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Direito Civil Para Concursos FGV vol.1 ( você aprende )

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Assuntos da Rodada 
Direito Civil: Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro: vigência e 
revogação da norma, conflito de normas no tempo e no espaço, preenchimento 
de lacuna jurídica. Pessoa Natural: conceito, capacidade e incapacidade, começo e 
fim, direitos da personalidade. Pessoa Jurídica: conceito, classificação, começo e fim de 
sua existência legal, desconsideração. Bens: das diferentes classes de bens. Fatos 
Jurídicos. Negócio Jurídico: conceito, classificação, elementos essenciais gerais e 
particulares, elementos acidentais, defeitos, nulidade absoluta e relativa, invalidade. 
Ato Jurídico lícito. Ato ilícito. Prescrição e Decadência. Obrigações: modalidades das 
obrigações, transmissão, adimplemento, extinção e inadimplemento. Contratos em 
geral; preliminares e formação dos contratos. Transmissão das obrigações. 
Adimplemento das obrigações. Responsabilidade civil. Direitos Reais: disposições 
gerais; Da Propriedade; Da Superfície; Do usufruto; Do Uso; Do Direito do Promitente 
Comprador. 
 
 
 
 
 
Rodada #1 
Direito Civil 
 
Professora Elisa Pinheiro 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
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a. Teoria em Tópicos 
 
1. Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro. 
A Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro está contida no Decreto-Lei 
4.657/1942. 
Com efeito, trata-se de uma “norma de sobre direito”, pois versa sobre importantes 
diretrizes para a aplicação das normas, sendo que o seu conteúdo se irradia sobre 
todo o ordenamento pátrio. 
Na Lei de introdução às normas de Direito Brasileiro é possível encontrar a maioria das 
regras sobre Direito Internacional Privado do país. 
Notadamente, a LINDB contém regras sobre institutos jurídicos de caráter privado, da 
seara do Direito Civil, tais como: personalidade, capacidade, direitos de família, direito 
sucessório, direito das obrigações, etc. É por conta dessa vinculação ao direito privado 
que, no passado, utilizou-se a denominação de Lei de Introdução ao Código Civil 
Brasileiro. 
ATENÇÃO! 
A Lei 12.376/2010 alterou apenas a nomenclatura LICC para LINDB, restando 
intocáveis os artigos do Decreto Lei nº 4.657/42. 
Tal alteração veio de maneira acertada, pois em que pese a LINDB encontrar-se anexa 
ao Código Civil, não o compõe, uma vez que se trata de legislação autônoma. Logo, 
rege todos os ramos do direito, salvo naquilo que for regulado de forma diferente 
na legislação específica. 
 
2. Funções da LINDB. 
A LINDB tem por funções regulamentar: 
a) O início da obrigatoriedade da lei; 
b) O tempo de obrigatoriedade da lei; 
c) A eficácia global da ordem jurídica, não admitindo a ignorância da lei vigente; 
 
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d) Os mecanismos de integração das normas, quando houver lacunas; 
e) Os critérios de hermenêutica jurídica; 
f) O direito intertemporal; 
g) O direito internacional privado brasileiro; e 
h) Os atos civis praticados, no estrangeiro, pelas autoridades consulares brasileiras. 
Vejamos a estrutura e funções da LINDB: 
Artigos Funções 
1º e 2º Vigência normativa 
3º Obrigatoriedade das normas 
4º Integração normativa 
5º Interpretação normativa 
6º Aplicação das normas no tempo 
7º a 19 Aplicação da lei no espaço 
 
3. Vigência da lei. 
 
3.1. Conceito. 
A vigência diz respeito a um critério puramente temporal. Refere-se ao 
período de validade da norma. Ou em outras palavras: é o lapso temporal que vai do 
momento em que ela passa a ter força vinculante até a data em que é revogada ou em 
que se esgota o prazo prescrito para sua duração. 
3.2. Início da Vigência da Lei. 
Para que uma lei seja criada, são necessárias três fases. Vejamos: 
 
