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aula 9Padrão de respostas das provas discursivas seguindo a grade de correção da Banca CESPE. Obs. Não há correção individual. O professor irá elaborar um padrão de respostas pk09

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Aula 09
Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal p/ IBAMA (Analista
Ambiental)
Professor: Rosenval Júnior
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Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal 
IBAMA (Analista Ambiental) 
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Aula 09: Padrão de respostas das provas discursivas seguindo a grade de 
correção da Banca CESPE. Obs.: Não há correção individual. O professor 
irá elaborar um padrão de respostas para os alunos. 
 
Orientações iniciais 3 
Temas respondidos (Redação) 11 
Temas respondidos (Questões práticas) 40 
Questões extras 51 
Espelhos de correção padrão da Banca CESPE / UnB 53 
 
Olá, prezados alunos e futuros analistas ambientais! 
 
 O que eu estou passando para vocês é o pulo do gato! 
Tenham certeza disso! Nesta aula, há inclusive os espelhos de 
correção ORIGINAIS da Banca CESPE/UnB. 
 Peço que guardem muito bem este material! É SÉRIO! Vocês 
possuem um conteúdo muito relevante para a preparação de 
vocês. 
 Muitos candidatos não fazem nem ideia de como é corrigida 
uma redação, quais são os quesitos, o que é levado em 
consideração. Só o nervosismo, a insegurança e o 
desconhecimento das regras são suficientes para que muitos 
reprovem, mesmo sendo excelentes profissionais! 
 É bem provável que não irei lançar outras turmas da parte 
específica para o IBAMA, MMA ou ICMBio. Logo, está será a minha 
única turma de 2016/2017. Mesmo com a solicitação da 
Coordenação do curso Estratégia, devo manter somente esta 
turma da parte específica. 
 Para o Ibama, MMA ou ICMBio, irei manter somente o curso 
de Legislação Ambiental (Legislação do Setor de Meio Ambiente). 
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 Neste semestre estou escrevendo duas monografias. Isso 
mesmo! Duas! Resolvi fazer duas pós em 2016, o que está 
tomando boa parte do meu tempo e por isso não vou manter as 
turmas específicas do Ibama que demandam muito tempo para 
elaboração do material. Outra questão é que em 2017, começo um 
mestrado e isso vai tomar mais um bocado de tempo. Sendo 
assim, manterei somente turmas de legislação, direito ambiental e 
sustentabilidade. Não tenho pretensões de lançar turmas de 
conhecimentos específicos. 
 Estou sendo bem franco com vocês, pois tudo o que faço é 
para passar o melhor conteúdo. Até por isso, inseri essas duas 
aulas sobre a prova discursiva, pois sei da dificuldade de muitos 
alunos. Enfim, guardem essas aulas, pois quando o concurso do 
IBAMA sair, vocês já estarão muito à frente da concorrência! 
 Quando eu fiz a prova, não tinha nada disso! Eu tive que 
aprender tudo sozinho! Errando e acertando! Descobrindo 
sozinho! Aprendendo no campo de batalha! Fazendo concurso. 
Vocês estão tendo a oportunidade de ver como funcionam os 
bastidores. Estão tendo contato com as provas, com os espelhos 
de correção. Enfim, espero ter contribuído e ajudado de alguma 
forma. Aproveitem e bons estudos! 
 Viajarei para a África em fevereiro de férias e também para 
um período de trabalho voluntário. Quando voltar, irei fazer um 
webinário sobre como se preparar para esse concurso do Ibama. 
Acredito que poderemos fazer em março. 
 Feliz natal e um 2017 sensacional! 
 Prof. Rosenval Jr. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Orientações iniciais 
 
9 O título 
 
 Não haverá problema algum ao utilizar o título. Entretanto, as 
questões práticas devem ser respondidas em até dez linhas. Por se 
tratar de um texto de pequena/curta extensão, o mais importante é o 
domínio do conteúdo. Por essa razão, não recomendo o emprego desse 
componente textual, isto é, iniciem a resposta à questão discursiva na 
primeira linha. 
 Até mesmo na prova discursiva (30 linhas) o título é 
dispensável! Lembrem-se do seguinte: o edital do concurso não exige 
título na redação e também não proíbe! Logo, é facultativo! No entanto, 
sugiro ir direto ao assunto, respondendo aos quesitos solicitados pela 
Banca. 
 Só coloque título se o comando da questão assim exigir. Caso não 
seja exigido, já utilize a primeira linha para iniciar o seu texto com a 
resposta da questão prática ou redação. 
 
9 Estruturando o parágrafo 
 
 A extensão ideal de um período, por sua vez, deve ser mensurada 
em três ou quatro linhas, a fim de manter a objetividade da informação 
que se deseja transmitir. 
Cada ideia central deve corresponder a um parágrafo. Por essa 
razão, vocês poderão encontrar parágrafos longos e outros mais curtos, 
mas esses sempre deverão ser claros e concisos. 
 
9 Unidade 
 
 4XDOLGDGH�TXH�FRQVLVWH�HP�³GL]HU�XPD�FRLVD�GH�FDGD�YH]´��'HYHPRV�
omitir o que não é essencial ou o que não se relaciona com a ideia 
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predominante no parágrafo. Contudo, é importante ter o cuidado para 
não omitir tópicos na questão discursiva. 
 Nas provas discursivas, o CESPE geralmente apresenta excertos de 
textos motivadores para que vocês, candidatos, reflitam e elaborem 
textos dissertativos. 
Em seguida, a banca direciona a elaboração da redação, 
apresentando aspectos que, necessariamente, devem ser apresentados 
na redação/questão discursiva. 
 Com relação a esse aspecto, um fator de extrema importância é a 
omissão de tópicos. Se a banca apresentar, por exemplo, três tópicos 
na proposta temática, todos eles deverão NECESSARIAMENTE ser 
respondidos e/ou encontrados na questão discursiva. A simples 
omissão de qualquer dos itens também acarreta a perda de pontos. 
Lembrem-se, portanto, de responder a todos os questionamentos! 
 
9 O parágrafo e o tópico frasal 
 
A cada novo enfoque, a cada nova ideia central, haverá um novo 
parágrafo. 
O parágrafo é estruturado com base em um tópico frasal 
(enunciado que expressa a ideia-núcleo), a ser desenvolvido por frases 
com que o autor vai expressar seu pensamento sobre a ideia que 
enunciou. Localizando os tópicos frasais de cada parágrafo, o leitor terá 
condições de identificar o conteúdo, numa primeira instância, até chegar 
ao tema geral do texto. 
O tópico frasal não necessita, obrigatoriamente, aparecer no 
começo. No entanto, a maioria dos parágrafos se enquadra nesse 
esquema, já que, por meio dele, há a retomada do tema e o 
posicionamento do autor do texto. 
 
9 Tipos de tópico frasal 
 
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O tópico frasal deve ser claro, pois deve apontar, resumidamente, 
os argumentos que serão desenvolvidos no parágrafo. As formas mais 
comuns são: 
 
a) Declaração inicial±o autor afirma ou nega algo, para, em seguida, 
justificar ou fundamentar a asserção, apresentando argumentos sob a 
forma de exemplos, confrontos, razões etc. 
b) Definição ± consiste na explicação de um conceito em que o trabalho 
está embasado. 
c) Alusão histórica ± trata-se de iniciar um parágrafo fazendo alusão a 
um fato acontecido, real ou fictício. 
 
9 O parágrafo da introdução 
 
 Ao organizar um texto, devemos saber estruturar o primeiro 
parágrafo, pois nele estarão os referenciais a serem desenvolvidos no 
decorrer do texto. Porém, o tema não deve ser esgotado. Em outras 
palavras, a introdução deve apontar as ideias e a estrutura em que será 
organizado o texto. 
 Em se tratando de provas do CESPE, o parágrafo da introdução 
deve retomar a ideia/palavra-chave da proposta temática contida 
QR�WH[WR�GH�DSRLR��$VVLP��R�FDQGLGDWR�SRGHUi�³JXLDU´�D� OHLWXUD�GR� OHLWRU-
avaliador. 
 Vejam, por exemplo, o parágrafo introdutório em conformidade com 
uma das propostas temáticas apresentadas na aula passada: 
 
9 Questão discursiva 
 
O que é compensação ambiental nos termos da Lei nº 9.985/00? 
De acordo com o STF, a compensação ambiental foi considerada 
inconstitucional? 
 
