Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANALGÉSICOS DE AÇÃO PERIFÉRICA E ANTIPIRÉTICOS Alguns AINEs possuem ação analgésica, porém, não são tão potentes quanto o paracetamol e dipirona, já que estes atuam diretamente na analgesia, não contendo a ação anti-inflamatória. Os principais fármacos analgésicos e antipiréticos são: - Paracetamol (tylenol): induz hepatotoxicidade e lesão renal (não recomendado para alcóolatra, dengue – sobrecarrega o fígado – ou pacientes que utilizam vários fármacos metabolizados pelo fígado). - Dipirona (novalgina): causa aplasia de medula (diminui a quantidade de leucócitos e tem suas formas alteradas, a consequência final é a leucemia). - AAS (aspirina): sangramento gástrico, broncoconstrição, aumenta sangramento (não utilizado em pacientes com gastrite, asmáticos e que fazem uso de anticoagulantes). Se um paciente faz uso crônico de um AINE e vai realizar um tratamento odontológico, não há necessidade de prescrever um analgésico (pois alguns possuem essa função), apenas se o indivíduo sentir dor. AAS e salicilatos correlatos: ver AINEs Inibição irreversível da COX: duração do efeito. Salicilatos x gravidez: sem efeito teratogênico em altas doses; uso prolongado: baixo peso no nascimento, aumenta a mortalidade perinatal, anemia, hemorragia entre parto e pós parto, gestação prolongada e partos complicados. Não deve ser utilizado em gestantes, ou quando usado, suspenso antes da época prevista para o parto. Se um paciente chega ao consultório fazendo uso de AAS e precisa de um procedimento cirúrgico com risco de hemorragia, o ideal é consultar o médico do indivíduo e ver se é possível suspender esse medicamento por 7 dias, pois nesse período novas plaquetas serão formadas, e também, o tromboxano e prostaciclina não estarão bloqueados, mantendo um controle entre a agregação e inibição plaquetária. Acetaminofeno (paracetamol): Inibe COX-3 (presente apenas no cérebro, baço, rim e pulmão) que é produzida ao final do processo inflamatório, por isso não possui ação anti-inflamatória. Inibe a síntese de prostaglandinas cerebral por competir com o AA no sítio ativo da COX. Tem potente ação antipirética. Indicação de uso: não afeta níveis de ácido úrico (pode utilizar em pacientes com gota), carece de propriedades inibidoras das plaquetas (pode usar em pacientes em estado de hipocoagulação), pacientes alérgicos a aspirina, pacientes com hemofilia ou úlcera péptica (pode utilizar pois não tem COX-3 nas plaquetas e na mucosa gástrica), pacientes asmáticos. Doses terapêuticas: efeito analgésico e antipirético – 325 a 1000mg (não exceder a dose diária de 2000mg). Para crianças: doses simples: 40 a 480mg (na verdade, em crianças não é muito indicado pela hepatotoxicidade, recomenda-se o uso de ibuprofeno). Efeitos adversos: prejudica a capacidade de identificar erros e tomar decisões. Dipirona: Mecanismo de ação: desconhecido. Reações adversas: granulocitose, anemia aplásica, anafilaxia e hemorragia digestiva. Porém, o diclofenaco afeta mais a população com essas reações adversas do que a dipirona, segundo pesquisas. Comprimido de 500mg, soluções injetáveis de 1 – 2,5g, gotas em intervalos de 6 – 8h. Resposta sistêmica a agentes agressores: Resposta de fase aguda: a febre ocorre pela invasão de microrganismos no corpo. Estes liberam endotoxinas que caem na circulação e chegam ao fígado, onde os macrófagos presentes são ativados e produzem citocinas, prostaglandinas (a prostaglandina E2 estimula o centro da febre – centro hipotalâmico) e proteínas específicas de fase aguda (responsáveis pelo choque térmico). Isso leva a alterações sistêmicas e podem ser irreversíveis em casos onde a temperatura torna-se muito elevada (36 – 37,5ºC: faixa normal; 37 – 42ºC: reversível; 43ºC: não reversível). Eventos da fase aguda: leucocitose, ativação do eixo HPA, diminuição dos níveos plasmáticos de ferro e zinco, diminuição da interação social, estimulação da síntese de proteínas de fase aguda, febre. Origem da febre: infecção, inflamação, reação a drogas, doenças auto-imune, neoplasia, doença obstrutiva cardiovascular. Febre: aumento da temperatura controlada, decorrente da elevação do ponto de regulagem hipotalâmico. Hipertermia: quando a capacidade do corpo em perder calor não atende ao ganho total de calor (elevação acima do ponto de regulagem térmica). A temperatura influencia: contratilidade muscular, interação hormônio-receptor, atividade neural, função imunológica, reações enzimáticas. Acima de 43ºC não há mais controle sobre essas ações e leva a hipertermia irreversível que pode ocasionar a morte. Anti-inflamatórios e antipiréticos endógenos: eixo HPA, AVP (V1 receptor), glicocorticoides, citocinas inibitórias (IL-10). Substancias produzidas no corpo que podem inibir a febre.
Compartilhar