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GUEDES, Débora Barbosa - A UTILIZAÇÃO DO ECOLOGICAL FOOTPRINT METHOD COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO DO PERFIL DO CONSUMO CONSCIENTE DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

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A UTILIZAÇÃO DO ECOLOGICAL 
FOOTPRINT METHOD COMO 
FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO DO 
PERFIL DO CONSUMO CONSCIENTE 
DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS 
 
Débora Barbosa Guedes (UFPB) 
deborabguedes@yahoo.com.br 
 
 
 
Avaliar o perfil de consumo de uma dada sociedade funciona como 
uma forma de compreender seu padrão cultural de consumo e 
consequentemente identificar os problemas relacionados à destruição 
dos recursos naturais em seu meio ambiente. Este aartigo tem como 
objetivo identificar o perfil de consumo dos estudantes do curso de 
Administração da Universidade Federal da Paraíba. Para tanto, 
utilizou-se como instrumento de pesquisa para traçar o perfil de 
consumo dos indivíduos um questionário validado, o Ecological 
Footprint Method. Os resultados encontrados apontam para o fato de 
que os estudantes analisados não apresentam um estilo de vida 
consciente, concordando com o panorama Brasil, onde se necessita de 
maior educação ecológica, percebendo-se a necessidade de melhoria 
em alguns itens de consumo avaliados pelo instrumento de pesquisa 
utilizado. 
 
Palavras-chaves: Ecological Footprint Method, Consumo Consciente, 
Consumo Sustentável, 
XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. 
São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010. 
 
 
 
 
 
 
2 
 
1. Introdução 
O processo de evolução econômica e o fortalecimento dos sistemas produtivos a partir da 
segunda metade do século XX introduziram em nosso comportamento a busca pelo consumo, 
o que aumentou significativamente, agregado ao poder aquisitivo da população. Neste sentido 
as organizações estão buscando cada vez mais aperfeiçoar os setores produtivos como forma 
de aumentar a capacidade de produção a todo custo, para manter uma linearidade e conquistar 
novos mercados. Esse tipo de crescimento beneficia apenas as instituições econômicas através 
da utilização de tecnologias de gestão e processo, estimulando o consumo e, 
consequentemente, o lucro para as empresas. 
Desta maneira, a sociedade procura cada vez mais discutir maneiras eficientes de reduzir essa 
dependência, criando mecanismos para prevenir e controlar a degradação ambiental através de 
investimentos no desenvolvimento de novas tecnologias, pois é necessário fazer modificações 
extremas na abordagem do desenvolvimento humano, uma vez que todos os sistemas 
ecológicos do planeta estão sofrendo danos irreversíveis (SICHE et al, 2008). 
Além disso, faz-se necessário buscar processos e produtos mais sustentáveis, desenvolvendo 
uma série de ferramentas de avaliação ambiental, a exemplo dos indicadores de 
sustentabilidade que são usados para mensurar o impacto causado pela interferência humana 
no meio ambiente (HUIJBREGTS et al, 2008). 
Dentre esses sistemas de indicadores, destaca-se o Ecological Footprint Method - EFM por 
ser uma metodologia bastante utilizada para medir e avaliar as ações do ser humano no 
ecossistema, quantificando as áreas de terra produtivas necessários para sustentar o consumo 
dos recursos naturais renováveis, e que tem sido largamente utilizada na última década 
(JORGENSON & BURNS, 2007). 
Segundo Silva & Santos (2007), para que se possa evoluir para um nível aceitável de 
consumo é preciso que a carga humana esteja em conformidade com a capacidade de suporte 
do ecossistema. Ou seja, é preciso que os níveis de consumo, o estilo de vida, a utilização dos 
recursos e a assimilação dos resíduos estejam em consonância com as condições ecológicas, 
para que não se consumam os produtos, mais rapidamente do que possam ser regenerados e 
ou absorvidos. 
Levando em conta a necessidade de se investigar acerca dos hábitos de consumo, este estudo 
teve como objetivo geral descrever e identificar a pegada ecológica de estudantes do curso de 
Administração da Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Além disso, este estudo também 
pretende refletir acerca de como profissionais que assumirão cargos de gestão no futuro 
compreendem a necessidade do consumo sustentável. 
Para a efetivação deste estudo, foi utilizada uma variação do método da pegada ecológica, que 
aborda um conjunto de variáveis relacionadas a tipos e formas de consumo e suas implicações 
para as questões ecológicas e implicações para a sustentabilidade. As variáveis do modelo 
são: freqüência de consumo de produtos de origem animal; tipos de alimentos consumidos; 
quantidade de resíduos produzidos; características da moradia; intensidade no consumo de 
eletricidade; quantidade de quilômetros percorridos por tipo, tempo e freqüência; formas de 
outros tipos de deslocamento: andar a pé, utilizar bicicleta e avião. 
 
