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Flavonóides aula tamara

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Farmacognosia de Drogas 
que contém Flavonóides 
 
Rachel Oliveira Castilho 
 
 
UFMG 
 
Delfinidina 
Flavonóides  Substância fenólica de 
 ampla distribuição 
 ↓ 
 Grupo fenólico mais importante e 
diversificado 
 
 Esqueleto básico fundamental  C6C3C6 
 
 
 
 
Substâncias fenólicas 
Tipos de esqueleto básico principal 
 
Esqueleto básico Classe de fenólico 
C6 - fenóis simples, benzoquinonas 
C6-C1 - ácidos fenólicos 
C6-C2 - acetofenonas e ácidos fenilacéticos 
C6-C3 fenilpropanóides: ácidos cinâmicos e 
 compostos análogos. Fenilpropenos, 
 cumarinas, isocumarinas e cromonas 
C6-C4 - naftoquinonas 
C6-C1-C6 - xantonas 
C6-C2-C6 - estilbenos, antraquinonas 
C6-C3-C6 - flavonóides e isoflavonóides 
(C6-C3-C6)2 - diflavonóides 
(C6)n - melaninas vegetais 
(C6-C3)n - ligninas 
(C6-C1)n - taninos hidrolisáveis 
(C6-C3-C6)n - taninos condensados 
 
 
 
Biossíntese 
Dewick, 2002 
Biossíntese 
Dewick, 2002 
O
O
O
O
OH
O
OH
HO
OH
OH
FLAVONA FLAVONOL ANTOCI ANIDI NA
 CÁTION FLAVÍLICO
O
5
32 '4 '
6 '
CHALCONA DI IDROCHALCONA FLAVANONA
O
 
6 '
4 '
2 '6
5
7a
3a
2
O
O
O
O
OH
O
DII DROFLAVONOL I SOFLAVONA AURONA
O
O
Classes flavonoídicas 
Propriedades físico-químicas 
 
 
• As agliconas aparecem sob a forma de 
cristais amarelos 
 
• Os heterosídeos são solúveis em água e álcoois diluídos, enquanto que as 
agliconas são solúveis em solventes apolares e em soluções aquosas alcalinas 
 
• Flavonas e flavonóis são pouco solúveis em água, enquanto que os 
diidroflavonóis são mais solúveis 
 
• As antocianidinas só são estáveis como sais 
 
• O aquecimento pode levar a hidrólise dos O-heterosídeos 
Propriedades físico-químicas 
 
 
• Antocianinas 
 
 
 
Cor escura do vinho tinto. 
 
 
Cor azul das flores 
Propriedades físico-químicas 
 
• Flavonóides contribuem com muitas cores, principalmente o 
amarelo e o laranja das pétalas. 
 
 
 O+
OH
OH
OH
OH
OH
Hibiscus sp. 
Cianidina 
Propriedades físico-químicas 
 
 
• Absorvem luz ultravioleta no espectro (grande cromóforo) . 
Atividade biológica 
 
• Proteção dos vegetais contra a incidência de raios UV e visível 
• Proteção contra insetos, fungos, vírus e bactérias 
• Atraentes de animais com finalidade de polinização 
• Antioxidante 
• Controle da ação de hormônios vegetais 
• Inibição enzimática e agentes alelopáticos 
• Utilizados como marcadores taxonômicos 
Importância econômica 
 
• Cores dadas pelos pigmentos 
• Tanagem do couro 
• Manufatura do cacau 
• Fermentação do chá da índia ou chá verde 
• Nutrição e sabor dos alimentos 
• Atividades farmacológicas 
Extração dos flavonóides 
Utiliza-se solventes de polaridades crescentes 
 
• Primeira extração: solvente apolar  óleos, gorduras, esteróis e pigmentos 
 
• Segunda extração: solvente um pouco mais polar (clorofórmio, acetato de etila) 
  agliconas livres pouco polares (flavonas, flavonóis, 
 flavanonas, diidroflavonóis, isoflavonas, etc) 
 
• Terceira extração: solventes polares (acetona, metanol, água) agliconas 
 Poli-hidroxiladas, flavonas e flavonóis mais polares, 
 auronas e chalconas) 
 
