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INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO COORDENAÇÃO DE QUÍMICA CURSO DE QUÍMICA LICENCIATURA Química Inorgânica I - Experimental Profa. Clayane C. Santos clayane.santos@ifma.edu.br Açailândia-MA -2018- 2 BOAS VINDAS... Sejam bem-vindos a disciplina de Química Inorgânica. Aqui vocês terão oportunidade de viver um pouco a prática do modelo científico e poderão exercitar habilidades, ora objetivas (como pesagem, síntese, manuseio de amostras, etc.), ora subjetivas (como a observação, discussão em equipe, elaboração de estratégias experimentais, suposição de modelos, etc). Desenvolverão a habilidade de fazer as devidas anotações dos fatos experimentais; de reproduzir e interpretar experimentos; de propor novas metodologias; de criticar resultados e redigir relatórios, fundamentando suas observações e apresentando, sempre que possível, seus resultados em forma de gráficos e tabelas. Aqui, acredito que às atividades experimentais não cabem apenas o título de coadjuvante das aulas discursivas, ou simples estratégias para a fixação de conhecimento, mas, antes, como meios de produção destes conhecimentos. É com este espírito que vocês devem vestir seu jaleco. Devem ter sempre em mente que não vão apenas cumprir as instruções contidas em um roteiro ou protocolo experimental, mas realizar um experimento. E realizar um experimento significa: conhecer um problema (escolha do assunto), propor soluções para este problema (discutindo em equipe e pesquisando a literatura), propor uma estratégia experimental para a verificação das sugestões (planejamento), realizar esta atividade experimental (executando o experimento) e criticar os resultados obtidos (trabalhando os resultados, analisando os erros e escrevendo o relatório). Vocês devem exigir do professor a problematização do assunto, da mesma forma que este deve cobrar de vocês alternativas para a resolução do problema proposto. Durante a realização das práticas procurem deixar bastante claro para vocês qual o objetivo do experimento, qual metodologia deve ser empregada para atingir o objetivo proposto, quais as variáveis que podem interferir mais significativamente nesta metodologia, quais habilidades e competências estão, de fato, adquirindo, etc. O professor deve orientar as equipes sobre o problema a ser investigado. De preferência, deve ressaltar a importância do assunto, contextualizando-o ao máximo. É a melhor oportunidade para vocês esclareceram possíveis dúvidas quanto ao roteiro, técnica a 3 ser utilizada ou manuseio de algum produto tóxico. Devem permear também as discussões das equipes procedimentos em caso de acidentes e o descarte do material. Outro cuidado que vocês devem ter durante a realização das atividades é quanto ao uso correto do caderno de laboratório. O caderno de laboratório hoje, poderá ser o caderno de pesquisa ou de análise, amanhã. Portanto, o aluno deve cultivar o bom hábito de anotar tudo no seu caderno. Não esquecer que a atividade a ser realizada e discutida é um trabalho de equipe. Tudo dever ser discutido entre os membros, mas a anotação deve ser individual. Todos devem ter o seu caderno e anotar suas impressões sobre cada etapa do experimento, resultados e discussões (se possível, depois, colocar observações da literatura). Nada de anotar depois ou escrever no roteiro de prática ou em uma folha avulsa. O Laboratório deve ser encarado por vocês como um espaço para constatação (ou refutação) de idéias. Portanto, não é simplesmente por estar dentro dele, realizando tarefas, que alcançarão aprimoramento na sua formação. Procurem também propor novas atividades experimentais ou modificações nas atuais que satisfaçam a curiosidade de vocês e que primem pela formação de todos. Bom trabalho a todos. 