 
 
 
 
 
3 
2. Referencial teórico 
2.1 Ecological FootPrint Method, Consumismo e Sustentabilidade 
O Ecological Footprint Method corresponde a uma ferramenta que tem por finalidade medir o 
desenvolvimento sustentável, bem como mensurar a demanda humana sobre a produtividade 
avaliando quanto de terra produtiva e área do mar são necessários para manter o consumo de 
uma determinada população humana (TURNER et al, 2007). 
Este método analisa a capacidade de produção da terra e água disponíveis de uma população, 
juntamente com os resíduos gerados por um indivíduo, uma cidade ou uma nação, sob um 
dado estilo de vida. Em outras palavras, o método é uma medida do impacto da população, 
expressa em termos de área apropriada, agregando todas as variáveis envolvidas (terras 
aráveis, pastagens, florestas, mar e área de absorção de CO2) necessárias para suprir os 
recursos que a população consome e para absorver estes (SICHE et al. 2008). 
Mais especificamente, o cálculo do EFM consiste basicamente em dois componentes 
principais, que são a área ocupada e a área necessária para sustentar esta ocupação de terra. A 
área ocupada é estimada levando em conta a região agrícola utilizada para atividades 
humanas, incluindo as áreas utilizadas para lavouras, pastos, pescas, silvicultura, e construção. 
Já a área necessária seria a região produtiva total capaz de absorver os resíduos humanos, 
incluindo absorção do combustível utilizado para as culturas, produtos animais, silvicultura, 
pesca e fósseis (NGUYEN AND YAMAMOTO, 2007). 
Vasconcelos et al (2009) mostra em seu trabalho que a análise do local estudado deve 
englobar as variáveis que representem os principais itens de consumo e que exerçam a maior 
pressão sobre os recursos naturais, sendo estes itens agrupados nos seguintes pontos: 
 Alimentação: consumo de vegetais e carnes; 
 Habitação: área construída; 
 Transporte: utilização de público ou privado; 
 Bens de consumo: papel, máquinas, roupas, entre outros; 
 Serviços: bancos, hospedagens, restaurantes, aeroportos, entre outros. 
Os padrões de consumo no mundo variam em cada região, e cada país, variando no seu nível 
de consumo, irá contribuir para o aumento do excedente global. Para tanto, a diminuição dos 
índices do EFM passa diretamente pela modificação dos padrões de consumo, e neste sentido, 
pela conscientização dos mais favorecidos em baixar seu padrão de consumo. Algumas 
pesquisas atuais mostram que o consumo exagerado influencia negativamente a vida 
sustentável da sociedade (HUME, 2009). 
A sociedade capitalista da atualidade é marcada por uma necessidade intensa de consumo, já 
que a população crescente, juntamente com o poder aquisitivo, tem estimulado o consumo 
cada vez mais, retroalimentando o processo. O excesso de todo este processo leva a uma 
intensificação da produção e conseqüentemente o aumento da extração de matérias-primas e 
do consumo de energia, muitas vezes, de fontesnão-renováveis. Este problema, em muitos 
países, depende de demanda externa, e os países exportadores já sofrem degradação ambiental 
para suprir as exigências do mercado (KISSINGER & REES, 2009). Contudo isso se tornou 
evidente que sem abordar os padrões e níveis de consumo não é possível conseguir a visão de 
desenvolvimento sustentável, assim o debate sobre a necessidade de discutir o consumo 
sustentável entrou na agenda política. 
 
 
 
 
 