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 Inicialmente, vamos fazer um roteiro sobre os aspectos que a banca 
exigiu: 
a) definição de compensação ambiental (de acordo com a Lei nº 
9.985/00); 
b) a constitucionalidade desse instituto, segundo o STF. 
 
 As respostas a esses dois questionamentos devem ser encontradas 
na questão discursiva. 
 Vejamos, então, como ficou o parágrafo introdutório. 
 
³$� compensação ambiental é um instrumento que obriga o 
empreendedor a apoiar a implantação e a manutenção de unidade de 
conservação. (tópico frasal ± declaração inicial). Essa obrigatoriedade 
ocorre nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos que 
causem significativo impacto ao meio ambiente, com fundamento no 
(VWXGR�GH�,PSDFWR�$PELHQWDO��(,$��´ 
 
 Reparem que o autor do texto retomou a proposta temática por 
meio do emprego de palavras-chave �³FRPSHQVDomR�DPELHQWDO´���e�XPD�
excelente forma de apresentar o tema, cuja tese deverá ser defendida e 
desenvolvida nos parágrafos seguintes. Notem, inclusive, que houve 
obediência ao comando da banca examinadora, que solicitou a 
fundamentação com base na Lei nº 9.985/00. 
Ademais, houve obediência ao ³URWHLUR� WH[WXDO´� IHLWR� SHOD� EDQFD�
examinadora, ou seja, o autor da redação iniciou o texto respondendo ao 
primeiro comando do CESPE na mesma ordem em que os aspectos foram 
apresentados na proposta temática. 
 Por fim, houve uma perfeita coesão entre os períodos, com o 
HPSUHJR� GR� SURQRPH� GHPRQVWUDWLYR� DQDIyULFR� ³HVVD´�� QR� WUHFKR� ³HVVD�
REULJDWRULHGDGH´�� LVWR� p�� KRXYH� XPD� UHIHUrQFLD� j� REULJDomR� FLWDGD� QR�
período anterior. 
 
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9 Os parágrafos do desenvolvimento 
 
Em textos dissertativos, há uma relação de natureza lógica, 
chamada progressão temática. 
 Os parágrafos de desenvolvimento da questão discursiva devem 
ampliar as ideias apresentadas na introdução, sempre 
fundamentando o ponto de vista defendido pelo autor (isso é 
importantíssimo nas provas discursivas). Esses segmentos textuais 
devem apresentar não só uma unidade interna, mas também uma 
correlação entre si. Para isso, o redator deve apresentar uma boa 
argumentação. 
 
9 Argumentação 
 
A argumentação consiste em qualquer tipo de procedimento usado 
pelo produtor do texto que tem como objetivo levar o leitor a aderir às 
teses defendidas. Assim, a argumentação está sempre presente em 
qualquer texto. 
Um excelente recurso argumentativo é a citação de textos / 
argumento de autoridade. A comprovação de teses defendidas pode 
basear-se em citações de textos, em pesquisas ou dados 
estatísticos ou, ainda, em depoimentos de especialistas 
autorizados. Um texto ganha credibilidade quando se apoia em outras 
opiniões que tratam sobre o mesmo tema. 
 Vejamos, por exemplo, o parágrafo continuativo da proposta 
temática citada acima. 
 
³2�6XSUHPR�7ULEXQDO�)HGHUDO�GHFODURX�FRQVWLWXFLRQDO�R� LQVWUXPHQWR�
da compensação ambiental, mas considerou inconstitucional o piso de 
0,5% previsto na Lei 9.985/00. Consoante a decisão, o montante deverá 
ser fixado pelo órgão ambiental, de acordo com o grau de impacto 
FDXVDGR�GLPHQVLRQDGR�QR�(,$�´ 
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No exemplo acima, o autor do texto respondeu ao comando da 
banca examinadora, apontando a constitucionalidade do instituto da 
compensação ambiental. 
E como ele (o autor) fez isso? Ora, lançando mão de um 
LPSRUWDQWtVVLPR� UHFXUVR� DUJXPHQWDWLYR�� TXDO� VHMD�� ³DUJXPHQWR� GH�
DXWRULGDGH´�� 1R� H[FHUWR� GHPRQVWUDGR�� R� UHGDWRU� FLWRX� ³2� Supremo 
Tribunal Federal declarou �����´�� &RP� LVVR�� R� WH[WR� QmR� DSHQDV�
fundamentou a argumentação, mas também proporcionou maior 
credibilidade ao que foi mencionado. Reparem, ainda, que houve alusão 
ao dispositivo legal (Lei nº 9.985/00), obedecendo ao comando do 
examinador. 
Por fim, os vocábulos proporcionaram elevado grau de coesão 
interna entre aV�LGHLDV�GRV�SHUtRGRV��1RWHP�TXH�D�H[SUHVVmR�³D�GHFLVmR´�
refere-VH�� WH[WXDOPHQWH�� j� ³GHFODUDomR� GR� 6XSUHPR� 7ULEXQDO� )HGHUDO´��
Dessa forma, a questão foi respondida com clareza, objetividade, 
concisão, além de ter sido apresentada na sequência pré-estabelecida 
pelo examinador. 
 
9 O parágrafo da conclusão 
 
Em se tratando de questões discursivas de curta extensão (até dez 
linhas), o parágrafo conclusivo não é essencial. O importante, nessa 
modalidade de prova, é responder a todos os questionamentos feitos pela 
banca na proposta temática, isto é, o conteúdo é a parte mais 
importante. 
 Vejamos, por exemplo, o texto baseado na seguinte proposta 
temática: 
 
³4XDLV�VmR�RV�PHFDQLVPRV�GH�LPSOHPHQWDomR�RX�IOH[LELOL]DomR�GR�
Protocolo de Quioto? De maneira sucinta, explique cada um 
GHOHV�´ 
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Texto: 
 
Para que os países desenvolvidos consigam cumprir suas metas, o 
Protocolo de Quioto estabeleceu três Mecanismos Adicionais de 
Implementação: Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), 
Implementação Conjunta e Comércio de Emissões. 
O MDL permite que as Partes do Anexo I cumpram suas metas, 
investindo em projetos sustentáveis em países em desenvolvimento e 
adquirindo Reduções Certificadas de Emissões. 
Na Implementação Conjunta, países com limites de emissões 
podem investir em projetos de remoção de emissões em outro país 
também desenvolvido, ficando, assim, com créditos chamados de 
Unidades de Emissão Reduzida. 
Por fim,há o Comércio de Emissões, o qual possibilita a negociação 
de cotas de redução entre as Partes que possuem compromissos 
estipulados pelo Protocolo. 
 
 Inicialmente, vejam que o parágrafo introdutório retomou a 
proposta temática por meio do emprego de palavras-FKDYH��³3URWRFROR�GH�
4XLRWR´� H� ³0HFDQLVPRV� $GLFLRQDLV� GH� ,PSOHPHQWDomR´�� &RP� LVVR�� R�
examinador percebe, claramente, que o texto, de fato, se relaciona com o 
tema. 
 Em seguida, ainda no mesmo parágrafo, o autor mencionou, de 
PDQHLUD� VXFLQWD�� RV� ³PHFDQLVPRV� GH� LPSOHPHQWDomR�IOH[LELOL]DomR� GR�
FLWDGR� SURWRFROR�� ³������ Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), 
Implementação Conjunta e Comércio de Emissões´�� e� XPD� yWLPD�
introdução, pois apontou os aspectos (argumentos) que serão 
respondidos nos parágrafos seguintes. 
 Nos segmentos subsequentes, o redator atendeu ao comando da 
banca examinadora, explicando cada um dos mecanismos. 
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 Observem que não houve parágrafo conclusivo, mas todos os 
aspectos foram respondidos, proporcionando uma excelente resposta 
à questão discursiva. 
 Vamos agora ao padrão de respostas dos temas apresentados na 
aula passada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Solução para os temas propostos (Dissertação e questões 
práticas) 
 
Respostas para os temas de dissertação: 
 
1 - (CESPE/UnB - Concurso do Ministério do Meio Ambiente - 
2008) 
Área 17: Qualidade Ambiental - Subárea: Segurança Química 
A certeza de que a atuação do homem está provocando mudanças 
drásticas no clima do planeta levou a ONU a organizar as 
Conferências das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o 
Desenvolvimento. Muitos consideram a Conferência Rio 92 como a 
mais ambiciosa delas, ressaltando-se a importância da Agenda 21. 
Em 1997, foi elaborado o ambicioso plano de redução de emissão 
de gases poluentes que ficou conhecido como Protocolo de Kyoto. 
Redija um texto dissertativo a respeito do principal objetivo do 
Protocolo de Kyoto, esclarecendo quando e em que condições 
entrou em vigor, e caracterize o Mecanismo de Desenvolvimento 
Limpo. 
 
