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newcastle aviária

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17. DOENÇA DE NEWCASTLE
 
-Etiologia: É um vírus RNA envelopado, de fita simples e que possuem genoma não segmentado de polaridade negativa, da família Paramyxoviridae, da subfamília Paramyxovirinae e pertencente ao gênero Avulavirus.
-Característica do agente etiológico: Apresentam nucleocapsídeo em forma de espiral, com aproximadamente 18nm de diâmetro e 5nm de espessura, possui projeções ou espículas na superfície de seu envelope, as de tamanho maior (8nm) são constituídas de glicoproteína (HN) e as de tamanho menor são formadas por glicoproteína (F) que auxilia o vírus a difundir-se nas células do hospedeiro.
-Patogenia:
*Índice de Patogenicidade Geral: Deve-se avaliar o índice de patogenicidade da estirpe isolada, a avaliação é baseada com testes in vivo IPIC, TMME e IPIV, pesquisadores estão desenvolvendo testes in vitro para analisar a base molecular de patogenicidade do VDN. 
→Índice de Patogenicidade Intracerebral (IPIC): O índice IPIC é a pontuação média recebida por ave, por dia, durante período de oito dias, nas amostras mais patogênicas, este índice se aproxima de 2.0 enquanto as estirpes vacinais se aproximam de 0,0. 
→Índice de Patogenicidade Intravenosa (IPIV): O índice IPIV é a pontuação média recebida por ave, por dia, durante o período de 10 dias, amostras lentogênicas e algumas mesogênicas apresentam IPIV zero, enquanto que as amostras patogênicas o IPIV se aproxima de 3.0.
*Patotipos:
→Velogênico Viscerotrópico: Apresenta-se altamente patogênica, culminando em altos índices de mortalidade, frequentemente são observadas lesões hemorrágicas intestinais e respiratórias; 
→Velogênico Neurotrópico: Forma que apresenta alta mortalidade e usualmente são observados sinais nervosos e respiratórios; 
→Mesogênico: apresenta sinais respiratórios mais brandos, ocasionalmente sintomatologia nervosa, mas com baixa mortalidade; 
→Lentogênica ou Vacinal: Apresenta infecções respiratórias brandas ou subclínicas; 
→Entérica Assintomática: consiste usualmente de infecção entérica subclínica.
-Aves susceptíveis e portadores: Além de aves, o VDN pode infectar várias espécies de répteis, principalmente serpentes, e mamíferos, até o homem. Nas aves o VDN é capaz de infectar mais de 241 espécies, representando 27 das 50 ordens de aves existentes. Dentre essas espécies podemos citar frangos, perus, patos domésticos, gansos, pombos, avestruzes, aves exóticas como os psitacídeos e palmípedes. 
-Fontes de infecção, meios de disseminação e vetores: Animais portadores e infectados; Se dá por contato com produtos contaminados, fômites, aerossóis, fezes, ração ou água contaminada; Insetos e artrópodes transmitem mecanicamente o vírus.
-Porta de entrada e vias de eliminação: Trato respiratório, mucosa ocular e oral/fecal; Descarga nasal/ocular, excretas e ovos naturalmente infectados.
-Epidemiologia: A introdução da doença no Brasil ocorreu aparentemente por conta da importação de carcaças congeladas oriundas dos E.U.A., em 1953, nas cidades de Belém e Macapá, depois foram assinalados no Rio e Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Piauí, São Paulo, Goiás, Distrito Federal, Amazonas e Mato Grosso.
 -Sintomas:
→Velogênico Viscerotrópico: Apatia, alterações respiratórias, edema ao redor dos olhos e na cabeça, diarreia esverdeada, debilidade, prostração e morte;
→Velogênico Neurotrópico: Doença respiratória severa, sinais neurológicos e redução na produção de ovos;
→Mesogênico: Doença respiratória, redução na produção de ovos e sinais nervosos;
→Lentogênica ou Vacinal: Doença respiratória branda à moderada/ colisepticemia com aerossaculite (condenação de carcaça);
-Alterações macroscópicas: Anorexia, depressão, respiração acelerada, descarga nasal e ocular, conjuntivite, dispneia, convulsões, tremores, torcicolos e paralisias de pernas e asas; À necropsia observa-se edema da cabeça, região do pescoço, peritraqueal e entrada do tórax, hemorragias e ulcerações na laringe, turvação dos sacos aéreos e inflamação da traqueia, hemorragias no coração e aumento no saco pericárdio, hemorragias petequiais na mucosa do proventrículo e no intestino, inflamação na mucosa da cloaca, peritonite sero-fibrinosa e petéquias no peritônio.
-Alterações microscópicas: Lesões necróticas e hemorragia na maioria dos órgãos acometidos, inflamação e infiltrado celular na traqueia, lesões proliferativas e exsudativa nos pulmões, infiltração linfocitária nos sacos aéreos, pulmões e traqueias, degeneração neuronal, agregado perivascular de células linfocíticas e proliferação das células endoteliais.
-Método(s) de diagnóstico: 
( ) Clínico: 
(x)Anatomo-patológico: Avaliação de leões pós mortem;
(x)Laboratorial: Isolamento viral, sorologia.
-Diagnóstico diferencial: Bronquite infecciosa, laringotraqueíte, coriza, doença crônica respiratória, pasteurelose e salmonelose.
-Controle e prevenção: Interdição de qualquer propriedade com foco, destruição de produtos infectados ou expostos, quarentena, controle de trânsito, descontaminação, vigilância para extensão da infecção, zoneamento para definir áreas infectadas e vacinação. 
(X) Vacinação: Vacinas vivas preparadas com estirpes não patogênicas (lentogências) do VDN, por exemplo, no 1º dia de vida (estirpes Hitchner B1 ou HB1) e revacinações periódicas (estirpe La Sota). Para aves de maior longevidade (poedeiras e reprodutores), o programa vacinal geralmente inclui revacinações com vacina viva durante o crescimento e a revacinação com vacina inativada via intramuscular antes da postura. 
-Existe tratamento?Não. 
-É uma zoonose? (X) sim ( ) não. Da classe 2, com infecção humana por quaisquer estirpes, incluindo a vacinal. 
-O sacrifício é obrigatório? (X) sim ( ) não

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