 
4 
Para Vermeir & Verbeke (2008) a sustentabilidade é definida como um conjunto de fatores 
econômicos, ecológicos e sociais, onde o aspecto econômico envolve a coerência nos preços 
para produtores e consumidores. O componente ecológico envolve a atenção nas questões do 
meio-ambiente e a qualidade de vida dos seres humanos, e o componente social diz respeito à 
adequação dos processos de produção com as prioridades e necessidades da sociedade e dos 
cidadãos. 
Isso nos leva a necessidade de visões do progresso futuro edificado em torno de projetos 
menos nocivos a natureza, o uso de fontes renováveis de energia, a reciclagem de resíduos, o 
declínio da necessidade de compra, a promoção da idéia de cidades verdes, a expansão da 
rede ferroviária, a mudança de construção de estradas para a prestação de ciclovias múltiplas 
com pistas cobertas (SOPER, 2007). 
Porém como mostra Lebel & Lorek (2008), muito das mudanças necessárias para um 
desenvolvimento sustentável, não tem o âmbito de responsabilidade com o governo ou as 
indústrias, mas sim dos consumidores domésticos. Por exemplo, na Dinamarca o consumo de 
água e energia doméstico representa um terço do consumo total, e isto está relacionado 
diretamente aos hábitos de higiene e serviços domésticos (GRAM-HANSSEN, 2007). 
Essas modificações nos nossos hábitos se passarão necessariamente pela Educação Ambiental 
(EA) que tivermos. A EA foi definida pela CONAMA em 1996 como o processo de 
informação da população voltada para a consciência crítica e desenvolvimento de projetos que 
incluam a comunidade na preservação do meio-ambiente. Para isso, na legislação brasileira, 
há leis que promulgam a obrigatoriedade do ensino em todos os níveis estudantis, como 
vemos no Art. 2º da Lei nº 9.795 de abril de 1999 que estabelece a Política Nacional de 
Educação Ambiental (PNEA): A educação ambiental é um componente essencial e 
permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os 
níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal (EFFTING, 
2007). 
Contudo, ainda vemos um déficit atual do ensino da EA nas escolas brasileiras. A carta de 
responsabilidades “Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental na 
escola” do Ministério da Educação de 2007, revela em seu texto a responsabilidade de todos 
pelas alterações destrutivas no meio-ambiente, e mostra a EA como participante na 
modificação deste cenário “com mudanças de valores, comportamentos, sentimentos e 
atitudes, que deve se realizar junto à totalidade dos habitantes de cada base territorial, de 
forma permanente, continuada e para todos”. 
Ainda nesta carta há dados do Censo Escolar publicado pelo Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que mostram a evolução da EA no Brasil, 
quando, a partir de 2001, incluiu uma questão: “a escola faz educação ambiental?”. Os dados 
de 2004 indicaram que 94,95% das escolas declararam ter educação ambiental de alguma 
forma, por inserção temática no currículo, em projetos ou em disciplina específica. Com 
relação ao atendimento, em 2001 havia cerca de 25,3 milhões de crianças com acesso à 
educação ambiental, sendo que, em 2004, esse total subiu para 32,3 milhões. 
Contudo, vemos a importância do debate e discussão sobre o consumismo e a influência deste 
em nossas vidas, pois somos atores principais no desenvolvimento e cuidado do planeta no 
qual vivemos. E neste sentido, a EA é um ponto principal a ser implementado e melhorado na 
realidade brasileira. 
 
 
 
 
 
 
5 
3. Resultados 
No que se refere aos dados sócio-demográficos da categoria pesquisada, tem-se as seguintes 
informações: a maior parte da amostra pesquisada é considerada jovem, pois possui idade 
inferior a 24 anos, representando um percentual de 85,99% do total. Em torno de 85,99% dos 
sujeitos pesquisados possui idade entre 18 e 24 anos, ao passo que 14,01% dos pesquisados 
possui idade entre 24 e 27 anos. No tocante ao item renda familiar, constatou-se que 33,76% 
da amostra pesquisada afirmam ter uma renda familiar a partir de quatro salários, ao passo 
que 49,15% afirmam possuir uma renda até três salários e 17,09% afirma apresentar renda 
familiar com até dois salários. 
Com relação à pegada ecológica média (hectares globais) dos estudantes do curso de 
Administração da UFPB verificou-se que a mesma corresponde a 3,1 hectares globais. 
Levando em consideração informações contidas no site www.myfootprint.org, este valor 
numérico sugere que os estudantes do curso de Administração da UFPB apresentam um estilo 
de vida pouco consciente, podendo se perceber a necessidade de melhoria em alguns itens de 
consumo avaliados pelo questionário utilizado. 
O cálculo da pegada ecológica média dos estudantes pesquisados foi possível de ser realizado 
através da aplicação das respostas dos sujeitos no site do Global Footprint Network, já 
referenciado anteriormente. É importante ressaltar ainda que, se comparada à média nacional 
que é de 2,4 em hectares globais o resultado da pegada ecológica da categoria pesquisada 
pode ser considerado um pouco alta, percebendo que na maioria dos indicadores pesquisados 
os sujeitos participantes da pesquisa apresentaram resultado que apontam para um estilo de 
vida pouco consciente, mostrando a necessidade de melhoria de atitudes e padrões culturais 
da categoria pesquisada em alguns pontos que serão discutidos a seguir ao longo da 
apresentação dos resultados. 
No tocante aos itens específicos que permitem a identificação da pegada ecológica dos 
entrevistados foi possível obter um conjunto de respostas que denotam o perfil de consumo da 
categoria pesquisada, bem como o cálculo da pegada ecológica. No que se refere à questão 
que investigava a respeito do tipo de alimentação e a freqüência do consumo de produtos de 
origem animal como carne, peixe, ovos e laticínios, encontrou-se as seguintes respostas 
(tabela 1): 
 