Com o objetivo de fixar metas concretas de redução dos gases do 
efeito estufa (GEE), a 3ª Conferência das Partes da Convenção do Clima 
adotou o Protocolo de Quioto, no Japão, em 1997. A sua entrada em vigor 
dependia da ratificação de, no mínimo, 55 países, incluindo os países 
desenvolvidos responsáveis por, pelo menos, 55% das emissões de GEE. 
Diante dessa exigência, o protocolo só entrou em vigor no âmbito 
internacional em 2005, após a ratificação pela Federação Russa. 
 A partir de então, o Protocolo definiu metas obrigatórias para países 
desenvolvidos, que fazem parte do Anexo I da Convenção. As emissões 
deveriam ser diminuídas em 5,2%, em média, entre 2008 e 2012 em 
comparação aos níveis de 1990. 
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 Para que os países desenvolvidos (Anexo I) conseguissem cumprir 
suas metas, foram estabelecidos três Mecanismos Adicionais de 
Implementação ou Flexibilização, em complementação às medidas 
domésticas de redução de emissão e remoção de gases. Dentre eles, 
destaca-se o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), o qual 
permite que países desenvolvidos (Anexo I) cumpram suas metas 
investindo em projetos sustentáveis em países em desenvolvimento (Não 
Anexo I). 
 A ideia é que um projeto gere, ao ser implantado, um benefício 
ambiental (redução de emissões de gases do efeito estufa ou remoção de 
CO2) na forma de um ativo financeiro negociável no mercado global. 
Assim, um país que tenha metas pode adquirir Reduções Certificadas de 
Emissões (RCEs), como forma de cumprir parte de suas obrigações 
quantificadas no âmbito do Protocolo. 
 Tais projetos devem implicar reduções de emissões adicionais 
àquelas que ocorreriam na ausência do projeto registrado como MDL. 
Como exemplo, poderíamos citar o Florestamento e reflorestamento em 
áreas degradadas e a captura de gás em aterros sanitários em países em 
desenvolvimento como Brasil, Índia e China. 
 Diante do exposto, verifica-se a importância do Protocolo, já que, 
por intermédio do MDL, um de seus instrumentos de implementação ou 
flexibilização, busca alcançar o desenvolvimento sustentável, contribuindo 
para o esforço mundial de mitigação do efeito estufa. 
 
2 - (Cespe/UnB - Analista Ambiental - Tema 1 - Subtema 1.1: 
Licenciamento e Auditoria Ambiental ± Ibama ± 2008) 
No mês de novembro de 2008, em determinado porto localizado 
em região de aquífero costeiro permeável, uma carga de sais em 
perdimento foi armazenada em contêiner cilíndrico circular reto, 
de 2,0 m de diâmetro, com contenção unicamente lateral, disposto 
a céu aberto. A carga ocupava 1,0 m de altura do recipiente, 
conforme mostrado na figura abaixo. 
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Considerando que se está no final do mês de janeiro de 2009, que 
a precipitação média mensal naquele porto, nos meses de 
novembro, dezembro e janeiro, foi de 130 mm ao mês, descontada 
a evaporação, redija um texto dissertativo sobre os principais 
riscos ambientais iminentes e potenciais dessa situação. Em seu 
texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: 
x situações distintas de solubilidade do sal; 
x processos físico-químicos envolvidos na possibilidade de 
solubilização ou precipitação do sal; 
x possíveis trajetos, da fração de sal precipitada, no ambiente 
portuário. 
 
Na situação em análise, a precipitação média no período de três 
meses somada à carga de sais supera a capacidade de armazenamento 
do contêiner, que está em porto localizado em região de aquífero costeiro 
permeável. Diante disso, considerando ainda o fato de o contêiner ter 
contenção unicamente lateral, podemos afirmar que houve vazamento de 
sais, podendo atingir o aquífero e sua área de influência direta e indireta. 
A extensão e a gravidade do vazamento vão depender da 
solubilidade do sal. Se for de alta solubilidade, poderá, por lixiviação, 
contaminar o solo, o aquífero permeável e a área por ele abrangida. Se 
for de baixa solubilidade, parte do sal poderá ficar precipitada na base do 
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contêiner, o que causaria menor dano ambiental. 
Ainda é possível, em um segundo momento, que o sal em solução 
presenteno lençol freático venha, por ação da tensão superficial, ser 
elevado até o nível do terreno. A evaporação que se sucede pode deixar 
os resíduos sólidos salinos na superfície. 
Ademais, o sal pode ficar depositado em depressões, aumentando a 
concentração salina em áreas localizadas nas margens. Como a salinidade 
da água do mar resulta de uma mistura de íons, por evaporação da água, 
vamos obter uma cristalização de sais, por ordem crescente de 
solubilidade, ou seja, começam por cristalizar os menos solúveis e só 
depois os mais solúveis. 
Assim, são necessárias medidas para mitigar os potenciais impactos 
ambientais e, o mais importante, que condutas pautadas no princípio da 
precaução sejam aplicadas para evitar outros possíveis acidentes de 
mesma natureza. 
 
3 - (Cespe/UnB - Tema 1: Regulação, Controle, Fiscalização, 
Licenciamento e Auditoria Ambiental ± Subtema 1.2: Regulação, 
Controle e Fiscalização Ambiental ± Ibama ± 2008) 
Redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema. 
A ALOCAÇÃO NEGOCIADA DA ÁGUA NO CONTEXTO DA POLÍTICA 
NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS 
Em seu texto aborde, necessariamente, os seguintes aspectos 
relacionados à alocação negociada: 
‡ conceito e objetivos; 
‡ relação com a política nacional de recursos hídricos; 
‡ forma de execução (descrição das etapas do ciclo da 
alocação); 
‡ participação do poder público na alocação pactuada. 
 
A alocação negociada da água consiste no processo de definição de 
quantidades de água a serem alocadas em cada bacia e/ou trechos de 
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rios para atender à necessária disponibilidade de água, presente e futura, 
em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos. 
O objetivo é alocar água em qualidade e quantidade adequadas aos 
mais diversos usos. Assim, busca-se atender minimamente a todos os 
usuários, levando-se em conta tanto as demandas quanto as incertezas 
em relação à disponibilidade. 
A Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei nº 
9.433/97, definiu a água como recurso natural limitado, de domínio 
público, dotado de valor econômico. Sua gestão deve proporcionar o uso 
múltiplo das águas e ser descentralizada, com a participação do Poder 
Público, dos usuários e das comunidades. 
Entre os instrumentos dessa política temos os planos de recursos 
hídricos; a outorga dos direitos de uso; o enquadramento dos corpos de 
água em classes; o sistema de informações; e a cobrança pelo uso. É 
importante destacar que a alocação negociada de água não foi definida, 
na Lei nº 9.433/97, como um dos instrumentos de gestão. No entanto, 
ela tem se tornado um deles, na prática. 
As etapas que integram o processo de alocação são as seguintes: 
divulgação do processo para apresentar o problema para a sociedade, 
destacando o objetivo da alocação e a importância da participação de 
todos os interessados; o cadastramento dos usuários de água para 
identificá-los, conhecer as suas necessidades hídricas, as finalidades de 
uso, entre outros aspectos; a obtenção dos dados relacionados com o 
problema e a definição de cenários de solução. 
A próxima etapa é a assembleia dos usuários, em geral aberta 
também a órgãos públicos e a entidades da Sociedade Civil, nela são 
apresentados os cenários identificados. Em seguida, há a discussão das 
possíveis cotas de uso da água para cada usuário. Com base nas 
definições da assembleia, o órgão gestor pode, então, emitir as outorgas 
de uso, instrumento que assegura ao usuário o direito de utilizar a água 
de uma determinada fonte, com uma vazão e finalidade determinadas, e 
por um período pré-definido. 
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Uma vez que o processo de uso da água é dinâmico, no qual 
demandas surgem e se extinguem, ou aumentam e diminuem com o 
tempo, a alocação de água de uma bacia terá de ser um processo 
também dinâmico. Por isso, para fechar o ciclo, após um determinado 
período, previamente acordado, é realizada outra assembleia, na qual 
poderão ser definidas novas cotas de uso, em função dos resultados 
obtidos. 
Diante do exposto, com o intuito de minimizar os potenciais 
conflitos pela água, a alocação negociada fortalece o Sistema Nacional de 
Gerenciamento de Recursos Hídricos, contribuindo para o avanço da 
Política Nacional de Recursos Hídricos, ao favorecer a implementação de 
instrumentos de gestão, com a participação dos usuários de água, da 
sociedade civil organizada e do Poder Público. 
 
