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25/03/2018 1 TERAPIA PULPAR EM DENTES DECÍDUOS FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA Crescimento e desenvolvimento da criança Geral: Respiração, alimentação, fonação, harmonia esteticocorporal Local: manutenção do espaço, guia de erupção, diminuição de hábitos parafuncionais e prevenção de más-oclusões. IMPORTÂNCIA DOS DENTES DECÍDUOS “É importante conhecer o ciclo biológico do dente decíduo” Favorecem ou contraindicam o uso de determinadas técnicas Estágio de crescimento do órgão pulpar (pulpogênese junto com a formação coronorradicular) Estágio de maturação pulpar (formação completa da raiz até a reabsorção radicular incipiente) Estágio de regressão pulpar (avanço da rizólise até a sua reabsorção total) CICLO BIOLÓGICO DO DENTE DECÍDUO ESTÁGIO DE CRESCIMENTO DO ÓRGÃO PULPAR - Fase de início da odontogênese até início da formação radicular - Metabolismo alto - Maior número de células indiferenciadas 25/03/2018 2 ESTÁGIO DE MATURAÇÃO PULPAR -Fase de início da formação radicular até formação completa -Metabolismo constante -Odontoblastos organizados -Bom potencial reparador ESTÁGIO DE REGRESSÃO PULPAR -Início da rizólise até esfoliação do dente -Odontoblastos desorganizados e menor número de fibroblastos -Potencial reparador decrescente Mudanças histológicas da polpa durante o ciclo biológico Viabilidade de tratamentos curativos existentes – variação da resposta da pulpar em função do estado jovem ou senil Clinicamente : • Até estágio de maturação pulpar: tratamentos conservadores • Estágio de Regressão Pulpar: técnicas não conservadoras CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS Esmalte e dentina delgados e menos calcificados Volume pulpar avantajado Polpa e furca – dentina delgada (molares) vulneráveis Diagnóstico e transoperatório O volume pulpar do dente decíduo. A curvatura da raiz. O assoalho da câmara pulpar apresenta anatomia irregular, com porosidade - lesão em região de furca Inúmeros canais secundários e forames. CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS PARTICULARIDADES DOS DENTES DECÍDUOS • Canais pulpoperiodontais (lesão em região de furca) • Canais secundários e acessórios • Presença do germe do dente permanente • Reabsorção irregular 25/03/2018 3 REABSORÇÃO FISIOLÓGICA E ODONTOMETRIA INTERPRETAÇÃO DIAGNÓSTICA Associação de métodos Degeneração pulpar - sintomatologia indefinida Interpretação da resposta infantil TESTE PULPAR - DOR Respostas de receptores de tecidos periodontais INTERPRETAÇÃO DIAGNÓSTICA Capacidade Cognitiva Experiências vivenciadas • Teste térmico e/ou elétricos – validade restrita em crianças DIAGNÓSTICO Fisiologia pulpar Cooperação da criança ANAMNESE EXAME CLÍNICO EXAME RADIOGRÁFICO DIAGNÓSTICO • Anamnese e história da dor • Conhecimento correto dos sinais e sintomas: fístulas, mobilidade, lesões de cárie, sensibilidade (teste térmico) ANAMNESE 25/03/2018 4 EXAME CLÍNICO Exame clínico bucal Tecidos moles Alterações de cor ou volume Presença de abcesso ou fístulas Dentes mobilidade Profundidade lesão Hiperplasia pulpar EXAME RADIOGRÁFICO • Profundidade da lesão de cárie, • Relação com germe, • Grau de rizólise / rizogênese, calcificações e reabsorções, lâmina dura • Radiolucidez, irregularidade de raízes C O N D U T A S O P E R A T Ó R IA S TRATAMENTO PULPAR INDIRETO CAPEAMENTO PULPAR DIRETO PULPOTOMIA PULPECTOMIA TRATAMENTO CONSERVADOR TRATAMENTO RADICAL TERAPIAS PULPARES Atividades Formadora e Protetora da Polpa Atividades Formadora e Protetora da Polpa Atividades Formadora e Protetora da Polpa 25/03/2018 5 Através: remoção da dentina infectada (dentina amolecida) e manutenção da dentina afetada (dentina dura) TRATAMENTO PULPAR INDIRETO Tratamento pulpar indireto é um procedimento de mínima intervenção realizado em dentes com lesão cariosa ativa profunda. TRATAMENTO PULPAR INDIRETO TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA HIDRÓXIDO DE CÁLCIO estimula liberação de cálcio dos tecidos eleva o pH local – (pH Hidrox. Cálcio próximo a 12) Biocompatível efeito bactericida - íons OH – CAPEAMENTO PULPAR INDIRETO TRATAMENTO PULPAR INDIRETO INDICAÇÕES - Dente com cárie profunda - Ausência de dor espontânea - Ausência de mobilidade e alterações periodontais - Sem alterações radiográficas - Considerar o ciclo biológico do dente decíduo TRATAMENTO PULPAR INDIRETO DIFERENTES ABORDAGENS Tratamento expectante Capeamento pulpar indireto Tratamento restaurador atraumático 25/03/2018 6 É uma técnica de mínima intervenção para lesões cariosas profundas ativas de dentina, onde se faz a remoção parcial de dentina cariada, realizada em duas ou mais sessões. TRATAMENTO PULPAR INDIRETO Tratamento expectante TRATAMENTO PULPAR INDIRETOTRATAMENTO PULPAR INDIRETO Tratamento expectante 2 SESSÕES 1ª. sessão Remoção da dentina infectada (manual ou rotatório) Proteção pulpar e selamento por 90 dias 2ª. sessão Remoção de toda restauração e realização de uma restauração definitiva TRATAMENTO PULPAR INDIRETO Capeamento pulpar indireto - Anestesia - Isolamento absoluto - Remoção da dentina infectada - Limpeza da cavidade - Aplicação de Cimento de Hidróxido de Cálcio - Restauração com CIV TRATAMENTO PULPAR INDIRETO Capeamento pulpar indireto TRATAMENTO PULPAR INDIRETO Capeamento pulpar indireto 25/03/2018 7 TRATAMENTO PULPAR INDIRETO Tratamento restaurador atraumático INSTRUMENTOS E MATERIAIS: • espelho clínico, • sonda exploradora, • Pinças, • curetas de dentina, • machado, • espátula de inserção, placa e espátula para manipulação, • CIV, • rolos de algodão, • bolinhas de algodão, • vaselina, • matriz e cunha TRATAMENTO PULPAR INDIRETO Tratamento restaurador atraumático TÉCNICA OPERATÓRIA - Isolamento relativo - Limpeza dos dentes/ Profilaxia - Acesso a lesão cariosa - Limpeza da cavidade - Condicionamento da cavidade?????? - Proteção do complexo dentino pulpar - Manipulação do cimento de Ionômero de Vidro - Inserção do material (pressão digital) - Proteção superficial - Remoção de excessos - Teste de oclusão TRATAMENTO PULPAR INDIRETO Tratamento restaurador atraumático ISOLAMENTO RELATIVO ACESSO A ÁREA DA LESÃO (MACHADO) REMOÇÃO DA LESÃO CARIOSA COM COLHER DE DENTINA CONDICIONAMENTO LIMPEZA COM ÁGUA E SECAGEM COM BOLINHA DE ALGODÃO (2X) INSERÇÃO DO MATERIAL MANIPULADO 25/03/2018 8 PRESSÃO DIGITAL COM VASELINA REMOÇÃO DE EXCESSOS CAPEAMENTO PULPAR DIRETO CAPEAMENTO PULPAR DIRETO Quando uma pequena exposição acidental da polpa ocorre durante o preparo cavitário ou após lesão traumática. CAPEAMENTO