Com que freqüência você consome produtos de 
origem animal (carne, peixe, ovos, laticínios)? 
Respondentes Freqüência 
Nunca, sou vegetariano 0 0% 
Raramente. Carne nunca , mas ovos/laticínio alguma 
vezes por semana 
1 1,67% 
Ocasionalmente. Carne raramente, mas ovos laticínios 
quase todos os dias 
2 3,34% 
Frequentemente. Carne uma ou duas vezes por semana 17 28,33% 
Com muita frequência. Carne todos os dias 29 48,33% 
Quase sempre. Carnes e ovos/laticínios em quase todas 
as refeições 
11 18,33% 
Total 60 100% 
Fonte: Pesquisa de Campo realizada em janeiro de 2010 
Tabela 1 - Respostas dos Entrevistados ao Indicador Tipo de Alimentação 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Conforme pode se constatar através da tabela acima, pode-se observar que 94,99% dos 
respondentes consomem freqüentemente carnes, ovos e derivados do leite e 96,66% consome 
ovos e laticínios com freqüência. É importante lembrar ainda que o consumo diário de carnes 
pode estar vinculado ao perfil da amostra quanto a faixa etária e renda, uma vez que a carne é 
o alimento mais oneroso nas despesas familiares. 
Outro fator importante de ser ressaltado diz respeito ao fato de que a análise do item 
alimentação no Ecological Footprint Method está diretamente relacionadaao impacto 
causado na criação de animais como gado e frango, levando em conta a quantidade de 
hectares necessários para sua criação, bem como o consumo de alimentos e a energia utilizada 
na criação destes animais. 
Ainda acerca do item alimentação, a tabela abaixo ressalta o modo de preparo dos alimentos e 
conforme as repostas fornecidas pelos sujeitos pesquisados tem-se os seguintes resultados 
(tabela 2). 
 
Dentre os alimentos que você normalmente 
consome que quantidade é pré-preparada, 
embalada ou importada? 
Respondentes Freqüência 
Quase todos 13 21,67% 
Três quartos 15 25,00% 
Metade 11 18,33% 
Um quarto 13 21,67% 
Muitos Poucos 8 13,33% 
Total 60 100% 
Fonte: Pesquisa de Campo realizada em janeiro de 2010 
Tabela 2 – Indicador Modo de preparação do alimento 
 
Percebe-se através dos resultados da tabela 2 que 46,67% dos estudantes pesquisados afirmam 
que a maior parte dos alimentos por eles consumidos é pré-embalada, embalada ou importada. 
Esse número elevado pode ser compreendido se for levado em consideração o fato de que 
grande parte dos estudantes prefere alimentos rápidos em virtude de serem práticos e 
contribuírem para seu estilo de vida. 
No que se refere ao item geração de resíduo, a categoria pesquisada apresentou as respostas 
visualizadas na tabela 3: 
 
Tem idéia da quantidade de lixo (resíduos) que 
produz? 
Respondentes Freqüência 
Produz pouco lixo e recicla 8 13,33% 
Produz muito lixo e recicla 10 16,67% 
Produz muito lixo e não tenho por hábito reciclar 25 41,67% 
Produz pouco lixo e não tenho por hábito reciclar 17 28,33% 
Total 60 100% 
 
 
 
 
 
 
7 
Fonte: Pesquisa de Campo realizada em janeiro de 2010 
Tabela 3: Geração de Resíduo 
 
Conforme se pode observar através dos resultados presentes na tabela acima, percebe-se que 
grande parte dos pesquisados, ou seja, 41,67% produzem muito lixo e não tem o hábito de 
reciclar, o que pode ser considerado um hábito bastante prejudicial ao meio ambiente. Outro 
fator preocupante refere-se ao fato de que 58,34% dos estudantes pesquisados afirmam 
produzir muito lixo e destes apenas 16,67% afirma reciclar o lixo. Outro fator observado é 
41,66% dos sujeitos pesquisados afirma produzir pouco lixo e deste percentual apenas 
13,33% afirma ter o hábito de reciclar o lixo. Estes resultados apontam para o fato de que a 
categoria pesquisada precisa melhorar seu nível de consciência no tocante à geração e 
tratamento dos resíduos. 
Com relação ao item habitação, as respostas fornecidas pelos sujeitos pesquisados apontam os 
seguintes resultados contidos na tabela 4: 
 