 
A fase de elaboração ou de iniciativa tem sua competência normatizada no 
 
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art. 61, caput da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88). 
Já a fase de promulgação equivale à autenticação da lei, à declaração de sua 
existência obedecido o processo legislativo. Através da promulgação, a autoridade 
atesta a existência da lei. 
Por fim, a fase de publicação é quando se tem o início da vigência da lei. A lei 
somente começa a vigorar com sua publicação no Diário Oficial. Após a fase de 
publicação, ninguém poderá alegar que não cumpriu a lei porque não a conhecia (art. 
3º da LINDB). 
3.3. Quando a lei começa a vigorar no Brasil e no exterior. 
 Conforme o art. 1° da Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro, a lei 
começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada, salvo 
disposição em contrário. Logo, a sua obrigatoriedade não se inicia no dia da 
publicação, salvo se ela própria dispuser nesse sentido. 
 Quando a lei brasileira é admitida no exterior, a sua obrigatoriedade tem início 
somente 3 meses depois de oficialmente publicada. 
PEGADINHA! 
Quando as provas cobram o conteúdo do § 1º do art. 1º da LINDB, elas tendem a 
nos “pregar algumas peças”, algumas pegadinhas. E como é essa “pegadinha”? 
Bem assim: 
Caso 01: 
Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, 
se inicia 90 dias depois de oficialmente publicada. 
Repararam? O examinador costuma trocar o prazo de “três meses” por “90 
dias”. Se cair isso, a alternativa está errada! 
Caso 02: 
Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, sempre admitida, 
se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
Perceberam? Trocaram a expressão “quando” (porque pode acontecer de a lei 
 
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brasileira não ser admitida no Estado estrangeiro) por “sempre”. Se cair isso, a 
alternativa está errada! 
Estes são os casos mais comuns, mas devemos ficar atentos às originalidades 
das bancas examinadoras. 
3.4. Vacatio Legis. 
 O intervalo (45 dias ou três meses ou outro previsto em lei) entre a data da 
publicação da lei e a sua entrada em vigor denomina-se vacatio legis. Inclusive, durante 
este intervalo (vacatio legis), a lei não produzirá efeitos, devendo incidir a lei anterior no 
sistema legislativo. 
 Vejamos o gráfico abaixo para entendermos melhor: 
 
edição publicação vigência 
 
 vacatio legis obrigatoriedade 
 sem obrigatoriedade da nova lei 
 da lei nova 
 
vigora a lei antiga 
 
3.5. Nova Publicação de Texto Legal. 
Se, ao longo desse tempo de espera, sobrevierem correções ao texto de lei, a 
contagem do prazo é reiniciada. 
Já qualquer modificação, após o início de vigência, implicará em uma lei nova. 
Assim, a respeito dos §§ 3º e 4º do art. 1º da LINDB devemos ficar atentos a 
alguns aspectos, conforme tabela abaixo: 
Antes de a lei entrar em vigor (durante 
a vacatio legis) – § 3º 
Depois de a lei entrar em vigor (após a 
vacatio legis) – § 4º
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A correção se destina a erros materiais ou 
falhas de ortografias. 
A correção também se destina a erros 
materiais ou falhas de ortografias. 
Neste caso o novo prazo para vacatio legis 
começará a correr da nova publicação 
Como a lei já se encontra em vigor, esta 
lei corrigida, será considerada lei nova. 
O novo prazo somente correrá para a 
parte corrigida ou emendada da lei. Ou 
seja, apenas os artigos alterados e 
republicados terão seu prazo de vigência 
contados da nova publicação 
Os direitos adquiridos durante a vigência 
da lei com incorreções, têm de ser 
resguardados pelo fato de a lei ter 
adquirido força obrigatória. Logo, não 
serão atingidos pela publicação do texto 
corrigido. 
 
PEGADINHA! 
As bancas amam pegadinhas quando se trata dos parágrafos acima. Então 
vejamos algumas das situações mais comuns: 
Caso 01: 
Se, depois de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, 
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a 
correr da nova publicação. Errada! 
Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, 
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a 
correr da nova publicação. Certa! 
Caso 02: 
As correções a texto de lei já em vigor não se consideram lei nova. Errada! 
As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Certa! 
Caso 03: 
As correções a texto de lei durante a vacatio legis consideram-se lei nova. 
Errada! 
As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Certa! 
 
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3.6. Contagem do Prazo. 
O art. 8º, § 1º da Lei Complementar 95/98 é quem regular a forma de contagem 
do prazo de vacatio legis. 
Art. 8º, § 1º da LC 95/98 - A contagem do prazo para entrada em vigor das 
leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data 
da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia 
subsequente à sua consumação integral. 
Ou seja, a contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam 
período de vacância é feita incluindo-se o dia da publicação e o último dia na contagem 
do prazo. 
Exemplo: Lei publicada no dia 02 de abril. Prazo de vacância de 10 dias. 
No caso, o prazo de vacância inclui o dia 02 de abril e vai até o dia 11 de 
abril (porque são 10 dias de vacância). Mas a lei somente entrará em vigor no dia 
seguinte (12 de abril). 
 
4. Aplicação da lei no tempo. 
 Regra geral, quando uma lei entra em vigor, ela não tem prazo de vigência, salvo 
a exceção das leis temporárias. Desse modo, prevalece o princípio da continuidade das 
leis em nosso ordenamento jurídico. 
 Assim, a lei deixa de alcançar os fatos supervenientes, entretanto, continua a 
alcançar os efeitos dos atos praticados durante o seu período de vigência, salvo 
disposição em contrário e desde que não afronte direito adquirido, ao ato jurídico 
perfeito e à coisa julgada, conforme o inciso XXXVI do artigo 5º da CF e o § 1.º, do art. 6º 
da LINDB. 
4.1. Direito adquirido. 
 O direito adquirido consiste no direito material ou imaterial incorporado ao 
patrimônio do titular. Já a expectativa implica na mera esperança de se adquirir um 
direito caso venha a realizar-se um acontecimento futuro, que lhe dará efetividade. 
 