4 1. RELAÇÃO DOS EXPERIMENTOS 1.1 Reações Inorgânicas 1.2 Hidrogênio 1.3 Halogênios 1.4 Metais Alcalinos 1.5 Metais alcalinos terrosos 2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA Os experimentos selecionados para esta disciplina visam reforçar conceitos fundamentais de Química Inorgânica I, complementando o conteúdo da disciplina teórica do curso. Espera-se que o aluno desenvolva e amplie sua capacidade de compreensão de fenômenos, da aplicação da metodologia científica e de modelos teóricos, bem como de apresentação de dados e de análise crítica dos conteúdos e resultados experimentais. 3. PRESENÇA NAS AULAS É obrigatória a presença de todos os alunos durante toda a extensão da aula. Os alunos que faltarem ou se ausentarem do experimento receberão nota zero neste experimento. OBSERVAÇÃO: SERÁ TOLERADO ATRASO DE, NO MÁXIMO, 10 MINUTOS. 4. GRUPOS Os alunos deverão se dividir em grupos de três ou quatro (no máximo) conforme suas afinidades pessoais. Esses grupos permanecerão os mesmos durante todo o semestre. 5. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO Os alunos serão avaliados nos seguintes itens: A) Pré-relatório: cada aluno deverá entregar um pré-relatório no início da aula de cada experimento. Este pré-relatório deverá conter uma descrição do procedimento experimental a 5 ser realizado, de forma resumida, preferencialmente na forma de um esquema ou fluxograma, e as respostas às questões formuladas junto ao material de apoio da disciplina. Os pré- relatórios não receberão notas individuais, mas valerão 20% da nota do relatório do experimento. B) Relatórios: cada aluno deverá elaborar um relatório de cada experimento que será entregue ao final do assunto. O relatório será avaliado, com notas de 0 a 10. Se o aluno faltar em um experimento, sua nota neste relatório será zero. No caso de experimentos realizados em duas semanas, se o aluno faltar em uma das semanas, sua nota neste relatório será dividida por dois. Os relatórios deverão ser entregues diretamente ao professor no início da aula seguinte. Os relatórios não serão recebidos após este prazo, salvo em ocasiões específicas. C) Participação na Aula Prática: os alunos serão avaliados individualmente quanto a sua conduta no laboratório e envolvimento com o conteúdo da aula prática. Sua nota final da parte experimental poderá ser acrescentada ou diminuída de acordo com o item em questão. 6. PREPARAÇÃO DO RELATÓRIO Os relatórios não devem ser digitados. Figuras e tabelas também não precisam ser impressas em impressoras. Cada relatório deve conter os seguintes itens: a) Título do experimento: Data em que ele foi realizado Nome e código dos alunos do grupo. b) Uma breve introdução: O objetivo da introdução é o de situar o tema do experimento. Esta introdução deve ser de no máximo uma página. A introdução não pode ser uma cópia dos textos de apoio. Para escrevê-la use as referências bibliográficas sugeridas ou outras que você encontre na biblioteca. 