Quantas pessoas vivem em sua casa? Respondentes Freqüência 
1 pessoa 3 5,00% 
2 pessoas 5 8,33% 
3 pessoas 18 30,00% 
4 pessoas 15 25,00% 
5 pessoas 11 18,33% 
6 pessoas 4 6,67% 
7 ou mais pessoas 4 6,67% 
Total 60 100% 
Fonte: Pesquisa de Campo realizada em janeiro de 2010 
Tabela 4 - Número de Residentes 
 
Conforme as informações contidas na tabela acima, pode-se perceber que no item número de 
pessoas por residência, os resultados indicam que a categoria pesquisada encontra-se dentro 
dos padrões de número de pessoas por família para a região Nordeste, ou seja, quatro pessoas 
ou mais pessoas em 56,67% das respostas. Esse dado pode ser constatado através de 
informações contidas na PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada em 
2008 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 
Ainda no tocante ao item habitação, foi pesquisado junto aos estudantes acerca da área 
residencial ocupada pelos mesmos, de modo que as respostas apontam para o seguinte 
resultado, demonstrados na tabela 5: 
 
Qual é a área da sua casa? Respondentes Freqüência 
180 metros quadrados ou mais 4 6,67% 
120 – 180 metros quadrados 15 25,00% 
90 – 120 metros quadrados 15 25,00% 
60 – 90 metros quadrados 17 28,33% 
30 – 60 metros quadrados 8 13,33% 
 
 
 
 
 
 
8 
30 metros quadrados ou menos 1 1,67% 
Total 60 100% 
Fonte: Pesquisa de Campo realizada em janeiro de 2010 
Tabela 5 - Indicador - Área de Residência 
 
Conforme os dados presentes na tabela acima se pode verificar que 31,67% dos sujeitos 
pesquisados residem em habitações com área superior 120 metros quadrados, ao passo que se 
pode observar ainda que 68,33% dos estudantes moram em residências com até 120 metros 
quadrados de área. 
É importante ressaltar que a análise do item habitação, mais precisamente no que se refere à 
área construída, tem função primordial no cálculo da pegada ecológica, pois esta informação 
possibilita o conhecimento das frações de terra utilizadas para esta finalidade. 
Conforme Van Bellen (2005), a área da pegada ecológica triplicou no último século, por outro 
lado a porção correspondente de terra, ou área apropriada, para cada indivíduo sofreu redução 
de modo proporcional. 
Ainda no que se refere ao indicador habitação, foi questionado junto aos sujeitos pesquisados 
acerca do acesso ao saneamento básico, de modo que as respostas fornecidas pelos sujeitos 
pesquisados apontam para os seguintes resultados presentes na tabela 6 abaixo. 
 
Qual o tipo de habitação que mais se assemelha a sua? Respondentes Freqüência 
Habitação isolada s/ água canalizada 0 0% 
Habitação isolada c/ água canalizada 31 51,67% 
Apartamento em um prédio 23 38,33% 
Vivenda germinada ou apartamento em um prédio pequeno 
(com um máximo de quatro apartamentos) 
5 8,33% 
Habitação de arquitetura bioclimática e amiga do ambiente 1 1,67% 
Total 60 100% 
Fonte: Pesquisa de Campo realizada em janeiro de 2010 
Tabela 6 - Indicador - Tipo de Habitação 
 
Conforme os resultados da tabela acima, apenas um entrevistado, o que corresponde a 1,67% 
da amostra pesquisada, afirmou residir em habitação de arquitetura bioclimática e amiga do 
ambiente, ao passo que 98,33% dos sujeitos pesquisados afirmaram morar em residência com 
água canalizada, sendo que 38,33% residem em prédios, o que pode se considerar uma 
tendência da atualidade nas cidades, levando em conta que, de um modo geral, as pessoas que 
escolhem morar em prédios o fazem em virtude do dato de que este tipo de moradia 
proporciona mais comodidade e segurança aos seus habitantes. 
Os dados acima apontam também que, no tocante ao aspecto habitação, ainda não se percebe 
uma cultura voltada para um melhor aproveitamento dos recursos ambientais, ou ainda uma 
cultura voltada para a preservação ambiental, uma vez que da amostra pesquisada apenas um 
dos sujeitos afirma residir em habitação bioclimática, ou seja, um tipo de habitação, cujo 
projeto arquitetônico leva em consideração a análise do contexto climático em que este se 
insere, promovendo conseqüentemente uma melhoria das condições de conforto e uma 
 
 
 
 
 