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4.2. Ato jurídico perfeito. 
 De outro lado, o ato jurídico perfeito traduz-se naquele consumado nos termos 
da lei vigente ao tempo em que se efetuou. Por exemplo: um contrato que já foi 
celebrado, mas que ainda continua produzindo efeitos. 
4.3. Coisa julgada. 
 Por sua vez, a coisa julgada, com fulcro no § 3.º, art. 6º da LINDB, consiste na 
decisão judicial prolatada, da qual não cabe mais recurso. 
4.4. Revogação 
4.4.1. Conceito de Revogação e Generalidades. 
A revogação é o fenômeno pelo qual uma lei perde a sua vigência. Ou seja, 
revogar é tornar sem efeito uma norma, retirando sua obrigatoriedade. 
Assim, quando dizemos que a lei continuará a ter vigor até que outra lei a 
modifique ou a revogue, queremos enaltecer o caráter permanente da lei (em razão 
do princípio da continuidade das leis). 
Mas a esta regra do princípio da continuidade tem exceção, que são os casos 
das leis temporárias, cuja vigência tem prazo certo. 
E aqui duas considerações de extrema importância: 
a) A lei não perde a sua eficácia pelo desuso (não uso); e 
b) O costume não tem força para revogar a lei. 
4.4.2. Espécies de Revogação. 
A revogação da lei é o gênero que poderá ter as seguintes espécies a depender 
da classificação: 
 
A derrogação é a revogação parcial de uma lei. Ou seja, somente uma parte da 
lei é revogada e o restante continua em vigor. 
 
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A ab-rogação é a revogação total de uma lei. Ou seja, toda a lei é suprimida. 
Logo, todos os dispositivos daquela lei não serão mais usados e nem válidos. 
 Atenção ao quadro esquemático: 
Derrogação Ab-rogação 
Revogação parcial. Revogação total. 
Por sua vez, a revogação expressa ocorre quando a nova lei declara que a 
antiga lei será total ou parcialmente extinta (art. 2º, § 1º, primeira parte). 
E a revogação tácita ocorre quando a nova lei não contém declaração no 
sentido de revogar a lei antiga, mas isto ocorre porque a nova legislação se mostra 
incompatível com a antiga ou regula por inteiro a matéria de que tratava a lei anterior 
(art. 2º, § 1º, última parte). 
4.5. Repristinação. 
 A repristinação consiste na restauração da lei revogada pelo fato da lei 
revogadora ter perdido sua vigência. E, como regra (há exceção), a repristinação não 
é admitida em nosso sistema jurídico. 
Assim, salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a 
lei revogadora perdido a vigência (art. 2º, § 3º, LINDB). 
Exemplo 01: 
Lei 2 revoga Lei 1. 
Posteriormente Lei 3 revoga Lei 2. 
A Lei 1 não irá se restaurar pelo fato da Lei 2 que a revogou, também ter sido 
revogada. 
Esta é a regra! 
Exemplo 02: 
Lei 2 revoga Lei 1. 
Posteriormente Lei 3 revoga Lei 2. 
E a Lei 3 expressamente declarar que a Lei 1 irá se restaurar. 
 
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Esta é a exceção, mas é possível! 
4.6. Ultratividade das normas. 
 Admite-se, excepcionalmente, o fenômeno da ultratividade da norma, a qual 
continuará a proteger atos pretéritos, mesmo após ser revogada. 
Por exemplo: o art. 144 do CTN que determina que o lançamento se reportará à 
data do fato gerador, regulando-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente 
modificada ou revogada. 
 
5. Aplicação da lei no espaço. 
5.1. Normas do país em que for domiciliada a pessoa. 
 Nos termos do art. 7.º da LINDB, serão aplicadas as normas do país em que for 
domiciliada a pessoa, no que concerne ao começo e fim da personalidade, inclusive 
quanto ao nome, à capacidade e aos direitos de família. 
5.2. Princípio da territorialidade moderada/temperada. 
 O Brasil adotou, quanto à vigência da lei no espaço, o princípio da 
territorialidade moderada/temperada. Portanto, não é absoluta a regra de aplicação 
da lei nacional, uma vez que, admite-se que, em certas circunstâncias especiais, a lei 
estrangeira tenha eficácia dentro do nosso território, sem que isso comprometa a 
soberania do país. 
5.3. Casamento celebrado no Brasil. 
 Quanto ao casamento celebrado no Brasil devem ser aplicadas as regras quanto 
aos impedimentos matrimoniais conforme o art. 1.521 do CC. No mesmo sentido, 
temos o art. 7.º, § 1.º, da LINDB. 
Conforme art. 1.521, CC, não podem casar: 
a) Os ascendentes com os descendentes,
seja o parentesco natural ou civil; 
b) Os afins em linha reta; 
c) O adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do 
adotante; 
 