6 c) Parte experimental: Deve conter uma descrição simplificada do procedimento seguido (incluindo-se modificações que tenham sido feitas), uma lista dos materiais, instrumentos e reagentes utilizados, sempre na forma de texto. d) Resultados e discussão: Esta é a parte mais importante do relatório. Nela você vai apresentar da forma mais clara e completa possível os resultados obtidos no experimento, acompanhados de uma análise crítica dos mesmos com base nos conceitos envolvidos. Deve-se incluir todo o tipo de resultado obtido: observações visuais, dados numéricos (como volumes medidos, massas pesadas, tempos decorridos, temperaturas, rendimentos, etc.) e dados instrumentais. Deve-se incluir também todosos cálculos efetuados. Sempre que possível seus dados devem ser organizados na forma de tabelas e gráficos. e) Conclusão: A conclusão geralmente é curta, é a seção em que você fecha seu trabalho. Inclui os seguintes itens: breve resumo dos resultados do seu estudo, atentando para as perguntas de pesquisa e/ou hipóteses levantadas na introdução; reflexão a respeito de como o estudo contribui para a sua área de pesquisa; discussão sobre a importância do estudo e de suas implicações práticas (se houver); f) Referências. Numere e relacione todas as referências bibliográficas que você usou para elaborar o relatório. Estas referências podem ser livros-texto ou periódicos (revistas e jornais científicos) e devem ser citadas no texto do relatório. Obs. Não serão aceitos relatórios digitados. 7 Aula Prática N o 01 – Reações Inorgânicas 1 – OBJETIVOS Proporcionar um contato com um grande número de reações químicas; Aperfeiçoar a percepção do que acontece quando determinados “elementos” são postos para reagir; Desenvolver habilidade em determinar o resultado de certas reações. 2 – PROBLEMATIZAÇÃO Existem tantas reações singulares na química que memorizar todas elas seria uma tarefa tola. É muito mais proveitoso tentar usar um padrão de reconhecimento para determinar a categoria geral de uma reação, como metátese ou reação de oxirredução. Portanto, quando você se deparar com o desafio de prever o resultado de uma reação química, faça a você mesmo as seguintes questões apropriadas: Quais são os reagentes na reação? São eletrólitos ou não eletrólitos? São ácidos ou bases? Fazendo perguntas como estas, vocês estarão aptos a determinar o que poderá acontecer durante a reação. Infelizmente não existem regras baseadas em propriedades físicas, tais como cargas iônicas, para nos guiar na determinação de um composto iônico particular ser solúvel ou não. Entretanto, observações experimentais têm nos levado a regras para previsão da solubilidade de compostos iônicos. Por exemplo, os experimentos mostram que todos os compostos iônicos comuns que contêm o ânion nitrato, NO3 - , são solúveis em água. 3.PRÉ-LABORATÓRIO 1) Defina soluções, e o que é um precipitado? 8 1) Descreva o que é uma reação química, como se classifica? 2) O que é necessário para que uma reação química aconteça? 4) Quais os fatores que determinam uma reação química? 4 – MATERIAIS E REAGENTES Materiais: Tubos de ensaios, rolhas de borracha, Espátula, Pipetador, balão volumétrico de 50mL e pipetas. Reagentes: Ácido Clorídrico 1M, 3M e 6M; Ácido Sulfúrico 3M e 1M; Carbonato de sódio 1M; Cloreto de amônio 1M Cloreto de Cálcio 1M; Cloreto de sódio 1M; cloreto de sódio (sólido); Cloreto de ferro 1M; cobre (lâminas); Ferro ( fio ou prego); Fosfato de potássio 1M; Hidróxido de sódio 5M; Hidróxido de amônio 1M; Iodeto de Potássio 1M; Nitrato de Chumbo 1M; Nitrato de prata 1M; Nitrato de sódio 1M; Nitrato de sódio (sólido); Nitrato de potássio 1M e Sulfato de zinco 1M; 5.PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Preparar as seguintes soluções em um balão volumétrico de 50mL e em cada umas das seguintes experiências, logo após a adição dos reagentes e ou soluções anotar tudo que observar. - Colocar 2mL de solução aquosa de cloreto de amônio 1M num tubo de ensaio e adicionar 1mL de hidróxido de sódio 5M. - Colocar 