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Aula 09 Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal p/ IBAMA (Analista Ambiental) Professor: Rosenval Júnior WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 1 Aula 09: Padrão de respostas das provas discursivas seguindo a grade de correção da Banca CESPE. Obs.: Não há correção individual. O professor irá elaborar um padrão de respostas para os alunos. Orientações iniciais 3 Temas respondidos (Redação) 11 Temas respondidos (Questões práticas) 40 Questões extras 51 Espelhos de correção padrão da Banca CESPE / UnB 53 Olá, prezados alunos e futuros analistas ambientais! O que eu estou passando para vocês é o pulo do gato! Tenham certeza disso! Nesta aula, há inclusive os espelhos de correção ORIGINAIS da Banca CESPE/UnB. Peço que guardem muito bem este material! É SÉRIO! Vocês possuem um conteúdo muito relevante para a preparação de vocês. Muitos candidatos não fazem nem ideia de como é corrigida uma redação, quais são os quesitos, o que é levado em consideração. Só o nervosismo, a insegurança e o desconhecimento das regras são suficientes para que muitos reprovem, mesmo sendo excelentes profissionais! É bem provável que não irei lançar outras turmas da parte específica para o IBAMA, MMA ou ICMBio. Logo, está será a minha única turma de 2016/2017. Mesmo com a solicitação da Coordenação do curso Estratégia, devo manter somente esta turma da parte específica. Para o Ibama, MMA ou ICMBio, irei manter somente o curso de Legislação Ambiental (Legislação do Setor de Meio Ambiente). WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 2 Neste semestre estou escrevendo duas monografias. Isso mesmo! Duas! Resolvi fazer duas pós em 2016, o que está tomando boa parte do meu tempo e por isso não vou manter as turmas específicas do Ibama que demandam muito tempo para elaboração do material. Outra questão é que em 2017, começo um mestrado e isso vai tomar mais um bocado de tempo. Sendo assim, manterei somente turmas de legislação, direito ambiental e sustentabilidade. Não tenho pretensões de lançar turmas de conhecimentos específicos. Estou sendo bem franco com vocês, pois tudo o que faço é para passar o melhor conteúdo. Até por isso, inseri essas duas aulas sobre a prova discursiva, pois sei da dificuldade de muitos alunos. Enfim, guardem essas aulas, pois quando o concurso do IBAMA sair, vocês já estarão muito à frente da concorrência! Quando eu fiz a prova, não tinha nada disso! Eu tive que aprender tudo sozinho! Errando e acertando! Descobrindo sozinho! Aprendendo no campo de batalha! Fazendo concurso. Vocês estão tendo a oportunidade de ver como funcionam os bastidores. Estão tendo contato com as provas, com os espelhos de correção. Enfim, espero ter contribuído e ajudado de alguma forma. Aproveitem e bons estudos! Viajarei para a África em fevereiro de férias e também para um período de trabalho voluntário. Quando voltar, irei fazer um webinário sobre como se preparar para esse concurso do Ibama. Acredito que poderemos fazer em março. Feliz natal e um 2017 sensacional! Prof. Rosenval Jr. WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 3 Orientações iniciais 9 O título Não haverá problema algum ao utilizar o título. Entretanto, as questões práticas devem ser respondidas em até dez linhas. Por se tratar de um texto de pequena/curta extensão, o mais importante é o domínio do conteúdo. Por essa razão, não recomendo o emprego desse componente textual, isto é, iniciem a resposta à questão discursiva na primeira linha. Até mesmo na prova discursiva (30 linhas) o título é dispensável! Lembrem-se do seguinte: o edital do concurso não exige título na redação e também não proíbe! Logo, é facultativo! No entanto, sugiro ir direto ao assunto, respondendo aos quesitos solicitados pela Banca. Só coloque título se o comando da questão assim exigir. Caso não seja exigido, já utilize a primeira linha para iniciar o seu texto com a resposta da questão prática ou redação. 9 Estruturando o parágrafo A extensão ideal de um período, por sua vez, deve ser mensurada em três ou quatro linhas, a fim de manter a objetividade da informação que se deseja transmitir. Cada ideia central deve corresponder a um parágrafo. Por essa razão, vocês poderão encontrar parágrafos longos e outros mais curtos, mas esses sempre deverão ser claros e concisos. 9 Unidade 4XDOLGDGH�TXH�FRQVLVWH�HP�³GL]HU�XPD�FRLVD�GH�FDGD�YH]´��'HYHPRV� omitir o que não é essencial ou o que não se relaciona com a ideia WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 4 predominante no parágrafo. Contudo, é importante ter o cuidado para não omitir tópicos na questão discursiva. Nas provas discursivas, o CESPE geralmente apresenta excertos de textos motivadores para que vocês, candidatos, reflitam e elaborem textos dissertativos. Em seguida, a banca direciona a elaboração da redação, apresentando aspectos que, necessariamente, devem ser apresentados na redação/questão discursiva. Com relação a esse aspecto, um fator de extrema importância é a omissão de tópicos. Se a banca apresentar, por exemplo, três tópicos na proposta temática, todos eles deverão NECESSARIAMENTE ser respondidos e/ou encontrados na questão discursiva. A simples omissão de qualquer dos itens também acarreta a perda de pontos. Lembrem-se, portanto, de responder a todos os questionamentos! 9 O parágrafo e o tópico frasal A cada novo enfoque, a cada nova ideia central, haverá um novo parágrafo. O parágrafo é estruturado com base em um tópico frasal (enunciado que expressa a ideia-núcleo), a ser desenvolvido por frases com que o autor vai expressar seu pensamento sobre a ideia que enunciou. Localizando os tópicos frasais de cada parágrafo, o leitor terá condições de identificar o conteúdo, numa primeira instância, até chegar ao tema geral do texto. O tópico frasal não necessita, obrigatoriamente, aparecer no começo. No entanto, a maioria dos parágrafos se enquadra nesse esquema, já que, por meio dele, há a retomada do tema e o posicionamento do autor do texto. 9 Tipos de tópico frasal WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 5 O tópico frasal deve ser claro, pois deve apontar, resumidamente, os argumentos que serão desenvolvidos no parágrafo. As formas mais comuns são: a) Declaração inicial±o autor afirma ou nega algo, para, em seguida, justificar ou fundamentar a asserção, apresentando argumentos sob a forma de exemplos, confrontos, razões etc. b) Definição ± consiste na explicação de um conceito em que o trabalho está embasado. c) Alusão histórica ± trata-se de iniciar um parágrafo fazendo alusão a um fato acontecido, real ou fictício. 9 O parágrafo da introdução Ao organizar um texto, devemos saber estruturar o primeiro parágrafo, pois nele estarão os referenciais a serem desenvolvidos no decorrer do texto. Porém, o tema não deve ser esgotado. Em outras palavras, a introdução deve apontar as ideias e a estrutura em que será organizado o texto. Em se tratando de provas do CESPE, o parágrafo da introdução deve retomar a ideia/palavra-chave da proposta temática contida QR�WH[WR�GH�DSRLR��$VVLP��R�FDQGLGDWR�SRGHUi�³JXLDU´�D� OHLWXUD�GR� OHLWRU- avaliador. Vejam, por exemplo, o parágrafo introdutório em conformidade com uma das propostas temáticas apresentadas na aula passada: 9 Questão discursiva O que é compensação ambiental nos termos da Lei nº 9.985/00? De acordo com o STF, a compensação ambiental foi considerada inconstitucional? WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 6 Inicialmente, vamos fazer um roteiro sobre os aspectos que a banca exigiu: a) definição de compensação ambiental (de acordo com a Lei nº 9.985/00); b) a constitucionalidade desse instituto, segundo o STF. As respostas a esses dois questionamentos devem ser encontradas na questão discursiva. Vejamos, então, como ficou o