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d) Os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau 
inclusive; 
e) O adotado com o filho do adotante; 
f) As pessoas casadas; e 
g) O cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de 
homicídio contra o seu consorte. 
 Quanto ao casamento entre estrangeiros, esse poderá ser celebrado no Brasil, 
perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes (art. 
7.º, § 2.º, da LINDB). 
 Por fim, se os nubentes tiverem domicílios diversos, deverão ser aplicadas as 
regras - quanto à invalidade do casamento - do primeiro domicílio conjugal (art. 7.º, § 
3.º, da LINDB). 
5.4. Regras patrimoniais sobre o regime de bens do casamento. 
 Quanto às regras patrimoniais sobre o regime de bens do casamento, deverá 
ser aplicada a lei do local em que os cônjuges tenham domicílio. No entanto, em caso 
de divergência quanto aos domicílios, prevalecerá o primeiro domicílio conjugal (art. 
7.º, § 4.º, da LINDB). 
 Nos termos do art. 7.º, § 5.º, da LINDB, para o estrangeiro casado que se 
naturalizar como brasileiro permite-se (no momento da sua naturalização e mediante 
autorização expressa do cônjuge) o requerimento ao Poder Judiciário para a adoção do 
regime da comunhão parcial de bens, desde que sejam respeitados os direitos de 
terceiros anteriores à alteração, bem como seja feito o registro no cartório das pessoas 
naturais (art. 7.º, § 5.º, da Lei de Introdução). 
5.5. Divórcio celebrado no exterior e ambos os cônjuges sejam brasileiros. 
 Em relação ao divórcio celebrado no exterior em que um ou ambos os cônjuges 
sejam brasileiros, haverá reconhecimento no Brasil após 1 ano da data da sentença 
(salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo), caso em que a 
homologação produzirá efeito imediato, desde que sejam obedecidas as condições 
 
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estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. 
5.6. Matrimônio de brasileiros que estão no exterior. 
 Quanto ao matrimônio de brasileiros que estão no exterior, são competentes as 
autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de 
Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos 
de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado (art. 18 da Lei de 
Introdução). 
 Nessa esteira, as autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a 
separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, caso não tenham filhos 
menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, 
devendo constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à 
partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à 
retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado 
quando se deu o casamento. 
 Com efeito, será indispensável a assistência de advogado, devidamente 
constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as 
partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se 
fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da escritura pública. 
5.7. Bens. 
 Em relação aos bens, o art. 8º da Lei de Introdução prevê que deve ser aplicada 
a norma do local em que esses se situam. 
 Em caso de bens móveis transportados, deverá ser aplicada a norma do 
domicílio do seu proprietário. Quanto ao penhor, será aplicada a norma do domicílio 
que tiver a pessoa em cuja posse se encontre a coisa empenhada. 
5.8. Local que rege as obrigações. 
 Conforme o art. 9º da LINDB, as obrigações serão regidas pelas leis do local em 
que foram constituídas. 
5.9. Organizações destinadas a fins de interesse coletivo. 
 
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 Nos termos do art. 11 da Lei de Introdução, as organizações destinadas a fins de 
interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, devem obedecer à lei do Estado 
onde foram criadas. 
5.10. Contrato celebrado no exterior e destinado a produzir efeitos em nosso 
país. 
 No que diz respeito ao contrato celebrado no exterior e destinado a produzir 
efeitos em nosso país, serão admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos 
fatores externos, requisitos extrínsecos do ato. 
5.11. Sucessão por morte ou por ausência. 
 No que concerne à sucessão por morte ou por ausência, serão aplicadas as 
normas do país do último domicílio do de cujus. 
 As regras de vocação hereditária para suceder bens de estrangeiro situados no 
Brasil serão as nacionais. 
Por sua vez, a sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada 
pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os 
represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. 
5.12. Réu for domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. 
 O art. 12 da Lei de Introdução assegura a competência da justiça brasileira, 
quando o réu for domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação; 
garantindo, ainda, a competência da autoridade pátria em casos de ações relativas a 
imóveis situados no Brasil. 
5.13. Prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro. 
 Nos termos do art. 13 da Lei de Introdução, a prova dos fatos ocorridos em país 
estrangeiro deve ser regida pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de 
produzir-se. No entanto, não serão admitidas, pelos tribunais brasileiros, as provas 
que a lei brasileira desconheça. 
5.14. Sentenças proferidas no estrangeiro. 
 Nos termos do art. 15 da Lei de Introdução, as sentenças proferidas no 
 