2mL de solução aquosa de Nitrato de prata 1M num tubo de ensaio e adicionar 2mL de solução aquosa de cloreto de sódio 1M. - Colocar 2mL de solução aquosa de sulfato de zinco 1M num tubo de ensaio e adicionar 2mL de solução aquosa de nitrato de prata 1M. - Colocar 2mL de solução aquosa de Nitrato de chumbo 1M num tubo de ensaio e adicionar 2mL de solução aquosa de iodeto de potássio 1M. - Colocar 2mL de solução aquosa de Nitrato de prata 1M num tubo de ensaio e adicionar 2mL de solução aquosa de fosfato de potássio 1M. - Colocar 2mL de solução aquosa de cloreto férrico 1M num tubo de ensaio e adicionar 1mL de solução aquosa de hidróxido de sódio 1M. - Colocar 2mL de solução aquosa de sulfato de cobre 1M num tubo de ensaio e adicionar 1mL de solução aquosa de hidróxido de sódio 5M. - Colocar 2mL de solução de ácido clorídrico 1 M num tubo de ensaio e introduzir um fio de 9 ferro. - Colocar 5 mL de solução de nitrato de prata 0,1M num tubo de ensaio contendo uma fio de cobre. - Colocar 5 mL de solução de sulfato de magnésio 0,1M num tubo de ensaio contendo um fio de ferro. QUESTIONÁRIO 1. Escreva todas as reações químicas balanceadas correspondentes a cada experimento. 2. Quais os fatores que indicam a ocorrência de uma reação. Aula Prática N o 02 – Hidrogênio OBTENÇÃO ELETROQUÍMICA DO HIDROGÊNIO OBJETIVOS Preparar o hidrogênio eletroquimicamente Identificar o eletrodo onde ocorre a evolução deste gás Identificar os sub-produtos da reação PROBLEMATIZAÇÃO Da atividade anterior deve ter sido evidenciado que a combinação Zn com HCl em virtude do valor do potencial e da força do ácido, é a mais indicada para a produção do gás hidrogênio em laboratório. Entretanto, o Zn comercial contém impurezas (As, Sb, P, S, etc.), as quais formarão hidretos e contaminarão o hidrogênio assim produzido, limitando o emprego subseqüente deste gás. Para a purificação é comum o emprego de frascos lavadores contendo soluções que oxidarão e reterão as impurezas. Entretanto, o H2 com maior pureza pode ser obtido eletroliticamente. PRÉ- LABORATÓRIO 1. O que é uma eletrólise, e o que é necessário para confecção de uma eletrólise? 2. Como é classificação uma eletrólise? 10 3. Qual a função dos eletrodos em uma eletrolise? 4. Relacione a utilização da eletrólise no dia a dia e o meio ambiente. 5. Desenhe o esquema de uma eletrólise, destacando as semi-reações de oxidação, de redução, da reação global, ânodo e cátodo. Aula Prática N o 03 – Halogênios PARTE 01 - PROPRIEDADES DOS HALOGÊNIOS OBJETIVOS Identificar compostos de elementos da família dos halogênios por sua reação característica com os íons prata e cálcio. Observar diferenças nas propriedades dos compostos de flúor em relação aos haletos semelhantes PROBLEMATIZAÇÃO Os halogênios não ocorrem na natureza em seus estados elementares, sendo suas moléculas diatômicas e homonucleares. Interessantemente, o aumento do volume das moléculas relaciona-se com a intensidade de absorção de luz visível, aumentando a coloração do elemento: o flúor é um gás verde pálido, o cloro um gás verde amarelo, o bromo um líquido marrom castanho e o iodo um sólido violeta. Assim como o mercúrio é o único metal líquido nas condições normais, o bromo é o único não metal líquido. Eficientes na contenção do fogo e também promotores de melhor resistência química, os halogênios, como o cloro e o bromo, constituem uma das quatro principais bases tecnológicas para conferir características antichama aos plásticos (fosfatos, aluminas, halogenados e aminas modificadas). Em casos de incêndios, porém, provocam efeitos deletérios, como a liberação de