parágrafo introdutório. ³$� compensação ambiental é um instrumento que obriga o empreendedor a apoiar a implantação e a manutenção de unidade de conservação. (tópico frasal ± declaração inicial). Essa obrigatoriedade ocorre nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos que causem significativo impacto ao meio ambiente, com fundamento no (VWXGR�GH�,PSDFWR�$PELHQWDO��(,$��´ Reparem que o autor do texto retomou a proposta temática por meio do emprego de palavras-chave �³FRPSHQVDomR�DPELHQWDO´���e�XPD� excelente forma de apresentar o tema, cuja tese deverá ser defendida e desenvolvida nos parágrafos seguintes. Notem, inclusive, que houve obediência ao comando da banca examinadora, que solicitou a fundamentação com base na Lei nº 9.985/00. Ademais, houve obediência ao ³URWHLUR� WH[WXDO´� IHLWR� SHOD� EDQFD� examinadora, ou seja, o autor da redação iniciou o texto respondendo ao primeiro comando do CESPE na mesma ordem em que os aspectos foram apresentados na proposta temática. Por fim, houve uma perfeita coesão entre os períodos, com o HPSUHJR� GR� SURQRPH� GHPRQVWUDWLYR� DQDIyULFR� ³HVVD´�� QR� WUHFKR� ³HVVD� REULJDWRULHGDGH´�� LVWR� p�� KRXYH� XPD� UHIHUrQFLD� j� REULJDomR� FLWDGD� QR� período anterior. WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 7 9 Os parágrafos do desenvolvimento Em textos dissertativos, há uma relação de natureza lógica, chamada progressão temática. Os parágrafos de desenvolvimento da questão discursiva devem ampliar as ideias apresentadas na introdução, sempre fundamentando o ponto de vista defendido pelo autor (isso é importantíssimo nas provas discursivas). Esses segmentos textuais devem apresentar não só uma unidade interna, mas também uma correlação entre si. Para isso, o redator deve apresentar uma boa argumentação. 9 Argumentação A argumentação consiste em qualquer tipo de procedimento usado pelo produtor do texto que tem como objetivo levar o leitor a aderir às teses defendidas. Assim, a argumentação está sempre presente em qualquer texto. Um excelente recurso argumentativo é a citação de textos / argumento de autoridade. A comprovação de teses defendidas pode basear-se em citações de textos, em pesquisas ou dados estatísticos ou, ainda, em depoimentos de especialistas autorizados. Um texto ganha credibilidade quando se apoia em outras opiniões que tratam sobre o mesmo tema. Vejamos, por exemplo, o parágrafo continuativo da proposta temática citada acima. ³2�6XSUHPR�7ULEXQDO�)HGHUDO�GHFODURX�FRQVWLWXFLRQDO�R� LQVWUXPHQWR� da compensação ambiental, mas considerou inconstitucional o piso de 0,5% previsto na Lei 9.985/00. Consoante a decisão, o montante deverá ser fixado pelo órgão ambiental, de acordo com o grau de impacto FDXVDGR�GLPHQVLRQDGR�QR�(,$�´ WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 8 No exemplo acima, o autor do texto respondeu ao comando da banca examinadora, apontando a constitucionalidade do instituto da compensação ambiental. E como ele (o autor) fez isso? Ora, lançando mão de um LPSRUWDQWtVVLPR� UHFXUVR� DUJXPHQWDWLYR�� TXDO� VHMD�� ³DUJXPHQWR� GH� DXWRULGDGH´�� 1R� H[FHUWR� GHPRQVWUDGR�� R� UHGDWRU� FLWRX� ³2� Supremo Tribunal Federal declarou �����´�� &RP� LVVR�� R� WH[WR� QmR� DSHQDV� fundamentou a argumentação, mas também proporcionou maior credibilidade ao que foi mencionado. Reparem, ainda, que houve alusão ao dispositivo legal (Lei nº 9.985/00), obedecendo ao comando do examinador. Por fim, os vocábulos proporcionaram elevado grau de coesão interna entre aV�LGHLDV�GRV�SHUtRGRV��1RWHP�TXH�D�H[SUHVVmR�³D�GHFLVmR´� refere-VH�� WH[WXDOPHQWH�� j� ³GHFODUDomR� GR� 6XSUHPR� 7ULEXQDO� )HGHUDO´�� Dessa forma, a questão foi respondida com clareza, objetividade, concisão, além de ter sido apresentada na sequência pré-estabelecida pelo examinador. 9 O parágrafo da conclusão Em se tratando de questões discursivas de curta extensão (até dez linhas), o parágrafo conclusivo não é essencial. O importante, nessa modalidade de prova, é responder a todos os questionamentos feitos pela banca na proposta temática, isto é, o conteúdo é a parte mais importante. Vejamos, por exemplo, o texto baseado na seguinte proposta temática: ³4XDLV�VmR�RV�PHFDQLVPRV�GH�LPSOHPHQWDomR�RX�IOH[LELOL]DomR�GR� Protocolo de Quioto? De maneira sucinta, explique cada um GHOHV�´ WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 9 Texto: Para que os países desenvolvidos consigam cumprir suas metas, o Protocolo de Quioto estabeleceu três Mecanismos Adicionais de Implementação: Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), Implementação Conjunta e Comércio de Emissões. O MDL permite que as Partes do Anexo I cumpram suas metas, investindo em projetos sustentáveis em países em desenvolvimento e adquirindo Reduções Certificadas de Emissões. Na Implementação Conjunta, países com limites de emissões podem investir em projetos de remoção de emissões em outro país também desenvolvido, ficando, assim, com créditos chamados de Unidades de Emissão Reduzida. Por fim,há o Comércio de Emissões, o qual possibilita a negociação de cotas de redução entre as Partes que possuem compromissos estipulados pelo Protocolo. Inicialmente, vejam que o parágrafo introdutório retomou a proposta temática por meio do emprego de palavras-FKDYH��³3URWRFROR�GH� 4XLRWR´� H� ³0HFDQLVPRV� $GLFLRQDLV� GH� ,PSOHPHQWDomR´�� &RP� LVVR�� R� examinador percebe, claramente, que o texto, de fato, se relaciona com o tema. Em seguida, ainda no mesmo parágrafo, o autor mencionou, de PDQHLUD� VXFLQWD�� RV� ³PHFDQLVPRV� GH� LPSOHPHQWDomR�IOH[LELOL]DomR� GR� FLWDGR� SURWRFROR�� ³������ Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), Implementação Conjunta e Comércio de Emissões´�� e� XPD� yWLPD� introdução, pois apontou os aspectos (argumentos) que serão respondidos nos parágrafos seguintes. Nos segmentos subsequentes, o redator atendeu ao comando da banca examinadora, explicando cada um dos mecanismos. WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 10 Observem que não houve parágrafo conclusivo, mas todos os aspectos foram respondidos, proporcionando uma excelente resposta à questão discursiva. Vamos agora ao padrão de respostas dos temas apresentados na aula passada. WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 11 Solução para os temas propostos (Dissertação e questões práticas) Respostas para os temas de dissertação: 1 - (CESPE/UnB - Concurso do Ministério do Meio Ambiente - 2008) Área 17: Qualidade Ambiental - Subárea: Segurança Química A certeza de que a atuação do homem está provocando mudanças drásticas no clima do planeta levou a ONU a organizar as Conferências das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. Muitos consideram a Conferência Rio 92 como a mais ambiciosa delas, ressaltando-se a importância da Agenda 21. Em 1997, foi elaborado o ambicioso plano de redução de emissão de gases poluentes que ficou conhecido como Protocolo de Kyoto. Redija um texto dissertativo a respeito do principal objetivo do Protocolo de Kyoto, esclarecendo quando e em que condições entrou em vigor, e caracterize o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Com o objetivo de fixar metas concretas de redução dos gases do efeito estufa (GEE), a 3ª Conferência das Partes da Convenção do Clima adotou o Protocolo de Quioto, no Japão, em 1997. A sua entrada em vigor dependia da ratificação de, no mínimo, 55 países, incluindo os países desenvolvidos responsáveis por, pelo menos, 55% das emissões de GEE. Diante dessa exigência, o protocolo só entrou em vigor no âmbito internacional em 2005, após a ratificação pela Federação Russa. A partir de então, o Protocolo definiu metas obrigatórias para países desenvolvidos, que fazem parte do Anexo I da Convenção. As emissões deveriam ser diminuídas em 5,2%, em média, entre 2008 e 2012 em comparação aos níveis de 