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MCC I - Argamassas I

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ARGAMASSAS- I PARTE 
Profa. Andréa Corrêa 
1 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA 
GNE 276 TURMA 31A 31B 31I 31J 
II SEMESTRE 2017 
NOVEMBRO 
 
 
Conteúdo 
argamassas 
 
 
1. Conceitos 
2. Classificação 
3. Propriedades 
4. Tipos 
5. Documentos normativos 
2 
 
Introdução 
 
3 
 2000 a. C. argamassa de cal - Pérsia 
 
 aglomerantes 
sangue, clara de ovo, fibras, cal, gesso, 
pozolana, argila 
 
 agregados 
pedra, areia, etc... 
 
histórico- evolução 
 
cavernas nômades natureza aperfeiçoamento 
 
1. Conceitos 
 
4 
 argamassa 
NBR 13281/05 - Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisitos 
NBR 7200 – Execução de revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Procedimento 
 
 é a mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), 
aglomerante(s) inorgânico(s) e água (exceto 
argamassas betuminosas), contendo ou não aditivos 
ou adições, com propriedades de aderência e 
endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em 
instalação própria (argamassa industrializada) 
 material ativo (pasta) + material inerte (agregado) 
 
 
5 
componentes 
Aglomerante 
 aglutinação dos agregados 
 “pega” 
 propriedades resistentes 
Agregado miúdo 
Água de amassamento 
 promover a reação de hidratação 
 do endurecimento do aglomerante 
 homogeneização da mistura 
 trabalhabilidade 
1. Conceitos 
 “esqueleto inerte” 
 redução de custo 
 controle de retração 
 propriedades resistentes 
 
 
6 
componentes 
1. Conceitos 
Adição 
 material inorgânico finamente dividido usado para modificar 
 propriedades das argamassas em teor > 5% 
 
ex: filito cerâmico, material pozolânico, pó calcário,saibro e solo fino 
Aditivo 
 produto adicionado em pequena quantidade expressa em % do 
aglomerante 
 modificar propriedades das argamassas no estado fresco ou 
endurecido 
7 
uso 
 revestimento interno e externo 
 assentamento de blocos 
 contrapiso 
1. Conceitos 
aditivos 
PLASTIFICANTE PARA ARGAMASSAS 
DE ASSENTAMENTO E REVESTIMENTO 
 Redutores de água – plastificantes TIPO P 
 melhora a trabalhabilidade sem alterar a quantidade de água 
 reduz 6% no mínimo a quantidade de água para uma mesma 
 consistência 
propriedades 
argamassas + resistentes 
8 
1. Conceitos 
 
 Retentores de água 
 reduzem a evaporação e exsudação de água da argamassa fresca 
 e garantem retenção de água em bases absorventes 
 
 Incorporadores de ar 
 formam micro bolhas de ar estáveis e aumentam a trabalhabilidade 
 e a permeabilidade 
 
 Retardadores de pega 
 retardam a hidratação do cimento e aumentam o 
 tempo de utilização 
 
 Polímeros 
 proporcionam aderência química ao substrato 
Aditivos químicos - PROPRIEDADES 
IMPERMEABILIZANTE 
 
 
 
9 
parâmetros para bom desempenho 
 
 Qualidade e quantidade 
 de aglomerantes 
 e do agregado 
Quantidade de água 
Uso de aditivo adequado 
 
1. Conceitos 
conforme a 
finalidade 
Resistência Mecânica 
Compacidade 
Impermeabilidade 
Aderência 
Constância de volume 
Durabilidade 
10 
1. Conceitos 
 proporção relativa entre os constituintes da argamassa sem a água 
 volume ( + comum - preciso) ou massa 
 relação numérica entre aglomerante e agregado [1 : x] 
traço 
Argamassas simples 1 : n 
 
Argamassas mistas 1 : n : m 
c
im
e
n
to
 
c
a
l 
 
m
a
te
ri
a
l 
in
e
rt
e
 
 
 
 
11 
 Argamassa convencional 
 preparada em obra 
 
 
 Argamassa industrializada 
qto. a forma de preparo ou fornecimento 
2. Classificação 
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/ 
 
 
 
12 
Argamassa convencional X Argamassa industrializada 
qto. a forma de preparo ou fornecimento 
2. Classificação 
 
 
13 
argamassa convencional manual - preparada em obra 
2. qto. a forma de preparo ou fornecimento 
 
 
14 
argamassa convencional em betoneira 
2. qto. a forma de preparo ou fornecimento 
 
 
15 
argamassas industrializadas 
2. qto. a forma de preparo ou fornecimento 
 uso por razões técnicas e/ou econômicas 
 vários os produtos disponíveis no mercado informações sobre 
composição, traço e aplicações 
 devem ser misturadas com água 
 
