Buscar

Estudo do Reaproveitamento dos Resíduos Sólidos Industriais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 133 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 133 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 133 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESTUDO DO REAPROVEITAMENTO 
DOS RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS 
NA REGIÃO METROPOLITANA DE JOÃO PESSOA 
(BAYEUX, CABEDELO, JOÃO PESSOA E SANTA RITA) - PB. 
 
 
 
por 
 
 
 
Jussara Severo da Silva 
 
 
 
 
 
Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Federal da Paraíba 
para obtenção do grau de Mestre 
 
 
 
 
 
 
João Pessoa - Paraíba Agosto - 2004 
Universidade Federal da Paraíba 
Centro de Tecnologia 
curso de pós-graduação em engenharia urbana 
- mestrado - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DO REAPROVEITAMENTO 
DOS RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS 
NA REGIÃO METROPOLITANA DE JOÃO PESSOA 
(BAYEUX, CABEDELO, JOÃO PESSOA E SANTA RITA) - PB. 
 
 
Dissertação submetida ao Curso de Pós-
Graduação em Engenharia Urbana da 
Universidade Federal da Paraíba como parte dos 
requisitos necessários para a obtenção do título 
de Mestre 
 
 
 
Jussara Severo da Silva 
 
 
ORIENTADOR: Prof. Dr. Heber Pimentel Gomes 
 
 
João Pessoa - Paraíba Agosto - 2004 
Universidade Federal da Paraíba 
Centro de Tecnologia 
curso de pós-graduação em engenharia urbana 
- mestrado - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
S586e Silva, Jussara Severo da. 
Estudo do reaproveitamento dos resíduos sólidos 
industriais na região metropolitana de João Pessoa 
(Bayeux, Cabedelo, João Pessoa e Santa Rita) - PB./ 
Jussara Severo da Silva. João Pessoa: 2004. 
111p. 
Orientador: Heber Pimentel Gomes. 
Dissertação (mestrado em Engenharia Urbana). 
UFPB/CT. 
Inclui bibliografia. 
1. Resíduos Sólidos Industriais. 2. Indústrias. 
3. Reaproveitamento - resíduos sólidos industriais. 
4. Meio Ambiente. 
 
UFPB/BC CDU 628.54(043) 
 2. ed. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao meu pai, João Severo (in memorian) e 
a minha mãe, Zelita, pelo exemplo de 
força, coragem, dedicação e honestidade. 
 
Dedico
AAGGRRAADDEECCIIMMEENNTTOOSS 
 
 
Ao Prof. Dr. Heber Pimentel Gomes pela orientação deste trabalho. 
 
A Prof. Dra. Claudia Coutinho pelo apoio e sugestões sempre prestados. 
 
Aos Professores Aluísio Braz de Melo e Valderi Duarte Leite pela atenção e participação na 
banca examinadora. 
 
Aos colegas de mestrado pela amizade e incentivo prestado durante o curso. 
 
Aos alunos, funcionários e professores do LARHENA – Laboratório de Recursos Hídricos e 
Engenharia Sanitária e Ambiental pelo ambiente de trabalho estimulando o crescimento, 
respeito e ajuda mútua. 
 
Aos professores e funcionários do Mestrado em Engenharia Urbana que juntamente com os 
alunos ajudam no desenvolvimento deste Programa de Pós-graduação para a UFPB e para a 
sociedade. 
 
Ao Centro de Tecnologia da UFPB pela cordialidade prestada ao longo do curso. 
 
Aos órgãos públicos e IES que possibilitaram a coleta de informações. Em especial ao Sr. 
Aécio Germano (SUDEMA), Sr. José Mário (CINEP) e ao Prof. Dr. Valdir Schalch 
(UFSCar). 
 
A CAPES pela concessão da bolsa de estudos. 
 
As indústrias que abriram suas portas para realização deste trabalho. 
 
Aos meus velhos e novos amigos, que me fazem lembrar Fernando Pessoa: “O valor das 
coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por 
isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”. 
Fernando Pessoa (1888-1935) 
 
Aos padres Jonas Abib, Leo, Edmilson, José Augusto, Dalcides e a todos da família Canção 
Nova, pela formação e o ensino de viver na Divina Providência; além das palavras adequadas, 
ditas da forma certa e na hora exata. 
 
A minha irmã Giselda pela contribuição e estímulo constante. 
 
Ao meu pai João Severo (in memorian) pelo exemplo de trabalho e compromisso. 
 
Agradeço com carinho à minha mãe Dona Zelita pelo apoio e orientação na minha vida. 
 
E a Deus, pela força, amor e proteção incondicional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Comece fazendo o necessário, 
depois, faça o possível, 
e logo estarás fazendo o impossível”. 
 
São Francisco de Assis 
 vi 
SSUUMMÁÁRRIIOO 
 
Lista de Figuras..................................................................................................................... x 
Lista de Tabelas..................................................................................................................... xiv 
Lista de Quadros................................................................................................................... xv 
Lista de Abreviaturas e Siglas............................................................................................... xvi 
Resumo.................................................................................................................................. xviii 
Abstract................................................................................................................................. xix 
1 - INTRODUÇÃO....................................................................................................... 1 
 1.1 - OBJETIVOS.......................................................................................................... 5 
2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................. 6 
 2.1 - BREVE HISTÓRICO SOBRE O SANEAMENTO NO SÉCULO XX.................. 6 
2.1.1 - Dados do Saneamento no Brasil................................................................. 7 
 2.2 - RESÍDUOS SÓLIDOS........................................................................................... 8 
2.2.1 - Definição de Resíduos Sólidos................................................................... 8 
2.2.2 - Definição de Resíduos Sólidos Industriais................................................. 8 
2.2.3 - Periculosidade de um Resíduo.................................................................... 9 
2.2.4 - Classificação de Resíduos Sólidos Industriais............................................ 10 
 2.3 - INDÚSTRIAS......................................................................................................... 16 
2.3.1 - A revolução industrial................................................................................. 16 
2.3.2 - A industrialização no Brasil........................................................................ 16 
2.3.3 - Industrialização na Paraíba......................................................................... 17 
2.3.4 - Principais cidades do Estado da Paraíba..................................................... 18 
2.3.5 - Localização dos Distritos Industriais.......................................................... 19 
 2.4 - REAPROVEITAMENTO...................................................................................... 22 
2.4.1 - O termo reaproveitamento.......................................................................... 23 
 vii 
2.4.2 - Compra e venda de resíduos....................................................................... 24 
2.4.3 - A importância do reaproveitamento........................................................... 25 
 2.5 - DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS EM REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS 28 
 2.6 - DISPOSIÇÃO FINALDOS RESÍDUOS SÓLIDOS.............................................. 33 
2.6.1 - Definição e tipos de Aterro Sanitário........................................................... 33 
2.6.2 - Disposição final dos resíduos sólidos na área de estudo.............................. 34 
2.6.2.1 - Lixão do Roger.............................................................................. 35 
2.6.2.2 - Aterro Sanitário Metropolitano..................................................... 35 
2.6.3 - Aterro para resíduos industriais.................................................................... 37 
 2.7 - GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS........................................ 39 
2.7.1 - Índices internacionais de geração de resíduos industriais............................ 39 
2.7.1.1 - Industrial Pollution Projection System (IPPS) ............................. 40 
2.7.1.2 - Pollution Prevention and Abatement Handbook.......................... 40 
2.7.1.3 - Pollution Release Transfer Register (PRTR) ............................... 40 
2.7.2 - Inventário de resíduos sólidos industriais..................................................... 41 
2.7.2.1 - Goiás.............................................................................................. 41 
2.7.2.2 - Pernambuco................................................................................... 42 
2.7.2.3 - Minas Gerais.................................................................................. 42 
2.7.2.4 - Rio Grande do Sul......................................................................... 42 
2.7.2.5 - Paraíba........................................................................................... 42 
3 - METODOLOGIA..................................................................................................... 49 
3.1 - DELIMITAÇÃO DO UNIVERSO DESTE TRABALHO...................................... 49 
3.1.1 - Municípios abrangidos neste trabalho.......................................................... 50 
3.2 - LEVANTAMENTO DE DADOS............................................................................ 51 
3.3 - METODOLOGIA UTILIZADA NA DISSERTAÇÃO........................................... 51 
3.3.1 - Definição das indústrias pesquisadas........................................................... 51 
3.3.2 - Distribuição das indústrias pesquisadas por atividade econômica............... 52 
 viii 
3.3.3 - Elaboração do banco de dados..................................................................... 54 
3.3.4 - Conteúdo do questionário............................................................................. 54 
3.3.5 - Aplicação do questionário............................................................................ 58 
3.3.6 - Visita aos órgãos públicos............................................................................ 58 
3.3.7 - Critérios para avaliação dos dados............................................................... 58 
4 - RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................ 60 
4.1 - DISTRIBUIÇÃO DAS INDÚSTRIAS PESQUISADAS....................................... 61 
4.2 - RESULTADOS GERAIS DAS INDÚSTRIAS...................................................... 61 
4.3 - ANÁLISE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS PRODUZIDOS POR TIPOLOGIA 
INDUSTRIAL ......................................................................................................... 64 
4.3.1 - Fabricação de produtos alimentícios e bebidas............................................ 66 
1.0 - Alimentos............................................................................................ 66 
2.0 - Bebidas................................................................................................ 68 
4.3.2 - Fabricação de produtos têxteis..................................................................... 68 
4.3.3 - Confecção de artigos do vestuário e acessórios........................................... 71 
4.3.4 - Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos 
de viagem e calçados..................................................................................... 73 
4.3.5 - Fabricação de celulose, papel e produtos de papel....................................... 76 
4.3.6 - Edição, impressão e reprodução de gravações............................................. 76 
4.3.7 - Fabricação de produtos químicos................................................................. 77 
4.3.8 - Fabricação de artigos de borracha e plástico................................................ 78 
4.3.9 - Fabricação de produtos de minerais não-metálicos...................................... 79 
4.3.10 - Metalurgia básica........................................................................................ 80 
4.3.11 - Fabricação de móveis e indústrias diversas................................................ 80 
4.4 - ANÁLISE DO REAPROVEITAMENTO POR TIPOLOGIA INDUSTRIAL....... 82 
4.4.1 - Fabricação de produtos alimentícios e bebidas............................................ 82 
1.0 - Alimentos............................................................................................ 83 
 ix 
2.0 - Bebidas................................................................................................ 85 
4.4.2 - Fabricação de produtos têxteis..................................................................... 85 
4.4.3 - Confecção de artigos do vestuário e acessórios........................................... 87 
4.4.4 - Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos 
de viagem e calçados.................................................................................. 89 
4.4.5 - Fabricação de celulose, papel e produtos de papel....................................... 91 
4.4.6 - Edição, impressão e reprodução de gravações............................................. 91 
4.4.7 - Fabricação de produtos químicos................................................................. 92 
4.4.8 - Fabricação de artigos de borracha e plástico................................................ 93 
4.4.9 - Fabricação de produtos de minerais não-metálicos...................................... 94 
4.4.10 - Metalurgia básica........................................................................................ 95 
4.4.11 - Fabricação de móveis e indústrias diversas................................................ 95 
4.5 - RESULTADOS GERAIS DA RECICLAGEM E DO REAPROVEITAMENTO 97 
5 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES......................................................... 99 
REFERÊNCIAS............................................................................................................... 104 
ANEXO I............................................................................................................................. 110 
ANEXO II........................................................................................................................... 111 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 x 
LLIISSTTAA DDEE FFIIGGUURRAASS 
 