4 ± (Cespe/UnB - Tema 3: Gestão, Proteção e Controle da 
Qualidade Ambiental - Ibama ± 2008) 
Elabore um texto dissertativo acerca do tema 
Gestão, Proteção e Controle da Qualidade Ambiental. 
Em seu texto aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: 
‡ Convenção de Basiléia; 
‡ Convenção de Estocolmo; 
‡ Convenção de Roterdã; 
‡ as interdependências entre si, relacionando-as com a Agenda 
21. 
 
O controle efetivo da geração, do armazenamento, do tratamento, 
do transporte e do depósito dos resíduos perigosos é de extrema 
importância para a saúde do homem e para o desenvolvimento 
sustentável. Isso requer cooperação e participação ativas da comunidade 
internacional, dos Governos e da indústria. Nesse sentido, foram 
realizadas três convenções: a Convenção de Brasileia; de Roterdã; e 
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também a de Estocolmo. Em conjunto, elas oferecem os meios para o 
manejo global ecologicamente saudável das substâncias perigosas. 
A Convenção de Basileia sobre o Controle dos Movimentos 
Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito estabelece 
mecanismos internacionais de controle baseados no princípio do 
consentimento prévio e explícito para a importação e o trânsito de 
resíduos perigosos. Além disso, procura coibir o tráfico ilícito e prevê a 
intensificação da cooperação internacional para a gestão adequada desses 
resíduos. 
A Convenção de Roterdã sobre Procedimento de Consentimento 
Prévio Informado para o Comércio Internacional de certas Substâncias 
Químicas e Agrotóxicos Perigosos tem o objetivo de promover a 
responsabilidade compartilhada e os esforços cooperativos entre as Partes 
no comércio internacional de certas substâncias químicas perigosas, 
visando à proteção da saúde humana e do meio ambiente contra os danos 
potenciais dessas substâncias. 
A Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos 
Persistentes é um dos mais importantes instrumentos de promoção da 
segurança química global. Obriga os Países-Partes a adotarem medidas de 
controle relacionadas a todas as etapas do ciclo de vida (produção, 
importação, exportação, disposição e uso) das substâncias classificadas 
como poluentes orgânicos persistentes (POPs). Esses poluentes têm 
propriedades tóxicas, são resistentes à degradação, sendo transportados 
através das fronteiras internacionais e depositados distantes do local de 
sua liberação, onde se acumulam em ecossistemas terrestres e aquáticos.Os tratados internacionais se complementam e reforçam o peso de 
decisões já tomadas internamente nos países. Para atendimento à Agenda 
21, temos dispostos, nos capítulos 19 e 20 de seu texto, o manejo 
ecologicamente saudável das substâncias químicas tóxicas e a prevenção 
do tráfico ilícito de produtos tóxicos e perigosos. 
 
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5 - (Cespe/UnB - Área 41 Licenciamento e Avaliação Ambiental 
Subárea: Instrumentos de Avaliação Ambiental - MMA ± 2008) 
Entre fins da década de 50 e início da de 60 do século passado, a 
crescente sensibilidade de estudiosos, acadêmicos e gestores 
públicos apontava a necessidade urgente da criação de novos 
instrumentos capazes de complementar e ampliar a eficiência dos 
tradicionalmente utilizados no licenciamento ambiental de 
atividades e empreendimentos. Vários grupos de estudos foram se 
formando nos Estados Unidos da América e na Europa, 
primeiramente nacionais e a seguir multinacionais, para dar 
resposta a esses desafios.Já na década de 60 passou a consolidar-
se o conceito, hoje corrente, de impacto sobre o ambiente. O 
detalhamento desse conceito demonstrou que sua avaliação podia 
ser feita com razoável margem de objetividade, de modo que ela 
pudesse ter aceitação e representatividade social e transformar-
se em instrumento do processo de tomada de decisões no 
licenciamento ambiental. Para tanto, essa avaliação deveria ter 
características técnicas mínimas regulamentadas pelo poder 
público e ser traduzida em instrumento público acessível aos 
vários segmentos da sociedade interessados no processo de 
licenciamento ambiental. 
Braga et al. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2.ª ed. 2005 (com adaptações). 
Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter 
unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do 
seguinte tema: 
A avaliação de impacto ambiental como instrumento da política 
nacional do meio ambiente. 
Ao elaborar seu texto, 
x inclua um roteiro básico para a elaboração do estudo de 
impacto ambiental e do relatório de impacto ambiental; 
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x aborde pelo menos cinco atividades modificadoras do meio 
ambiente que dependem da elaboração do estudo de impacto 
ambiental e do respectivo relatório de impacto ambiental; 
x descreva a finalidade e os principais fundamentos da 
audiência pública no processo de licenciamento ambiental e 
sua relevância para a integração da sociedade na 
problemática ambiental. 
 
Obs.: Alguns temas foram retirados de provas para o MMA com 
limite de 90 linhas. Ou seja, o triplo do limite estipulado para o 
Ibama. Diante disso, vou apresentar o roteiro completo para essas 
propostas ainda que extrapolem o limite de 30 linhas, ok?! 
Meu objetivo agora é responder todos os quesitos exigidos, 
alertando que a banca ofertou 90 linhas para isso. 
Obviamente, na prova de vocês, a banca não exigirá tópicos 
que necessitem de muitas linhas para serem desenvolvidos, haja 
vista que 30 linhas não seriam suficientes. 
Acreditem, vocês com a bagagem que estão adquirindo terão 
que sintetizar muito para conseguir passar toda a informação 
exigida dentro do limite imposto. 
Vamos à proposta de resposta. 
 