• Quarta extração: solventes polares (água quente)  heterosídeos mais polares 
 
• Em meio ácido pode-se extrair antocianidinas. 
Ensaios histoquímicos – Feito direto na droga 
 
• Luz ultravioleta 
 
• Reação com cloreto férrico 
 
• Reação com ácido nitroso: para proantocianidinas incolores em culturas 
de célula (fenólicos na parede celular) 
 
Desvantagem 
• Muitos polifenóis podem estar em vacúolos 
• Flavonóides incolores são mais difíceis de caracterizar (ocorrem em células 
epidérmicas) 
• Sofrem a interferência de muitas substâncias 
Identificação de flavonóides 
Identificação dos flavonóides 
Ensaios cromáticos 
 
• Reação da cianidina, de Shinoda ou hidrogenção: 
flavonóides amarelos se reduzem a vermelho 
e antocianidinas azul. 
 
• Reação citro-bórica ou Reativo de Wilson: flavonas, flavonóis e chalconas 
adquirem tons amarelos e fluorescência amarelo-esverdeada. 
 
• Reação com H2SO4: flavonas e flavonóis formam soluções amarelas, as 
flavanonas de laranja a vermelho e as chalconas e auronas coloração vermelha. 
 
 
 
 
Identificação dos flavonóides 
Ensaios cromáticos 
 
 
• Reação de Marini-Bettolo: com o pentacloreto de antimônio em CCl4 as 
chalconas formam precipitado vermelho escuro ou violáceo e as flavonas 
precipitado amarelo ou laranja 
 
• Reagente de Folin-Ciocalteau: solução comercial, no qual os flavonóides 
tornam-se azuis ou cinzas com vapores de amônia. 
Identificação dos flavonóides 
Ensaios cromatográficos 
 
 
• CCD  sílica gel, celulose ou poliamida 
 
• Eluentes  agliconas (Baw- n-butanol:ácido acético:água) 
 heterosídeos (ácido acético 6-60%) 
 
• Revelação  Luz UV 254 e 365 nm 
Identificação dos flavonóides 
Ensaios cromatográficos 
 
 
• Revelação  Folin-ciocalteau, FeCl3, AlCl3, vanilina sulfúrica, etc 
 
Reagente natural A ou NP ou difenilborato de aminoetanol 
O
O
OH
B
O
H2N
- H2O O
N
O
HO
B
Isolamento e purificação 
• CLC  poliamida, sephadex LH-20, amberlite 
 ou resina de troca iônica 
 
• CCD preparativa e CLC  agliconas livres 
(compostos menos hidrofílicos) 
 
• Cromatografia em papel  para heterosídeos 
flavônicos 
 
• CLMP e CLAE  separação de misturas complexas 
 
• Recristalização 
 
• Eletroforese  para flavonóides com carga 
Doseamento 
• CLAE  método rápido e preciso 
 
• Espectrofotômetro  para substâncias isoladas 
 
• Reações de precipitação com AlCl3 em meio alcalinos– Dificultada 
 pelos heterosídeos e outros fenólicos 
 
• Ensaios cromáticos – técnicas espectrofotométricas 
Doseamento 
• Reações de precipitação com AlCl3 
O
O
OH
OH
HO O
O
O
O
HO
Al Cl
AlCl3
HCl
O
O
OH
OH
HO
OH
O
O
O
O
HO
Al Cl
O
Al
Cl Cl
O
O
OH
OH
HO
O
Al
Cl Cl
AlCl3 HCl
O
O
OH
OH
HO
OH
O
O
O
O
HO
Al Cl
O
Al
Cl
Cl
O
O
OH
OH
HO
O
Al
Cl
Cl
AlCL3 HCL
Quela com grupos orto-diidroxila ou ceto hidroxila (complexos mais estáveis – 
5OH + ceto e 3OH + ceto ). 
Caracterização dos flavonóides 
• Métodos espectroscópicos: IV, RMN e EM (compostos puros) 
 
• Métodos espectrofotométricos: UV com reagentes de deslocamento 
 
 Os flavonóides possuem espectros de absorção característicos no UV 
 
 Banda I (anel B) – 300-400 nm 
 Banda II (anel A) – 240-285 nm 
 
Flavonas: banda I 304-350 nm 
Flavonóis: banda I 352-385 nm 
Dihidroflavonóis, flavanonas e isoflavonas: banda I de baixa intensidade 
Chalconas e auronas: banda I dominate em relação banda II 
Antocianidinas: banda I 465-550 nm e banda II com sinal de baixa intensidade 
 