fumaça contendo gases tóxicos muitas vezes corrosivos, como os ácidos clorídrico e bromídrico. As pessoas não se queimam, mas podem sufocar-se. 11 Por isso, os fabricantes se empenharam em desenvolver alternativas para substituir os halogênios sem prejudicar a eficiência no combate à propagação da chama. PRÉ – LABORATÓRIO 1) Quais os métodos de obtenção dos halogêneos 2) Quais as propriedades dos halogêneos MATERIAIS E REAGENTES Solução de nitratode prata 0,1 M Solução de fluoreto de sódio 0,1 M Solução de cloreto de sódio 0,1 M Solução de brometo de potássio 0,1 M Solução de iodeto de potássio 0,1 M Proveta de 5 ou 10 mL Tubos de ensaio Conta-gotas Bastão de vidro PROCEDIMENTO 1 – Acomode os quatro tubos de ensaio na estante e coloque 5 mL das soluções dos haletos nos respectivos tubos; 2 – Adicione algumas gotas da solução de nitrato de prata a cada tubo de ensaio e observe atentamente. QUESTIONÁRIO O que ocorre na reação dos experimentos? Qual o aspecto do conteúdo dos tubos após alguns minutos? Há evidência da formação de novas substâncias? Há diferenças no comportamento do fluoreto em relação aos outros haletos? 12 Descreva os sistemas, ordene os resultados em tabelas e justifique suas observações. PARTE 02 - OBTENÇÃO DOS HALOGÊNIOS POR ELETRÓLISE – IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES PRODUZIDAS OBJETIVOS Obter as espécies Cl2, Br2 e I2 por eletrólise a partir dos respectivos sais; Descrever e realizar experimentos eletrolíticos a partir de materiais simples; Propor uma metodologia para identificação das espécies produzidas no catodo e anodo. PROBLEMATIZAÇÃO O cloro ocorre na natureza basicamente como cloreto de sódio, dissolvido nas águas dos mares, ou em minas, imensos depósitos de NaCl oriundo provavelmente do soterramento ou evaporação de mares ancestrais. Ele pode ser obtido por eletrólise (ver Eq. 1), Eq. 1 NaCl (aq) + 1,3V → H2 (g) (catodo) + Cl2 (g) (anodo) + NaOH (aq) Nessa reação todos os produtos são importantes, o cloro sendo de fato o subproduto da produção industrial de soda cáustica. O hidrogênio formado é muito importante, sendo utilizado na indústria petroquímica e alimentícia para hidrogenação catalítica de olefinas e gorduras insaturadas, como na produção de margarinas vegetais. Infelizmente um dos eletrodos, o catodo, é uma camada de mercúrio, e é difícil manter as cubas eletrolíticas completamente a prova de vazamentos, o que torna toda a operação um perigo ambiental enorme devido a grande toxicidade do mercúrio. MATERIAIS E REAGENTES Sais solúveis de cloro, bromo e iodo. Solução hidroalcoólica de fenolftaleína Béqueres Eliminador de pilha 13 Fios de cobre com garras e bocal Grafites Tubos de ensaio Erlenmeyers PROCEDIMENTO 1. Preencha dois tubos de ensaio e um béquer com a solução a ser eletrolisada (inicialmente cloreto e, em seguida, soluções de brometo e iodeto) contendo gotas de fenolftaleína. 2. Prender as minas de grafite nos fios de cobre e os conectar ao eliminador de pilha. Colocar cada eletrodo em um tubo de ensaio e emborcar os tubos no béquer, conforme o desenho a seguir: 3. Iniciar a eletrólise e anotar todos os fatos observados 4. Explicar o processo através das respectivas semi-reações 5. Discutir o que aconteceria caso a solução fosse de um fluoreto solúvel. 6. Proponha uma metodologia para a identificação das espécies produzidas no catodo e anodo durante a eletrólise das soluções dos haletos. 