 Consoante disposto na Lei nº 6.938 de 1981, a avaliação de 
impactos ambientais, o licenciamento e a revisão de atividades efetivas 
ou potencialmente poluidoras são instrumentos da Política Nacional do 
Meio Ambiente. O fundamento da exigência do licenciamento ambiental 
reside na possibilidade, constitucionalmente outorgada, de o Poder 
Público impor restrições ao exercício do direito de propriedade e do direito 
ao livre empreendimento, a fim de que a função socioambiental da 
propriedade seja observada. 
 A Constituição Federal de 1988 determina, em seu artigo 225, que, 
para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente 
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equilibrado, o Poder Público deverá exigir, na forma da lei, para instalação 
de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa 
degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que 
se dará publicidade. 
O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, em 
especial aos princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do 
Meio Ambiente, deverá contemplar todas as alternativas tecnológicas e de 
localização do projeto; identificar e avaliar sistematicamente os impactos 
ambientais; definir os limites da área geográfica a ser direta ou 
indiretamente afetada pelos impactos; considerar os planos e programas 
governamentais propostos e em implantação na área de influência do 
projeto e sua compatibilidade. 
O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as 
seguintes atividades técnicas: diagnóstico ambiental da área de influência 
do projeto, considerando: o meio físico, o meio biológico e os 
ecossistemas naturais e o meio socioeconômico; análise dos impactos 
ambientais do projeto e de suas alternativas; definição das medidas 
mitigadoras dos impactos negativos; elaboração do programa de 
acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos e negativos. 
Já o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) refletirá as conclusões do EIA 
e deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua 
compreensão. As informações do Relatório devem ser traduzidas em 
linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e 
demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender 
as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as 
consequências ambientais de sua implementação. 
Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e 
respectivo Relatório de Impacto Ambiental ± RIMA, o licenciamento de 
atividades modificadoras do meio ambiente, tais como: estradas de 
rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; ferrovias; portos e 
terminais de minério, petróleo e produtos químicos; aeroportos; 
oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de 
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esgotos sanitários; linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 
230KV; entre outras atividades. 
Uma etapa importante do processo de licenciamento ambiental e 
que possibilita a efetivação do princípio da participação e da informação é 
a audiência pública. O Órgão do Meio Ambiente promoverá a realização de 
audiência pública sempre que julgar necessário, ou quando for solicitado 
por entidade civil, pelo Ministério Público, ou por 50 ou mais cidadãos. As 
audiências têm por finalidade expor aos interessados o conteúdo do 
produto em análise e do seu referido RIMA, dirimindo as dúvidase 
recolhendo dos presentes as críticas e as sugestões a respeito. No caso de 
haver solicitação de audiência pública e na hipótese do Órgão Estadual 
não realizá-la, a licença não terá validade. A ata da Audiência Pública e 
seus anexos servirão de base, juntamente com o RIMA, para a análise e 
parecer final do licenciador quanto à aprovação ou não do projeto. 
 Assim, para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações, 
incumbe ao Poder Público exigir o licenciamento ambiental para a 
localização, a instalação, a ampliação e a operação de empreendimentos e 
de atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetivas 
ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, 
possam causar degradação ambiental. 
 
6 - (Cespe/UnB - Área 42: Licenciamento e Avaliação Ambiental ± 
Subárea: Políticas para o Licenciamento Ambiental ± MMA ± 2008) 
Embora na época da promulgação da Lei nº 6.938/1981, o sistema 
de licenciamento já estivesse previsto na legislação de vários 
estados, ele foi disciplinado por essa lei, em nível nacional, 
tornando-se obrigatório em todo território nacional. 
De acordo com a norma federal, estão sujeitas a licenciamento 
das obras ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais 
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como 
capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental. 
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Essa definição é bastante genérica, mas a grande maioria dos 
estados optou por relacionar as obras ou atividades sujeitas ao 
sistema de licenciamento ou estabelecer critérios para a sua 
identificação. 
As licenças são normalmente expedidas pelos órgãos de controle 
ambiental dos estados, cabendo ao governo federal, por meio do 
IBAMA, o licenciamento de âmbito nacional ou regional. 
Braga et al. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2.ª ed., 2005 (com adaptações). 
Considerando que o fragmento acima tem caráter unicamente 
motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: 
O processo de licenciamento ambiental como instrumento de 
gestão ambiental 
Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes 
aspectos: 
x licenças que podem ser expedidas pelo poder público no 
controle ambiental; 
x etapas do procedimento de licenciamento ambiental; 
x empreendimentos/atividades ² incluir pelo menos cinco ² 
utilizadores de recursos ambientais considerados efetiva ou 
potencialmente poluidores, bem como os empreendimentos 
capazes, sob qualquer forma, de causar degradação 
ambiental, sujeitos ao licenciamento ambiental. 
 
O licenciamento tem a finalidade de controlar atividades 
potencialmente poluentes, procurando imprimir-lhes um padrão de 
atuação sustentável, de modo a prevenir e/ou a mitigar danos 
ambientais. Em regra, no licenciamento ambiental ordinário, o Poder 
Público pode expedir três licenças ambientais: prévia, de instalação e de 
operação. 
A Licença Prévia (LP) tem prazo de cinco anos é concedida na fase 
preliminar do planejamento, aprova a localização, a concepção e atesta a 
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viabilidade ambiental da atividade. A Licença de Instalação (LI) tem prazo 
de seis anos e precede os procedimentos de efetivo início de implantação 
da atividade. Por fim, cumpridas as restrições e condicionantes das 
licenças anteriores e resguardadas as medidas de controle ambiental, o 
órgão ambiental expede a Licença de Operação (LO), que autoriza a 
operação e tem prazo de quatro a dez anos, podendo ser renovada. 
O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às seguintes 
etapas: definição pelo órgão ambiental competente, com a participação 
do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, 
necessários ao início do processo de licenciamento; requerimento da 
licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, 
projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida 
publicidade; análise pelo órgão ambiental competente; solicitação de 
esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental e audiência 
pública, quando couber; emissão de parecer técnico conclusivo e, se for o 
caso, parecer jurídico; e, por fim, o deferimento ou indeferimento do 
pedido de licença, dando-se a devida publicidade. 
Entre as atividades que exigem EIA/RIMA temos: extração de 
combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); aterros sanitários, 
processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos; distritos 
industriais e zonas estritamente industriais - ZEI; qualquer atividade que 
utilizar carvão vegetal, derivados ou produtos similares, em quantidade 
superior a dez toneladas por dia; e empreendimentos potencialmente 
lesivos ao patrimônio espeleológico nacional. 
Conclui-se que o licenciamento ambiental de empreendimentos e 
atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de 
significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto 
ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente 
(EIA/RIMA), ao qual será dado publicidade, garantida a realização de 
audiências públicas, quando couber, de acordo com a regulamentação. 
 
7 - (Cespe/UnB - Tema IV - Ibama ± 2005) 
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Com relação ao manejo florestal em áreas naturais, discute-se 
muito, atualmente, acerca das operações de exploração na 
floresta por meio de técnicas de impacto reduzido. 
A respeito do emprego das técnicas referidas acima, redija um 
texto dissertativo abordando, necessariamente, os seguintes 
aspectos: 
x atividades que devem ser executadas antes, durante e após 
a exploração da floresta; 
x cuidados necessários durante e após o corte de árvores, para 
se obter madeira de boa qualidade e o máximo de 
rendimento na serraria. 
 
 O manejo florestal sustentável pode ser definido como a 
administração da floresta para a obtenção de benefícios econômicos e 
sociais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema 
objeto do manejo. Essa exploração de impacto reduzido tem suas 
atividades divididas em três fases distintas para cada ciclo de corte: pré-
exploratória, exploratória e pós-exploratória. 
A fase pré-exploratória inicia-se com o planejamento e a 
delimitação das áreas de corte anual e unidades de trabalho com o 
inventário 100%. Nessa etapa são definidas as espécies e os diâmetros 
utilizados; a localização, identificação e medição das árvores; o 
zoneamento da área; o planejamento das trilhas de arraste e estradas, e 
a construção da infraestrutura necessária. Há, ainda, quando necessário, 
o corte de cipós no mínimo um ano antes do abate das árvores 
selecionadas para exploração. 
As atividades de exploração florestal incluem o corte/abate 
direcionado das árvores selecionadas e sinalizadas, a fim de preservar as 
remanescentes; arraste; transporte; movimentaçãodas toras nos pátios 
de estocagem; operações de pátio, incluindo a separação de toras para 
serraria e laminadoras; empilhamento; medição e romaneio. Ainda nessa 
etapa temos a manutenção das estradas. 
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Na última etapa do manejo florestal sustentável temos as atividades 
pós-exploratórias: monitoramento; manutenção das trilhas de arraste e 
pátios de estocagem; tratos silviculturais; avaliação das atividades de 
exploração, seus impactos e desperdícios; e medidas de proteção à 
floresta. 
Conclui-se que a adoção do manejo florestal sustentável ou 
exploração de impacto reduzido pode conduzir a uma exploração 
economicamente viável, e proporcionar ganhos substanciais na eficiência 
de conversão das toras em madeira serrada, com grande redução dos 
danos ambientais durante a extração. 
 