1990. WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 12 Para que os países desenvolvidos (Anexo I) conseguissem cumprir suas metas, foram estabelecidos três Mecanismos Adicionais de Implementação ou Flexibilização, em complementação às medidas domésticas de redução de emissão e remoção de gases. Dentre eles, destaca-se o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), o qual permite que países desenvolvidos (Anexo I) cumpram suas metas investindo em projetos sustentáveis em países em desenvolvimento (Não Anexo I). A ideia é que um projeto gere, ao ser implantado, um benefício ambiental (redução de emissões de gases do efeito estufa ou remoção de CO2) na forma de um ativo financeiro negociável no mercado global. Assim, um país que tenha metas pode adquirir Reduções Certificadas de Emissões (RCEs), como forma de cumprir parte de suas obrigações quantificadas no âmbito do Protocolo. Tais projetos devem implicar reduções de emissões adicionais àquelas que ocorreriam na ausência do projeto registrado como MDL. Como exemplo, poderíamos citar o Florestamento e reflorestamento em áreas degradadas e a captura de gás em aterros sanitários em países em desenvolvimento como Brasil, Índia e China. Diante do exposto, verifica-se a importância do Protocolo, já que, por intermédio do MDL, um de seus instrumentos de implementação ou flexibilização, busca alcançar o desenvolvimento sustentável, contribuindo para o esforço mundial de mitigação do efeito estufa. 2 - (Cespe/UnB - Analista Ambiental - Tema 1 - Subtema 1.1: Licenciamento e Auditoria Ambiental ± Ibama ± 2008) No mês de novembro de 2008, em determinado porto localizado em região de aquífero costeiro permeável, uma carga de sais em perdimento foi armazenada em contêiner cilíndrico circular reto, de 2,0 m de diâmetro, com contenção unicamente lateral, disposto a céu aberto. A carga ocupava 1,0 m de altura do recipiente, conforme mostrado na figura abaixo. WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 13 Considerando que se está no final do mês de janeiro de 2009, que a precipitação média mensal naquele porto, nos meses de novembro, dezembro e janeiro, foi de 130 mm ao mês, descontada a evaporação, redija um texto dissertativo sobre os principais riscos ambientais iminentes e potenciais dessa situação. Em seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: x situações distintas de solubilidade do sal; x processos físico-químicos envolvidos na possibilidade de solubilização ou precipitação do sal; x possíveis trajetos, da fração de sal precipitada, no ambiente portuário. Na situação em análise, a precipitação média no período de três meses somada à carga de sais supera a capacidade de armazenamento do contêiner, que está em porto localizado em região de aquífero costeiro permeável. Diante disso, considerando ainda o fato de o contêiner ter contenção unicamente lateral, podemos afirmar que houve vazamento de sais, podendo atingir o aquífero e sua área de influência direta e indireta. A extensão e a gravidade do vazamento vão depender da solubilidade do sal. Se for de alta solubilidade, poderá, por lixiviação, contaminar o solo, o aquífero permeável e a área por ele abrangida. Se for de baixa solubilidade, parte do sal poderá ficar precipitada na base do WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 14 contêiner, o que causaria menor dano ambiental. Ainda é possível, em um segundo momento, que o sal em solução presenteno lençol freático venha, por ação da tensão superficial, ser elevado até o nível do terreno. A evaporação que se sucede pode deixar os resíduos sólidos salinos na superfície. Ademais, o sal pode ficar depositado em depressões, aumentando a concentração salina em áreas localizadas nas margens. Como a salinidade da água do mar resulta de uma mistura de íons, por evaporação da água, vamos obter uma cristalização de sais, por ordem crescente de solubilidade, ou seja, começam por cristalizar os menos solúveis e só depois os mais solúveis. Assim, são necessárias medidas para mitigar os potenciais impactos ambientais e, o mais importante, que condutas pautadas no princípio da precaução sejam aplicadas para evitar outros possíveis acidentes de mesma natureza. 3 - (Cespe/UnB - Tema 1: Regulação, Controle, Fiscalização, Licenciamento e Auditoria Ambiental ± Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ± Ibama ± 2008) Redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema. A ALOCAÇÃO NEGOCIADA DA ÁGUA NO CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Em seu texto aborde, necessariamente, os seguintes aspectos relacionados à alocação negociada: conceito e objetivos; relação com a política nacional de recursos hídricos; forma de execução (descrição das etapas do ciclo da alocação); participação do poder público na alocação pactuada. A alocação negociada da água consiste no processo de definição de quantidades de água a serem alocadas em cada bacia e/ou trechos de WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 15 rios para atender à necessária disponibilidade de água, presente e futura, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos. O objetivo é alocar água em qualidade e quantidade adequadas aos mais diversos usos. Assim, busca-se atender minimamente a todos os usuários, levando-se em conta tanto as demandas quanto as incertezas em relação à disponibilidade. A Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei nº 9.433/97, definiu a água como recurso natural limitado, de domínio público, dotado de valor econômico. Sua gestão deve proporcionar o uso múltiplo das águas e ser descentralizada, com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. Entre os instrumentos dessa política temos os planos de recursos hídricos; a outorga dos direitos de uso; o enquadramento dos corpos de água em classes; o sistema de informações; e a cobrança pelo uso. É importante destacar que a alocação negociada de água não foi definida, na Lei nº 9.433/97, como um dos instrumentos de gestão. No entanto, ela tem se tornado um deles, na prática. As etapas que integram o processo de alocação são as seguintes: divulgação do processo para apresentar o problema para a sociedade, destacando o objetivo da alocação e a importância da participação de todos os interessados; o cadastramento dos usuários de água para identificá-los, conhecer as suas necessidades hídricas, as finalidades de uso, entre outros aspectos; a obtenção dos dados relacionados com o problema e a definição de cenários de solução. A próxima etapa é a assembleia dos usuários, em geral aberta também a órgãos públicos e a entidades da Sociedade Civil, nela são apresentados os cenários identificados. Em seguida, há a discussão das possíveis cotas de uso da água para cada usuário. Com base nas definições da assembleia, o órgão gestor pode, então, emitir as outorgas de uso, instrumento que assegura ao usuário o direito de utilizar a água de uma determinada fonte, com uma vazão e finalidade determinadas, e por um período pré-definido. WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 16 Uma vez que o processo de uso da água é dinâmico, no qual demandas surgem e se extinguem, ou aumentam e diminuem com o tempo, a alocação de água de uma bacia terá de ser um processo também dinâmico. Por isso, para fechar o ciclo, após um determinado período, previamente acordado, é realizada outra assembleia, na qual poderão ser definidas novas cotas de uso, em função dos resultados obtidos. Diante do exposto, com o intuito de minimizar os potenciais conflitos pela água, a alocação negociada fortalece o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, contribuindo para o avanço da Política Nacional de Recursos Hídricos, ao favorecer a implementação de instrumentos de gestão, com a participação dos usuários de água, da sociedade civil organizada e do Poder Público. 