PULPAR DIRETO INDICAÇÃO Dentes sem história de dor Diamêtro da exposição pequeno Sangramento mínimo (características) Crianças menores (ciclo biológico) Limitações: - reabsorções internas - calcificações - inflamações pulpares - necroses -“envelhecimento” pulpar CAPEAMENTO PULPAR DIRETO Contra-indicações dores severas mobilidade dentária problemas periodontais radiolucidez intra-radicular sangramento excessivo no sítio da exposição presença de secreção purulenta ou serosa CAPEAMENTO PULPAR DIRETO 25/03/2018 9 O sucesso se deve a: seleção dos dentes desinfecção não formação de coágulo colocação perfeita do material e sub-base Agenteutilizado pasta de hidróxido de cálcio - P.A. (pó + soro fisiológico)/ cimento CAPEAMENTO PULPAR DIRETO CAPEAMENTO PULPAR DIRETO TÉCNICA OPERATÓRIA • Isolar o campo operatório • Lavar a cavidade com soro fisiológico • Otosporin por 5 a 10 min • Hidróxido de Cálcio (pasta) • Cimento de HCA • Restauração com CIV • Proservação (barreira após 60 dias) CAPEAMENTO PULPAR DIRETO PULPOTOMIA E PULPECTOMIA TIPOS DE MATERIAIS FORMOCRESOL ÓXIDO DE ZINCO HIDRÓXIDO DE CÁLCIO PASTA GUEDES PINTO CTZ PULPOTOMIA E PULPECTOMIA PULPOTOMIA E PULPECTOMIA 25/03/2018 10 PULPOTOMIA E PULPECTOMIA PULPOTOMIA E PULPECTOMIA PULPOTOMIA E PULPECTOMIA PULPOTOMIA E PULPECTOMIA PULPOTOMIA E PULPECTOMIA PULPOTOMIA Amputação da polpa coronária cuja inflamação, se presente deve estar restrita à porção coronária, objetivando a manutenção da integridade da polpa radicular 25/03/2018 11 PULPOTOMIA INDICAÇÕES ciclo biológico compatível ausência de rarefação óssea (lesão) na região periapical e interradicular CONTRA INDICAÇÕES • reabsorção interna; • lesão periapical ou na região de furca; • dentes irrestauráveis ou com mais de 2/3 de rizólise. • presença de fístula PULPOTOMIA PULPOTOMIA ASPECTO MACROSCÓPICO DO TECIDO PULPAR CONSISTÊNCIA RESISTÊNCIA COLORAÇÃO VERMELHO VIVO HEMORRAGIA SUAVE Pulpotomia com hidróxido de cálcio TÉCNICA: • Anestesia local • Isolamento absoluto • Remoção da dentina cariada com brocas em baixa rotação • Remoção do teto da câmara pulpar com pontas diamantadas • Remoção da polpa coronária com curetas, até entrada dos canais radiculares • Irrigação abundante com soro fisiológico • Ligeira secagem com papel absorvente esterelizado • Colocação da pasta de hidróxido de cálcio sobre o remanescente radicular , pressionando suavemente com bolinha de algodão. • Colocação de cimento à base de hidróxido de cálcio • Base de cimento de ionômero de vidro • Restauração Pulpotomia com hidróxido de cálcio Pulpotomia com hidróxido de cálcio CASO CLÍNICO 25/03/2018 12 Pulpotomia com hidróxido de cálcio CASO CLÍNICO PULPECTOMIA INDICAÇÃO: • Inflamação crônica da polpa • Necrose pulpar • Reabsorção interna da dentina CONTRA INDICAÇÃO: • Dentes com mais de 2/3 de rizólise • Reabsorção interna avançada, perfurante • Lesão periapical envolvendo cripta óssea do germe do permanente • Dentes com impossibilidade de restauração PULPECTOMIA MATERIAL OBTURADOR IDEAL • Mesmo grau de reabsorção da raíz decídua • Ser inofensiva aos tecidos periapicais • Reabsorver imediatamente se ultrapassar o ápice • Ser anti-séptico • Preencher os canais com facilidade • Aderir às paredes • Não contrair • Ser radiopaco • Não