8 - (Cespe/UnB - Analista Ambiental ± Área de Concentração I: 
Administração e Planejamento em Meio Ambiente ± Ministério do 
Meio Ambiente ± MMA ± 2008) 
A Constituição de 1988 consagrou uma série de princípios e 
estabeleceu um conjunto de regras atinentes à relação entre a 
administração e os servidores. Um dos aspectos mais relevantes 
diz respeito à investidura em cargo ou emprego público, seja 
mediante concurso público, seja para os chamados cargos em 
comissão. 
Considerando que o texto acima tem caráter unicamente 
motivador, redija um texto dissertativo acerca do ingresso no 
serviço público a partir dos princípios da administração. Em seu 
texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: 
x principais princípios da administração pública na 
Constituição Federal; 
x formas principais de ingresso no serviço público; 
x relações entre formas de ingresso e princípios da 
administração descritos. 
 
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De acordo com o artigo 37, da Constituição Federal de 1988, são 
princípios expressos norteadores da Administração Pública: a legalidade, a 
impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência. 
O princípio da legalidade aplicado à Administração significa que esta 
só pode praticar atos quando a lei assim determina ou autoriza. A 
impessoalidade significa que a atividade administrativa deve ter por fim o 
atendimento ao interesse público. A moralidade é o conjunto de regras 
objetivas de condutas da boa e correta Administração, liga-se à ideia de 
probidade. A publicidade determina a divulgação oficial dos atos do Poder 
Público como requisito de eficácia dos atos administrativos que devam 
produzir efeitos externos. Por fim, o princípio da eficiência, inserido pela 
Emenda Constitucional 19, de 1998, identifica-se com a administração 
gerencial e busca a melhor relação entre custos e benefícios. 
A Constituição prevê como principais formas de ingresso no serviço 
público a nomeação após aprovação em concurso público para cargos e 
empregos públicos efetivos; a nomeação para cargos em comissão para 
as funções de chefia, direção e assessoramento, de livre escolha da 
autoridade competente. Há, também, a contratação por necessidade 
temporária de excepcional interesse público. 
No que diz respeito à relação entre as formas de ingresso e os 
principais da administração descritos, registre-se que todos eles são 
aplicáveis, direta ou indiretamente. Entretanto, o princípio da 
impessoalidade ou isonomia, moralidade e eficiência são citados pela 
doutrina majoritária e pela jurisprudência como de aplicação direta às 
formas de acesso ao serviço público. 
Assim, verifica-se que os princípios são orientadores de toda a 
atividade da Administração Pública, devendo ser observados em toda a 
sua atuação e, por consequência, nas formas de ingresso no serviço 
público. 
 
9 - (Cespe/UnB - Área 37 Engenharia Florestal. Subárea: Áreas 
Protegidas - MMA ± 2008) 
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Para desenvolver, acompanhar, coordenar e elaborar pareceres 
técnicos sobre planejamento, criação e gestão de áreas 
protegidas, o profissional tem a seu dispor as leis que regem 
todos esses aspectos, entre as quais pode ser citada a Lei n.º 
9.985/2000, que criou o Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação (SNUC). As unidades de conservação integrantes do 
SNUC dividem-se em dois grupos: (1) as unidades de proteção 
integral, cujo objetivo básico é preservar a natureza, sendo 
possível, resguardadas algumas exceções, o uso indireto dos 
recursos naturais; e (2) as unidades de uso sustentável, cujo 
objetivo básico é compatibilizar a conservação da natureza com o 
uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. 
Considerando que o texto acima tem caráter unicamente 
motivador, disserte acerca das unidades de proteção integral e 
unidades de uso sustentável, abordando tanto os objetivos dessas 
unidades quanto as restrições a que estão submetidas, em relação 
a cada um dos seguintes tipos: 
x estação ecológica; 
x reserva biológica; 
x parque nacional; 
x área de proteção ambiental; 
x reserva extrativista. 
 
OBSERVAÇÃO! 
O Cespe ofereceu 90 linhas para a redação dessa proposta no 
concurso do MMA. No entanto, para o concurso do Ibama temos o 
limite de 30 linhas, o que é insuficiente para abordarmos de 
maneira completa e satisfatória todas as características e 
restrições de 5 unidades de conservação. Por esse motivo, vamos 
adaptar a questão mantendo a proposta original, mas escrevendo 
sobre 2 unidades: estação ecológica e reserva extrativista. 
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Teve aluno que conseguiu escrever, de forma resumida, 
sobre as 5 categorias, entretanto, nós consideramos a avaliação 
partindo do pressuposto de que seria difícil o candidato escrever 
sobre todos os quesitos em 30 linhas. 
Vocês podem utilizar esse modelo de questão e escrever 
sobre as 12 categorias de UC. Escrevam sobre 2 ou 3 unidades em 
cada redação. Assim estarão preparados para qualquer tema que 
aborde os grupos e as categorias do Sistema Nacional de Unidades 
de Conservação. 
Diante disso, a proposta será a seguinte: 
 
Disserte acerca das unidades de proteção integral e unidades de 
uso sustentável, abordando tanto os objetivos dessas unidades 
quanto as restrições a que estão submetidas, em relação a cada 
um dos seguintes tipos: 
x estação ecológica; 
x reserva extrativista. 
 
 
 Vamos à proposta de solução: 
 
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) é constituído 
pelo conjunto das unidades de conservação federais, estaduais e 
municipais. Há dois grupos de unidades: o de proteção integral e o de uso 
sustentável. Além disso, cada um desses grupos é composto de 
categorias com características específicas. 
O grupo de proteção integraltem como escopo preservar a natureza, 
sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais. A 
estação ecológica é uma categoria de unidade de conservação 
pertencente a esse grupo. 
 A estação ecológica tem como objetivo a preservação da natureza e a 
realização de pesquisas científicas. É de posse e domínio públicos, sendo 
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que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas. 
A visitação pública é proibida, exceto quando for com objetivo 
educacional. A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão 
responsável pela administração da unidade e está sujeita a condições e a 
restrições. 
Já as unidades de uso sustentável buscam compatibilizar a 
conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos recursos 
naturais. Neste grupo, temos as reservas extrativistas, unidades de 
domínio público, com uso concedido às populações extrativistas 
tradicionais, sendo desapropriadas as áreas particulares incluídas em seus 
limites. 
As Reservas Extrativistas são criadas para proteger os meios de vida e 
a cultura das populações extrativistas e para assegurar o uso sustentável 
dos recursos naturais. A visitação pública é permitida, desde que seja 
compatível com os interesses locais e de acordo com o disposto no Plano 
de Manejo da área. A pesquisa científica é permitida e incentivada, 
sujeitando-se à prévia autorização. A exploração comercial de recursos 
madeireiros só será admitida em bases sustentáveis e em situações 
especiais e complementares. Já a exploração de recursos minerais e a 
caça amadorística ou profissional são proibidas. 
Diante do exposto, verifica-se a importância desses espaços 
ambientais que exigem proteção especial para a manutenção da 
biodiversidade e para a preservação dos recursos naturais em benefício 
do meio ambiente ecologicamente equilibrado, da saúde e da qualidade 
de vida. 
 
10 - (CESPE ± Defensor Público ± AC/2012) 
(VWDEHOHFH� D� &RQVWLWXLomR� )HGHUDO� QR� FDSXW� GR� DUW�� ����� ³7RGRV�
têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de 
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, 
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-OR�SDUD�DV�SUHVHQWHV�H�IXWXUDV�JHUDo}HV�´ 
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No inciso I do artigo 3º da Lei n.º 6.938/1981, que dispõe sobre a 
Política Nacional do Meio Ambiente, meio ambiente é definido 
como conjunto de condições, leis, influências e interações de 
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a 
vida em todas as suas formas. 
Com base nos dispositivos acima transcritos, disserte sobre os 
princípios da precaução e do poluidor-pagador, estabelecendo a 
diferença entre eles. 
 