Farmacologia 
• Doenças circulatórias 
• Hipertensão 
• Cofator da vitamina C 
• Anticarcinogênico 
• Anti-inflamatório 
• Antialérgico 
• Antiulcerogênico 
• Antiviral 
• Anti-hemorrágico 
 
Os efeitos clínicos mais importantesconhecidos são: efeitos 
antiateroscleróticos, antitumorais, antitrombogênicos, 
antiosteoporóticos, antivirais e anti-inflamatórios. 
 
 
Ação antioxidante dos flavonóides 
 -A atividade antioxidante está altamente relacionada 
à capacidade de doação de elétrons e a transferência de hidrogênio 
 
-A estabilização das espécies cátion-radical e radical formadas também 
deve ser considerada 
 
Ar-OH + RO2 • → [Ar-OHδ+....RO2δ-] → [Ar-O•...ROOH] 
→ [Ar-O• + ROOH] 
 
 
Relação estrutura atividade Em vermelho = importante para atividade 
Atividade antitrobótica 
Os flavonoides quercetina , kaempferol e miricetina foram avaliados quanto 
a capacidade de inibição plaquetária em cães e macacos e demonstraram 
ser inibidores potentes . 
 
O mecanismo principal de ação antiagregante dos flavonoide parece estar 
relacionado com sua capacidade de inibição do tromboxano A2, 
que induz a ativação e agregação de plaquetas 
 
Efeitos colaterais 
• Efeito mutagênico  considerado benéfico 
 
• Baixa toxidez 
Drogas vegetais 
 
• Ginkgo biloba L. (Ginco) 
 
 
• Vivem há mais de 300 milhões de anos 
(fóssil vivo). 
• Utilizada como ornamental. 
• É resistente a insetos, microrganismos e 
toxinas ambientais 
• Primeira vegetação a crescer após a 
bomba atômica em Hiroshima 
• Extinta da Europa na Era Glacial 
• Primeiro Ginkco Europeu foi plantado 
na Holanda em 1730 
• Utilizadas há 2000 anos na China e Ásia 
oriental para feridas e asma brônquica 
 
 
 
Drogas vegetais 
 
• Ginkgo biloba (Ginco) 
 
 
• Ginkgoaceae 
 
• Último membro 
sobrevivente dessa família 
 
• Cultivada: China, Japão, Coréia do 
Norte e do Sul e plantações na Europa e 
América do Norte. 
 
• Parte da planta usada: folhas 
 Ginkgo biloba 
 
• Componentes químicos 
 
22-27 % Glicosídeos flavonoídicos 
(determinados como quercetina, canferol, 
isoramnetina e seus glicosídeos) 
Quercetina Canferol Isoramnetina 
 Ginkgo biloba 
 
• Componentes químicos 
 
2,8-3,4% de ginkgolídeos A, B e C 
 
2,6-3,2% bilobalídeo 
 
5 ppm ácidos ginkgólicos 
 
 
 
Outros contituíntes: ácido vanílico, ácido 
p-hidroxibenzóicos, ácido chiquímico, etc 
 
 
 
 
Bilobalídeo 
Droga Vegetal e Extrato 
 
Droga Vegetal: folhas secas 
 
 O maior conteúdo de flavonóides glicosilados são nas folhas frescas 
(colhidas em maio, após aparecimento da nova folhagem) 
 
Extrato padronizado: erva bruta/extrato (50:1) – H2O: acetona 
 
Esse tratamento elimina componentes indesejáveis: gorduras, ceras, taninos, 
proantocianidinas, biflavonóides, ginkgol, ácidos ginkgólicos e proteínas 
 
 Os extratos comercializados não contêm ácidos gincólicos (< 5 ppm) e 
são designados na literatura técnica com EGb 761 e LI 370 
 
