mesmo não havendo elevação 
plasmática, a liberação local de IGF-1 é a principal responsável pelo resultado 
anabólico do exercício sobre o tecido ósseo (BRAHM; PIEHL-AULIN; LJUNGHALL, 
1997).
A prática de exercício físico não tem resposta exclusivamente sobre o osso como 
tecido, mas no osso como órgão, uma vez que apresenta atuação nas placas de 
crescimento. O estresse mecânico ajusta a homeostasia da cartilagem no período 
do crescimento endocondral e também no estágio de reparo de fraturas (KIM et al., 
1994). 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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133
Efeito da atividade física sobre a medula óssea
Os principais fatores de diferenciação das células da medula em células 
osteoprogenitoras (células adicionais em função de desenvolver e curar nossos 
ossos) têm sido alvo de pesquisas. Essas possuem fatores que excitam a medula 
para que o fornecimento de células ósseas sejam conhecidos, sabemos também 
que a prostaglandina E2 (MO et al., 2002), o hormônio do crescimento, o IGF1 e 
as proteínas morfogenéticas (processo de modelagem dos organismos) do osso 
(BMPs) são fatores respeitáveis para reunir células osteoprogenitoras à medula 
(YAMAGUCHI et al., 2000). 
1. A prática de exercício físico é de grande importância 
em qualquer fase da vida, pois ela pode ser benéfica se 
bem planejada. Diante disso, quais conhecimentos são 
importantes que o profissional do exercício tenha para se 
alcançar resultados mais expressivos no que tange à saúde 
óssea?
2. Existe uma maneira de identificarmos se uma pessoa tem 
ou não agravos ligados ao sistema ósseo sem os métodos de 
imagem?
3. Por que é necessário elaborarmos um plano para a prática 
de atividades físicas baseado em uma avaliação precoce?
Para saber mais sobre o sistema ósseo, acesse: <http://www.efdeportes.
com/efd119/osteoporose-e-os-diferentes-tipos-de-exercicios-fisicos.
htm>. Acesso em: 31 mar. 2016. 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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134
1. É de conhecimento que a prática de exercício físico influencia 
positivamente a densidade mineral óssea, principalmente em 
mulheres com idade avançada. Sobre a prática de exercícios 
para mulheres idosas na remodelagem óssea, é possível afirmar:
a) Apenas natação oferece benefícios.
b) Apenas atividades aeróbias trazem benefícios.
c).Exercícios com carga moderada, como caminhadas e 
corridas leves, são indicados. 
d) Natação combinada com atividades sem tração.
e) Exercícios físicos de baixa carga de peso, como natação.
2. É possível afirmar que a prática de exercícios físicos nas 
idades iniciais pode influenciar na densidade mineral óssea 
adulta. Assim, é correto afirmar:
a) A prática de exercício na infância estimula o tecido 
cartilaginoso na idade adulta.
b) A prática de exercícios na infância se reflete no fortalecimento 
dos tendões e ligamentos.
c) As práticas de exercícios físicos aumentam a densidade óssea, 
o que repercutirá positivamente na DMO na idade adulta.
d) As práticas de exercícios na infância estimulam o tecido 
ósseo esponjoso e compacto.
e) As práticas de exercícios na infância não estimulam o tecido 
cartilaginoso, tendões e ligamentos, dessa forma, não são 
importantes na idade adulta.
Nesta unidade, pudemos compreender como ocorre o processo 
de formação, crescimento e as principais características do 
sistema ósseo, as particularidades e funções específicas no 
processo de sustentação, equilíbrio, proteção dentre outras 
peculiaridades que lhes são atribuídas.
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
U3
135
Verificamos que existe uma grande diferença entre cada tipo 
de osso e suas respectivas matrizes, além do processo de 
calcificação específico em cada região do corpo.
Falamos também como o sistema ósseo pode influenciar na 
qualidade de vida, desde a formação na infância até a idade 
adulta.
Aprendemos sobre as patologias, como é importante para os 
profissionais terem conhecimento sobre cada uma delas, e assim 
poder oferecer mais qualidade no atendimento e cuidado.