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estrangeiro serão executadas no Brasil se forem preenchidos os seguintes requisitos: 
a) Haver sido proferida por juiz competente; 
b) Terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia; 
c) Ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a 
execução no lugar em que foi proferida; 
d) Estar traduzida por intérprete autorizado; e 
e) Ter sido homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (em que pese o art. 15, 
alínea ‘e’ da LINDB apontar o STF como competente para homologar a sentença 
estrangeira, o art. 105, I, ‘i’, CF/88, reza que a competência e do STJ). 
 O art. 515, VIII, do Código de Processo Civil enquadrou a sentença estrangeira 
homologada pelo Superior Tribunal de Justiça como título executivo judicial. 
 Nos termos da alínea i, do inciso I do art. 105 da CF, compete ao Superior 
Tribunal de Justiça a homologação de sentenças estrangeiras, bem como a concessão 
de exequatur às cartas rogatórias. 
 Notadamente, esse juízo de delibação consiste em um controle para examinar o 
cumprimento daqueles requisitos mencionados, como também o respeito à ordem 
pública e à soberania nacional, para então imprimir eficácia à decisão estrangeira no 
território brasileiro, sem que haja reexame do mérito da questão (art.17 da LINDB). 
 
6. Interpretação da lei. 
6.1. Conceito. 
 Quando o juiz aplica a norma ao caso concreto (subsunção), normalmente, ele 
faz um exercício de interpretação das leis para efetuar o silogismo jurídico. Nessa 
esteira, interpretar significa descobrir o sentido e o alcance da norma jurídica. 
6.2. Métodos de interpretação. 
 
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A interpretação autêntica ou legislativa é a realizada pelo próprio legislador 
através de lei interpretativa.
No caso, o legislador reconhece a obscuridade ou 
ambiguidade da norma e vota uma nova lei que se destinada a esclarecer a sua 
intenção. 
A interpretação jurisprudencial ou judicial é a interpretação fixada pelos 
Tribunais. 
A interpretação doutrinária é a interpretação feita pelos estudiosos do direito 
através de seus livros (doutrinas). 
A interpretação gramatical consiste na busca do sentido literal ou textual da 
norma constitucional. 
A interpretação lógica ou racional utiliza raciocínios lógicos ou dedutíveis para 
a análise da norma. É o método que atende ao espírito da lei, uma vez que procura 
apurar o sentido e a finalidade da norma, a intenção do legislador, 
A interpretação sistemática se relaciona com a interpretação lógica, e, por tal 
motivo, muitos juristas preferem denominá-la como interpretação lógico-sistemática. 
Segundo esse método de interpretação, uma lei não existe isoladamente, logo deve 
ser interpretada em conjunto com outras pertencentes à mesma categoria do direito. 
A interpretação histórica baseia-se na busca dos antecedentes remotos e 
imediatos que interferiram no processo de interpretação de uma determinada lei, ou 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
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seja, baseia-se na investigação dos antecedentes da norma, na pesquisa do processo 
legislativo, com o intuito de descobrir o seu exato significado. 
A interpretação sociológica ou teleológica busca conciliar o sentido da norma 
às novas exigências sociais. 
A interpretação declarativa é a interpretação que declara o exato alcance da 
norma, ou seja, o texto legal corresponde ao pensamento do legislador. 
A interpretação extensiva ou ampliativa amplia o sentido e o alcance 
apresentado pela expressão literal da norma jurídica. 
A interpretação restritiva restringe o sentido e o alcance apresentado pela 
expressão literal da norma jurídica. 
 
7. Integração das normas jurídicas. 
7.1. Conceitos. 
 É cediço que o legislador não consegue prever todas as situações que ocorrerão 
no presente e no futuro da sociedade, ainda mais porque vivemos em uma geração de 
constantes mudanças. Essa realidade cambiante gera situações não previstas de modo 
específico pelo legislador (lacunas) e que reclamam solução por parte do juiz. 
 Segundo Karl Engish: “As lacunas do direito são deficiências do direito positivo, 
ou seja, as falhas de conteúdo de regulamentação jurídica para determinadas 
situações de fato em que é de se esperar essa regulamentação, sendo que tais falhas, 
postulam e admitem, a sua remoção através de uma decisão judicial que integre a 
norma jurídica.” (ENGISH, Karl. Introdução ao pensamento jurídico. 6ª ed. Lisboa: 
Calouste Gulbendian, 1983. p.286). 
 Assim, integrar significa preencher as lacunas da lei. E tem por objetivo 
fornecer uma resposta jurídica para aquele que procura o judiciário. 
7.2. Classificação das lacunas. 
 As lacunas podem ser: 
a) Lacuna normativa - ausência de norma prevista para determinado caso 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
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concreto; 
b) Lacuna ontológica - presença de norma para o caso concreto, entretanto, 
desprovida de eficácia social; 
c) Lacuna axiológica - presença de norma para o caso concreto, entretanto, 
considerada insatisfatória ou injusta; e 
d) Lacuna de conflito ou antinomia - choque de duas ou mais normas válidas, sem 
que se possa dizer qual delas será aplicada em face de um determinado caso 
concreto. 
7.3. Mecanismos destinados a suprir as lacunas legais. 
7.3.1. Conceitos e generalidades. 
 Como o magistrado não pode se esquivar de proferir decisão sob o pretexto de 
que a lei é omissa, ele terá que se valer dos mecanismos da plenitude do sistema 
jurídico (destinados a supriras lacunas da lei) que são (art. 4º da LINDB): a analogia; os 
costumes; e os princípios gerais de direito. 
Vejamos o quadro esquemático: 
MECANISMOS DE INTEGRAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO 
Analogia 
Costumes 
Princípios Gerais do Direito 
 