Com o objetivo de evitar que os danos ao meio ambiente se 
concretizem, o princípio da precaução determina que, nos casos de perigo 
de dano grave e irreversível, a falta de certeza científica absoluta não 
deverá ser utilizada como razão para postergar a adoção de medidas 
eficazes para impedir a degradação do meio ambiente. 
A ausência de certeza científica, ou seja, a dúvida acerca de um 
dano não pode ser utilizada para adiar a adoção de medidas efetivas no 
intuito de evitar a degradação ambiental. Desse modo, o ônus de provar 
que as intervenções pretendidas não são perigosas ou poluentes incumbe 
ao interessado. Na dúvida, iremos adotar a posição mais favorável à 
saúde e ao meio ambiente. 
Importante lembrar que há inúmeras situações nas quais o dano 
ambiental não pode ser evitado. Nesses casos, deve ser aplicado o 
princípio do poluidor-pagador, em sua acepção reparatória. Aquele que 
polui tem o dever de pagar. Ao poluidor impõem-se todas as 
consequências derivadas do dano ambiental, incluindo recuperação ou 
indenização do meio ambiente degradado. Vale observar, nesse ponto, 
que o princípio do poluidor-pagador não prevê apenas a reparação dos 
danos ambientais, mas também determina a adoção de medidas para 
evitar que o dano se materialize. Trata-se, nesse caso, de incentivo 
negativo destinado àqueles que pretendem praticar conduta lesiva ao 
meio ambiente. Qualquer pessoa, física ou jurídica, que pretende utilizar 
recursos naturais deve suportar as despesas de prevenção do dano 
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ambiental. O princípio do poluidor-pagador pode ser entendido, portanto, 
como um instrumento econômico que exige que o poluidor, uma vez 
identificado, suporte as despesas de prevenção, de reparação e de 
repressão dos danos ambientais. 
 
11 - (MPE ± GO ± Promotor de Justiça ± GO/2010) 
Disserte, objetivamente, sobre as competências administrativas 
em matéria ambiental, seus conflitos, critérios doutrinários e 
legais para resolvê-los. 
 
A competência administrativa em matéria ambiental é comum a 
todos os entes da federação, nos termos do artigo 23, VI e VII, da 
Constituição da República de 1988. Assim, União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios são competentes para promover a execução de 
diretrizes, políticas e preceitos relativos à proteção ambiental, bem como 
para exercer o poder de polícia ambiental. 
Na tentativa de solucionar conflitos de competência, a Constituição 
de 1988, no parágrafo único do artigo 23, dispõe que leis 
complementares fixarão normas para a cooperação entre União e os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Em matéria ambiental, foi 
editada a Lei Complementar nº 140/2011, que apresenta critérios de 
definição de competências, delineando os campos de atuação 
administrativa dos entes federados. 
Ainda que a Lei Complementar nº 140/2011 apresente uma lista de 
ações de cooperação de competência de cada ente federado, conflitos 
poderão subsistir, em razão da competência comum em matéria 
ambiental. Nesses casos, a doutrina apresenta critérios de definição, 
como o da preponderância (predominância) do interesse, que deverá ser 
analisado no caso concreto. 
 
12 - (MPE ± GO ± Promotor de Justiça ± GO/2010) 
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Discorra sobre o licenciamento ambiental, abordando sua 
natureza jurídica, características, competência e normatização. 
 
De acordo com a Lei Complementar 140 de 2011, licenciamento 
ambiental é o procedimento administrativo destinado a licenciar 
atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, 
efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de 
causar degradação ambiental. 
O licenciamento integra a tutela administrativa preventiva do meio 
ambiente, que apresenta como objetivo primário a preservação dos 
recursos naturais. As licenças ambientais estabelecemas condições 
mínimas de exercício da atividade econômica, além das contrapartidas 
exigidas do particular para alcançar esse fim. 
Trata-se de instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente 
(PNMA), previsto no artigo 9º, inciso IV, da Lei nº 6.938/81, 
regulamentado pela Resolução do CONAMA nº 237/1997 e pela Lei 
Complementar nº 140/2011. 
O licenciamento apresenta, como uma das principais características, 
a natureza jurídica de procedimento administrativo, o que denota a 
existência de um conjunto de formalidades e etapas definidas pelas 
normas ambientais a serem observadas pelo interessado para que 
obtenha o consentimento para concepção, localização, instalação e 
operação de seu empreendimento ou de sua atividade. 
Todos os entes federados são competentes para realizar o 
licenciamento ambiental, tendo em vista tratar-se de atividade 
administrativa de competência comum, nos termos do artigo 23, inciso VI 
e VII, da Constituição de 1988. No entanto, em cada caso concreto, a 
competência específica para o licenciamento ambiental é atribuída a 
apenas um ente federado específico, tendo em vista não haver 
possibilidade de licenciamento ambiental simultâneo ou duplo. Nos termos 
da Lei Complementar nº 140/2011, os empreendimentos e as atividades 
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são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente 
federativo. 
 
13 - (Procurador do Estado MG ± FUMARC ± 2012) 
³$FHUFD� GR� /LFHQFLDPHQWR� $PELHQWDO�� UHVSRQGD� GH� IRUPD�
fundamentada: 
�$��4XDO�D�QDWXUH]D�MXUtGLFD�GD�³/LFHQoD�$PELHQWDO´" 
�%��2�/LFHQFLDPHQWR�$PELHQWDO�GH�XP�³DWHUUR�VDQLWiULR´�SRGH�VHU�
concedido independentemente da realização de Estudo de 
Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto ao Meio 
Ambiente (EIA/RIMA)? 
(C) Qual a competência para o licenciamento de um 
empreendimento localizado em Área de Proteção Ambiental, 
instituída pela União Federal, abrangendo o território dos 
Municípios de Belo Horizonte e Nova Lima? 
(D) Considerando que a instalação de determinado 
empreendimento minerário dependa da supressão de vegetação 
secundária em estágio avançado e médio de regeneração de Mata 
Atlântica, informe quais são os requisitos para a prática de tal 
DWLYLGDGH"´ 
 
A licença ambiental apresenta natureza jurídica sui generis, pois 
apresenta características tanto de licença quanto de autorização. 
A anuência da autoridade ambiental, para alguns, deve ser 
concedida ao empreendimento que cumprir todas as exigências previstas 
em lei, característica de ato administrativo vinculado. Por outro lado, 
apresenta também natureza de ato administrativo discricionário, pois o 
administrador preenche o vazio da norma a partir de dados técnicos 
apresentados no caso concreto. Além disso, trata-se a licença ambiental 
de ato administrativo com prazo determinado, característica das 
autorizações administrativas. 
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O licenciamento ambiental de um aterro sanitário depende de 
apresentação, ao órgão ambiental licenciador, do Estudo de Impacto 
Ambiental e respectivo Relatório de Impacto ao Meio Ambiente 
(EIA/RIMA). Trata-se de atividade modificadora do meio ambiente, 
expressamente elencada no rol do artigo 2º da Resolução CONAMA nº 
01/1986, que relaciona as atividades cujo licenciamento ambiental 
depende de elaboração de EIA/RIMA. 
Um empreendimento localizado em Área de Proteção Ambiental 
(APA), instituída pela União Federal, abrangendo o território dos 
Municípios de Belo Horizonte e Nova Lima, ambos localizados no Estado 
de Minas Gerais, deve ser licenciado pelo órgão ambiental estadual 
competente. A Lei Complementar nº 140/2011 institui tratamento 
HVSHFLDO�jV�$3$¶V��HVSHFLDOPHQWH�QR�WRFDQWH�DR� OLFHQFLDPHQWR�DPELHQWDO��
definindo critérios específicos pré-estabelecidos em seus artigos 7º, 8º e 
9º. Assim, no caso da APA, o órgão ambiental competente para licenciar 
uma atividade não será, necessariamente, o órgão ambiental do ente 
federado que institui a unidade de conservação. No caso sob análise, em 
uma APA federal em que seja necessário o licenciamento de uma 
atividade que cause ou possa causar impacto ambiental em território de 
dois municípios do mesmo Estado, a competência será do órgão 
ambiental estadual. 
Nos termos artigo 32, da Lei da Mata Atlântica (Lei nº 
11.1428/2006), a supressão de vegetação secundária em estágio 
avançado e médio de regeneração para fins de atividades minerárias 
somente será admitida mediante: a) licenciamento ambiental, 
condicionado à apresentação de Estudo Prévio de Impacto Ambiental 
/Relatório de Impacto Ambiental EIA/RIMA, pelo empreendedor, e desde 
que demonstrada a existência de alternativa técnica e locacional ao 
empreendimento proposto; b) sejam adotadas medidas compensatórias 
que incluam a recuperação de área equivalente à área do 
empreendimento, com as mesmas características ecológicas, na mesma 
bacia hidrográfica e sempre que possível na mesma microbacia 
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hidrográfica, independentemente do pagamento da compensação 
ambiental prevista no artigo 36 da Lei do Sistema Nacional de Unidades 
de Conservação(Lei nº 9.985/2000). 
 