4 ± (Cespe/UnB - Tema 3: Gestão, Proteção e Controle da Qualidade Ambiental - Ibama ± 2008) Elabore um texto dissertativo acerca do tema Gestão, Proteção e Controle da Qualidade Ambiental. Em seu texto aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: Convenção de Basiléia; Convenção de Estocolmo; Convenção de Roterdã; as interdependências entre si, relacionando-as com a Agenda 21. O controle efetivo da geração, do armazenamento, do tratamento, do transporte e do depósito dos resíduos perigosos é de extrema importância para a saúde do homem e para o desenvolvimento sustentável. Isso requer cooperação e participação ativas da comunidade internacional, dos Governos e da indústria. Nesse sentido, foram realizadas três convenções: a Convenção de Brasileia; de Roterdã; e WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 17 também a de Estocolmo. Em conjunto, elas oferecem os meios para o manejo global ecologicamente saudável das substâncias perigosas. A Convenção de Basileia sobre o Controle dos Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito estabelece mecanismos internacionais de controle baseados no princípio do consentimento prévio e explícito para a importação e o trânsito de resíduos perigosos. Além disso, procura coibir o tráfico ilícito e prevê a intensificação da cooperação internacional para a gestão adequada desses resíduos. A Convenção de Roterdã sobre Procedimento de Consentimento Prévio Informado para o Comércio Internacional de certas Substâncias Químicas e Agrotóxicos Perigosos tem o objetivo de promover a responsabilidade compartilhada e os esforços cooperativos entre as Partes no comércio internacional de certas substâncias químicas perigosas, visando à proteção da saúde humana e do meio ambiente contra os danos potenciais dessas substâncias. A Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes é um dos mais importantes instrumentos de promoção da segurança química global. Obriga os Países-Partes a adotarem medidas de controle relacionadas a todas as etapas do ciclo de vida (produção, importação, exportação, disposição e uso) das substâncias classificadas como poluentes orgânicos persistentes (POPs). Esses poluentes têm propriedades tóxicas, são resistentes à degradação, sendo transportados através das fronteiras internacionais e depositados distantes do local de sua liberação, onde se acumulam em ecossistemas terrestres e aquáticos.Os tratados internacionais se complementam e reforçam o peso de decisões já tomadas internamente nos países. Para atendimento à Agenda 21, temos dispostos, nos capítulos 19 e 20 de seu texto, o manejo ecologicamente saudável das substâncias químicas tóxicas e a prevenção do tráfico ilícito de produtos tóxicos e perigosos. WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 18 5 - (Cespe/UnB - Área 41 Licenciamento e Avaliação Ambiental Subárea: Instrumentos de Avaliação Ambiental - MMA ± 2008) Entre fins da década de 50 e início da de 60 do século passado, a crescente sensibilidade de estudiosos, acadêmicos e gestores públicos apontava a necessidade urgente da criação de novos instrumentos capazes de complementar e ampliar a eficiência dos tradicionalmente utilizados no licenciamento ambiental de atividades e empreendimentos. Vários grupos de estudos foram se formando nos Estados Unidos da América e na Europa, primeiramente nacionais e a seguir multinacionais, para dar resposta a esses desafios.Já na década de 60 passou a consolidar- se o conceito, hoje corrente, de impacto sobre o ambiente. O detalhamento desse conceito demonstrou que sua avaliação podia ser feita com razoável margem de objetividade, de modo que ela pudesse ter aceitação e representatividade social e transformar- se em instrumento do processo de tomada de decisões no licenciamento ambiental. Para tanto, essa avaliação deveria ter características técnicas mínimas regulamentadas pelo poder público e ser traduzida em instrumento público acessível aos vários segmentos da sociedade interessados no processo de licenciamento ambiental. Braga et al. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2.ª ed. 2005 (com adaptações). Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: A avaliação de impacto ambiental como instrumento da política nacional do meio ambiente. Ao elaborar seu texto, x inclua um roteiro básico para a elaboração do estudo de impacto ambiental e do relatório de impacto ambiental; WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 19 x aborde pelo menos cinco atividades modificadoras do meio ambiente que dependem da elaboração do estudo de impacto ambiental e do respectivo relatório de impacto ambiental; x descreva a finalidade e os principais fundamentos da audiência pública no processo de licenciamento ambiental e sua relevância para a integração da sociedade na problemática ambiental. Obs.: Alguns temas foram retirados de provas para o MMA com limite de 90 linhas. Ou seja, o triplo do limite estipulado para o Ibama. Diante disso, vou apresentar o roteiro completo para essas propostas ainda que extrapolem o limite de 30 linhas, ok?! Meu objetivo agora é responder todos os quesitos exigidos, alertando que a banca ofertou 90 linhas para isso. Obviamente, na prova de vocês, a banca não exigirá tópicos que necessitem de muitas linhas para serem desenvolvidos, haja vista que 30 linhas não seriam suficientes. Acreditem, vocês com a bagagem que estão adquirindo terão que sintetizar muito para conseguir passar toda a informação exigida dentro do limite imposto. Vamos à proposta de resposta. Consoante disposto na Lei nº 6.938 de 1981, a avaliação de impactos ambientais, o licenciamento e a revisão de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras são instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. O fundamento da exigência do licenciamento ambiental reside na possibilidade, constitucionalmente outorgada, de o Poder Público impor restrições ao exercício do direito de propriedade e do direito ao livre empreendimento, a fim de que a função socioambiental da propriedade seja observada. A Constituição Federal de 1988 determina, em seu artigo 225, que, para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 20 equilibrado, o Poder Público deverá exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade. O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, em especial aos princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, deverá contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto; identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais; definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos; considerar os planos e programas governamentais propostos e em implantação na área de influência do projeto e sua compatibilidade. O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as seguintes atividades técnicas: diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, considerando: o meio físico, o meio biológico e os ecossistemas naturais e o meio socioeconômico; análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas; definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos; elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos e negativos. Já o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) refletirá as conclusões do EIA e deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão. As informações do Relatório devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua implementação. Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental ± RIMA, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como: estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; ferrovias; portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; aeroportos; oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 21 esgotos sanitários; linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV; entre outras atividades. Uma etapa importante do processo de licenciamento ambiental e que possibilita a efetivação do princípio da participação e da informação é a audiência pública. O Órgão do Meio Ambiente promoverá a realização de audiência pública sempre que julgar necessário, ou quando for solicitado por entidade civil, pelo Ministério Público, ou por 50 ou mais cidadãos. As audiências têm por finalidade expor aos interessados o conteúdo do produto em análise e do seu referido RIMA, dirimindo as dúvidase recolhendo dos presentes as críticas e as sugestões a respeito. No caso de haver solicitação de audiência pública e na hipótese do Órgão Estadual não realizá-la, a licença não terá validade. A ata da Audiência Pública e seus anexos servirão de base, juntamente com o RIMA, para a análise e parecer final do licenciador quanto à aprovação ou não do projeto. Assim, para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações, incumbe ao Poder Público exigir o licenciamento ambiental para a localização, a instalação, a ampliação e a operação de empreendimentos e de atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. 6 - (Cespe/UnB - Área 42: Licenciamento e Avaliação Ambiental ± Subárea: Políticas para o Licenciamento Ambiental ± MMA ± 2008) Embora na época da promulgação da Lei nº 6.938/1981, o sistema de licenciamento já estivesse previsto na legislação de vários estados, ele foi disciplinado por essa lei, em nível nacional, tornando-se obrigatório em todo território nacional. De acordo com a norma federal, estão sujeitas a licenciamento das obras ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental. WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 22 Essa definição é bastante genérica, mas a grande maioria dos estados optou por relacionar as obras ou atividades sujeitas ao sistema de licenciamento ou estabelecer critérios para a sua identificação. As licenças são normalmente expedidas pelos órgãos de controle ambiental dos estados, cabendo ao governo federal, por meio do IBAMA, o licenciamento de âmbito nacional ou regional. Braga et al. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2.ª ed., 2005 (com adaptações). Considerando que o fragmento acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: O processo de licenciamento ambiental como instrumento de gestão ambiental Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: x licenças que podem ser expedidas pelo poder público no controle ambiental; x etapas do procedimento de licenciamento ambiental; x empreendimentos/atividades ² incluir pelo menos cinco ² utilizadores de recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, sujeitos ao licenciamento ambiental. O licenciamento tem a finalidade de controlar atividades potencialmente poluentes, procurando imprimir-lhes um padrão de atuação sustentável, de modo a prevenir e/ou a mitigar danos ambientais. Em regra, no licenciamento ambiental ordinário, o Poder Público pode expedir três licenças ambientais: prévia, de instalação e de operação. A Licença Prévia (LP) tem prazo de cinco anos é concedida na fase preliminar do planejamento, aprova a localização, a concepção e atesta a WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 23 viabilidade ambiental da atividade. A Licença de Instalação (LI) tem prazo de seis anos e precede os procedimentos de efetivo início de implantação da atividade. Por fim, cumpridas as restrições e condicionantes das licenças anteriores e resguardadas as medidas de controle ambiental, o órgão ambiental expede a Licença de Operação (LO), que autoriza a operação e tem prazo de quatro a dez anos, podendo ser renovada. O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às seguintes etapas: definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamento; requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade; análise pelo órgão ambiental competente; solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental e audiência pública, quando couber; emissão de parecer técnico conclusivo e, se for o caso, parecer jurídico; e, por fim, o deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida publicidade. Entre as atividades que exigem EIA/RIMA temos: extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos; distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI; qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou produtos similares, em quantidade superior a dez toneladas por dia; e empreendimentos potencialmente lesivos ao patrimônio espeleológico nacional. Conclui-se que o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual será dado publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando couber, de acordo com a regulamentação. 7 - (Cespe/UnB - Tema IV - Ibama ± 2005) WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 24 Com relação ao manejo florestal em áreas naturais, discute-se muito, atualmente, acerca das operações de exploração na floresta por meio de técnicas de impacto reduzido. A respeito do emprego das técnicas referidas acima, redija um texto dissertativo abordando, necessariamente, os seguintes aspectos: x atividades que devem ser executadas antes, durante e após a exploração da floresta; x cuidados necessários durante e após o corte de árvores, para se obter madeira de boa qualidade e o máximo de rendimento na serraria. O manejo florestal sustentável pode ser definido como a administração da floresta para a obtenção de benefícios econômicos e sociais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo. Essa exploração de impacto reduzido tem suas atividades divididas em três fases distintas para cada ciclo de corte: pré- exploratória, exploratória e pós-exploratória. A fase pré-exploratória inicia-se com o planejamento e a delimitação das áreas de corte anual e unidades de trabalho com o inventário 100%. Nessa etapa são definidas as espécies e os diâmetros utilizados; a localização, identificação e medição das árvores; o zoneamento da área; o planejamento das trilhas de arraste e estradas, e a construção da infraestrutura necessária. Há, ainda, quando necessário, o corte de cipós no mínimo um ano antes do abate das árvores selecionadas para exploração. As atividades de exploração florestal incluem o corte/abate direcionado das árvores selecionadas e sinalizadas, a fim de preservar as remanescentes; arraste; transporte; movimentaçãodas toras nos pátios de estocagem; operações de pátio, incluindo a separação de toras para serraria e laminadoras; empilhamento; medição e romaneio. Ainda nessa etapa temos a manutenção das estradas. WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 25 Na última etapa do manejo florestal sustentável temos as atividades pós-exploratórias: monitoramento; manutenção das trilhas de arraste e pátios de estocagem; tratos silviculturais; avaliação das atividades de exploração, seus impactos e desperdícios; e medidas de proteção à floresta. Conclui-se que a adoção do manejo florestal sustentável ou exploração de impacto reduzido pode conduzir a uma exploração economicamente viável, e proporcionar ganhos substanciais na eficiência de conversão das toras em madeira serrada, com grande redução dos danos ambientais durante a extração. 8 - (Cespe/UnB - Analista Ambiental ± Área de Concentração I: Administração e Planejamento em Meio Ambiente ± Ministério do Meio Ambiente ± MMA ± 2008) A Constituição de 1988 consagrou uma série de princípios e estabeleceu um conjunto de regras atinentes à relação entre a administração e os servidores. Um dos aspectos mais relevantes diz respeito à investidura em cargo ou emprego público, seja mediante concurso público, seja para os chamados cargos em comissão. Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do ingresso no serviço público a partir dos princípios da administração. Em seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: x principais princípios da administração pública na Constituição Federal; x formas principais de ingresso no serviço público; x relações entre formas de ingresso e princípios da administração descritos. WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 26 De acordo com o artigo 37, da Constituição Federal de 1988, são princípios expressos norteadores da Administração Pública: a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência. O princípio da legalidade aplicado à Administração significa que esta só pode praticar atos quando a lei assim determina ou autoriza. A impessoalidade significa que a atividade administrativa deve ter por fim o atendimento ao interesse público. A moralidade é o conjunto de regras objetivas de condutas da boa e correta Administração, liga-se à ideia de probidade. A publicidade determina a divulgação oficial dos atos do Poder Público como requisito de eficácia dos atos administrativos que devam produzir efeitos externos. Por fim, o princípio da eficiência, inserido pela Emenda Constitucional 19, de 1998, identifica-se com a administração gerencial e busca a melhor relação entre custos e benefícios. A Constituição prevê como principais formas de ingresso no serviço público a nomeação após aprovação em concurso público para cargos e empregos públicos efetivos; a nomeação para cargos em comissão para as funções de chefia, direção e assessoramento, de livre escolha da autoridade competente. Há, também, a contratação por necessidade temporária de excepcional interesse público. No que diz respeito à relação entre as formas de ingresso e os principais da administração descritos, registre-se que todos eles são aplicáveis, direta ou indiretamente. Entretanto, o princípio da impessoalidade ou isonomia, moralidade e eficiência são citados pela doutrina majoritária e pela jurisprudência como de aplicação direta às formas de acesso ao serviço público. Assim, verifica-se que os princípios são orientadores de toda a atividade da Administração Pública, devendo ser observados em toda a sua atuação e, por consequência, nas formas de ingresso no serviço público. 9 - (Cespe/UnB - Área 37 Engenharia Florestal. Subárea: Áreas Protegidas - MMA ± 2008) WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 27 Para desenvolver, acompanhar, coordenar e elaborar pareceres técnicos sobre planejamento, criação e gestão de áreas protegidas, o profissional tem a seu dispor as leis que regem todos esses aspectos, entre as quais pode ser citada a Lei n.º 9.985/2000, que criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). As unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-se em dois grupos: (1) as unidades de proteção integral, cujo objetivo básico é preservar a natureza, sendo possível, resguardadas algumas exceções, o uso indireto dos recursos naturais; e (2) as unidades de uso sustentável, cujo objetivo básico é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, disserte acerca das unidades de proteção integral e unidades de uso sustentável, abordando tanto os objetivos dessas unidades quanto as restrições a que estão submetidas, em relação a cada um dos seguintes tipos: x estação ecológica; x reserva biológica; x parque nacional; x área de proteção ambiental; x reserva extrativista. OBSERVAÇÃO! O Cespe ofereceu 90 linhas para a redação dessa proposta no concurso do MMA. No entanto, para o concurso do Ibama temos o limite de 30 linhas, o que é insuficiente para abordarmos de maneira completa e satisfatória todas as características e restrições de 5 unidades de conservação. Por esse motivo, vamos adaptar a questão mantendo a proposta original, mas escrevendo sobre 2 unidades: estação ecológica e reserva extrativista. WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 28 Teve aluno que conseguiu escrever, de forma resumida, sobre as 5 categorias, entretanto, nós consideramos a avaliação partindo do pressuposto de que seria difícil o candidato escrever sobre todos os quesitos em 30 linhas. Vocês podem utilizar esse modelo de questão e escrever sobre as 12 categorias de UC. Escrevam sobre 2 ou 3 unidades em cada redação. Assim estarão preparados para qualquer tema que aborde os grupos e as categorias do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Diante disso, a proposta será a seguinte: Disserte acerca das unidades de proteção integral e unidades de uso sustentável, abordando tanto os objetivos dessas unidades quanto as restrições a que estão submetidas, em relação a cada um dos seguintes tipos: x estação ecológica; x reserva extrativista. Vamos à proposta de solução: O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) é constituído pelo conjunto das unidades de conservação federais, estaduais e municipais. Há dois grupos de unidades: o de proteção integral e o de uso sustentável. Além disso, cada um desses grupos é composto de categorias com características específicas. O grupo de proteção integraltem como escopo preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais. A estação ecológica é uma categoria de unidade de conservação pertencente a esse grupo. A estação ecológica tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. É de posse e domínio públicos, sendo WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 29 que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas. A visitação pública é proibida, exceto quando for com objetivo educacional. A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita a condições e a restrições. Já as unidades de uso sustentável buscam compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos recursos naturais. Neste grupo, temos as reservas extrativistas, unidades de domínio público, com uso concedido às populações extrativistas tradicionais, sendo desapropriadas as áreas particulares incluídas em seus limites. As Reservas Extrativistas são criadas para proteger os meios de vida e a cultura das populações extrativistas e para assegurar o uso sustentável dos recursos naturais. A visitação pública é permitida, desde que seja compatível com os interesses locais e de acordo com o disposto no Plano de Manejo da área. A pesquisa científica é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização. A exploração comercial de recursos madeireiros só será admitida em bases sustentáveis e em situações especiais e complementares. Já a exploração de recursos minerais e a caça amadorística ou profissional são proibidas. Diante do exposto, verifica-se a importância desses espaços ambientais que exigem proteção especial para a manutenção da biodiversidade e para a preservação dos recursos naturais em benefício do meio ambiente ecologicamente equilibrado, da saúde e da qualidade de vida. 10 - (CESPE ± Defensor Público ± AC/2012) (VWDEHOHFH� D� &RQVWLWXLomR� )HGHUDO� QR� FDSXW� GR� DUW�� ����� ³7RGRV� têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê- lo e preservá-OR�SDUD�DV�SUHVHQWHV�H�IXWXUDV�JHUDo}HV�´ WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 30 No inciso I do artigo 3º da Lei n.