Figura 2.1 - Fluxograma para classificação de resíduos NBR 10.004.................................. 11 
Figura 2.2 - Cidades que possuem ou polarizam um distrito industrial (CINEP, 2002)...... 19 
Figura 2.3 - Distrito Industrial de João Pessoa (CINEP, 1995) ........................................... 20 
Figura 2.4 - Distrito Industrial de Mangabeira (CINEP, 1995) ........................................... 20 
Figura 2.5 - Distrito Industrial de Santa Rita (CINEP, 1995) ............................................. 20 
Figura 2.6 - Vista aérea da cidade de Bayeux (SUDEMA, 2000) ....................................... 21 
Figura 2.7 -Vista aérea da cidade de Cabedelo (FELICIANO, 2003)................................. 21 
Figura 2.8 - Estrutura dos critérios básicos adotado no Peru............................................... 24 
Figura 2.9 - Fluxograma da proposta de Butter (2003) ....................................................... 32 
Figura 2.10 - Fluxograma geral de um processo de logística reversa dos resíduos 
industriais (BUTTER, 2003) ......................................................................... 32 
Figura 2.11 - Relação entre os principais componentes da crise ambiental......................... 33 
Figura 2.12 - Vista aérea do antigo Lixão do Roger (NÓBREGA, 2003)............................ 35 
Figura 2.13 - Entrada do Aterro Sanitário Metropolitano em agosto de 2003..................... 36 
Figura 2.14 - Unidade de reciclagem próximo ao Aterro Sanitário Metropolitano de João 
Pessoa (NÓBREGA, 2003)............................................................................. 37 
Figura 2.15 - Aterro Sanitário urbano e industrial em Berna - Suíça (OLIVEIRA, 1999).. 38 
Figura 2.16 - ARIP Classe I da Tramontina em Carlos Barbosa - RS (OLIVEIRA, 2001) 38 
Figura 2.17 - ARIP Classe II em construção na cidade de Gravataí - RS (OLIVEIRA, 
2001)............................................................................................................. 38 
Figura 2.18 - ARIP Classe I em operação na cidade de Bento Gonçalves - RS 
(OLIVEIRA, 2002).................................................................................... 39 
Figura 3.1 - Municípios da área de estudo............................................................................ 50 
Figura 3.2 - Questionário aplicado nas indústrias................................................................ 56 
Figura 3.3 - Fluxograma da metodologia utilizada............................................................... 59 
Figura 4.1 - Distribuição quantitativa das tipologias industriais pesquisadas por 
Município.......................................................................................................... 65 
Figura 4.2 - Papelão e plástico inutilizado............................................................................ 67 
Figura 4.3 - Restos de produção........................................................................................... 67 
 xi 
Figura 4.4 - Sobras de embalagens....................................................................................... 67 
Figura 4.5 - Outros materiais que apresentam perdas........................................................... 67 
Figura 4.6 - Papelão no pátio................................................................................................ 67 
Figura 4.7 - Sobras de produção aguardando transporte...................................................... 67 
Figura 4.8 - Estopa................................................................................................................ 69 
Figura 4.9 - Estopa tingida.................................................................................................... 69 
Figura 4.10 - Restos de fios prontos..................................................................................... 69 
Figura 4.11 - Produto danificado.......................................................................................... 69 
Figura 4.12 - Primeiro ponto de desperdício........................................................................ 70 
Figura 4.13 - Sobras de sisal já selecionado......................................................................... 70 
Figura 4.14 - Coleta na linha de produção............................................................................ 71 
Figura 4.15 - Resíduo a ser enfardado.................................................................................. 71 
Figura 4.16 - Produção de fardos na própria empresa.......................................................... 71 
Figura 4.17 - Fardos prontos para utilização na caldeira...................................................... 71 
Figura 4.18 - Resíduo expelido diretamente no saco plástico.............................................. 73 
Figura 4.19 - Sobras que ainda serão trituradas.................................................................... 73 
Figura 4.20 - Plástico a ser recolhido pela cooperativa........................................................ 73 
Figura 4.21 - Resíduo proveniente na etapa de acabamento................................................ 73 
Figura 4.22 - Couro resultante do corte................................................................................ 75 
Figura 4.23 - Couro oriundo do acabamento........................................................................ 75 
Figura 4.24 - Restos de laminado......................................................................................... 75 
Figura 4.25 - Resíduos em baias........................................................................................... 75 
Figura 4.26 - Lâmpadas........................................................................................................ 75 
Figura 4.27 - Couro armazenado em tambor........................................................................ 75 
Figura 4.28 - Coleta separada de resíduos............................................................................ 75 
Figura 4.29 - Produto a ser transportado.............................................................................. 75 
Figura 4.30 - Restos de vela branca...................................................................................... 78 
Figura 4.31 - Restos de vela colorida .................................................................................. 78 
Figura 4.32 - Matéria-prima do plástico............................................................................... 79 
 xii 
Figura 4.33 - Produção do plástico....................................................................................... 79 
Figura 4.34 - Plástico em bobinas......................................................................................... 79 
Figura 4.35 - Plástico pigmentado........................................................................................ 79 
Figura 4.36 - Piaçava comprada em fardos.......................................................................... 82 
Figura 4.37 - Perda de piaçava............................................................................................. 82 
Figura 4.38 - Madeira in natura............................................................................................ 82 
Figura 4.39 - Restos de madeira........................................................................................... 82 
Figura 4.40 - Serragem incinerada a céu aberto................................................................... 82 
Figura 4.41 - Desperdício nos suporte dos pelos das vassouras........................................... 82 
Figura 4.42 - Embalagens de vidro....................................................................................... 84 
Figura 4.43 - Papelão aguardando transporte....................................................................... 84 
Figura 4.44 - Tambores plásticos.......................................................................................... 84 
Figura 4.45 - Paletes............................................................................................................. 84 
Figura 4.46 - Resíduo que vai para ração animal................................................................. 85 
Figura 4.47 - Sacos de estopa que voltam para o produtor................................................... 85 
Figura 4.48 - Moldes de garrafas PET..................................................................................85 
Figura 4.49 - Sisal sendo levado para confecção de fardos.................................................. 87 
Figura 4.50 - Fardos prontos para ser utilizado na caldeira.................................................. 87 
Figura 4.51 - Restos de fios prontos..................................................................................... 87 
Figura 4.52 - Produção de bobinas a partir de restos de fios................................................ 87 
Figura 4.53 - Bobinas feitas com restos de fios.................................................................... 87 
Figura 4.54 - Produtos doados à uma escola da comunidade............................................... 87 
Figura 4.55 - Reaproveitamento do carretel de plástico....................................................... 88 
Figura 4.56 - Resíduo pronto para a venda........................................................................... 88 
Figura 4.57 - Caixas de papelão........................................................................................... 88 
Figura 4.58 - Localização das sobras.................................................................................... 88 
Figura 4.59 - Emenda das sobras.......................................................................................... 89 
Figura 4.60 - Resultado da emenda...................................................................................... 89 
Figura 4.61 - Latas usadas de cola para sapato..................................................................... 90 
 xiii 
Figura 4.62 - Reaproveitamento das latas de cola para sapato ............................................ 90 
Figura 4.63 - Latas reaproveitadas na unidade.................................................................... 90 
Figura 4.64 - Paletes............................................................................................................. 90 
Figura 4.65 - Moldes dos sapatos......................................................................................... 90 
Figura 4.66 - Alguns tipos de resíduos que são levados para Recife (PE) .......................... 90 
Figura 4.67 - Cones de papelão a ser reaproveitado............................................................. 91 
Figura 4.68 - Papelão a ser vendido...................................................................................... 92 
Figura 4.69 - Tambores de metal.......................................................................................... 92 
Figura 4.70 - Baldes de plástico........................................................................................... 92 
Figura 4.71 - Tambores de plástico...................................................................................... 92 
Figura 4.72 - Reaproveitamento da parafina........................................................................ 93 
Figura 4.73 - Sobras que não voltam para o processo.......................................................... 93 
Figura 4.74 - Resíduo lançado a céu aberto.......................................................................... 93 
Figura 4.75 - Material que serve para ser utilizado em churrasqueiras................................ 93 
Figura 4.76 - Plástico branco................................................................................................ 94 
Figura 4.77 - Plástico pigmentado........................................................................................ 94 
Figura 4.78 - Resíduo pronto para a venda.......................................................................... 94 
Figura 4.79 - Resíduo aguardando comprador..................................................................... 94 
Figura 4.80 - Cabos comprados prontos............................................................................... 96 
Figura 4.81 - Cabos comprados para reaproveitar................................................................ 96 
Figura 4.82 - Cabos reaproveitados...................................................................................... 96 
Figura 4.83 - Utilização de material reaproveitado.............................................................. 96 
Figura 4.84 - Borracha reaproveitada................................................................................... 97 
Figura 4.85 - Reaproveitamento do plástico......................................................................... 97 
 
