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Direito de empresa II
Direito de empresa
1) Conteúdo programático 
1.1) Sociedades anônimas: conceito e evolução histórica (lei 6.404/66)
1.2) Ações 
1.3) Valores mobiliários
1.4) Comissão de valores mobiliários
1.5) CADE e lei antitruste
1.6) Reorganização societária
1.7) Sociedade em comandita por ações 
2) Bibliografia
2.1) Direito empresarial esquematizado – André Santa Cruz
2.2) Manual de Direito Comercial – Fabio Ulhoa 
Sociedades por ações :
		Sociedades anônimas
		Sociedades comandita por ações
Sociedades anônimas
1) conceito
	É a sociedade empresária com capital social dividido em ações, espécie de valor mobiliário, na qual os sócios, chamados acionistas, respondem pelas obrigações sociais até o limite do preço de emisão das ações que possuem.
2) características básicas
	Limitação da atividade do acionista pelo preço de emissão. O preço de emissão é o valor atribuído pela companhia emissora a ação, a ser pago a vista ou a prazo pelo subescritor.
	Artigo 44, II e 45, CC - Direito privado.
	O estatuto deve ser registrado na junta comercial para tomar vida.3) nome empresarial
	Adota denominação social, como sociedade anônima ou companhia.
	Artigo 3, lei 6.404/76
Exemplo - Banco Bradesco S.A
	S.A Bradesco
	Sociedade Anônima Bradesco
	Banco Sociedade Anônima Bradesco
	Banco S.A Bradesco
	Banco Bradesco Sociedade Anônima
	Companhia Banco Bradesco
	Banco Cia Bradesco
	Banco Companhia Bradesco
	Pode ser utilizado o nome do fundador ou um acionista importante para o êxito do empreendimento.
	Artigo 1.088 - 1.089, CC		Artigo 1.160, parágrafo único, CC - estabelece que a denominação deveria demonstrar qual o objeto social.
	O nome deve ser original.
4) objeto social
	Artigo 2, parágrafo primeiro, lei 6.404/76
	Artigo 982, CC
	O âmbito em que a sociedade anônima exerce sua atividade. Devendo estar no estatuto social e de forma clara, objetiva, completa.
	Artigo 2, caput, perto 6.404/76.
	O objeto social pode ser alterado com o consentimento da maioria dos acionistas na assembléia geral ( Artigo 136, VII e 137 da lei das S.As)
	Artigo 2, parágrafo terceiro, lei 6.404/76 - a companhia pode participar de outras sociedades.
5) companhia aberta e companhia fechada
	Artigo 4, lei 6.404 - definição autêntica, ou seja, dada por lei.
	Aberta ações negócios na bolsa de valores, já as fechadas não são negociadas na bolsa de valores.
6) bolsa de valores
	No Brasil a maior bolsa é a bovespa ela engloba 7 bolsas de valores. São pessoas jurídicas de direito privado, podendo ser sociedade anônima ou de direitos civis. A bolsa de valor tem por função organizar o pregão de valores das ações de companhias abertas. A bolsa de valores precisa de autorização da CVM.
	São pessoas jurídicas de direito privado (associações civis, com ou sem finalidade lucrativa, ou sociedades anônimas) que, mediante autorização da CVM, prestam serviço público relevante organizando e mantendo o pregão de ações e de outros valores mobiliários emitidos por companhias abertas.
7) comissão de valores imobiliários (CVM)
	Autarquia federal, pessoa jurídica de direito público. Surgiu para fiscalizar empresas de capital, sociedades anônimas. Ela atua como agência reguladora. Tem como estrutura basilar um presidente e quatro diretores e são nomeados pelo presidente da república para possuem o cargo por cinco anos. Ela normatiza, autoriza novas ações, possibilidade de aplicar sanções administrativas, exerce o poder de polícia administrativa.
	Como se fosse um selo de qualidade.
	Artigo 7, lei 7.492/86
8) linhas de orientação da lei 6.404/76
9) capital social
	A parte inicial que o social faz para que a companhia possa desenvolver seus negócios.
	O capital social pode ser entendido como uma medida da contribuição dos sócios para a SA, e acaba servindo de certo modo de referência para a sua força econômica.
	O capital social deve ser fixado nos estatutos e corresponde ao montante inicial que a sociedade disporá para consecução de seus objetivos sociais.