TOME NOTA! 
Quando da utilização dos mecanismos de integração do ordenamento 
jurídico, deve-se observar a ordem proposta, qual seja: analogia, costumes e 
princípios gerais do direito. 
Para decorar tal ordem, basta lembrar que estão em ordem crescente alfabética: 
1º analogia, 2º costume e 3º princípios gerais do direito. 
7.3.2. Analogia. 
 A analogia demanda o preenchimento dos seguintes requisitos: ausência de lei 
 
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19 
para disciplinar a hipótese do caso concreto; semelhança entre a relação não 
contemplada por lei e a outra regulada; e identidade de fundamentos lógicos e 
jurídicos entre as duas situações. 
 Ademais, a analogia pode ser dividida em: 
a) Analogia legis; e 
b) Analogia juris. 
 A analogia legis está pautada na aplicação de uma norma existente, destinada a 
reger caso semelhante ao previsto. Portanto, a sua fonte é uma norma jurídica isolada, 
que é aplicada para casos similares. 
 Já a analogia juris está baseada em um conjunto de normas, para que sejam 
obtidos elementos que permitam a sua aplicação ao caso em juízo não previsto. 
 É imperioso destacar que a analogia não se confunde com a interpretação 
extensiva. A primeira consiste no recurso a outra norma do sistema jurídico, em 
virtude da inexistência de norma adequada à solução do caso concreto. Porém, implica 
na extensão da esfera de aplicação da mesma norma a situações não expressamente 
previstas, mas que foram compreendidas pelo seu alcance interpretativo. 
7.3.2. Costume. 
 O costume também é um método de integração. Trata-se da prática reiterada, 
pública, e geral de determinado ato com a convicção de sua obrigatoriedade. 
 Os costumes podem ser classificados em relação à lei em três espécies: 
a) Costumes “secundum legem” – aqueles que se acham expressamente referidos 
nas leis, como nas hipóteses dos arts. 596 e 615 do CC; 
b) Costumes “praeterl egem” – aqueles que visam suprir a lei, nos casos omissos, 
como no caso do art. 4º da Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro; e 
c) Costumes “contra legem” – aqueles que se opõem à lei. Nesse trilho, é válido 
ressaltar que o costume que afronta a lei, não a revoga ou a modifica. 
7.3.3. Princípios gerais de direito. 
 Já os princípios gerais de direito são mandamentos que se encontram na 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
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consciência dos povos e que são universalmente aceitas, ainda que não sejam escritas. 
Nessa linha, tais possuem tríplice função: 
a) Informadora – inspiram o legislador e servem de fundamento para o 
ordenamento jurídico; 
b) Normativa – atuam como fonte supletiva (integrativa), em caso de lacuna da lei; 
e 
c) Interpretadora – ajudam o aplicador do Direito a desvendar o sentido e o 
alcance da norma. 
 Finalmente, é de bom alvitre ainda mencionar que alguns princípios gerais do 
direito estão previstos nas leis, como o art. 3º da Lei de Introdução que assevera que 
“ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”. No mesmo sentido, 
podemos citar os art. 186, 1.216, 1.220, 1.255, etc. 
 