 
 
 
 
 
 
 xiv 
LLIISSTTAA DDEE TTAABBEELLAASS 
 
Tabela 3.1 - Critérios adotados para exclusão de algumas tipologias industriais............ 52 
Tabela 3.2 - Distribuição do número de indústrias pesquisadas por Divisão da CNAE... 53 
Tabela 4.1 - Número de indústrias que responderam o questionário, das que não 
atenderam, das que estão desativadas ou não estão implantadas e suas 
correspondentes porcentagens, em relação ao total de visitas..................... 61 
Tabela 4.2 - Freqüência da coleta interna......................................................................... 62 
Tabela 4.3 - Tipo de resíduo produzido, quantidade, formas de armazenamento e 
desperdício nas nove indústrias alimentícias................................................ 66 
Tabela 4.4 - Tipo de resíduo produzido, quantidade, formas de armazenamento e 
desperdício na indústria de bebida................................................................ 68 
Tabela 4.5 - Tipo de resíduo produzido, quantidade, formas de armazenamento e 
desperdício nas três indústrias de beneficiamento de fibra têxtil natural 
(algodão) e tecelagem................................................................................... 69 
Tabela 4.6 - Tipo de resíduo produzido, quantidade, formas de armazenamento e 
desperdício na indústria de artefatos de tapeçaria e cordoaria..................... 70 
Tabela 4.7 - Tipo de resíduo produzido, quantidade, formas de armazenamento e 
desperdício nas três indústrias de confecção de artigos do vestuário e 
acessórios...................................................................................................... 72 
Tabela 4.8 - Tipo de resíduo produzido, quantidade, formas de armazenamento e 
desperdício nas três indústrias de preparação de couros e fabricação de 
artefatos de couro, artigos de viagem e calçados.......................................... 74 
Tabela 4.9 - Tipo de resíduo produzido, quantidade, formas de armazenamento e 
desperdício na indústria de celulose, papel e produtos de papel.................. 76 
Tabela 4.10 - Tipo de resíduo produzido, quantidade, formas de armazenamento e 
desperdício nas cinco indústrias de edição, impressão e reprodução de 
gravações...................................................................................................... 76 
Tabela 4.11 - Tipo de resíduo produzido, quantidade, formas de armazenamento e 
desperdício nas quatro indústrias de produtos químicos............................. 77 
Tabela 4.12 - Tipo de resíduo produzido, quantidade, formas de armazenamento e 
desperdício nas três indústrias de artigos de borracha e plástico................ 78 
Tabela 4.13 - Tipo de resíduo produzido, quantidade, formas de armazenamento e 
desperdício nas seis indústrias de produtos de minerais não-metálicos...... 79 
Tabela 4.14 - Tipo de resíduo produzido, quantidade, formas de armazenamento e 
desperdício na indústria de metalurgia básica............................................. 80 
Tabela 4.15 - Tipo de resíduo produzido, quantidade, formas de armazenamento e 
desperdício nas quatro indústrias de móveis e diversas.............................. 81 
Tabela 4.16 - Resultados obtidos para reciclagem e reaproveitamento de toda a amostra 
pesquisada..................................................................................................... 97xv 
LLIISSTTAA DDEE QQUUAADDRROOSS 
 