7. Demonstre o procedimento e descreva todas as reações químicas envolvidas. Aula Prática N o 04 – Metais Alcalinos OBJETIVOS Estudar a solubilidade de compostos dos metais alcalinos Estudar a reatividade de compostos dos metais alcalinos Estudar as reações de precipitação entre base alcalina e sais PROBLEMATIZAÇÃO Os metais alcalinos são os metais mais reativos que existem. Reagem facilmente com oxigênio, com a umidade e com o gás carbônico do ar (por isso são guardados imersos em querosene ou outro líquido não oxigenado). Reagem também facilmente com álcool etílico. 14 No homem, como nos animais superiores, o potássio e o sódio atuam sobre as membranas celulares transmitindo impulsos eletroquímicos para as fibras musculares e para os nervos. Esses dois elementos equilibram a atividade dos alimentos ingeridos e a eliminação de resíduos celulares. A carência ou o excesso de potássio no organismo são altamente prejudiciais. A presença do potássio no solo garante as quantidades necessárias nos alimentos de origem vegetal. PRE-LABORATÓRIO 1) Quais as propriedades dos metais alcalinos 2) MATERIAIS a) Soluções e Reagentes cloreto, hidróxido e carbonato de lítio(s) cloreto, hidróxido e carbonato de potássio(s) cloreto, hidróxido e carbonato de sódio(s) cloreto, hidróxido e carbonato de rubídio(s) cloreto, hidróxido e carbonato de césio(s) Álcool etílico P.A Tetracloreto de carbono Benzina Gasolina Carbonato de potássio 0,1 M Bicarbonato de potássio 0,1 M Acetato de sódio 0,1 M Nitrato de potássio 0,2 M Iodeto de potássio 0,2 M Sulfeto de potássio 0,1 M Brometo de sódio 0,2 M Cloreto de sódio 0,2 M Tetraborato de sódio 0,1 M Sulfato de sódio 0,2 M 15 Cálcio metálico (s) Lítio metálico(s) Potássio metálico(s) Sódio metálico (s) Ácido clorídrico 0,1 M Cloreto de magnésio, cálcio, zinco, manganês(II), cobalto(II), cobre(II) 1 M Hidróxido de sódio 0,1 N Fenolftaleína Papel indicador universal pH 0-14 b) Vidrarias e outros Tubos de ensaio bureta Erlenmeyer Suporte universal com garras Pipetas graduadas Pipetas volumétricas de 2 mL e 5 mL Espátulas PROCEDIMENTO 1) Testes de solubilidade de compostos alcalinos (sugere-se que sejam usados tubos de ensaio pequenos, do tipo 10x100mm) 1.1) Dissolver, em tubos de ensaio diferentes, 0,1 g de LiCl, NaCl, KCl, RbCl e CsCl em 1 mL de água. Agitá-los. Adicionar, eventualmente, mais algumas gotas de água. 1.2) Dissolver, em tubos de ensaio diferentes, 0,1 g de LiOH, NaOH, KOH, RbOH e CsOH em 1 mL de água. Agitá-los. Adicionar, eventualmente, mais algumas gotas de água. São todos solúveis? 1.3) Dissolver, em tubos de ensaio diferentes, 0,1 g de Li2CO3, Na2CO3, K2CO3, Rb2CO3 e Cs2CO3 em 1 mL de água. Agitá-los. Adicionar, eventualmente, mais algumas gotas de água. São todos solúveis? 1.4) Repetir os três itens anteriores, utilizando como solvente 1 mL de álcool etílico P.A. O quê você observou? Questionário: 16 a) Testar o pH de cada solução, e anotá-la ao lado de cada tubo. O que observou? b) Escrever as equações de sua reação com água. c) Explicar porque motivos apresentam valores de pH diferentes. Aula Prática N o 05 – Metais Alcalinos Terrosos OBJETIVOS Estudar a reatividade dos Metais alcalino-terrosos Estudar a solubilidade dos compostos alcalino-terrosos Estudar as reações de precipitação de compostos alcalino-terrosos. PROBLEMATIZAÇÃO São bastante reativos, mas bem menos do que os alcalinos. Devem ser guardados em recipientes fechados, pois se oxidam, hidratam-se e carbonatam-se facilmente. Como aplicação biológica, podemos citar os íons Mg +2 , que se concentram nas células animais, e os íons Ca 2+ , que se concentram nos fluídos corpóreos fora da célula, de modo semelhante à concentração do K + no interior da célula e do Na + no seu exterior. Os íons Mg 2+ formam um complexo com o ATP, e