Obtenção de recursos pela companhia 
	Capitalização: 
	Financiamento
			Bancário
			Autofinanciamento - a companhia lançados títulos de investimento junto ao mercado de capitais para obter lucros.
10) princípio da intangibilidade do capital social
	É vedado a sociedade anônima pelo príncipio da intangibilidade do capital social fazer qualquer pagamento após seus acionistas a título de seus dividendos ou juros com recursos que figuram em suas demonstrações financeiras como capital social.
11) capital subscrito e capital integralizado
	Capital subscrito como a mensuração de recursos prometidos pelos sócios para a sociedade, a título de capitalização. Já o capital integralizado é aquele que corresponde aos recursos financeiros dois socorra já transferidos efetivamente para o patrimônio social.
12) integralização do capital social da companhia
	Formas
	Integralização em dinheiro.	Através de bens.
	Com cessão de crédito
Lei 4 595 no artigo 26
13) reserva de capital
	Utilizada para absorção de prejuízo, pagamento de dividendos prioritários.
	Não esta preso ao princípio da intangibilidade.
	Somente dinheiro.
14) mora do acionista e acionista remisso
	A responsabilidade do acionista é medido pelo valor das ações. Sua principal obrigação é pagar o preço de emissão das ações, podendo ser pago a vista ou a prazo. No caso de parcelamento, pagando 30% ele já pode negocia-las.
15) aumento de capital com novos recursos
Companhia aberta - não havendo direito de preferência abre as ações para a bolsa.
	Autofinanciamento
	Capitalização - emitida novas ações pela companhia.
Companhia fechada - procurar alguém que tenha interesse em compras as ações e tenham perfil. 
	Se ninguém adquiri- lás acontecerá o denominado inversão do capital.
16) aumento de capital social sem novos recursos
	Capitalização de lucros ou reservas, que seriam canalizados para o aumento do capital social.
	É um dispositivo estatutário que permite dentro de certo limite,o aumento do capital social, com emissão de novas ações, independentemente de alteração do estatuto.
	Artigo 68, lei das SAs	
17) capital autorizado
	Tendo como finalidade a criação de estatuto, e estipular um limite de autorização no estatuto social, em reais e em número de ações, bem como as espécies e classes de ações que podem ser vendidas.
18) redução do capital social
	Passa por aprovação junta a assembléia geral de acionistas.
	Redução voluntária- por perda ou excesso. Artigos 173, 44, p.1.
	Redução compulsória - estipulada por força de lei. Artigos 45, p.6, (acionista dissidente), 107, p.4 (acionista remisso)
19) capital social mínimo para operar
	É o valor mínimo para abrir a empresa.
Ações
1) conceito
	Uma unidade ideal do capital social que atribui a seu titular a denominação de sócio.
	Ação é o valor mobiliário representativo de uma parcela do capital social da SA emissora que atribui ao seu titular a condição de acionista (sócios desta
2) valor nominal da ação
	Consiste na divisão do capital social pelo número de ações emitidas
	Artigo 11, p.1
3) valor patrimonial da ação
	Consiste da divisão do patrimônio líquido pelo número de ações admitidas.
4) valor de negociação da ação
	É o valor contratado, por livre manifestação de vontade entre quem aliena e quem a adquire
4.1) valor de mercado que é o valor praticado pelas companhias abertas
4.2) valor de negociação praticado pelas companhias fechadas
5) classificação das ações
5.1) Quanto a espécie
5.1.1) ordinária
	São aos que conferem aos acionistas os direitoos de um sócio comum, ou seja, os direitos comuns. Tem direito de voto, cada ação tem direito a um voto.
	Artigo 109
	Emissão é obrigatória.
5.1.2) preferenciais
	Tem uma restrição, em razão da sua preferência.
	Artigo 17
Espécies:
5.1.3) Ações de fruição ou de gozo: espécie de ação, que decorre de uma amortização de açõesordinárias e preferenciais. 
São espécies que estão em desuso. Geralmente para as ações ordinárias para retirar o direito de voto (em regra).Artigo 44, p. segundo da lei das S.A.s
5.1.4) Ações nominativas e ações escriturais: 
Nominativa é aquela que se transfere mediante registro no livro próprio da Sociedade Anônima emissora (artigo 31, p. primeiro)
Escritural é aquela que se transfere mediante registro nos assentamentos da instituição financeira depositária, a débito a conta de ações da alienante e a crédito do adquirente (artigo 35, p. primeiro)
6) Lei 8.021/90 pôs fim as ações endossáveis e ao portador
7) Classificação das ações em classes = grupamento de ações em razão de direitos e restrições
Vai atingir as ações preferenciais; ordinária na companhia aberta não é possível, somente na fechada. 