Quadro 2.1 - Pesquisa Nacional de Saneamento Básico...................................................... 7 
Quadro 2.2 - Classificação de Resíduos Sólidos (SCHALCH, 1991) ................................. 8 
Quadro 2.3 - Descrição do Resíduo Classe I (CONAMA 313/2002) ................................. 13 
Quadro 2.4 - Descrição do Resíduo Classe II ou Classe III (CONAMA 313/2002)............ 14 
Quadro 2.5 - Descrição dos Distritos Industriais existentes na Paraíba (ZENAIDE, 1996) 22 
Quadro 2.6 - Abrangência do termo reaproveitamento a partir da estrutura do seu 
vocábulo....................................................................................................... 23 
Quadro 2.7 - Principais componentes dos resíduos sólidos de acordo com as tipologias 
industriais....................................................................................................... 27 
Quadro 2.8 - Dados do Inventário dos Resíduos Sólidos Industriais em Goiás.................. 44 
Quadro 2.9 - Dados do Inventário dos Resíduos Sólidos Industriais em Pernambuco........ 45 
Quadro 2.10 - Dados do Inventário dos Resíduos Sólidos Industriais em Minas Gerais..... 46 
Quadro 2.11- Dados do Inventário dos Resíduos Sólidos Industriais no Rio Grande do 
Sul.................................................................................................................. 47 
Quadro 2.12 - Dados do Inventário dos Resíduos Sólidos Industriais na Paraíba............... 48 
Quadro 3.1 - Descrição dos municípios (IDEME, 2000).................................................. 50 
Quadro 3.2 - Descrição das seções existentes na Classificação Nacional de Atividades 
Econômicas (IBGE, 2000) ............................................................................ 53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 xvi 
LLIISSTTAA DDEE AABBRREEVVIIAATTUURRAASS EE SSIIGGLLAASS 
 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ABETRE - Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos 
ARIP - Aterro para Resíduos Industriais Perigosos 
CEMPRE - Compromisso Empresarial para a Reciclagem 
CEPIS - Centro Panamericano de Ingeniería Sanitaria y Ciencias del Ambiente 
CINEP - Companhia de Desenvolvimento da Paraíba. 
CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas 
CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear. 
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente 
CONDIAM - Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal da Área Metropolitana de João 
Pessoa 
CPRH - Companhia Pernambucana do Meio Ambiente 
ECT - Empresa de Correios e Telegráfos 
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 
EMLUR - Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana 
EPA - Environmental Protection Agency 
EPS - Poliestireno Expandido 
FEAM - Fundação Estadual de Meio Ambiente 
FEPAM - Fundação Estadual de Proteção Ambiental 
FIEP - Federação das Indústrias do Estado da Paraíba 
FNMA - Fundo Nacional do Meio Ambiente 
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia Estatística. 
ICC - Câmara de Comércio Internacional 
IDEME - Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba 
 xvii 
INRSI - Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais 
IPPS - Industrial Pollution Projection System 
ISIC - International Standard Industrial Classification 
MMA - Ministério do Meio Ambiente 
NBR - Norma Brasileira Registrada 
OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico 
OMS - Organização Mundial de Saúde 
ONU - Organização das Nações Unidas 
PADCT - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico 
PET - Politereftalato de Etileno 
PMJP - Prefeitura Municipal de João Pessoa 
PNSB - Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 
PP - Polipropileno 
PPrec.ind. - Polipropileno do reciclado industrial 
PPres.urb. - Polipropileno do resíduo urbano 
PRTR - Pollution Release Transfer Register 
PVC - Policloreto de Vinila 
SEBRAE - Serviço de Apoio a Micro e Pequena Empresa 
SOFTEX - Programa Nacional de Software para Exportação 
SUDEMA - Superintendência de Administração do Meio Ambiente 
SUDENE - Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste 
TCAC - Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 xviii 
RREESSUUMMOO 
Diversos são os resíduos produzidos pelas atividades humanas: domiciliar, comercial, público, 
serviços de saúde, portos, aeroportos, construção civil, agrícola, terminais rodoviários e 
ferroviários. Além desses, tem-se o resíduo industrial. Nos últimos anos, a geração de 
resíduos pelas indústrias tornou-se um problema de ordem mundial. Quando não tratados, 
adequadamente, os resíduos sólidos industriais constituem uma ameaça permanente à saúde 
pública e ao meio ambiente. Para as indústrias, um dos desafios a ser enfrentado é o de 
compatibilizar o desenvolvimento tecnológico, industrial e comercial com o equilíbrio 
ambiental e a preservação dos recursos naturais. O reaproveitamento dos resíduos sólidos 
industriais é uma das ferramentas a ser utilizada nesse desafio seja pela própria indústria 
geradora do resíduo ou como matéria-prima para outros estabelecimentos. O objetivo geral 
deste trabalho é estudar o reaproveitamento dos resíduos sólidos industriais na Região 
Metropolitana de João Pessoa nas cidades de: Bayeux, Cabedelo, João Pessoa e Santa Rita, no 
Estado da Paraíba. A metodologia consistiu na análise de informações gerais da unidade 
industrial, o processo de produção desenvolvido, caracterização dos resíduos sólidos 
industriais, acondicionamento, armazenamento interno e externo, coleta, tratamento e destino 
final. Tais informações foram obtidas através da aplicação de questionário em 44 unidades 
industriais nas seguintes tipologias industriais: alimentos e bebidas (10), têxtil (4), confecção 
(3), calçados (3), produtos de papel (1), produtos químicos (4), artigos de borracha e plástico 
(3), metalurgia básica (1), produtos minerais não-metálicos (6), editorial gráfico (5), móveis e 
indústrias diversas - vassouras e similares (4). O reaproveitamento é realizado em 63,6% das 
indústrias pesquisadas e também começa a interessar àquelas que ainda não o fazem (36,4%). 
Todas as indústrias pesquisadas apresentam, entre os resíduos sólidos produzidos, um 
percentual que varia de 5% a 30% possível de reaproveitamento. Foi constatado para as 
indústrias de calçados, têxteis, produtos químicos e fabricantes de vassouras que o 
reaproveitamento ocorre dentro do próprio estabelecimento industrial. Outra ocorrência de 
reaproveitamento é a venda do resíduo proporcionando receita para a indústria geradora, nesta 
categoria se enquadram as seguintes tipologias: bebidas, confecção, produtos de papel, artigos 
de plástico, metalurgia básica e editorial gráfico, proporcionando uma economia de 10% a 
20% para a indústria. Dentre os resíduos produzidos no universo estudado, os mais 
reaproveitados são os recipientes de vidro, papel, papelão, plástico, paletes e tambores de 
metal ou plástico. É importante ressaltar que a responsabilidade pelo gerenciamento dos 
resíduos industriais, desde a geração até a disposição final desses resíduos, é do próprio 
gerador, ou seja, da própria indústria (Resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente - 
CONAMA 05/93). 
 
 
Palavras-chave: resíduos sólidos industriais, indústria, reaproveitamento, meio ambiente. 
 
 xix 
AABBSSTTRRAACCTT 
Several are the residues produced by the human activities: household, commercial, public, 
services of health, ports, airports, civil construction, agricultural, bus and trains terminal. 
Besides those residues, there are also the industrial ones. In the last years, the production of 
residues by industries became a worldwide problem. When not properly treated, the industrial 
solidresidues constitute a permanent menace to public health and to the environment. For the 
industries, one of the challenges to be faced it is to make compatible the technological, 
industrial and commercial development with the environmental balance and the preservation 
of the natural resources. The reusing of the industrial solid residues is one of the tools to be 
used in that challenge either for the proper industry that produces the residue or as raw 
material for another companies. This work aims at the study of reusing industrial solid 
residues in the Metropolitan Area of João Pessoa in the cities of: Bayeux, Cabedelo, João 
Pessoa and Santa Rita, in the State of Paraíba. The methodology consisted of the analysis of 
general information from the industrial units, the production process, the characterization of 
the industrial solid residues, the preservation, the internal and external storage, the collects, 
the treatment and final destiny. Such information were obtained through a questionnaire 
applied in 44 industrial units in the following industrial typologies: food and drink (10), 
textile (4), confection(3), footwears (3), paper products (1), chemical products (4), rubber and 
plastic goods (3), basic metallurgy (1), no-metallic mineral products (6), graphic editorial (5), 
pieces of furniture and other types of industries - brooms and similar (4). The reusing is 
accomplished in 63.6% of the researched industries and it also begins to interest those that 
still do not make it (36.4%). All the researched industries present, among the solid residues 
produced, a percentile that varies from 5% to 30% possible of reusing. It was verified that for 
the industries of footwears, textile, chemical and manufacturing products of brooms, the 
reusing happens inside of the own industrial establishment. Another reusing occurrence is the 
sale of the residue providing incomes for the industries, in this category are the following 
typologies: drinks, confecctioning, paper products, plastic goods, basic metallurgy and 
graphic editorial, providing an economy from 10% to 20% for the industry. Among the 
studied residues produced, the ones that are more reused are glass recipients, paper, 
cardboard, plastic, paletes and metal or plastic drums. It is important to stand out that the 
responsibility for the production of the industrial residues, from the generation until its final 
disposition, it is of the own generator, that is to say, of the own industry (according the 
resolution of the National Council of Environment - CONAMA 05/93). 
 
 
Keywords: industrial solid wates, industry, reusing, environment 
 
Introdução 1 
 
 
 
 
 