8. Antinomia. 
8.1. Conceitos. 
 A antinomia (lacunas de colisão) é o fenômeno baseado na presença de duas 
normas conflitantes válidas e emanado de autoridade competente, sem que se possa 
dizer qual delas merecerá aplicação, em determinado caso concreto. 
8.2. Critérios para a solução dos choques entre as normas jurídicas. 
 Para a solução dos choques entre as normas jurídicas, devem-se adotar os 
seguintes critérios: 
a) Critério cronológico – a norma posterior deve prevalecer sobre norma anterior; 
b) Critério da especialidade - a norma especial deve prevalecer sobre norma 
geral; e 
c) Critério hierárquico - a norma
superior deve prevalecer sobre norma inferior. 
8.3. Antinomia de 1º grau e 2º grau. 
 A resolução da antinomia tem por fito garantir a segurança na aplicação das 
normas jurídicas, para que seja resguardada a coerência do ordenamento. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
21 
Portanto, a solução dos choques entre as normas jurídicas não tem o condão de 
atingir os campos da validade e da vigência da lei. 
8.3.1. Antinomia de 1º grau. 
 A antinomia de 1.º grau é o choque de normas que envolvem somente um dos 
metacritérios (cronológico, especialidade, hierárquico). 
Casos de antinomia de 1º grau: 
a) Na hipótese de colisão entre norma posterior e norma anterior, valerá a norma 
posterior, com base no critério cronológico; 
b) Em caso de norma especial em confronto com norma geral, prevalecerá a 
norma especial, com fulcro no critério da especialidade; e 
c) Na situação de choque entre norma superior e norma inferior, valerá a norma 
superior, por força do critério hierárquico. 
8.3.2. Antinomia de 2º grau. 
 A antinomia de 2.º grau é a colisão de normas válidas que envolvem dois dos 
metacritérios (cronológico, especialidade, hierárquico). 
Casos de antinomias de 2º grau: 
a) Na hipótese de choque entre uma norma especial anterior e outra geral 
posterior, prevalecerá a norma especial anterior, com espeque no critério da 
especialidade; 
b) Na situação de colisão de norma superior anterior e outra inferior posterior, 
valerá a norma superior anterior, com base no critério hierárquico; e 
c) Em caso de conflito entre uma norma geral superior e outra norma especial e 
inferior, não existe um metacritério. 
8.4. Espécies de antinomia. 
 Para a solução de conflitos entre dois dispositivos, é essencial a diferenciação 
entre antinomia real e antinomia aparente, porque reclamam do interprete solução 
distinta. 
 A antinomia pode ser aparente, quando a hipótese que pode ser solucionada de 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
22 
acordo com os metacritérios (cronológico, especialidade, hierárquico). 
 A antinomia real, situação que não pode será dissolvida conforme os 
metacritérios (cronológico, especialidade, hierárquico). 
 Sobre o conflito entre uma norma geral superior e outra norma especial e 
inferior, Maria Helena Diniz afirma: “No conflito entre o critério hierárquico e o de 
especialidade, havendo uma norma superior-geral e outra norma inferior especial, não 
será possível estabelecer uma metarregra geral, preferindo o critério hierárquico ao da 
especialidade ou vice-versa, sem contrariar a adaptabilidade do direito.” (DINIZ, Maria 
Helena. Lei de Introdução ao Código Civil interpretada. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2001. p. 
87). 
 
9. Obrigatoriedade das Leis. 
O art. 3º da LINDB nos apresenta o princípio da obrigatoriedade da lei. Trata-se da 
máxima: nemine excusat ignorantia legis. O que significa que uma vez em vigor, todas 
as pessoas sem distinção devem obedecer à lei (inclusive os incapazes), pois ela 
se dirige a todos. Aqui temos a presunção no sentido de que o conhecimento da lei 
decorre de sua publicação. Daí a importância da vacatio legis para a eficiente 
divulgação do novo diploma legal. 
Contudo, “constata-se que o princípio da obrigatoriedade das leis não pode ser 
visto como um preceito absoluto, havendo claro abrandamento no Código Civil de 
2002. Isso porque o art. 139, III, da codificação em vigor admite a existência de erro 
substancial quando a falsa noção estiver relacionada com um erro de direito (error 
iuris), desde que este seja única causa para a celebração de um negócio jurídico e que 
não haja desobediência à lei. Alerte-se, em complemento, que a Lei de Contravenções 
Penais já previa o erro de direito como justificativa para o descumprimento da norma 
(art. 8.º).”, (Flávio Tartuce. Manual de Direito Civil: Volume único. Editora Método. 4ª 
Edição. 2014), (grifo nosso). 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
23 
b. Mapas mentais 
 
 
 
 
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c. Revisão 1 
 
01 - 2008 – CONSULPLAN - TRE-RS - ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA - 
Conforme se depreende da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro: 
a) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, 
poderá revogar ou modificar a lei anterior. 
b) A lei revogada jamais se restaurará por ter a lei revogadora perdido a vigência. 
c) Consideram-se adquiridos os direitos que o seu titular ou alguém por ele, possa 
exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo ou condição pré-
estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. 
d) A lei começa a vigorar em todo o país sempre quarenta e cinco dias depois de 
oficialmente publicada. 
e) As correções a texto de lei já em vigor não se consideram lei nova. 
 
02 - 2016 – FCC - PREFEITURA DE TERESINA – PI - TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - 
ADVOGADO 
A Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro estabelece que a lei do país em 
que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da 
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. Outrossim, 
estabelece que: 
I. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do 
matrimônio a lei do último domicílio conjugal. 
II. O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
28 
os nubentes domicílio, e, se este for diverso, à do último domicílio conjugal. 
III. O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades 
diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) III. 
e) I e III. 
 