 
16 
argamassas industrializadas dosadas na central 
2. qto. a forma de preparo ou fornecimento 
 
 fornecidas em caminhões-betoneira 
 prontas para a aplicação 
 elimina-se a necessidade de área de 
estocagem e preparo de materiais na obra 
 argamassas cimentícias tem curtos 
períodos para aplicação mesmo aditivadas 
 prever a quantidade adequada de argamassa 
 argamassas de cal permanecem em 
condições de aplicação 
 se justifica para grandes quantidades de 
argamassa em curto período de tempo 
 ex.:contrapisos em grandes extensões 
 
 
 
17 
 Argamassa simples 
 apenas 1 aglomerante 
 
 Argamassa mista ou composta 
 2 ou + aglomerantes 
 
qto. ao no. de aglomerantes 
2. Classificação 
 
 
 
18 
Argamassa simples aérea 
 de cal hidratada ou cimento 
 
Argamassa simples hidráulica 
 de cal hidráulica ou cimento 
 
Argamassa mista ou composta 
 de cal hidratada e cimento 
 
 
qto. à natureza e no. de aglomerantes 
2. Classificação 
 
 
 
19 
 Argamassa de cal 
 Argamassa de cimento 
 Argamassa de cimento e cal 
 Argamassa de gesso 
 Argamassa de cal e gesso 
 Argamassa de cal e terra 
 Argamassa polimérica 
 Argamassas não convencionais 
 
 
qto. ao tipo de aglomerante 
2. Classificação 
 
 
 
20 
 
Argamassa seca 
 os agregados ficam em contato - massa áspera 
+ energia significativa no manuseio 
ex: argamassas “magras” em contrapiso 
 
Argamassa plástica 
 boa adesão entre os componentes com fina camada de pasta 
 - energia no manuseio 
ex: assentamento de tijolos, blocos, peças cerâmicas e 
revestimento de alvenarias 
 
Argamassa fluida 
 sem coesão interna – segregação 
 escorrem e se auto-nivelam sem esforço 
ex: preenchimento de blocos de concreto 
 
 
qto. à consistência da argamassa 
2. Classificação 
 
 
 
21 
Argamassa pobre ou magra 
 o volume da pasta não preenche totalmente os vazios entre o grãos 
 do agregado 
 
Argamassa média ou cheia ou normal 
 
 o volume da pasta preenche exatamente os vazios entre os grãos do 
 agregado 
 
Argamassa rica ou gorda 
 quando há excesso de pasta 
 
 
qto. à plasticidade da argamassa 
2. Classificação 
 
 
 
22 
 Argamassa leve 
 
 Argamassa normal 
 
 Argamassa pesada 
qto. à densidade da argamassa 
2. Classificação 
 
 
 
23 
 Argamassa de assentamento 
 Argamassa de revestimento 
 Argamassa de revestimento decorativo mono 
 ou bi camada 
 Argamassa de fixação (ou encunhamento) 
 Especiais 
qto. à função 
2. Classificação 
 
 
24 
argamassas para assentamento 
 assentamento de alvenaria 
 elevação de paredes e muros de tijolos ou blocos 
 
 principais funções 
 unir as unidades para constituir um elemento monolítico 
 atuar na resistência aos esforços laterais 
 distribuição uniforme das cargas atuantes 
 selar as juntas–estanqueidade 
 absorver as deformações naturais de origem térmica e de 
 retração por secagem de origem higroscópica 
 
2. Classificação 
 
 
25 
argamassas para revestimento 
uso para revestir paredes, muros e tetos que recebem acabamentos 
como pintura, revestimentos cerâmicos, etc... 
 
 principais funções 
 proteger a alvenaria e a estrutura contra a ação do intemperismo 
nos revestimentos externos 
 integrar o sistema de vedação dos edifícios 
 contribuir com isolamento térmico (~30%) 
 isolamento acústico (~50%) 
 estanqueidade à água (~70 a100%) 
 segurança ao fogo 
 resistência ao desgaste e abalos superficiais 
 
2. Classificação 
 
 
26 
argamassas para revestimento - camadas 
 Chapisco 
camada de preparo da base 
aplicada de forma contínua ou descontínua para uniformizar a superfície quanto 
à absorção e melhorar a aderência do revestimento 
 Emboço 
camada de revestimento executada para cobrir e regularizar a base que irá 
receber outra camada de reboco ou de revestimento decorativo (ex:cerâmica) 
 Reboco 
camada de revestimento para cobrimento do emboço que irá receber o 
revestimento decorativo (ex: pintura) ou outro acabamento final 
 Camada única - reboco paulista- “massa única” 
revestimento de 1 único tipo de argamassa aplicado à base que terá 
acabamento final 
atualmente é a alternativa mais empregada no Brasil 
2. Classificação 
 