 
IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO 
 
A cidade é obra do tempo e não pode ser pensada apenas como objeto de um 
único planejamento e sim de planejamentos sucessivos. Correa (1989) cita que a infra-
estrutura urbana tem um papel importante na cidade, a qual não pode ser planejada sem os 
meios que facilitem o desenvolvimento e a higiene necessária para o próprio 
desenvolvimento. 
Leme (1999) explica que para receber investimentos de órgãos internacionais 
foi necessário que o Brasil na Primeira República (1889-1930) modernizasse a cidade do Rio 
de Janeiro (capital do país na época) para integrá-la ao mundo civilizado e assim, livrá-la das 
epidemias e cortiços, dinamizar a economia e vender a idéia de que o país era saudável. As 
intervenções de modernização, o embelezamento de trechos degradados da cidade e a prática 
da política sanitarista com a higienização e implantação da infra-estrutura urbana, evidencia a 
Engenharia Urbana nesse período. 
Neste sentido, a Engenharia Urbana pode ser identificada como uma área 
multidisciplinar que reúne segmentos da Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Dentre estes 
segmentos tem-se o Saneamento que tem por objetivo alcançar a Salubridade Ambiental para 
proteger e melhorar as condições de vida da população (BRASIL, 2004). 
São remotas as preocupações com a salubridade. Em Atenas, na Grécia Antiga, 
Século IV, os funcionários do serviço de limpeza pública, astínomos, além de fiscalizar os 
tocadores de flauta e as dançarinas, deviam impedir os moradores de avançar com suas 
Introdução 2 
construções sobre a via pública, interditar as goteiras ao ar livre com escoamento sobre a rua e 
supervisionar o recolhimento do lixo (HAROEUL, 1990). 
Harouel (1990) ainda relata que na cidade de Paris, em 1740, era normal a 
presença no centro das cidades de atividades poluidoras como os matadouros, os curtumes e 
as fundições de gordura que acarretaram danos graves e tornaram o ar irrespirável. Por isso, a 
administração passou a concentrar os curtumes no subúrbio. 
O efeito das atividades humanas sobre o meio ambiente aumentou, 
significativamente, a partir do início da Revolução Industrial, no final do século XVIII. Desde 
este período até os dias atuais, o impacto das atividades industriais, dos grandes aglomerados 
urbanos e da expansão da agricultura sobre a biosfera só vem aumentando. 
Em 1972, dois acontecimentos vieram enfatizar a questão ambiental na agenda 
de problemas mundiais. O primeiro foi a publicação do relatório denominado “Os Limites do 
Crescimento”, que alertava para a escassez de diversos recursos naturais, em decorrência da 
exploração desenfreada. O segundo ocorreu em Estocolmo na Suécia, onde a Organização das 
Nações Unidas (ONU) promoveu a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente 
Humano, em que, pela primeira vez, um número significativo de países se reuniu para discutir 
aspectos relativos ao meio ambiente. A relação com o desenvolvimento, que já havia sido 
abordada num relatório preliminar, apareceu em alguns dos 26 princípios contidos na 
Declaração de Estocolmo sobre o Meio Ambiente, podendo-se destacar o Princípio 14: o 
planejamento nacional constitui um instrumento indispensável para conciliar os imperativos 
do desenvolvimento e a necessidade de proteger e melhorar o meio ambiente (TEIXEIRA, 
1998). 
No Brasil, a Política Nacional de Saneamento foi instituída em 1967 onde entre 
outros itens, abrange o controle da poluição ambiental, inclusive lixo (letra c, art. 2° - Lei 
5.318/67). 
Atualmente já se dispõe de uma definição para os resíduos sólidos - lixo (NBR 
10.004/87), entretanto ainda não há uma Política Nacional para o mesmo. Entre a diversidade 
de resíduos sólidos produzidos tem-se o industrial, que é definido de acordo com a NBR 
10.004/87 como os resíduos resultantes das atividades industriais. Tratando-se de resíduos 
sólidos industriais as conseqüências e impactos ampliam-se ainda mais, face ao efetivo 
potencial poluidor e contaminador. 
Introdução 3 
A maneira como as indústrias encaram a redução da poluição ambiental mudou 
nos últimos anos. Até a década de 80 o enfoque era dado sobre o tratamento de “final de 
tubo”, ou seja, deixava-se ocorrer a poluição para então efetuar-se o tratamento do efluente, 
do resíduo ou da emissão. Infelizmente, esta ainda é a forma de atuação da maioria das 
empresas brasileiras que acarreta em um custo adicional o tratamento e a correta destinação 
dos resíduos gerados. 
Surge neste contexto, o conceito da gestão eco-eficiente, que visa operar uma 
indústria reduzindo ao máximo o consumo de matérias-primas, insumos e energias, 
otimizando todo o processo produtivo e reduzindo o impacto ambiental. Segundo Pereira 
(1997) são as empresas pró-ativas onde proteção ambiental não pode mais depender apenas de 
controles no final de processos. A prevenção da poluição e outras questões ambientais têm 
que ser abordadas através de todos os aspectos: projeto, fabricação e processos de 
distribuição. 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos que até o momento, ainda encontra-se 
em tramitação noCongresso Nacional aborda, entre outros itens, a responsabilidade com o 
pós-consumo. No exercício desta responsabilidade deve-se pensar em todo o ciclo de vida e 
não apenas impor o produto ao mercado, como por exemplo, o descarte da embalagem de um 
produto após sua utilização. Como também orientar e traçar diretrizes observando os 
princípios da prevenção e do poluidor pagador. 
Na falta de uma política, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) 
vem elaborando resoluções para orientar os vários setores. A Resolução N° 313/2002 dispõe 
sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais, considerando entre outros pontos 
a ausência de informações precisas sobre a quantidade, os tipos e os destinos dos resíduos 
sólidos gerados no parque industrial do país. 
A geração de resíduos sólidos industriais causa preocupações mundiais. A 
destinação, o tratamento, o modo de evitar danos e impactos ambientais é objetivo de diversos 
estudos sobre os resíduos supracitados. 
O reaproveitamento dos resíduos sólidos industriais é uma das alternativas 
utilizadas para a diminuição ou eliminação dos impactos ambientais negativos provocados 
pela disposição inadequada dos mesmos. 
Introdução 4 
Partindo-se do problema, verifica-se que o objetivo maior é propiciar 
benefícios à indústria, ao meio ambiente e a sociedade, de modo que anule ou minimize os 
custos dos impactos ambientais e a deterioração das condições de vida. 
Segundo Mumford (1991) “é necessário adaptar a cidade à sua época 
restituindo-lhe a sua nobreza, devolvendo a sua eficácia, ao mesmo tempo, que é preciso 
transformá-la fundamentalmente”. 
Desta forma este trabalho tem como objetivo geral estudar o reaproveitamento 
dos resíduos sólidos industriais na Região Metropolitana de João Pessoa nas cidades de 
Bayeux, Cabedelo, João Pessoa e Santa Rita. 
Devido à grande diversidade de indústrias, foram selecionadas algumas 
tipologias industriais, baseado na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). 
Os dados para a análise da ocorrência ou não do reaproveitamento na área de estudo, tiveram 
relação imediata com a recepção por parte da indústria. Foram também analisados os 
percentuais dos materiais reaproveitáveis e quantificada a economia da empresa devido ao 
reaproveitamento dos materiais. Com relação aos resíduos sólidos não reaproveitados foi 
realizado um levantamento quanto à destinação final dos mesmos. 
No Capítulo 2 é apresentada a revisão bibliográfica que contém informações 
sobre: 
· Os resíduos sólidos no Brasil no início do Século XX. 
· Saneamento com dados sobre o PNSB - Plano Nacional de Saneamento Básico 
de 1989 e 2000. 
· A industrialização no Brasil e na Paraíba. 
· Reaproveitamento dos Resíduos Sólidos. 
· Aterro Sanitário para Resíduos Sólidos Industriais. 
· Dados sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais. 
A metodologia aplicada neste trabalho está no Capítulo 3. Este capítulo contém 
a delimitação do universo (escolha das cidades da área de estudo), seleção das indústrias, 
elaboração do questionário e do banco de dados, a aplicação do questionário nas indústrias e o 
fluxograma empregado neste trabalho. 
Introdução 5 
Os resultados e as discussões dos dados obtidos em campo estão presentes no 
Capítulo 4, onde se verifica o reaproveitamento por tipologia industrial. 
No Capítulo 5 são apresentadas as conclusões e sugestões para futuros 
trabalhos. 
Após o Capítulo 5 tem-se as Referências Bibliográficas utilizadas neste estudo, 
seguidas dos Anexos: I – Ofício utilizado para visita às indústrias e o II - Ofício utilizado para 
visita aos órgãos públicos. 
 
1.1 - OBJETIVOS 
O objetivo geral deste trabalho é estudar o reaproveitamento dos resíduos 
sólidos industriais na Região Metropolitana de João Pessoa nas cidades de: Bayeux, 
Cabedelo, João Pessoa e Santa Rita, no Estado da Paraíba. 
Dentro deste contexto os objetivos específicos são: 
· Selecionar as tipologias industriais dos geradores mais representativos de resíduos 
sólidos. 
· Fazer um levantamento dos resíduos sólidos industriais produzidos pelos 
estabelecimentos industriais, por tipo de indústria. 
· Verificar o modo e a ocorrência do reaproveitamento dos resíduos mais produzidos nas 
indústrias. 
 