Aprendemos que a nutrição, a exposição ao sol ou o uso de 
medicamentos podem ser importantes para a homeostase do 
sistema ósseo, desde que na medida certa e com orientação 
adequada.
Após todas essas informações, verificamos que o exercício físico 
pode ser um ótimo aliado e pode trazer benefícios em todos os 
aspectos.
Diante deste contexto, podemos entender que nem sempre as 
pessoas irão apresentar algum sintoma antes de ter um problema 
ou desgaste ósseo, pois normalmente quando os agravos são 
descobertos significa que já estão em uma fase avançada. Por 
isso as instruções, a avaliação e o acompanhamento feito por um 
profissional atento podem ser grandes aliados na prevenção e 
manutenção do sistema ósseo, assim como na qualidade de vida 
do indivíduo que já tenha conhecimento sobre algum agravo.
Vimos, nesta unidade, importantes informações que nos 
agregaram novos conhecimentos sobre o sistema ósseo. 
Informações que irão nos ajudar no entendimento dentro da 
nossa área de atuação, como os fatores intrínsecos e extrínsecos 
que podem influenciar nas respostas ósseas do organismo 
humano.
Esses fatores, que podem ser genéticos ou ambientais, muitas 
vezes podem trazer consequências para toda a vida, afinal o 
sistema ósseo é o que nos mantém em equilíbrio para realizar 
nossas atividades diárias. Diante disso, é importante que o 
profissional responsável tenha conhecimentos e procure 
informações acerca do perfil do indivíduo sob sua orientação e, 
certamente, após analisar as características de cada um deles, 
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
U3
136
usar seu conhecimento para elaborar um planejamento com 
estratégias que sejam baseadas em evidência e auxiliem tanto no 
seu desenvolvimento como na manutenção postural.
1. Quando o tecido ósseo é analisado através de 
microscópio, podemos, além de suas substâncias, analisar 
suas características, ou seja, as regiões do tecido ósseo. Quais 
os principais tecidos possíveis de encontrar a partir desse 
método?
a) Tecido cartilaginoso.
b) Periósteos, tendões e ligamentos.
c) Osteoclastos e osteoblastos.
d) Tecido ósseo esponjoso e compacto.
e) Tecido conjuntivo, ligamentos e tendões.
2. Sabemos que o sistema esquelético é composto por vários 
tipos de ossos e cada um tem uma característica. Quantos 
e quais os tipos de ossos podemos encontrar no sistema 
esquelético?
a) 2, axial e apendicular.
b) 3, periósteos, tendões e ligamentos.
c) 2, longo e curtos.
d) 6, longos, curtos, laminares, irregulares, pneumáticos e 
sesamoides.
e) 4, axial, apendicular, longos e curtos.
3. A osteoporose já é uma doença que acomete muitas 
pessoas, e sua incidência é maior em mulheres de idade 
avançada (a partir dos 45 anos). Diante desse conhecimento, 
qual método mais comum, considerado padrão-ouro, é 
utilizado para diagnosticar a osteoporose?
Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
U3
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a) Radiografia.
b) Impedância.
c) Densitometria óssea.
d) Ressonância magnética.
e) Avaliação postural e radiografia.
4. O tecido ósseo, apesar de não parecer, também é um 
tecido vivo. Ele é composto por diferentes tipos celulares e 
por uma matriz mineralizada. Sabendo disso, qual a alternativa 
incorreta?
a) Nutrientes e gases difundem-se pela matriz óssea.
b) São as células especiais do tecido ósseo que são as 
principais responsáveis pela matriz óssea.c) A destruição e reabsorção da matriz é feita pelas próprias 
células do tecido ósseo.
d) Movimentação, sustentação e proteção são funções do 
tecido ósseo.
e) É possível encontrar vasos sanguíneos dentro das cavidades 
ósseas.
5. Sabemos que o tecido ósseo é composto por vários tipos 
celulares. Cada um deles tem um papel importante nas suas 
mais variadas funções. Para a produção da matriz óssea, sendo 
ela um fator de grande importância, qual a célula responsável 
por esse processo?
a) Osteócitos.
b) Osteoclastos.
c) Osteoclastos e osteoblastos.
d) Endósteo.
e) Osteoblastos.
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Respostas agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema ósseo
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