º 6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, meio ambiente é definido como conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Com base nos dispositivos acima transcritos, disserte sobre os princípios da precaução e do poluidor-pagador, estabelecendo a diferença entre eles. Com o objetivo de evitar que os danos ao meio ambiente se concretizem, o princípio da precaução determina que, nos casos de perigo de dano grave e irreversível, a falta de certeza científica absoluta não deverá ser utilizada como razão para postergar a adoção de medidas eficazes para impedir a degradação do meio ambiente. A ausência de certeza científica, ou seja, a dúvida acerca de um dano não pode ser utilizada para adiar a adoção de medidas efetivas no intuito de evitar a degradação ambiental. Desse modo, o ônus de provar que as intervenções pretendidas não são perigosas ou poluentes incumbe ao interessado. Na dúvida, iremos adotar a posição mais favorável à saúde e ao meio ambiente. Importante lembrar que há inúmeras situações nas quais o dano ambiental não pode ser evitado. Nesses casos, deve ser aplicado o princípio do poluidor-pagador, em sua acepção reparatória. Aquele que polui tem o dever de pagar. Ao poluidor impõem-se todas as consequências derivadas do dano ambiental, incluindo recuperação ou indenização do meio ambiente degradado. Vale observar, nesse ponto, que o princípio do poluidor-pagador não prevê apenas a reparação dos danos ambientais, mas também determina a adoção de medidas para evitar que o dano se materialize. Trata-se, nesse caso, de incentivo negativo destinado àqueles que pretendem praticar conduta lesiva ao meio ambiente. Qualquer pessoa, física ou jurídica, que pretende utilizar recursos naturais deve suportar as despesas de prevenção do dano WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 31 ambiental. O princípio do poluidor-pagador pode ser entendido, portanto, como um instrumento econômico que exige que o poluidor, uma vez identificado, suporte as despesas de prevenção, de reparação e de repressão dos danos ambientais. 11 - (MPE ± GO ± Promotor de Justiça ± GO/2010) Disserte, objetivamente, sobre as competências administrativas em matéria ambiental, seus conflitos, critérios doutrinários e legais para resolvê-los. A competência administrativa em matéria ambiental é comum a todos os entes da federação, nos termos do artigo 23, VI e VII, da Constituição da República de 1988. Assim, União, Estados, Distrito Federal e Municípios são competentes para promover a execução de diretrizes, políticas e preceitos relativos à proteção ambiental, bem como para exercer o poder de polícia ambiental. Na tentativa de solucionar conflitos de competência, a Constituição de 1988, no parágrafo único do artigo 23, dispõe que leis complementares fixarão normas para a cooperação entre União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Em matéria ambiental, foi editada a Lei Complementar nº 140/2011, que apresenta critérios de definição de competências, delineando os campos de atuação administrativa dos entes federados. Ainda que a Lei Complementar nº 140/2011 apresente uma lista de ações de cooperação de competência de cada ente federado, conflitos poderão subsistir, em razão da competência comum em matéria ambiental. Nesses casos, a doutrina apresenta critérios de definição, como o da preponderância (predominância) do interesse, que deverá ser analisado no caso concreto. 12 - (MPE ± GO ± Promotor de Justiça ± GO/2010) WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 32 Discorra sobre o licenciamento ambiental, abordando sua natureza jurídica, características, competência e normatização. De acordo com a Lei Complementar 140 de 2011, licenciamento ambiental é o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental. O licenciamento integra a tutela administrativa preventiva do meio ambiente, que apresenta como objetivo primário a preservação dos recursos naturais. As licenças ambientais estabelecemas condições mínimas de exercício da atividade econômica, além das contrapartidas exigidas do particular para alcançar esse fim. Trata-se de instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), previsto no artigo 9º, inciso IV, da Lei nº 6.938/81, regulamentado pela Resolução do CONAMA nº 237/1997 e pela Lei Complementar nº 140/2011. O licenciamento apresenta, como uma das principais características, a natureza jurídica de procedimento administrativo, o que denota a existência de um conjunto de formalidades e etapas definidas pelas normas ambientais a serem observadas pelo interessado para que obtenha o consentimento para concepção, localização, instalação e operação de seu empreendimento ou de sua atividade. Todos os entes federados são competentes para realizar o licenciamento ambiental, tendo em vista tratar-se de atividade administrativa de competência comum, nos termos do artigo 23, inciso VI e VII, da Constituição de 1988. No entanto, em cada caso concreto, a competência específica para o licenciamento ambiental é atribuída a apenas um ente federado específico, tendo em vista não haver possibilidade de licenciamento ambiental simultâneo ou duplo. Nos termos da Lei Complementar nº 140/2011, os empreendimentos e as atividades WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 33 são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente federativo. 13 - (Procurador do Estado MG ± FUMARC ± 2012) ³$FHUFD� GR� /LFHQFLDPHQWR� $PELHQWDO�� UHVSRQGD� GH� IRUPD� fundamentada: �$��4XDO�D�QDWXUH]D�MXUtGLFD�GD�³/LFHQoD�$PELHQWDO´" �%��2�/LFHQFLDPHQWR�$PELHQWDO�GH�XP�³DWHUUR�VDQLWiULR´�SRGH�VHU� concedido independentemente da realização de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/RIMA)? (C) Qual a competência para o licenciamento de um empreendimento localizado em Área de Proteção Ambiental, instituída pela União Federal, abrangendo o território dos Municípios de Belo Horizonte e Nova Lima? (D) Considerando que a instalação de determinado empreendimento minerário dependa da supressão de vegetação secundária em estágio avançado e médio de regeneração de Mata Atlântica, informe quais são os requisitos para a prática de tal DWLYLGDGH"´ A licença ambiental apresenta natureza jurídica sui generis, pois apresenta características tanto de licença quanto de autorização. A anuência da autoridade ambiental, para alguns, deve ser concedida ao empreendimento que cumprir todas as exigências previstas em lei, característica de ato administrativo vinculado. Por outro lado, apresenta também natureza de ato administrativo discricionário, pois o administrador preenche o vazio da norma a partir de dados técnicos apresentados no caso concreto. Além disso, trata-se a licença ambiental de ato administrativo com prazo determinado, característica das autorizações administrativas. WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 34 O licenciamento ambiental de um aterro sanitário depende de apresentação, ao órgão ambiental licenciador, do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/RIMA). Trata-se de atividade modificadora do meio ambiente, expressamente elencada no rol do artigo 2º da Resolução CONAMA nº 01/1986, que relaciona as atividades cujo licenciamento ambiental depende de elaboração de EIA/RIMA. Um empreendimento localizado em Área de Proteção Ambiental (APA), instituída pela União Federal, abrangendo o território dos Municípios de Belo Horizonte e Nova Lima, ambos localizados no Estado de Minas Gerais, deve ser licenciado pelo órgão ambiental estadual competente. A Lei Complementar nº 140/2011 institui tratamento HVSHFLDO�jV�$3$¶V��HVSHFLDOPHQWH�QR�WRFDQWH�DR� OLFHQFLDPHQWR�DPELHQWDO�� definindo critérios específicos pré-estabelecidos em seus artigos 7º, 8º e 9º. Assim, no caso da APA, o órgão ambiental competente para licenciar uma atividade não será, necessariamente, o órgão ambiental do ente federado que institui a unidade de conservação. No caso sob análise, em uma APA federal em que seja necessário o licenciamento de uma atividade que cause ou possa causar impacto ambiental em território de dois municípios do mesmo Estado, a competência será do órgão ambiental estadual. Nos termos artigo 32, da Lei da Mata Atlântica (Lei nº 11.1428/2006), a supressão de vegetação secundária em estágio avançado e médio de regeneração para fins de atividades minerárias somente será admitida mediante: a) licenciamento ambiental, condicionado à apresentação de Estudo Prévio de Impacto Ambiental /Relatório de Impacto Ambiental EIA/RIMA, pelo empreendedor, e desde que demonstrada a existência de alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto; b) sejam adotadas medidas compensatórias que incluam a recuperação de área equivalente à área do empreendimento, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica e sempre que possível na mesma microbacia WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 35 hidrográfica, independentemente do pagamento da compensação ambiental prevista no artigo 36 da Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação(Lei nº 9.985/2000). 