 
 
 
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 6 
 
 
 
 
 
CCAAPPÍÍTTUULLOO 22 
RREEVVIISSÃÃOO BBIIBBLLIIOOGGRRÁÁFFIICCAA 
2.1 - BREVE HISTÓRICO SOBRE O SANEAMENTO NO SÉCULO XX 
No início do século XX, o Brasil já realizava projetos de implantação de 
saneamento nas cidades. 
Em muitas cidades a desordem urbana atingiu uma escala preocupante, 
inundações e doenças endêmicas ameaçavam o desenvolvimento econômico e social. 
Leme (1999) retrata que a própria capital federal, a cidade do Rio de Janeiro, 
vivia um momento de intensa transformação. Era o momento de transição entre o Império e a 
República. Na capital federal, por ser a maior e mais importante cidade do país, as 
transformações eram mais visíveis e evidentes. A cidade se transformou em um modelo 
europeu de metrópole. Demoliu-se meia cidade colonial para abrir uma avenida belle époque, 
morros foram arrasados para construir um porto e uma segunda avenida. Em nome da higiene, 
fez-se guerra aos pobres, afastando-os do centro para longe do cenário de progresso urbano. 
O Brasil passou a viver outras demandas, no primeiro período da República 
(1889 - 1930) foram propostos e realizados melhoramentos localizados, ou seja, em partes das 
cidades. Os principais campos de trabalho foram as obras de infra-estrutura das cidades 
(saneamento, abertura e regularização do sistema viário). Devido às epidemias que estavam 
assolando as cidades, a questão do saneamento era central e os engenheiros eram chamados 
para elaborar o projeto e chefiar comissões para a implantação de redes de água e de esgoto. 
Foi desenvolvido de forma integrado o saneamento e a expansão para algumas cidades 
brasileiras, como exemplo - Recife, Vitória e Santos (BENEVOLO, 1993). 
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 7 
Saturnino de Brito é o nome mais relevante da história do urbanismo sanitarista 
do Brasil. Nas convicções de Saturnino, a salubridade era um dos fatores principais. Em seus 
projetos já eram incluídas medidas complementares tais como: calçamentos, canais de 
contorno, limpeza pública de ruas e pátios, transporte e incineração do lixo, entre outras. 
(BENEVOLO, 1993; LEME, 1999). Para Deák e Schiffer (1999) o urbanismo sanitarista 
resume-se na obra de Saturnino de Brito. 
2.1.1 - Dados do Saneamento no Brasil 
Entre todos os setores de infra-estrutura, o saneamento é sem dúvida o mais 
relevante à preservação da vida e da saúde pública, com fortes impactos sobre o meio 
ambiente e o desenvolvimento. De acordo com a Organização Mundial de Saúde1 - OMS 
(1986) a saúde é o maior recurso para o desenvolvimento social, econômico e pessoal, assim 
como uma importante dimensão da qualidade de vida. 
O Brasil ainda convive com situações próprias de países subdesenvolvidos 
principalmente no que diz respeito à falta de infra-estrutura sanitária. E no que se refere aos 
resíduos sólidos a muito ainda a ser feito. No Quadro 2.1 são apresentados os dados da 
Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB realizada em 1989 e 2000. 
Quadro 2.1 - Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. 
Referências 1989 2000 
· População (hab.) 146.825.475 169.799.170 
· Municípios 4425 5507 
· Abastecimento de água - Fornecimento (%) 95,9 97,9 
Ä Com tratamento 80 92,8 
Ä Sem tratamento 20 7,2 
· Esgotamento Sanitário - Coleta de esgoto (%) 47,3 52,2 
Ä Com tratamento 8 20,2 
Ä Sem tratamento 92 79,8 
· Drenagem Urbana (%) - 78,6 
· Resíduos Sólidos- Disposição final (%) 85 95 
Ä Lixão 76 23 
Ä Aterro (sanitário/ controlado) 23 73 
Ä Compostagem/reciclagem 1 4 
 
Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (1989, 2000). 
 
1 Definição da Carta de Ottawa, elaborada em novembro de 1986, Canadá, na Primeira Conferência 
Internacional sobre a Promoção da Saúde. 
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 8 
2.2 - RESÍDUOS SÓLIDOS 
2.2.1 - Definição de Resíduos Sólidos 
A definição de Resíduos Sólidos, de acordo com a Norma Brasileira (NBR) 
10.004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, é que resíduos sólidos são os 
resíduos nos estados sólido e semi-sólido, resultantes da atividade da comunidade, de origem: 
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Considera-se 
também resíduos sólidos os lodos provenientes de sistema de tratamento de água, aqueles 
gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados 
líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos 
ou corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face 
da melhor tecnologia possível. 
No Quadro 2.2 tem-se a definição para os diversos tipos de resíduos sólidos. 
Quadro 2.2 - Classificação de Resíduos Sólidos (SCHALCH, 1991). 
Tipos de Resíduo Sólidos Definição 
Residencial 
Chamado de lixo domiciliar, constituído de restos de 
alimentação, invólucros diversos, varredura, folhagem, ciscos e 
outros. 
Comercial 
Proveniente de diversos estabelecimentos comerciais, como 
escritórios, lojas, hotéis, restaurantes, supermercados, quitandas e 
outros. É constituído principalmente de papel, papelão, plástico, 
caixa, etc. 
Industrial Resultante de diferentes áreas da indústria e, portanto, de constituição muito variada. 
Serviços de Saúde 
Constituído de resíduos das mais diferentes áreas do 
estabelecimento: refeitório e cozinha, área de patogênicos, 
administração, limpeza e outros. 
Especial 
Lixo constituído por resíduos e materiais produzidos 
esporadicamente como: folhagens de limpeza de jardins, restos de 
poda, animais mortos, entulhos etc. 
Feira, Varrição e Outros 
Proveniente de varrição regular das ruas, conservação da limpeza 
de núcleos comerciais, limpeza de feiras, constituindo-se de 
papéis, cigarros, invólucros, restos de capinação, areia, ciscos e 
folhas. 
 
2.2.2 - Definição de Resíduos Sólidos Industriais 
Resíduo Sólido Industrial é todo o resíduo que resulte de atividades industriais 
e que se encontre nos estados sólido, semi-sólido, gasoso - quando contido, e líquido - cujas 
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos 
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 9 
d`água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor 
tecnologia disponível. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de 
tratamento de água e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição 
(Resolução CONAMA 313/2002). 
2.2.3 - Periculosidade de um Resíduo 
Pela grande diversidade de atividades industriais, os seus resíduos são 
classificados em função de seu grau de periculosidade. 
Environmental Protection Agency - EPA2, publicou em 2002 o Guide for 
Industrial Waste Management. De acordo com a EPA (2002), por definição, risco é 
constituído de dois componentes: a probabilidade que um evento adverso pode acontecer e a 
magnitude das conseqüências deste evento. No contexto da administração ambiental, risco é 
definido como a probabilidade que saúde pública poderia ser afetada por substâncias químicas 
contida em unidades de gerenciamento de resíduo. E, o termo resíduo perigoso caracteriza um 
resíduo sólido ou combinação de resíduos sólidos os quais, devido à quantidade, 
concentração, ou características físicas, químicas ou infecciosas pode: 
· Causar ou contribuir significativamente para o aumento da mortalidade ou 
para o aumento de doenças irreversíveis ou incapacitantes. 
· Significar um perigo em potencial para a saúde humana ou meio ambiente 
quando tratado, armazenado, transportado, disposto ou usado de maneira 
imprópria. 
No Brasil, para o estudo e gerenciamento de resíduos sólidos industriais, além 
das normas da ABNT tem-se o arcabouço da Legislação Nacional (Leis, Resoluções, etc.). 
Segundo a NBR-10.004, periculosidade é a característica apresentada por um 
resíduo que em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas, pode 
apresentar: 
· Risco à saúde pública, provocando ou acentuando, de forma significativa, 
um aumento de mortalidade e/ou incidência de doenças. 
· Riscos ao meio ambiente, quando o resíduo é manuseado ou destinado de 
forma inadequada. 
 
2 Environmental Protection Agency (EPA) é a agência responsável pela proteção do meio ambiente quanto à 
disposição imprópria dos resíduos gerados pelas diversas indústrias americanas, bem como pelas recomendações 
governamentais quanto à identificação, coleta, acondicionamento e destinação final. 
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 10 
2.2.4 - Classificação dos Resíduos Sólidos Industriais 
A NBR-10.004/87 classifica em três classes os resíduos sólidos quanto aos seus 
riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que estes resíduos possam ter 
manuseio e destinação adequados. 
Os resíduos sólidos industriais possuem a seguinte classificação: 
 Resíduos Classe I - Perigosos: 
São aqueles que apresentam substancial periculosidade real ou potencial à 
saúde humana ou aos organismos vivos e que se caracterizam pela letalidade, não 
degradabilidade e pelos efeitos cumulativos diversos, ou ainda por uma das seguintes 
características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. 
‚ Resíduos Classe II - Não Inertes 
São aqueles que não se enquadram nas classificações de Resíduos Classe I - 
Perigosos ou de Resíduos Classe III - Inertes. Esses resíduos apresentam propriedades, tais 
como: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. Inclui-se nesta classe: 
papel, papelão, matéria vegetal e outros. 
ƒ Resíduos Classe III - Inertes 
Segundo a NBR-10.004/87 são os resíduos que, quando amostrados de forma 
representativa e submetidos a um contato estático ou dinâmico com a água destilada ou 
deionizada, à temperatura ambiente, não tiveram nenhum de seus constituintes solubilizados a 
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, excetuando-se os padrões de 
aspecto, cor, turbidez e sabor. Ex: rochas, tijolos, vidros e certos plásticos e borrachas que não 
são decompostos prontamente. 
Apesar de a NBR 10.004 ser baseada em procedimentos americanos, 
relacionados no Code of Federal Registry – Title 40 (CFR 40) – Protection of Environment 
(USA, 1994), a classificação dos resíduos sólidos em três classes é peculiar à norma 
brasileira, pois o CFR 40 orienta para a classificação dos resíduos apenas em perigosos e não-
perigosos, sem mencionar o teste de solubilização dos resíduos, que é o principal responsável 
pela classificação dos resíduos não-inertes e inertes segundo a norma brasileira (SISINNO, 
2003). 
Na Figura 2.1 é apresentado um fluxograma para classificação de resíduos 
sólidos industriais de acordo com a NBR 10.004/87. 
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
l 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2.1 - Fluxograma para classificação de resíduos NBR 10.004. 
Fonte: Adaptado de Ceragioli (1998). 
 