Propriedades Farmacológicas 
Extrato padronizado EGb 761 
 
• Aumenta a tolerância à hipóxia (cérebro); 
• Inibe o desenvolvimento de edema cerebral pós-traumático ou induzido por 
toxina; 
• Reduz edema e lesões da retina; 
• Inibe a diminuição, relacionada à idade, de receptores colínicos muscarínicos 
e de receptores 2-adrenérgicos, promove a captação de colina no hipocampo; 
• Melhora a memória e a capacidade de aprendizagem e ajuda na compensação 
de distúrbios do equilíbrio (age na microcirculação); 
• Melhora as propriedades reológicas do sangue; 
• Seqüestrador de radicais livres; 
• Inibe o fator de ativação de plaquetas (PAF) e exerce efeito neuroprotetor. 
Propriedades Farmacológicas 
Admite-se que todos os constituintes dos extratos de Ginco contribuam 
em sua totalidade para o efeito terapêutico. 
 
 
• Flavonóides (principalmente relacionado a rutina) são seqüestradores de 
radicais livres 
• A rutina aumenta o limite necessário para o extravasamento de sangue pelos 
capilares sanguíneos 
• Gincolídeos inibem o fator de ativação de plaquetas (PAF) 
• Gincolídeos e bilobalídio têm propriedades neuroprotetoras 
 
Farmacocinética 
Extrato padronizados EGb 761 
• Taxa de absorção de 60 % em ratos 
• A biodisponibilidade absoluta em humanos é de 98-100 para ginkgolídeo A, 
79-93 % ginkgolídeo B e pelo menos 70 % bilobalídio. 
 
Extrato padronizado LI 1370 
• Os níveis de flavonóides no plasma de indivíduos saudáveis mostraram um 
aumento dose-dependente após a ingestão de 50, 100 e 300 mg e atingiram 
seu ponto máximo em 2-3 horas. 
 
Toxicidade 
 
 
• Toxicidade baixa 
 DL50 7725 mg/kg VO e 1100 mg /kg IV 
 em camundongos. 
 
 
• Testes negativos para: efeito mutagênico, carcinogênico e 
genotóxico. 
Eficácia clínica em pacientes com deficiência cognitiva 
 
A principal indicação para o Ginco é o tratamento sintomático de 
déficits cognitivos (insuficiência cerebral). 
 
• Falha de memória; 
• Ansiedade e depressão 
• Zumbido e vertigem 
• Dor de cabeça 
 
O extrato de Ginco tem relação com as drogas nootrópicas 
(atuam no SNC e e melhoram o desempenho cognitivos) 
 
Não existe um mecanismo estabelecido para essas drogas. Acredita-se 
que estimulam a população de células nervosas funcionais. 
Indicações, Dosagens, Riscos e Contra-indicações 
 
Monografia da Comissão E 
 
Indicações: Tratamento sintomáticos de déficits devido a doenças cerebrais 
orgânicas; doença arterial periférica oclusiva, vertigem ou zumbido 
 
Riscos e Contra-indicações: hipersensibilidade as preparações de Ginco 
 
Efeitos Colaterais: são raros. Desarranjo gástrico leve, dor de cabeça ou 
reações alérgicas cutâneas. 
 
Dose diária: 120-240 mg de extrato vegetal seco. 2 ou 3 doses separadas 
 
• Não há interações conhecidas com outras drogas. 
Drogas vegetais 
 
• Passiflora (Maracujá, Flor da paixão) 
Passiflora incarnata L. 
 
 
• Sementes de passiflora foram achadas em 
sítios arqueológicos, indicando a utilização 
dos frutos como alimentos 
• 1569 Monardus no Peru utilizou pela 
primeira vez como medicamento, porque a 
flor simbolizava a paixão de Cristo 
• P.alata é utilizada para atrofia 
• No Brasil é utilizada como ansiolítico, 
sedativo, diurético e analgésico 
• América do Sul as raízes são usadas como 
vermífugo, sedativo, etc. 
 
 
 
Drogas vegetais 
 
• Passiflora sp. 
 