 
9 
minimização do consumo energético. Este tipo de arquitetura é então um instrumento que 
permite manter a viabilidade de um “equilíbrio saudável” na construção, racionalizando tanto 
os recursos utilizados como os resíduos produzidos, conforme afirma Lanham et al (2004). 
Ainda acerca do indicador habitação, o sétimo item avaliado no questionário teve como 
finalidade verificar a questão do acesso à eletricidade por parte dos sujeitos pesquisados, de 
modo que as respostas fornecidas pelos respondentes apontam para o resultado da tabela 7 
abaixo: 
Tem eletricidade em casa? Respondentes Freqüência 
Não 0 0% 
Sim 38 63,33% 
Sim e adoto medidas de conservação de energia 22 36,67% 
Total 60 100% 
Fonte: Pesquisa de Campo realizada em janeiro de 2010 
Tabela 7 - Indicador – Eletricidade 
Conforme os resultados acima, a totalidade dos sujeitos pesquisadospossui energia elétrica 
em suas residências, entretanto apenas 36,67% da amostra pesquisada afirmam adotar 
medidas de conservação de energia, de modo que se percebe, de um modo geral, a 
necessidade de se melhorar o nível de conscientização acerca das medidas de conservação de 
energia, uma vez que a maioria, 63,33% dos sujeitos pesquisados, indiretamente demonstrou 
não adotar medidas de conservação e uso racional de energia. 
Levando-se em consideração a atual preocupação acerca dos recursos energéticos que a país 
vem enfrentando nos últimos anos, o resultado acerca desta questão chega a ser intensamente 
preocupante, tendo em vista que a população pesquisada se refere a uma categoria de 
estudantes que possuem acesso à informação e que, por esta razão, deveria agir de forma mais 
consciente e racional no que se refere à adoção de medidas de conservação de energia. 
No que diz respeito ao indicador transporte, mais precisamente no que se refere à 
quilometragem realizada por semana, os sujeitos pesquisados apresentaram o seguinte 
resultado exposto na tabela 8 exibida abaixo: 
 
Em média, quantos quilômetros por 
semana, costuma fazer em transportes 
públicos? 
Em média, quantos quilômetros por 
semana, costuma fazer de automóvel 
(como condutor ou passageiro) 
Em média, quantos quilômetros 
por semana, costuma fazer de 
moto? 
 Responden
tes 
Freqüência Responden
tes 
Freqüência Responden
tes 
Freqüência 
 500 km 
ou mais 
3 5,00% 
300 km ou 
mais 
7 11,67% 300 – 
500 km 
3 5,00% 150 
km ou 
mais 
1 1,67% 
150 – 300 
km 
13 21,67% 100 – 
300 km 
10 16,67% 50 – 
150 
km 
1 1,67% 
50 – 150 
km 
16 26,67% 50 – 100 
km 
16 26,67% 25 – 50 
km 
7 11,67% 
1 – 50 km 17 28,33% 1 – 50 21 35,00% 01 – 25 8 13,33% 
 
 
 
 
 
 
10 
km km 
0 km 7 11,67% 0 km 7 11,67% 0 km 43 71,67% 
Total 60 100% Total 60 100% Total 60 100% 
Fonte: Pesquisa de Campo realizada em janeiro de 2010 
Tabela 8- Indicador - Dimensão de Transporte 
 
Conforme os dados da tabela acima, 66,67% dos entrevistados afirma percorrer até 150km 
semanais em transporte público. No que se refere ao uso semanal de automóvel como meio de 
transporte, 73,34% dos respondentes afirmaram percorrer até 100 km como condutor ou 
passageiro. Já no item que buscou investigar a quilometragem realizada de moto, pelos 
respondentes, percebe-se que apenas 28,33% dos entrevistados se locomovem de moto, 
enquanto que 71,67% dos sujeitos pesquisados afirmam não utilizar moto como meio de 
transporte. A partir deste resultado pode-se inferir que este elevado percentual, que opta pela 
não utilização da moto como meio de transporte, o faz em virtude do fato de que se trata de 
um transporte que oferece pouca segurança tanto ao condutor como ao passageiro. 
Os resultados expostos acima podem ser considerados positivos, se for levado em 
consideração o fato de que a utilização dos transportes públicos contribui de modo substancial 
para a redução de poluentes na atmosfera, o que vem a ser conseqüentemente o fator de 
contribuição para a preservação do meio ambiente, uma vez que representa uma diminuição 
na emissão de CO2 e conseqüente redução do efeito estufa proporcionado pela degradação da 
camada de ozônio. 
No que diz respeito ao consumo de combustível do automóvel próprio e o comportamento de 
compartilhar o transporte com outra pessoa, os sujeitos pesquisados apresentaram o seguinte 
resultado exposto na tabela 9. 
 