 
Não Não Não
Sim
Sim
Sim
SimSim
Não
Sim Não
Sim
Não
Não
Sim Não
Sim
Resíduo com origem 
conhecida
RESÍDUO 
CLASSE I 
PERIGOSO
consultar listagem
 5
consultar listagem 
5 e 6
analisar 
periculosidade
analisar
 solubilidade
comparar resultados 
com padrões da 
listagem 8
RESÍDUO
CLASSE III
INERTE
RESÍDUO
CLASSE II
NÃO INERTE
resíduo com 
origem desconhecida
avaliar 
características de 
periculosidade
é produto ou 
sub-produto 
fora de 
especificação?
é resto de 
embalagem
está na 
listagem
 1 e 2?
contém 
substâncias da 
listagem 4?
Não
está na 
listagem ?
tem alguma 
característica?
existe razão 
para 
considerar 
como 
perigoso?
é perigoso?
resultados 
acima do 
padrão?
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 12 
Para uma correta aplicação da NBR-10004 é necessário conhecer as seguintes 
normas complementares: 
· NBR-10005 (Lixiviação de Resíduos): Operação de separação de certas 
substâncias contidas nos resíduos industriais por meio de lavagem ou 
percolação. 
· NBR-10006 (Solubilização de Resíduos): Operação que consiste em tornar 
a amostra de um resíduo solúvel em água, a fim de medir a sua concentração 
no extrato. 
· NBR-10007 (Amostragem de Resíduos): Ato ou processo de seleção de 
amostra para ser analisada como representante de um todo. 
Os resíduos radioativos não se enquadram nesta classificação, pois o 
gerenciamento destes é de competência exclusiva da CNEN - Comissão Nacional de Energia 
Nuclear. 
Através da Resolução 313/2000 o CONAMA relaciona os resíduos de Classe I, 
II ou III. 
No Quadro 2.3 é apresentada a relação de Resíduos Classe I e no Quadro 2.4 é 
apresentada a dos Resíduos Classe II ou III, respectivamente. 
 
 
 
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 13 
Quadro 2.3 - Descrição do Resíduo Classe I (CONAMA 313/2002). 
Descrição do Resíduo Classe I 
1. Listagem 10 - resíduos perigosos por conterem componentes voláteis, nos quais não se aplicam testes de lixiviação e/ou de solubilização, apresentando 
concentrações superiores aos indicados na listagem 10 da Norma NBR 10004 
2. Resíduos perigosos por apresentarem inflamabilidade 
3. Resíduos perigosos por apresentarem corrosividade 
4. Resíduos perigosos por apresentarem reatividade 
5. Resíduos perigosos por apresentarem patogenicidade 
6. Listagem 7 da Norma NBR 10004: resíduos perigosos caracterizados pelo teste de lixiviação 
7. Aparas de couro curtido ao cromo 
8. Serragem e pó de couro contendo cromo 
9. Lodo de estações de tratamento de efluentes de curtimento ao cromo 
10. Resíduo de catalisadores não especificados na Norma NBR 10.004 
11. Resíduo oriundo de laboratórios industriais (produtos químicos) não especificados na Norma NBR 10.004 
12. Embalagens vazias contaminadas não especificados na Norma NBR 10.004 
13. Solventes contaminados (especificar o solvente e o principal contaminante) 
14. Outros resíduos perigosos - especificar 
15. Listagem 1 da Norma NBR 10004- resíduos reconhecidamente perigosos - Classe 1, de fontes não-específicas 
16. Bifenilas Policloradas - PCB`s. Embalagens contaminadas com PCBs inclusive transformadores e capacitores 
17. Listagem 5 da Norma NBR 10004 - resíduos perigosos por conterem substâncias agudamente tóxicas (restos de embalagens contaminadas com substâncias 
da listagem 5; resíduos de derramamento ou solos contaminados, e produtos fora de especificação ou produtos de comercialização proibida de qualquer 
substância constante na listagem 5 da Norma NBR 10.004 
18. Listagem 2 da Norma NBR 10004- resíduos reconhecidamente perigosos de fontes específicas 
19. Restos e borras de tintas e pigmentos 
20. Resíduo de limpeza com solvente na fabricação de tintas 
21. Lodo de ETE da produção de tintas 
22. Resíduos de laboratórios de pesquisa de doenças 
23. Borra do re-refino de óleos usados (borra ácida) 
24. Listagem 6 da Norma NBR 10004- resíduos perigosos por conterem substâncias tóxicas (resíduos de derramamento ou solos contaminados; produtos fora de 
especificação ou produtos de comercialização proibida de qualquer substância constante na listagem 6 da Norma NBR 10.004 
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 14 
Quadro 2.4 - Descrição do Resíduo Classe II ou Classe III (CONAMA 313/2002). 
Descrição do Resíduo Classe II ou Classe III 
1. Resíduos de restaurante (restos de alimentos) 
2. Resíduos gerados fora do processo industrial (escritório, embalagens, etc.) 
3. Resíduos de varrição de fábrica 
4. Sucata de metais ferrosos 
5. Embalagens metálicas (latas vazias) 
6. Tambores metálicos 
7. Sucata de metais não ferrosos (latão, etc.) 
8. Embalagens de metais não ferrosos (latas vazias) 
9. Resíduos de papel e papelão 
10. Resíduos de plásticos polimerizados de processo 
11. Bombonas de plástico não contaminadas 
12. Filmes e pequenas embalagens de plástico 
13. Resíduos de borracha 
14. Resíduos de acetato de etil vinila (EVA) 
15. Resíduos de poliuretano (PU) 
16. Espumas 
17. Resíduos de madeira contendo substâncias não tóxicas 
18. Resíduos de materiais têxteis 
19. Resíduos de minerais não metálicos 
20. Cinzas de caldeira 
21. Escória de fundição de alumínio 
22. Escória de produção de ferro e aço 
23. Escória de fundição de latão 
24. Escória de fundição de zinco 
25. Areia de fundição 
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 15 
Quadro 2.4 - Descrição do Resíduo Classe II ou Classe III (CONAMA 313/2002) (continuação). 
 
26. Resíduos de refratários e materiais cerâmicos 
27. Resíduos de vidros 
28. Resíduos sólidos compostos de metais não tóxicos 
29. Resíduos sólidos de estações de tratamento de efluentes contendo material biológico não tóxico 
30. Resíduos sólidos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas 
31. Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas 
32. Resíduos pastosos contendo calcário 
33. Bagaço de cana 
34. Fibra de vidro 
35. Outros resíduos não perigosos 
36. Aparas salgadas 
37. Aparas de peles caleadas 
38. Aparas, retalhos de couro atanado 
39. Carnaça 
40. Resíduos orgânico de processo (sebo, soro, ossos, sangue, outros da indústria alimentícia, etc) 
41. Casca de arroz 
42. Serragem, farelo e pó de couro atanado 
43. Lodo do caleiro 
44. Resíduos de frutas (bagaço, mosto, casca, etc.) 
45. Escória de jateamento contendo substâncias não tóxicas 
46. Catalisadores usados contendo substâncias não tóxicas 
47. Resíduos de sistema de controle de emissão gasosa contendo substância não tóxicas (precipitadores, filtros de manga, entre outros) 
48. Produtos fora da especificação ou fora do prazo de validade contendo substâncias não perigosas 
 
