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ALGUMAS DESCOBERTAS PRELIMINARES DAS PRÁTICAS DE COMPRAS NO JAPÃO E NOS ESTADOS UNIDOS

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE OPERAÇÕES, PRODUÇÃO E SERVIÇOS
Fichamento de Estudo de Caso
Felipe Caparroz Ferraz de Camargo
Trabalho da disciplina Gestão Estratégica de Compras e Fornecedores
 Tutor: Prof. Audemir Leuzinger de Queiroz
Fernandópolis
2018
Estudo de Caso de Harvard: ALGUMAS DESCOBERTAS PRELIMINARES DAS PRÁTICAS DE COMPRAS NO JAPÃO E NOS ESTADOS UNIDOS
Referência: FREELAND, James R.; ASHBY, Harold L. DARDEN BUSINESS PUBLISHING. University of Virginia Darden School Foundation. UV0653.
Texto do Fichamento:
A nota em questão, elaborada pelos professores Freeland e Ashby, aborda os resultados de um estudo com dez empresas americanas e japonesas em relação às práticas de compras e seus relacionamentos entre vendedor e comprador. O tema principal desse texto é a prática JIT (just-in-time). Nesse estudo, os autores entrevistaram gerentes de compras dessas empresas, permitindo que cada empresa definisse se elas usavam a compra JIT.
Imaginar um JIT perfeito, seria prever uma fábrica onde as peças fossem compradas e entregues unitariamente no momento em que seriam usadas no processo produtivo. Assim, o fornecedor se tornaria outra estação de trabalho, uma extensão integrada das operações, e a meta de zero inventários seria atingida. Porém, esse modelo teoricamente perfeito de JIT acaba se tornando menos vantajoso que realizar o inventário devido aos custos excessivos com transporte e manuseio de cada peça individualmente.
Apesar de vários estudos, ainda não há um critério padrão que determine se uma empresa está trabalhando ou não com o JIT. O melhor jeito de saber se a empresa está no padrão JIT é comparando as práticas de compra da empresa com as práticas convencionais. O problema dessa comparação é que tendem a ser muito simplistas, a abordagem de compra do JIT depende de como são as operações de fabricação e os ambientes de negócios.
Esperava-se que as empresas japonesas que trabalhavam com JIT, utilizassem as entregas de peças nesse mesmo modelo, porém para aquelas peças de baixo custo, elas mantinham um fornecimento de três ou quatro dias, inclusive a Toyota se incluía nesse fornecimento. Entre as empresas japonesas que declararam trabalhar em JIT, a frequência de entrega de peças variava conforme o custo de armazenamento relativo de cada peça, e a entrega variava entre por hora a semanalmente.
Nas empresas americanas observou-se o mesmo comportamento em relação ao fornecimento JIT. Os gerentes priorizavam as peças para entrega JIT de acordo com seu tamanho e custo relativo. As pequenas peças e de baixos custos, não são entregues em JIT e, sim, em lote de peças, onde o custo-benefício é superior.
Americanos e japoneses não se diferenciavam na seleção para entregas de peças em JIT, eles seguiam determinados critérios como: o tamanho físico, onde quanto maior o item maior seu custo de armazenamento e transporte, justificando o uso do JIT; custo do item comprado, sendo que quanto maior o custo do item mais caro é seu seguro, seus impostos e seu armazenamento; proximidade geográfica do fornecedor. Neste último critério, o Japão leva considerável vantagem devido ao seu tamanho geográfico como país e, assim, não dão tanta importância a esse critério. 
O Sistema de cartão kanban, que é uma ferramenta para programar e iniciar ordens de compras, não é usado por quase nenhuma das empresas entrevistadas, com exceção da indústria automotiva. Além disso, observou-se que para as compras JIT, as empresas também não utilizavam o MRP (Planejamento de Requisitos de Material). Para as entregas JIT elas usavam outros métodos, muitas vezes métodos manuais atribuídos aos gerentes.
Os gerentes americanos entrevistados, que consideravam tendo compra em JIT, estavam envolvidos com fonte única de fornecedor, e estavam todos satisfeitos com o resultado. Eles afirmavam que essa parceria de fornecedor único facilitavam a parceria entre eles, com vantagens como maior poder de negociação de preços, devido ao alto volume de compra, entre outras. Já os japoneses defendiam múltiplas fontes de fornecimento e, inclusive, desencorajavam o uso de fornecedor único. Dentre as justificativas, os japoneses afirmavam que múltiplas fontes permitiam preços mais competitivos e melhor qualidade. Além disso, a demanda dos fabricantes geralmente excedia a capacidade de produção em uma única fonte, e o uso de mais fontes garantia um fornecimento reserva em caso de uma entrega defeituosa. Independentemente do motivo de seleção de fontes únicas ou multiplicas por americanos e japoneses, não observou um relacionamento consistente entre as fontes e a compra JIT.
O processo de escolhas de seus fornecedores era semelhante entre americanos e japoneses. A seleção consistia em: avaliar os procedimentos de qualidade do fornecedor, onde o objetivo era receber 100 por cento de entregas livres de defeitos; avaliar a capacidade do fornecedor em cumprir o cronograma de entregas - as entregas para fabricantes JIT não poderiam de forma alguma atrasar; avaliar o comprometimento do fornecedor para cortar custos, refletindo em uma diminuição de custo de compra dos produtos do mesmo; e revisão da situação financeira do fornecedor, para garantir que este possa continuar no negócio fornecendo para o fabricante.
Além do processo de escolha dos fornecedores, o acordo de compra também era semelhante entre os americanos e japoneses. Para ambos, o acordo de compra era geralmente a curto prazo (três a 18 meses) e informal (uma a três páginas), sendo que os japoneses eram os mais adversos a contratos muito detalhados, que poderiam prejudicar a flexibilidade do relacionamento. Em algumas dessas empresas nem contrato escrito havia, apenas ordens de compra básica. Os gerentes americanos também expressaram ideias semelhantes sobre o relacionamento com fornecedores. Eles afirmavam que nenhum contrato é mais importante do que o bom relacionamento com o fornecedor. Na maioria desses contratos, apenas termos mais fundamentais eram escritos, como preços, formas de pagamento e frequência de entrega, sendo que o restante era feito de forma verbal, com apertos de mão ou reverências (caso do Japão). Apesar dos contratos serem geralmente de curto prazo, isso não excluía o relacionamento a longo prazo entre a empresa e fornecedor. A principal motivação para os contratos de curto prazo é a possibilidade de renegociar valores e condições ao final do mesmo, possibilitando assim uma renovação desses termos conforme a variação do mercado, tornando o relacionamento mais flexível e mais duradouro.
Todos os gerentes entrevistados nessa pesquisa estavam satisfeitos com seu programa de JIT. Houve redução substancial no inventário de peças compradas, além de melhorias na qualidade. 
Apesar dos benefícios que o JIT proporciona, é preciso que haja algumas características nas empresas para que possa ocorrer o uso do mesmo, visto que em determinadas características de produção, como a demanda imprevisível, torna bem restritivo o uso do just-in-time na empresa.
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