Quantos litros de combustível consome o seu 
automóvel para percorrer 100 km? 
Quando anda de automóvel costuma ir 
acompanhado (a)? 
 Respondent
es 
Freqüência Respondente
s 
Freqüência 
Mais de 12 litros 1 1,67% Quase nunca 5 8,33% 
9,5 – 12 litros 11 18,33% Ocasionalmente (cerca 
de 25% das vezes) 
7 11,67% 
6,5 – 9,5 litros 15 25,00% Com frequência (cerca 
de 50% das vezes) 
6 10,00% 
4,5 – 6,5 3 5,00% Com muita frequência 
(cerca de 75% das 
vezes) 
14 23,33% 
Menos de 4,5 0 0% Quase sempre 19 31,67% 
Não possui automóvel 30 50,00% Não possui automóvel e 
não anda em um 
9 15,00% 
Total 60 100% Total 60 100% 
Fonte: Pesquisa de Campo realizada em janeiro de 2010 
Tabela 9- Indicador - Compartilhamento de Automóvel 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Quando questionados acerca da quantidade de combustível consumida pelo automóvel para 
percorrer 100Km, 50% dos respondentes afirmaram não possuir automóvel, enquanto que dos 
outros 50% que possui automóvel 30% afirma que consumo médio de combustível é de até 
9,5 litros para percorrer a referida quilometragem, e apenas 20% dos respondentes afirma que 
seu automóvel utiliza até 12 litros de combustível para percorrer até 100Km. 
Conforme estes resultados pode-se considerar que o consumo de combustível pelos sujeitos 
pesquisados pode ser considerado moderado, principalmente se for levado em consideração o 
fato de que metade dos pesquisados afirmam não possuir automóvel, o que de certa forma 
representa uma redução no consumo de combustível por parte da categoria pesquisada. 
Mesmo aqueles que possuem automóvel, 30% dos pesquisados, o consumo de combustível 
gira em torno de 9,5litros para cada 100Km, o que se encontra dentro da média do consumo 
nacional de deslocamento urbano que é em torno de 10 litros para a referida distância. Apenas 
1,67% afirma consumir mais de 12 litros de combustível a cada 100Km, o que chega a ser um 
consumo insustentável para a média nacional. 
Ainda no que se refere ao indicador transporte, 55% dos entrevistados afirma utilizar o 
automóvel compartilhando com outra pessoa sempre ou com muita freqüência. Esse fato pode 
ser explicado se for levado e, consideração o fato de que boa parte dos estudantes não possui 
automóvel e aqueles que possuem, em alguns casos, auxiliam seus colegas a se locomoverem. 
No item que investigava acerca do deslocamento em meios alternativos, como por exemplo: 
andar a pé ou de bicicleta, as repostas fornecidas pelos respondentes se encontram expostas na 
tabela 10 abaixo: 
 
Costuma andar a pé ou utilizar bicicleta como 
meio de transporte? 
Respondentes Freqüência 
Quase sempre 14 23,33% 
Algumas vezes 28 46,67% 
Raramente 18 30% 
Total 60 100% 
Fonte: Pesquisa de Campo realizada em janeiro de 2010 
Tabela 10- Indicador - Dimensão do transporte 
 
De acordo com os dados acima, 23,33% dos sujeitos pesquisados afirma que costuma andar a 
pé ou utilizar bicicleta como meio de transporte, enquanto que 46,67% afirmam algumas 
vezes lançar mão desse meio de locomoção e 30% dos pesquisados responderam que 
raramente utilizam essa alternativa como meio de transporte. Conforme se pode perceber, 
70% dos sujeitos pesquisados utilizam com alguma freqüência esse meio de transporte 
alternativo. Esse resultado pode ser explicado se for levado em consideração aqueles 
estudantes que residem próximo à universidade, o que de alguma forma torna o processo de 
locomoção passível de ser realizado desta forma. 
Quando questionados acerca do uso de avião como meio de transporte, os entrevistados 
apresentaram o resultado exibido na tabela 11 abaixo: 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Por ano quantas horas gasta andando de avião? Respondentes Freqüência 
100 horas 0 0% 
25 horas 2 3,33% 
10 horas 10 16,67% 
3 horas 12 20,00% 
0 hora 36 60,00% 
Total 60 100% 
Fonte: Pesquisa de Campo realizada em janeiro de 2010 
Tabela 11- Indicador - Dimensão do transporte 
 