8) Principio da livre circulação das ações
A lei permite negociar as ações desde que pago no mínimo 30% e continua solidariamente obrigado por dois anos.
Companhia aberta = livre circulação (artigo 29)Companhia fechada = só admite em alguns casos. Há uma analise com relação ao perfil do acionista. (artigo 36)
9) Proibição da companhia negociar com suas próprias ações
Se dá em razão de 2 fatores: impedir a redução disfarçada do capital social; e oscile os valores das ações (manipulação)
Exceções: artigo 30
10) Oneração das ações
As ações podem sofrer ônus, podem se da em garantia como o penhor, que tem por trás um contrato de mútuo, que deve ser averbado devidamente na companhia; ou ainda penhora; alienação fiduciária; usufruto; calção; deposito (Artigos 39 – 40)
Certificado de açõesDocumento que atesta a propriedade, serve para “papelizar” a titularidade das ações nominativas. É emitido pelas companhias (artigo 24).
Em desuso, assim como as ações nominativas.
11) Suspensão da emissão do certificado de ações
A lei no artigo 37 admite a suspensão, tanto para as companhias abertas, quanto as fechadas.
12) Suspensão da circulação de ações
A CVM coloca essa penalidade administrativa as companhias abertas, que não podem vender suas ações.
Artigo 9, p. primeiro, I D LEI 6.385/79
13) Cancelamento da ação
Ato da S.A. que retira definitivamente a ação de circulação.
Casos:
1) Artigo 44 , p . primeiro – compra compulsória de ações, onde o acionista não pode se manifestar.
2) Compra para fins de cancelamento e resgate pelo valor da compra.
Objetivos:
1) Dispersão das ações
2) Permitir a redução do capital por excessividade.
Niterói, 26/03/2013
1) valores mobiliários . Conceito. Sistema legislativo americano e sistema legislativo francês. Lei 6.385/76
Sistema americano não da uma conceituação do que seja valor imobiliário, mas estabelece através de lei os papéis que são valores mobiliários.
Sistema francês tenta definir o que seja valor mobiliário ou titulo mobiliário
	O sistema brasileiro adota os dois sistemas.
	Artigo 2 da lei.
Conceito de valor mobiliário
	São instrumentos de captação de recursos pelas SA emissoras e representam, para quem os subscreve ou adquire, um investimento.
2) debêntures. Conceito. Classificação
	São valores mobiliários que dão aos seus titulares (debenturistas-mutantes) um direito de crédito contra a sociedade anônima (mutuária) emissora, em razão de seu contrato de mútuo, nas condições constantes da escritura de emissão e se houver certificado. 
	Depende de aprovação prévia da CVM. Quando emitida é regularizada por uma escritura de emissão, que é um instrumento particular.
	Regulada por um estatuto.
Classificação com relação a garantia:
Real - um bem imóvel hipotecado ou um bem empenhado. A taxa de rentabilidade é menor, visto o risco ser muito pequeno.
Flutuante - se outorga em relação ao debenturista um privilégio geral sobre o ativo da companhia, que lhes dará preferência, havendo falência da companhia mutuária sobre os credores quirografários, recebendo aqueles que tem direito após o pagamento dos credores com privilégio especial.
	A taxa de rentabilidade é maior.
Sem garantia ou quirografária
	Concorre em igualdade com quem não tem nenhuma garantia.
Subquirografários ou subordinados
	Quando pagou todo mundo na falência, e resta algum ativo é chamado de acervo. E com isso o subquirografário tem preferência sobre os acionistas.
Fidejussória
	Em garantia pessoal não com relação a um bem.
Com relação a 
Conversíveis ou permutáveis em ações
	Deve ser disciplinado de estatuto e na escritura.
Não conversíveis em ações
	Em regra.
Com relação a transferência:
	Nominativas 
	Através de lavratura de termo
	Escriturais
	Exigem participação de instituição financeira
3) agente fiduciário de debenturistas
	Representantes dos debenturistas, que vai defender os interesses.