 
• Passifloraceae 
 
• Distribuição: regiões temperadas e 
tropicais 
 
• Parte da planta usada: frutos 
Componentes químicos 
 
• 2,5% flavonóides (apigenina, luteolina, 
quercetina, canferol, vitexina, orientina, 
isoorientina, schaftoside, chrysina,etc) 
• Alcalóides indólicos (harman, harmol, 
Harmalol, harmalina,etc) 
• Cumarinas (maltol) 
• Óleo essencial (álcool benzílico, linalool, 
hexanol, anetol, eugenol, etc.) 
Passiflora incarnata 
Luteolina 
Apigenina 
Propriedades Farmacológicas 
 
• Ansiolítica e sedativa 
 
 
Substâncias ativas 
 
• Flavonóides: Chrysina  atividade depressora do SNC 
• Benzopirona: Maltol  atividade depressora do SNC 
• Alcalóides harmala: Inibem a MAO 
Toxicologia 
 
P. incarnata 
 
• É listada como planta segura pelo FDA 
• Não há menção de toxicidade e contra-indicações. 
• Doses moderadas são anti-espasmódica ou narcótica 
• Doses excessivas causam espasmos e paralisia em animais 
• Recomenda-se não utilizar com procarbazina, pois diminui a 
 atividade depressora no SNC 
• Juntamente com Clindamicina aumenta o relaxamento muscular 
 
Dose: 4-8 g da droga 
Drogas vegetais 
 
• Silybum marianum (L.) Gaertn. 
 
 
Utilizadohá mais de 2000 anos 
• Dioscorides (Grécia) – curava mordida e 
 veneno de cobra 
• 1596 Gerarde  Melhor remédio para melancolia 
• 1534 Otto Brunfels , 1595 Hieronimus Bock, 1664 Jacobus Theodorus, 1679 
Adam Lonicerus  Tratamento de doenças do fígado. 
• 1787 Culpepper  Obstrução do fígado e para quebra de pedras nos rins 
• 1772-1850 Rademacher  “Rademacher´s Tincture”  problemas hepatoesplênicos 
• Séc. XX Eclectics  “congestão do fígado”, varicose, problemas menstruais e 
problemas do baço e rins 
• 1969  Medicamentos de Silimarina tornam-se oficiais para uso clínico na Europa 
• Vendas anuais $ 180 milhões de dólares na Alemanha 
 $ 1.6 bilhões de dólares nos Estados Unidos 
Drogas vegetais 
 
• Silybum marianum 
(Cardo de leite, Cardo-Mariano, Cardo-Santo) 
 
 
• Asteraceae 
 
• Distribuída amplamente no sul da 
Europa e norte da África  Foi 
introduzida nos EUA pelos primeiros 
colonizadores 
 
• Parte da planta usada: frutos maduros 
sem papilos, semente e folhas 
 
 
 
 
 
 
 Silybum marianum 
(Cardo de leite, Cardo-Mariano, 
Cardo-Santo) 
 
 
• Componentes químicos 
 
 
15-30% de óleo graxo 
20-30% de proteína 
2-3% substâncias ativas 
 
 
 
 
 
• Substância ativa – 
 Silimarina 
(7-chromanol-3-methyl-taxifolin) 
 
 
 
 
 
 Flavonolignanas 
 
Silibina ( 50%), isosilibina, siliadina, silicristina 
 
Outras flavonolignanas encontradas: dehidrosilibina, desoxisilicristina, desoxisilidianina, 
silandrina, silibinona, silihermina e neosilihermina. 
 
Silibina 
Extrato padronizado contem 70% de silimarina (etanol 95%) 
Propriedades Farmacológicas 
Estudos sobre a silimarina ou sobre a silibina 
 
 
 
Efeitos antitóxicos  Efeito estabilizante de membranas e antagonistas 
de radicais 
 
Promotores da regeneração do tecido do fígado  Estímulo a biossíntese de 
proteínas 
Efeitos antitóxicos 
 
Previne o efeito de várias substâncias hepatotóxicas: 
 
• Tetracloreto de carbono; 
• Galactosamina; 
• Tioacetamina; 
• Proseodímio 
• Toxinas do cogumelo Amanita phalloides (faloidina e -amanitina) 
 
 
Acredita-se que a silimarina tem a tendência de se ligar a proteínas e receptores 
de membranas celulares, deslocando as substâncias tóxicas e evitando sua 
entrada na célula. 
 
Promotores da regeneração do tecido do fígado 
 
 
 
• A silibina induz um aumento global na síntese de 
proteínas. 
 