Mediante o resultado acima, pode-se observar que 60% dos entrevistados não utilizamos o 
avião como meio de transporte. Esse resultado talvez seja conseqüência do fato de que ossujeitos pesquisados não ter o hábito de fazer viagens longas e por essa razão não fazem uso 
do transporte aéreo com mais freqüência. 
Os resultados obtidos possibilitaram analisar de forma isolada cada questão do instrumento de 
pesquisa utilizado, de modo que foi possível identificar pontos considerados positivos, porém 
vários itens negativos foram encontrados que precisam ser melhorados e minimizados. Com 
isto ocorreria uma melhora substancial no resultado da pegada ecológica dos sujeitos 
pesquisados. 
4. Considerações Finais 
Sabe-se que à medida que determinada sociedade apresenta um melhor nível de 
conscientização acerca da utilização racional dos recursos, mais ela se preocupa em preservar 
o ambiente natural do qual faz parte. O consumo moderado dos recursos por parte de uma 
sociedade significa, pois que a mesma atua segundo uma filosofia de sustentabilidade. Do 
contrário, quando uma sociedade utiliza seus recursos de modo insustentável, gerando 
quantidade excedente de resíduos sem se preocupar com a degradação ambiental, considera-se 
que esta é irresponsável, haja vista sua indiferença mediante os problemas ambientais. 
Faz-se notória a necessidade de que cada vez mais as sociedades desenvolvam maneiras 
sustentáveis de garantir sua própria sobrevivência, e principalmente das futuras gerações. A 
prática do desenvolvimento sustentável refere-se ao modo racional de gerenciamento dos 
recursos naturais, bem como uma forma de perceber o ambiente natural e seus recursos a 
partir de um ponto de vista sistêmico, ou seja, considerando as dimensões econômica, social, 
ambiental, institucional e cultural de forma integrada. 
O Ecological Footprint Method se apresenta como uma ferramenta através da qual se faz 
possível medir o nível individual de consumo de uma determinada categoria de indivíduos 
num determinado contexto social, bem como obter as informações necessárias a uma tomada 
de decisão com significativo nível de excelência. 
A utilização da ferramenta acima referenciada nesta pesquisa possibilitou a identificação do 
perfil de consumo consciente dos estudantes do curso de Administração da UFPB, 
evidenciando que a pegada ecológica da amostra abordada se apresentou elevada, 3,1 hectares 
globais, comparada a o valor ideal de 1,8 hectares globais o qual o planeta pode sustentar. 
Portanto, vemos a necessidade da avanço dos resultados em quase todos os pontos analisados, 
 
 
 
 
 
 
13 
de modo que é imprescindível um melhoramento no nível de consciência da categoria 
pesquisada no tocante aos indicadores de sustentabilidade presentes no referido instrumento 
de pesquisa. 
Logo, pode-se afirmar que o objetivo central deste trabalho foi devidamente atingido, de 
modo que os fatores de sustentabilidade analisados através da aplicação do instrumento de 
pesquisa possibilitaram uma compreensão acerca do nível de consumo dos estudantes 
pesquisados, chegando-se à conclusão de que o mesmo se encontra alto, onde devemos levar 
em consideração o fato de que existe a necessidade de melhoria em alguns pontos, no sentido 
de reduzir a pegada ecológica da referida categoria. 
Sugere-se ainda que, para um melhoramento no nível de conscientização da categoria 
pesquisada, sejam realizadas algumas atividades que viabilizem uma maior reflexão destes 
sujeitos em torno de alguns indicadores de sustentabilidade. Estas atividades poderiam ser: 
palestras de profissionais especializados na área abordada, workshops, divulgação etc. 
E como vimos anteriormente, a carência ainda vigente do nosso país em relação à Educação 
Ambiental pode ter gerado esses números ainda em desconformidade com os níveis aceitáveis 
da pegada ecológica. Sabemos que a conscientização da população é imprescindível para 
melhorias em qualquer situação, e em relação ao meio-ambiente isto é mais palpável, pois 
somos nós que manipulamos os bens da natureza e esta educação é fundamental para que 
possamos fazer isso sem destruição ou danos a natureza. 
Só através da propagação de informações acerca deste tema é que se faz possível uma 
modificação nos padrões culturais, bem como na consciência coletiva quanto à utilização 
racional dos recursos naturais e conseqüentemente uma maior reflexão em torno da 
necessidade de cada vez mais agir de modo sustentável e garantir que cidadãos e cidadãs 
passem a atuar de modo consciente no tocante ao seu padrão de consumo. 
5. Referências 
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Curso de Especialização “Planejamento para Desenvolvimento sustentável”, da Universidade Estadual do Oeste 
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