pigmentar o dente PULPECTOMIA QUAL PASTA OBTURADORA???? PULPECTOMIA PULPECTOMIA TÉCNICA COM A PASTA GUEDES PINTO • Anestesia e isolamento absoluto • Remoção tecido cariado e abertura coronária • Endo Z para forma de contorno • esvaziamento do conteúdo necrótico da câmara coronária • irrigação com Liquido de Dakin • Condutometria (1 a 2mm) * RX periapical • Preparo do canal com limas tipo Kerr (+ 2 números) • Irrigação com Dakin • Secagem • Obturação com a pasta Guedes Pinto • Base de oze / guta-percha na entrada • Restauração • Rx final 25/03/2018 13 PULPECTOMIA TÉCNICA COM A PASTA GUEDES PINTO A: Região do dente 75. B: Radiografia periapical da região de dente 75. PULPECTOMIA TÉCNICA COM A PASTA GUEDES PINTO A: Abertura da câmara pulpar com a imagem do sangramento apresentado. B: Instrumentação e aspiração PULPECTOMIA TÉCNICA COM A PASTA GUEDES PINTO C: Obturação com a pasta selecionada em seringa apropriada. D: Base – OZE ou guta - vedação da câmara pulpar. PULPECTOMIA ENDODONTIA DE DENTE DECÍDUO SEM INSTRUMENTAÇÃO COM CTZ • Remoção do tecido cariado • Remoção do teto • Remoção da polpa coronária • Irrigação com soro fisiológico ou Hipoclorito • Secagem com bolinha de algodão estéril • Pasta CTZ- Preenche a câmara pulpar • Colocar base com OZE ou guta-percha em bastão aquecida 25/03/2018 14 PULPECTOMIA ABSCESSO EXTRABUCAL 25/03/2018 15 APÓS 3 DIAS DE ANTIBIÓTICOTERAPIA PULPECTOMIA DIAGNÓSTICO Instrumentais/ Materiais pré-clínico Endodontia • Ponta esférica diamantada (1012/1014) • Endo Z • Kit clínico (sonda, espelho e pinça) • Limas tipo K (1ª série) • Espátula de inserção • Seringa descartável • Bolinhas de algodão • Placa de vidro/ espátula • Soro fisiológico/Hipoclorito 1% • Cone de papel absorvente • CTZ • OZE • CIV • Bandeja plástica para pré-clínico • Dente decíduo molar estoque para endodontia • Caneta de AR PULPOTOMIA: Ligamento periodontal Lâmina dura Polpa vital Sem sinal de necrose PULPECTOMIA: Ligamento periodontal Neoformação óssea Regressão da Lesão Sem fístula e sem sinal de reabsorção SUCESSOS: 25/03/2018 16 DIAGNÓSTICO CLÍNICO E RADIOGRÁFICO FISIOLOGIA PULPAR DOS DENTES DECÍDUOS ESCOLHA DA TÉCNICA CONSIDERAÇÕES FINAIS PROSERVAÇÃO CLÍNICA PROSERVAÇÃO RADIOGRÁFICA SUCESSO/ REPERCUSSÕES AO GERME CONSIDERAÇÕES FINAIS Atividade Avaliativa: Terapia Pulpar em dentes decíduos Questão 1: Quais os objetivos de se realizar uma terapia pulpar para a manutenção dos dentes na cavidade bucal? Questão 2: Quais são os requisitos para o êxito no tratamento pulpar de dentes decíduos? Questão 3: O que devemos levar em conta ao realizarmos um diagnóstico clínico e radiográfico em dentes decíduos? Questão 4: Quais as opções de tratamento na terapia pulpar de dentes decíduos? Fale resumidamente sobre cada uma opção (Conceito, Indicação, Contra-indicação) Questão 5: Descreva a técnica de pulpotomia e qual o material de escolha a ser utilizado. Questão 6: Descreva a técnica de pulpectomia e qual o material de escolha a ser utilizado. Questão 7: Descreva a composição da pasta Guedes Pinto, citando as propriedades dos materiais componentes. Questão 8: Cite algumas características que denotam sucesso na realização da pulpotomia e da pulpectomia. MÃOS À OBRA!!!
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