 
• O mecanismo de estímulo da síntese de proteínas é 
baseado na capacidade da silibina de se ligar a uma 
subunidade da RNA polimerase do núcleo celular, 
tomando o lugar de um regulador celular. 
 
 
• Assim, há um estímulo a polimerase a sintetizar mais RNA ribossômico  
Aumento na formação de ribossomos e consequentemente uma aumento na 
síntese de proteínas. 
Propriedades Farmacológicas 
Silibina 
 
•Antioxidante; 
• Inibição da peroxidação de lipídeos em hepatócitos, microssoma e eritrócitos 
em ratos; 
• Proteção contra danos genômicos pela supressão do peróxido de hidrogênio, 
ânion superóxido e da lipoxigenase; 
• Aumenta a síntese protéica por estimular a atividade da RNA polimerase 
ribossomial; 
• Diminui a oxidação do glutation hepático e mitocondrial induzida por ferro; 
• Diminui a atividade de promotores de tumores ; 
• Protege contra a supressão, induzida por radiação, a síntese de DNA e RNA 
hepático e esplênico; 
• Torna o metabolismo do cálcio mais lento. 
Farmacocinética 
 
 
• 20-50% da silimarina é absorvida após 
administração oral em humanos 
• Rápida absorção, após dose oral 
• Concentração plasmática é alcançada após 2 h 
• Tempo de eliminação T1/2 é 6 h 
• 80% da dose oral e IV é excretada na bile 
• 3-8 % da dose oral é excretada na urina 
• 10 % entra na circulação entero-hepática. 
• 20-40% é recuperado da bile como conjugados do glucoronídeo 
e sulfato 
• O nível máximos de silibina é de 2-9 h e continua depois de 24 h 
Estudos clínicos – Eficácia terapêutica em doenças 
crônicas do fígado 
 
 
• Hepatite viral e induzida por drogas ou toxinas e cirrose 
 
 
 Sugerem que a terapia com silimarina diminui as complicações, 
aceleram o restabelecimento (melhora significativa na taxa de sobrevivência) 
e diminuem o tempo de internação. 
 
 
 
Indicações, Dosagens, Riscos e Contra-indicações 
 
Monografia da Comissão E 
 
Indicações: “problemas dispépticos”  lesão tóxica do fígado, no tratamento 
de apoio de doenças crônicas inflamatórias e cirrose hepática. 
 
Riscos e Contra-indicações: Não há contra-indicações, efeitos colaterais ou 
interações com outras drogas conhecidas. 
 
Dose diária: 12-15 g da planta seca ou 200-400 mg de silimarina, calculada 
como silibina 
 
• Para intoxicação com amanita é recomendado infusão com silimarina 
(Legalon SIL), 20 mg/Kg de peso corporal durante 24h de 2 em 2 h. 
 
Rutina 
Ramnoglicosídeo da quercetina 
 
Hesperidina 
Biflavonóide 
 
 
Vitamina P ou 
Fator de permeabilidade 
Rutina 
Hesperidina 
Drogas vegetais que contêm rutina 
Fagopyrum esculentum 
Poligonaceae 
Dimorphandra mollis 
Leguminosae 
Ruta graveolens 
Rutaceae 
Drogas vegetais que contêm hesperidina 
Citrus 
Rutaceae 
Indicações terapêuticas 
• Fragilidade capilar 
 
As evidências terapêuticas da rutina e da hesperidina não 
são conclusivas 
 
Os produtos comercializados são considerados suplementos 
alimentares. 
Bibliografia 
ALMEIDA, E.R. Plantas Medicinais Brasileiras. Ed Hemus, 1993, 370 p 
 
ARIAS, B. A., LACA, L. R. Pharmacological properties of citrus and their ancient and medieval uses in the Mediterranean region. J 
ournal of Ethnopharmacology. V.97, p.89-95, 2005. 
 
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Teste 
Taninos são substâncias fenólicas complexas, que ocorrem como misturas que 
são difíceis de separar, pois não se cristalizam. Além disso, formam complexos 
com alcalóides, metais, gelatina e outras proteínas. Justifique essas afirmações 
em termos estruturais e correlacione essa propriedade com as atividades 
biológicas e farmacológicas.

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