4) bônus de subscrição
	Valor mobiliário que atribui ao seu titular o direito de preferência para subscrever novas ações da companhia emissora, quanto de futuro aumento do capital social.
Artigos 75 - 79
5) partes beneficiárias
	São títulos de investimentos alheios ao capital social, que garantem após seus titulares um crédito de participação nos lucros anuais da sociedade até o limite de 10%. São títulos negociais e sem valor nominal, criados pela companhia fechada posta captar recursos, que conferem um direito de crédito eventual contra a companhia emissora, subordinado a verificação de lucros anuais.
Artigo 46
	Somente vai ser lançada pela companhia fechada.
6) notas comerciais (commercial papers)
	São notas promissórias de emissão pública negociáveis mediante endosso em preto com a cláusula sem garantida, para obtenção de recurso a curto prazo pela companhia e para atingir o objetivo social da companhia.
7) ADR (american depositary receipts)
	Recibo de depósito americano. Instituto criado por JP Mormam.
	São valores mobilizarios emitidos por bancos norte-americanos que possibilitam a captação de recursos no mercado de capitais dos Estados Unidos por sociedades anônimas sediadas fora deste país.
Ex - Natura.
8) BDR ( brazilian depositary receipts)
	Empresa sediada fora do Brasil que vai utilizar um banco no Brasil e a bovespa para angariar fundos.
9) Cases 'fazendas reunidas boi gordo' e 'avestruz master'
	Constituídas como sociedades limitadas para que não fossem fiscalizadas pela CVM.
	Foram feitos investimentos de alto risco, sem ter estrutura para manter. Ambas hoje são massas falidas.
		Constituição da companhiaa
Artigos 80 a 89 da lei 6.404
	O artigo 80 elenca os requisitos para constituição.
	A companhia necessita de no mínino dois sócios;
	Artigo 146 não existe mais a exigência que os membros da administração sejam acionistas pessoa física.
	Artigo 27 da lei do sistema financeiro nacional.
1) constituição por subscrição pública
	É a forma de captar, no mercado de capitais os recursos necessários a implementação do negócio a ser empreendido pela companhia aberta.
	Com três fases : requerimento do registro na CVM; colocação das ações efetivamente na bolsa de valores e mercado de balcão; assembléia de fundação.
	
2) constituição por subscrição particular
	É a constituição utilizada para criação das companhias fechada. Destina-se a formação S.A fechada que não pretende a captação de recursos no mercado de capitais, pelo menos no seu início.
3) providências complementares à constituição
	Medidas necessárias:
	Registro dos atos constitutivos na juntada comercial e sua publicação;
	Leis fiscais (CNPJ), se inscrever como contribuinte, livros específicos com relação alegislação trabalhista, previdenciária.
	Normas segurança de trabalho, alvará de funcionamento.
		Órgãos da companhia
1) órgãos da companhia 
	Assembléia geral de acionistas: órgão máximo deliberativo. Obrigatória, devendo ser regulado no estatuto
	Conselho de administração: facultativo em regra, exceto para companhias aberta, capital autorizado, sociedade de economia mista. Faz com que determinadas matérias não sejam levadas a assembléiageral, parte serem decididas mais rápido e de forma mais barata.
	Diretoria: prática negócios jurídicos. Ele é o representante da companhia judicialmente para postular. Através de procuração, sem necessidade de forma reconhecida; estatuto social consolidado com às últimas reformas; ata de nomeação dos últimos diretores.
	Artigo 13, 284, CPC
	Conselho fiscal: recebimento de irregularidade e faz com que chegue aos locais para serem sábados.
	Artigo 160 das S.A.
2) assembléia geral de acionistas
	Órgão deliberativo máximo da estrutura da S.A. 
	Artigo 121.
3) competência da assembléia
	Todos os negócios relativos a companhia.
4) matérias de competência privativa da assembléia
	Artigo 122 - só podem ser discutidos na assembléia geral.
5) espécies de assembléia
Artigo 131 - critério da competência
Espécies:
AGE - sobre qualquer assunto e em qualquer época. 
	Artigo 131, p.u
AGO - artigo 132, I, II, III, IV. 
Especial 
	Assembléias específicas de acionistas. 
Constituição
	Reunião de subscritores, com relação a instituição da companhia.
6) lugar de realização da assembléia
7) ata da assembléia
8) publicação da ata

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