14 - (MPE ± MA ± Promotor de Justiça - MA/2009) Acerca do tema responsabilidade civil ambiental discorra sobre quais as formas de reparação dos danos causados ao meio ambiente, esclarecendo inclusive: a) Se é possível a cumulação de pedidos na ação civil pública destinada a este fim e, em caso positivo, quais os pleitos viáveis; b) Se a obrigação de reparar o passivo ambiental transmite-se ou não ao adquirente da área degradada; c) Se a licitude da atividade que causou o dano é causa excludente ou não da responsabilidade civil ambiental, justificando a resposta. Todas as assertivas deverão conter respostas com fundamentação legal. Conforme dispõe o artigo 225, parágrafo 3º da Constituição da República de 1988, as condutas e as atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores a sanções penais e administrativas, além da obrigação de reparar os danos causados. A reparação dos danos ao meio ambiente deve-se dar com a imposição ao poluidor da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, consoante inciso VII do artigo 4º da Lei nº 6.938/1981 (Política Nacional do Meio Ambiente - PNMA). Deve ser dada preferência à recuperação do meio ambiente degradado, para que ele volte a apresentar características idênticas ou mais próximas possíveis das originais. Para tanto, alguns instrumentos podem ser utilizados, como a regeneração natural da vegetação degradada ou a compensação em outra área com características similares. Apenas nos casos em que não seja possível a recuperação do meio ambiente degradado é que se deve exigir do degradador a WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e LicenciamentoAmbiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 36 indenização pelos danos ambientais causados. Com intuito de alcançar a reparação integral (in integrum) do meio ambiente degradado, doutrina e jurisprudência são pacíficas ao afirmar a possibilidade de cumulação de pedidos, em ação civil pública, de recuperação do meio ambiente natural e do pagamento de indenização. A obrigação de reparar os danos causados ao meio ambiente tem natureza real, transmitindo-se ao novo adquirente da área degradada. Nesses casos, o Superior Tribunal de Justiça admite a hipótese, excepcional, de atribuição de responsabilidade civil independentemente da existência de nexo causal. Assim, mesmo inexistindo relação de causa e efeito entre a conduta do atual proprietário do imóvel e o dano ao meio ambiente, será ele obrigado a repará-lo, por se tratar de obrigação propter rem, que segue o imóvel. Por fim, importante destacar que a responsabilidade civil por dano ao meio ambiente é objetiva, nos termos do artigo 14, parágrafo 1º da Lei nº 6.938/1981 e não qualquer hipótese de excludente de responsabilidade civil. Por se tratar de responsabilidade objetiva, não há que se discutir a licitude da atividade, ou se houve dolo ou culpa por parte do degradador. Deve-se apenas analisar os elementos dano ambiental e nexo causal. Como regra geral, comprovada a lesão ao meio ambiente e a relação de causa e efeito entre a conduta e o dano, deve o poluidor responder civilmente pelos danos ambientais causados. 15 - (CESPE - Magistratura Federal ± TRF 1ª Região 2011) Com base no direito ambiental, discorra sobre os princípios do poluidor-pagador, da precaução e da prevenção, bem como sobre as condições específicas da responsabilização penal da pessoa jurídica. O princípio do poluidor-pagador é um instrumento econômico que exige que o poluidor suporte as despesas de prevenção, de reparação e de repressão dos danos ambientais. Há duas acepções válidas desse WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 37 princípio. Numa primeira interpretação, ele apresenta uma exigência dirigida ao poluidor para que assuma todas as consequências derivadas do dano ambiental, traduzida na obrigação de reparar os danos e prejuízos, sendo inclusive denominado por alguns doutrinadores como ³SULQFtSLR� GD� UHSDUDomR´� RX� ³SULQFtSLR� GD� UHVSRQVDELOLGDGH´�� $TXHOH� TXH� polui deve pagar. De acordo com outra interpretação, compatível com a primeira, o princípio passa a ter uma finalidade dissuasiva, e não tanto restitutiva, tendo em vista que a obrigação de pagar pelo dano causado atua, ou deveria atuar, como incentivo negativo em relação àqueles que pretendem praticar uma conduta lesiva ao meio ambiente. A aplicação dos princípios da prevenção e da precaução, por sua vez, têm como intuito evitar a concretização de danos ao meio ambiente. O princípio da prevenção se apoia na certeza científica do impacto ambiental de determinada atividade. Ao se conhecer os impactos sobre o meio ambiente, impõe-se a adoção de todas as medidas preventivas hábeis a minimizar ou a eliminar os efeitos negativos de uma atividade sobre o ecossistema. Já o princípio da precaução é considerado uma garantia contra os riscos potenciais que, de acordo com o estado atual do conhecimento, não podem ser ainda identificados. Este princípio afirma que, no caso de ausência da certeza científica formal, a existência do risco de um dano sério ou irreversível requer a implementação de medidas que possam prever, minimizar e/ou evitar este dano. Tanto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) quanto o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmaram o entendimento de que é admissível a condenação de pessoas jurídicas pela prática de crime ambiental. Para que haja responsabilização penal da pessoa jurídica, a infração deve ter sido cometida no interesse ou no benefício da entidade e por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado. São essas as condições específicas para que a pessoa jurídica seja responsabilizada penalmente. WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 38 16 - (TJ/RJ ± Juiz de Direito ± RJ/2012) Consideram-se agrotóxicos e afins: ³D�� RV produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso de setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos; b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecaQWHV��HVWLPXODGRUHV�H�LQLELGRUHV�GH�FUHVFLPHQWR´� Fale sobre o registro de agrotóxico, abordando o conceito, competência para registro, avaliação técnico-científica, rotulagem e impugnação. A Lei nº 7.802/1989, regulamentada pelo Decreto nº 4.074/2002, dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins. A H[SUHVVmR�³DJURWy[LFRV�H�DILQV´�UHIHUH-se, nos termos do artigo 2º, I e II da Lei nº 7.802/1989: a) aos produtos e aos agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos; e b) as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento. WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal IBAMA (Analista Ambiental) Prof. Rosenval Júnior Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br 39 O registro dos agrotóxicos, seus componentes e afins pode ser conceituado como um requisito prévio e indispensável para o consentimento estatal para que seja possível a sua produção, exportação, importação, comercialização e utilização, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura. Nos termos do artigo 1º, XLII, do Decreto nº 4.074/2002, o registro do produto é ato privativo de órgão federal competente, que atribui o direito de produzir, comercializar, exportar, importar, manipular ou utilizar um agrotóxico, componentes ou afim. A competência para o registro é, portanto, do órgão federal competente, nos termos do caput do artigo 3º, da Lei
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