 
27 
argamassas para revestimento – gesso 
2. Classificação 
https://youtu.be/swgpeG6hmDo 
 
 
28 
revestimento decorativo monocamada – RDM 
produto industrializado, ainda não normalizado no Brasil 
composição variável conforme fabricante: 
cimento branco, cal hidratada, agregados de várias naturezas, 
pigmentos inorgânicos, fungicidas, e aditivos (plastificante, retentor de 
água, incoporador de ar, etc.) 
aplicado em uma única camada com função de regularização e 
decorativa -Europa 
2. Classificação 
 
 
29 
revestimento decorativo monocamada – RDM 
2. Classificação 
 produzido no Brasil há pouco + de 10 anos 
 evoluiu na sua formulação 
 fachadas de edificações de todos os padrões 
 custo-benefício decorre do ganho de prazo e economia na locação de 
equipamentos como andaimes e balancins 
 não é recomendado em parede de tijolo de barro 
 
 
 
 
 
 
30 
revestimento decorativo monocamada – RDM 
2. Classificação 
APLICAÇÃO 
1 camada de pequena espessura do produto é aplicada sobre substratos 
porosos em geral 
 
preferencial/ sobre alvenaria estrutural que apresenta maior planicidade e 
prumo nas fachadas 
 
também pode ser usado em construções com estruturas reticuladas de 
concreto 
 
 acabamento pode ser raspado do tipo travertino, chapiscado e alisado 
gerais 
31 
3. Propriedades 
Características Requisito Norma 
Trabalhabilidade 
Uma consistência padrão de 
255±10 mm 
NBR 13276 
Resistência à 
compressão 
Deve ser especificada no 
projeto. 
NBR 13279 
Resistência de 
aderência 
Deve ser especificada no 
projeto. 
ASTM E518 
Retenção de água 
80% < normal < 90% 
90% < alta 
NBR 13277 
Teor de ar incorporado 
Grupo a < 8% 
8% < Grupo b < 18% 
18% < Grupo c 
 
NBR 13278 
Instituto Brasileiro do Concreto 
32 
3. Propriedades 
Instituto Brasileiro do Concreto 
33 
3. Propriedades 
 
 
34 
grout 
 “argamassa” composta por cimento, areia, quartzo, água e 
aditivos especiais com alta resistência 
 “expansor”: preenchimento de vazios e juntas 
Tipos: 
I – fck = 20 MPa 
II – fck = 30 MPa 
III – fck = 40 MPa 
IV – fck = 30 MPa (alta resistência inicial) 
 
Uso: 
recuperação e reforço de estruturas de concreto 
reforço de fundação 
ancoragem de chumbadores 
grauteamento de máquinas pesadas (geradores, turbinas e motores 
estacionários) 
preenchimento de pilaretes em blocos de cimento vazados em 
alvenaria estrutural 
 fixação de placas e portões 
 regularização de pisos 
Embalagem: sacos plásticos valvulados com 25 kg 
Consumo: 2200 kg/m³ 
3. Tipos 
 
 
35 
Grout-argamassas para encunhamento 
2. Tipos 
 desidratada pronta para uso 
 baixo módulo de deformação levemente expansiva 
 constituída de cimento, cal hidratada, polímeros poliestireno 
expandido e aditivos especiais 
 indicada para o aperto de alvenarias de vedação 
 facilita o total preenchimento dos espaços 
 
 
36 
Massa Expansiva para desmonte de rocha 
2. Tipos 
 é uma argamassa muito expansiva para qualquer tipo de corte de rochas 
e concreto e também para demolição de blocos de cimento 
 
 age em função da dilatação de seu volume, exercendo nas paredes do furo 
uma força unitária superior a 8.000t/m2, provocando fraturas no material 
 
 produto altamente ecológico, pois além de não ser explosivo, não produz 
gases e resíduos nocivos 
 
 
 
 
previous 
 
 
 
 
previous 
 
 
 
 
 
37 
argamassa armada NB-1259 e NBR-11173/89 
 composição: argamassa + armadura difusa (fios e telas de aço) 
 espessura utilizada: 10 a 40 mm 
 + leves e de montagem + rápida que o concreto armado 
 permite certa flexibilidade de modulação 
3. Tipos 
 
 
38 
argamassas colantes 
3. Tipos 
NBR 14081 - Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas 
 