são constituintes dos fosfoidrolases e das fosfotransferases, que são enzimas para reações envolvendo o ATP e liberando energia. São também essenciais para a transmissão de impulsos ao longo de fibras nervosas. O Mg 2+ é importante na clorofila, nas partes verdes das plantas. O Ca 2+ é importante em ossos e dentes como a apatita, Ca3(PO4)2, e no esmalte dos dentes, como fluorapatita, 3(Ca3(PO4)2).CaF2. Os íons Ca 2+ são importantes na coagulação do sangue, e são necessáriospara dar início à contração dos músculos e para manter o batimento regular do coração. PRÉ-LABORATÓRIO 1) O que é reatividade e explique a reatividade dos metais alcalinos terrosos. 2) Quais as propriedades dos alcalino terrosos. MATERIAIS a) Soluções e Reagentes 17 Magnésio (em raspas) Cálcio metálico Fenolftaleína Papel indicador universal, pH 0-14 Ácido clorídrico 0,1 M Álcool etílico P.A Cloreto de berílio, magnésio, cálcio, estrôncio e bário(s) Hidróxido de berílio, magnésio, cálcio, estrôncio e bário(s) Nitrato de berílio, magnésio, cálcio, estrôncio e bário(s) Sulfato de berílio, magnésio, cálcio, estrôncio e bário(s) Carbonato de berílio, magnésio, cálcio, estrôncio e bário(s) Nitrato de berílio 1M Cloreto de magnésio 1M Cloreto de estrôncio 1M Cloreto de bário 1M Cloreto de cálcio 1M Carbonato de amônio 3M Carbonato de sódio 3M Ácido sulfúrico 3M Fosfato trissódico 0,1M Sulfato de sódio 1M Oxalato de sódio 0,1M Cromato de potássio 3M b) Vidraria e outros Becker de 250 mL Suporte universal Bureta Erlenmeyer Bico de Bunsen Espátulas 18 Tubos de ensaio Pipetas volumétricas de 1 mL Pipetas graduadas Provetas PROCEDIMENTO 1) Reatividade dos Metais alcalino-terrosos 1.1) Cortar um pedacinho de Mg, transformá-lo parcialmente em raspas e colocá-lo em um béquer contendo 150 mL de água destilada. Você não observará reação química. 1.2) Aquecer até a ebulição, deixando ferver durante 5 minutos. Testar o pH da solução. Caso não se evidencia pH alcalino, deixar ferver mais algum tempo. Gotejar 5 gotas de fenolftaleína. Questionário: a) Que observou ao gotejar o indicador? b) Qual foi a reação química? Equacione-a. 1.3) Cortar um pedacinho de Ca e colocá-lo em um béquer contendo 150 mL de água destilada. Aguardar o término da reação e testar o pH da solução. Questão: a) Qual foi a reação química? b) Determine a molaridade da solução com HCl 0,1 M. Determinar a massa de hidróxido de cálcio que existe na água. 1.4) Colocar um pedacinho de Ca em um tubo de ensaio contendo 5 mL de álcool etílico. Houve reação química? 2) Testes de precipitação Preparar 100 mL de soluções de cada um dos seguintes: Be(NO3)2 1 M, MgCl2 1M, SrCl2 1M, BaCl2 1M, (NH4)2CO3 3M, Na2CO3 3M, H2SO4 3M, Na3PO4 0,1 M, Na2SO4 1M, Na2C2O4 0,1M, K2CrO4 3M, CaCl2 1M. Uma vez prontas estas soluções, proceder aos seguintes testes: 19 Be(NO3)2 MgCl2 CaCl2 SrCl2 BaCl2 Adicionar a cada um deles 1 mL de solução de Na2SO4 1 M. Equacionar as reações químicas. 3.4) Colocar em 5 tubos de ensaio diferentes 1 mL de solução conforme indicado: Be(NO3)2 MgCl2 CaCl2 SrCl2 BaCl2 Adicionar a cada um deles 1 mL de solução de Na2C2O4 0,1 M. Equacionar as reações químicas. 3.5) Colocar em 5 tubos de ensaio diferentes 1 mL de solução conforme indicado: Be(NO3)2 MgCl2 CaCl2 SrCl2 BaCl2 Adicionar a cada um deles 1 mL de solução de K2CrO4 3 M. Equacionar as reações químicas. [Russel, Química Geral, vol.1; Mahan e Myers, Química - Um Curso Universitário]. [J.D.LEE, Química Inorgânica não tão concisa] [Brown; LeMay; Bursten. Química: A ciência Central]. Bons estudos! Clayane C Santos
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