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 16 
2.3 - INDÚSTRIAS 
2.3.1 - A revolução industrial 
A Revolução Industrial é um fenômeno muito complexo. Segundo Ferrari 
(1991) os estudiosos da história econômica costumam situá-la entre os anos de 1760 e 1830. 
Em fins do século XVIII e início do século XIX, surge a Idade da Máquina que favoreceu o 
aparecimento do industrialismo e do capitalismo. Com o aparecimento da fiação e tecelagem 
mecânicas e o conseqüente aparecimento das fábricas, grande número de artesãos fiadores e 
tecelões que tinha seus ofícios em seus lares, ficaram desempregados. As cidades começariam 
a crescer rapidamente. As indústrias foram instaladas na cidade, a fim de aproveitar a 
proximidade da mão-de-obra e do mercado consumidor e a urbe passou a ser centro de 
produção, em caráter prioritário, pela primeira vez na História. 
Ferrari (1991) relata que o primeiro projeto de uma cidade industrial é o de 
Tony Garnier, arquiteto francês de Lyon que projetou entre 1901 e 1904 sua Cite Industrielle. 
O projeto compreende duas grandes áreas: uma residencial e outra industrial, separadas por 
uma zona verde.Segundo Ferrari (1991) o primeiro distrito industrial provavelmente foi 
implantado em Manchester, Inglaterra, em 1896, por um grupo de investidores privados. Na 
Itália, em 1904, a municipalidade de Nápoles criava sua zona industrial, administrada pelo 
poder público local (FERRARI, 1991). 
A revolução industrial trouxe o primeiro amplo uso de energia e matérias-
primas. Como também, vieram junto, as primeiras amplas emissões de contaminantes e 
geração de desperdícios de processo (LINDSEY, 1999). 
2.3.2 - A industrialização no Brasil 
Durante séculos o Brasil foi um país agrário. A indústria foi transformando a 
face socioeconômica do país, empregando crescente número de operários e entre estes os 
imigrantes. 
Para estimular a industrialização, o governo interveio na economia e colaborou 
com os empresários industriais incrementando áreas de infra-estrutura. Na década de 30 a 
renda industrial superou, pela primeira vez, a renda agrária (GONÇALVES, 2003). 
De acordo com Leme (1999) no período da Primeira República, São Paulo 
passou por um acelerado processo de transformações, que teve como determinante o papel 
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 17 
assumido pela cidade no cenário político-econômico do país. Simultaneamente, o Estado de 
São Paulo se coloca à frente de um processo de desenvolvimento capitalista, caracterizado 
pelo trinômio: 
Agrícola / Urbanização/ Surto industrial 
O crescimento da atividade industrial é acompanhado pelo crescimento 
populacional, provocado pelo êxodo das populações rurais para os centros urbanos. Em 1934, 
a população já era dez vezes maior que em 1890, ultrapassando um milhão de habitantes 
(DEÁK e SCHIFFER, 1999). 
Com o passar dos anos, a atuação econômica, voltava-se gradativamente para 
promover a industrialização. 
Para Gonçalves (2003) o processo de localização e concentração industrial 
tendeu-se implantar nos centros urbanos com certa densidade populacional e facilidades 
administrativas ligadas à exportação. Com a consolidação do mercado nacional, as indústrias 
instalaram-se, predominantemente, na região Sudeste, especialmente em São Paulo, Rio de 
Janeiro e Belo Horizonte. O avanço da industrialização e sua crescente exigência de serviços 
potencializavam ainda mais o crescimento urbano. 
Ferrari (1991) cita que no Brasil deve-se, principalmente, aos Estados a 
iniciativa da criação de distritos industriais diversificados e, secundariamente, aos Municípios 
a criação de zonas ou distritos industriais. O autor supracitado emprega as denominações 
distrito industrial3, zona industrial4 e cidade industrial5. 
2.3.3 - Industrialização na Paraíba 
Durante o Império, já eram concedidos no Estado da Paraíba, incentivos fiscais 
e financeiros como instrumentos de promoção do desenvolvimento industrial e agrícola 
(ZENAIDE, 1996). Exemplos de incentivo financeiro: 
Ä “Lei N° 277, de 27 de setembro de 1867. Barão de Maraú, Official da 
Imperial Ordem da Rosa, Cavalleiro da Ordem de Cristo e 2° Vice-Presidente da Província 
da Parahyba: Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléa Legislativa Provincial, 
decretou e eu sanccionei a lei seguinte: Art. 12 - Fica concendida a reducção de 1% nos 
dízimos de exportação dos gêneros de producção da Província, que forem despachados 
directamente para paiz estrangeiro em favor somente daquelle negociante que importar 
 
3 Aglomerado de indústrias situado à pequena distância de uma cidade que lhe fornece toda a mão-de-obra. 
4 Zona de uso predominantemente industrial de uma cidade. 
5 Cidade propriamente dita com funções predominantemente industriais. 
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 18 
directamente de paiz estrangeiro pelo menos cem contos de réis annuaes de mercadorias e 
machinas agrícolas”. 
Ä “A Lei N° 641, de 21 de setembro de 1877, concedeu isenção de impostos 
a Salviano Ramos para instalar na Paraíba “prensas de ferro movidas a vapor para enfardar 
algodão”. 
Ä “O Decreto N°542, de 11 de julho de 1912, concedeu isenção de impostos a 
Sidney C. Dore para instalar na Paraíba uma fábrica de águas gasosas”. 
De acordo com Zenaide (1996), antes mesmo da criação da SUDENE em 1959, 
órgão responsável pelo desenvolvimento econômico do Nordeste, a Paraíba já possuía uma 
Comissão de Desenvolvimento Econômico, cuja finalidade era dar assistência ao setor 
privado, particularmente no campo da industrialização. 
Muitas indústrias se aproveitaram dessa política, estabelecendo-se no Estado e 
como eram desvinculadas da realidade paraibana, quando terminado o prazo dos incentivos, 
fechavam suas portas (RODRIGUEZ, 1997). 
A Companhia de Desenvolvimento da Paraíba - CINEP, criada em 13 de 
novembro de 1967 é vinculada a Secretaria da Indústria, Comércio, Turismo, Ciência e 
Tecnologia, que tem por objetivo promover o desenvolvimento industrial do Estado. 
É função da CINEP incentivar e executar pesquisas e projetos necessários ao 
desenvolvimento econômico, para ampliar os setores industrial, agroindustrial, agropecuário, 
mineral e pesqueiro. É também função da CINEP a administração dos distritos e pólos da 
Paraíba (CINEP, 2002). 
2.3.4 - Principais cidades do Estado da Paraíba 
As cidades Bayeux, Cabedelo, Cajazeiras, Campina Grande, Guarabira, João 
Pessoa, Patos, Santa Rita e Sousa destacam-se entre os 223 municípios do Estado. Juntas, 
estas cidades concentram mais de 40% da população e sediam mais de 60% das atividades 
industriais (IBGE, 2001). 
A capital do estado, João Pessoa, é destaque no Brasil pelo seu patrimônio 
histórico e por suas belezas naturais, situa-se no extremo-oriental das Américas e concentra as 
principais indústrias e serviços. Seu Distrito Industrial está localizado ao sul do Estado, no 
caminho para a cidade de Recife (PE) e dispõe de toda a infra-estrutura necessária. Campina 
Grande destaca-se como o maior pólo industrial e tecnológico do Estado, sendo referência 
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 19 
nacional nas atividades de eletroeletrônica e de informática, despontando como centro de 
desenvolvimento de software. 
Patos é uma importante cidade do Sertão Paraibano, distante 300 km de João 
Pessoa. Contribui para o setor industrial, principalmente nos segmentos de produtos 
alimentares, calçados e minerais não metálicos. 
Quando uma indústria se estabelece no Estado, ela se incorpora 
administrativamente ao Distrito Industrial da cidade mais próxima. Quando não existe o 
distrito industrial, as indústrias podem estar instaladas em qualquer local da cidade. Na Figura 
2.2 estão apresentadas as cidades paraibanas que possuem um distrito industrial ou polarizam 
indústrias. 
 
 
Figura 2.2 - Cidades que possuem ou polarizam um distrito industrial (CINEP, 2002). 
 
2.3.5 - Localização dos Distritos Industriais 
A capital do Estado tem dois distritos, um denominado distrito industrial de 
João Pessoa (Figura 2.3) e outro localizado no bairro de Mangabeira (Figura 2.4) que possui o 
mesmo nome do bairro. 
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 20 
 
Figura 2.3 - Distrito Industrial de João Pessoa (CINEP, 1995). 
 
 
 
Figura 2.4 - Distrito Industrial de Mangabeira (CINEP, 1995). 
 
Além destes, estão localizados na Região Metropolitana de João Pessoa, os 
distritos do Conde e Santa Rita (Figura 2.5). 
 
 
Figura 2.5 - Distrito Industrial de Santa Rita (CINEP, 1995). 
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 21 
Em Bayeux (Figura 2.6) e Cabedelo (Figura 2.7) não existe uma área definida 
como distrito industrial, no entanto, estas cidades além de agregarem importantes indústrias, 
dispõem do Aeroporto Castro Pinto e do Porto, respectivamente. 
 
 
 
Figura 2.6 - Vista aérea da cidade

Continue navegando