14 - (MPE ± MA ± Promotor de Justiça - MA/2009) 
Acerca do tema responsabilidade civil ambiental discorra sobre 
quais as formas de reparação dos danos causados ao meio 
ambiente, esclarecendo inclusive: 
a) Se é possível a cumulação de pedidos na ação civil pública 
destinada a este fim e, em caso positivo, quais os pleitos viáveis; 
b) Se a obrigação de reparar o passivo ambiental transmite-se ou 
não ao adquirente da área degradada; 
c) Se a licitude da atividade que causou o dano é causa excludente 
ou não da responsabilidade civil ambiental, justificando a 
resposta. Todas as assertivas deverão conter respostas com 
fundamentação legal. 
 
Conforme dispõe o artigo 225, parágrafo 3º da Constituição da 
República de 1988, as condutas e as atividades consideradas lesivas ao 
meio ambiente sujeitarão os infratores a sanções penais e 
administrativas, além da obrigação de reparar os danos causados. 
A reparação dos danos ao meio ambiente deve-se dar com a 
imposição ao poluidor da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos 
causados, consoante inciso VII do artigo 4º da Lei nº 6.938/1981 (Política 
Nacional do Meio Ambiente - PNMA). 
Deve ser dada preferência à recuperação do meio ambiente 
degradado, para que ele volte a apresentar características idênticas ou 
mais próximas possíveis das originais. Para tanto, alguns instrumentos 
podem ser utilizados, como a regeneração natural da vegetação 
degradada ou a compensação em outra área com características 
similares. Apenas nos casos em que não seja possível a recuperação do 
meio ambiente degradado é que se deve exigir do degradador a 
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indenização pelos danos ambientais causados. Com intuito de alcançar a 
reparação integral (in integrum) do meio ambiente degradado, doutrina e 
jurisprudência são pacíficas ao afirmar a possibilidade de cumulação de 
pedidos, em ação civil pública, de recuperação do meio ambiente natural 
e do pagamento de indenização. 
A obrigação de reparar os danos causados ao meio ambiente tem 
natureza real, transmitindo-se ao novo adquirente da área degradada. 
Nesses casos, o Superior Tribunal de Justiça admite a hipótese, 
excepcional, de atribuição de responsabilidade civil independentemente 
da existência de nexo causal. Assim, mesmo inexistindo relação de causa 
e efeito entre a conduta do atual proprietário do imóvel e o dano ao meio 
ambiente, será ele obrigado a repará-lo, por se tratar de obrigação 
propter rem, que segue o imóvel. 
Por fim, importante destacar que a responsabilidade civil por dano 
ao meio ambiente é objetiva, nos termos do artigo 14, parágrafo 1º da 
Lei nº 6.938/1981 e não qualquer hipótese de excludente de 
responsabilidade civil. Por se tratar de responsabilidade objetiva, não há 
que se discutir a licitude da atividade, ou se houve dolo ou culpa por 
parte do degradador. Deve-se apenas analisar os elementos dano 
ambiental e nexo causal. Como regra geral, comprovada a lesão ao meio 
ambiente e a relação de causa e efeito entre a conduta e o dano, deve o 
poluidor responder civilmente pelos danos ambientais causados. 
 
15 - (CESPE - Magistratura Federal ± TRF 1ª Região 2011) 
Com base no direito ambiental, discorra sobre os princípios do 
poluidor-pagador, da precaução e da prevenção, bem como sobre 
as condições específicas da responsabilização penal da pessoa 
jurídica. 
 
O princípio do poluidor-pagador é um instrumento econômico que 
exige que o poluidor suporte as despesas de prevenção, de reparação e 
de repressão dos danos ambientais. Há duas acepções válidas desse 
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princípio. Numa primeira interpretação, ele apresenta uma exigência 
dirigida ao poluidor para que assuma todas as consequências derivadas 
do dano ambiental, traduzida na obrigação de reparar os danos e 
prejuízos, sendo inclusive denominado por alguns doutrinadores como 
³SULQFtSLR� GD� UHSDUDomR´� RX� ³SULQFtSLR� GD� UHVSRQVDELOLGDGH´�� $TXHOH� TXH�
polui deve pagar. De acordo com outra interpretação, compatível com a 
primeira, o princípio passa a ter uma finalidade dissuasiva, e não tanto 
restitutiva, tendo em vista que a obrigação de pagar pelo dano causado 
atua, ou deveria atuar, como incentivo negativo em relação àqueles que 
pretendem praticar uma conduta lesiva ao meio ambiente. 
A aplicação dos princípios da prevenção e da precaução, por sua 
vez, têm como intuito evitar a concretização de danos ao meio ambiente. 
O princípio da prevenção se apoia na certeza científica do impacto 
ambiental de determinada atividade. Ao se conhecer os impactos sobre o 
meio ambiente, impõe-se a adoção de todas as medidas preventivas 
hábeis a minimizar ou a eliminar os efeitos negativos de uma atividade 
sobre o ecossistema. 
Já o princípio da precaução é considerado uma garantia contra os 
riscos potenciais que, de acordo com o estado atual do conhecimento, não 
podem ser ainda identificados. Este princípio afirma que, no caso de 
ausência da certeza científica formal, a existência do risco de um dano 
sério ou irreversível requer a implementação de medidas que possam 
prever, minimizar e/ou evitar este dano. 
Tanto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) quanto o Supremo 
Tribunal Federal (STF) confirmaram o entendimento de que é admissível a 
condenação de pessoas jurídicas pela prática de crime ambiental. Para 
que haja responsabilização penal da pessoa jurídica, a infração deve ter 
sido cometida no interesse ou no benefício da entidade e por decisão de 
seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado. São 
essas as condições específicas para que a pessoa jurídica seja 
responsabilizada penalmente. 
 
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16 - (TJ/RJ ± Juiz de Direito ± RJ/2012) 
Consideram-se agrotóxicos e afins: 
³D�� RV produtos e agentes de processos físicos, químicos ou 
biológicos, destinados ao uso de setores de produção, no 
armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas 
pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de 
outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e 
industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou 
da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos 
considerados nocivos; 
b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, 
dessecaQWHV��HVWLPXODGRUHV�H�LQLELGRUHV�GH�FUHVFLPHQWR´� 
Fale sobre o registro de agrotóxico, abordando o conceito, 
competência para registro, avaliação técnico-científica, rotulagem 
e impugnação. 
 
A Lei nº 7.802/1989, regulamentada pelo Decreto nº 4.074/2002, 
dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e 
rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a 
propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino 
final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a 
inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins. A 
H[SUHVVmR�³DJURWy[LFRV�H�DILQV´�UHIHUH-se, nos termos do artigo 2º, I e II 
da Lei nº 7.802/1989: a) aos produtos e aos agentes de processos 
físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de 
produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, 
nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de 
outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e 
industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, 
a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados 
nocivos; e b) as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, 
dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento. 
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O registro dos agrotóxicos, seus componentes e afins pode ser 
conceituado como um requisito prévio e indispensável para o 
consentimento estatal para que seja possível a sua produção, exportação, 
importação, comercialização e utilização, de acordo com as diretrizes e 
exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, do 
meio ambiente e da agricultura. Nos termos do artigo 1º, XLII, do 
Decreto nº 4.074/2002, o registro do produto é ato privativo de órgão 
federal competente, que atribui o direito de produzir, comercializar, 
exportar, importar, manipular ou utilizar um agrotóxico, componentes ou 
afim. A competência para o registro é, portanto, do órgão federal 
competente, nos termos do caput do artigo 3º, da Lei

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