 
39 
argamassa para recuperação de rejuntamentos 
 rejuntes coloridos especiais indicados para a aplicação sobre 
 rejuntamentos envelhecidos ou que apresentem problemas e troca de cor 
 elevada aderência 
 fluidez 
 flexibilidade 
3. Tipos 
R$ 42,29 
Retenção de água: < 65 mm 
Variação dimensional: -2,00 a 2,00 mm/m 
Resistência à compressão: ≥ 10 MPa 
Resistência à flexão: ≥ 3 MPa 
Absorção de água por capilaridade: ≤ 0,30 
g/cm² 
Permeabilidade: ≤ 1,0 cm³ 
 
 
 
40 
1. Conceitos 
argamassa autonivelante 
 anidra 
 auto adensável 
 de pega normal 
 com aderência e resistência mecânica elevadas 
 pigmentada ou não 
 regularização de contrapisos 
 correções de imperfeições em cimentados 
 piso cimentício 
 argamassa de assentamento 
https://www.youtube.com/watch?v=D78yhXigNJ4 
 
 
41 
2. Tipos 
 polimérica 
 recuperação de estruturas de concreto 
 elevadas resistências mecânicas 
 proteção anti-corrosiva 
 facilidade de aplicação 
 plasticidade 
argamassa estrutural 
 
 
42 
argamassas de proteção radiológica 
3. Tipos 
 à base de barita, cimento Portland comum e aditivos especiais 
 atenua a radiação ionizante em clínicas de radiologia e consultórios 
odontológicos 
DADOS TÉCNICOS : 
Estocagem: Estocar a argamassa baritada GRX em local 
seco e arejado, sobre estrado elevado do solo empilhados, 
com lastros de 8 sacos, no máximo, com 20 lastros de altura 
num totalde 160 sacos. 
Validade: 330 dias a partir da data de fabricação 
Cor: Marrom escuro 
Segurança: O material é ecologicamente correto e não é 
tóxico 
Densidade: 3,2 g/cm³ 
 
 
 
 
43 
argamassas industrializadas 
 mistura dos componentes secos é realizada em uma planta industrial 
 a água é acrescentada à mistura prévia na obra 
 argamassas colantes para revestimentos cerâmicos 
 
tipos e aplicação 
 AC-I revestimento interno com exceção de saunas, churrasqueiras e estufas 
 
 AC-II para pisos e paredes externos com tensões comuns de cisalhamento 
 
AC-III para pisos e paredes externos com elevadas tensões de cisalhamento e 
piso sobre piso 
 
 AC-IIIE para ambientes externos muito ventilados e com insolação intensa 
3. Tipos 
NBR 14081 
Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas 
 
 
44 
argamassas com pozolanas 
2. Tipos 
Aplicação na conservação de edifícios 
 Oficina Técnicas Tradicionais de Revestimento Beja 
20/09/2007 Ana Velosa (Univ. Aveiro) 
Propriedades de argamassas 
 Resistência mecânica 
 Comportamento adequado face à água e ao vapor de água 
 Deformabilidade 
 Compatibilidade química com suporte 
 Adequabilidade estética 
 
 
45 
argamassas não convencionais 
3. Tipos 
Reciclagem de resíduos da construção civil para a produção de 
argamassas ( Menezes et al.,2009) Cerâmica 55 (2009) 263-270 
 serragem do granito e de resíduos da construção civil RC-01, RC-02 e 
RC-03 cal hidratada cálcica, CH-I como materiais alternativos para a 
produção de argamassas 
 a substituição do aglomerante por resíduos na produção de argamassas 
pode ser efetuada com sucesso em teores de até 50% e os resíduos com 
atividade pozolânica propiciam aumentos significativos na resistência à 
compressão simples das argamassas. 
 
Argamassas com incorporação de agregados cerâmicos- 
Avaliação do seu desempenho face à água (Brito e Veiga,2009) Teoria 
e Prática na Engenharia Civil, n.11, p.13-21, Abril, 2008 
 
 
46 
argamassas não convencionais 
3. Tipos 
Argamassas mistas para alvenaria utilizando resíduo de caulim - 
Parte I: comportamento mecânico(rocha et al,2008) REM: R. Esc. 
Minas, Ouro Preto, 61(4): 505-512, out. dez. 2008 
 
Argamassa de revestimento de cimento, cal e areia britada de rocha 
calcária (Silva,2006) 
 
Análise de argamassas confeccionadas com a cinza do bagaço da 
cana-de-açúcar em substituição ao agregado miúdo (Lima et al.2009) 
Revista Tecnológica, Edição Especial ENTECA 2009, p. 87-97, 2009 
47 
5. Documentos normativos 
48 
5. Documentos normativos 
49 
5. Documentos normativos 
50 
5. Documentos normativos 
51 
5. Documentos normativos 
52 
5. Documentos normativos 
53 
5. Documentos normativos

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