03 - 2015 – FCC - TRE-PB - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA 
Considere: 
I. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se 
inicia seis meses depois de oficialmente publicada. 
III. Em regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde a vigência. 
De acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, está correto o 
que se afirma APENAS em: 
a) II e III. 
b) I e II. 
c) I. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
29 
d) I e III. 
e) III. 
Resposta: C 
 
04 - 2015 – FCC - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA 
Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco 
dias depois de oficialmente publicada. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer 
nova publicação de seu texto, destinada a correção, este prazo: 
a) começará a correr da nova publicação. 
b) não será interrompido, continuando a correr normalmente, tendo me vista que a 
nova publicação ocorreu apenas para correção. 
c) será contando em dobro, independente da data da nova publicação. 
d) será contado em dobro apenas se a nova publicação ocorrer nos quinze primeiros 
dias da primeira publicação. 
e) será contado em dobro apenas se a nova publicação ocorrer nos quinze últimos dias 
da primeira publicação. 
 
05 - 2015 – FCC - TRE-SE - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA 
A Lei nova “A” estabeleceu disposições gerais a par das já existentes. A Lei nova “B” 
estabeleceu disposições especiais a par das já existentes. Nestes casos, de acordo 
com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, 
a) as Leis “A” e “B” não revogam e nem modificam a lei
anterior. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
30 
b) as Leis “A” e “B” revogam e modificam a lei anterior. 
c) apenas a Lei “B” revoga e modifica a lei anterior. 
d) apenas a Lei “A” revoga e modifica a lei anterior. 
e) as Leis “A” e “B” não revogam a lei anterior, mas a modificam. 
 
06 - 2008 – FCC - TJ-RR - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO 
Com a nova publicação da lei, destinada a correção, 
a) em nenhuma hipótese haverá novo prazo para entrar em vigor. 
b) se depois de entrar a lei em vigor, a correção não se considerará lei nova. 
c) se antes de ela entrar em vigor, a vacatio legis começará a correr da nova publicação. 
d) se depois de entrar em vigor, será retroativa à data da primeira publicação. 
e) se antes de ela entrar em vigor, a vacatio legis consistirá do prazo restante contado 
desde a primeira publicação. 
 
07 - 2007 – FCC - TJ-PE - ANALISTA JUDICIÁRIO 
Considere as assertivas abaixo sobre vigência e aplicação das leis. 
I. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, 
se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
II. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei 
revogadora perdido a vigência. 
III. Só haverá revogação da lei anterior pela posterior quando esta expressamente 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
31 
o declare. 
IV. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às 
exigências do bem comum. 
É correto o que se afirma APENAS em: 
a) I e II. 
b) I, II e IV. 
c) II e III. 
d) II, III e IV. 
e) III e IV. 
 
08 - 2011 – FCC - TRE-RN - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA 
A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, 
a) modifica a lei anterior, apenas. 
b) revoga a lei anterior, apenas. 
c) não revoga nem modifica a lei anterior. 
d) derroga a lei anterior. 
e) revoga ou modifica a lei anterior. 
 
09 - 2008 – FCC - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA 
Considere: 
I. A lei do país onde for domiciliada a pessoa determina a regra sobre o começo e o 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
32 
fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. 
II. Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos 
impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. 
III. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do 
matrimônio a lei do local da celebração. 
IV. O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades 
diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. 
É correto o que consta APENAS em: 
a) I e III. 
b) I, II e IV. 
c) II e IV. 
d) II, III e IV. 
e) III e IV. 
 
10 - 2008 – FCC - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - 
EXECUÇÃO DE MANDADOS 
A respeito da Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, considere: 
I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país na data da sua 
publicação. 
II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, 
se inicia 45 dias depois de oficialmente publicada. 
III. As correções de texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
33 
IV. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja 
com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei 
anterior. 
É correto o que consta APENAS em: 
a) I e II. 
b) III e IV. 
c) I e IV. 
d) II e III. 
e) I, III e IV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
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d. Revisão 2 
 
11 - 2015 – FCC - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA 
Considere: 
I. A Lei X revogou expressamente a Lei Y. Salvo disposição em contrário, se a lei X 
perder a sua vigência, a Lei Y será restaurada. 
II. A Lei Z regulou inteiramente a matéria de que trata a lei anterior W. Neste caso, 
ocorreu a revogação da Lei W. 
III. A Lei H estabeleceu disposições gerais a par das já existentes na lei F. Neste 
caso, a Lei H não revogou a lei anterior F. 
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, está correto o 
que se afirma em: 
a) II, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) I, II e III. 
d) I e III, apenas. 
e) II e III, apenas. 
 
12 - 2015 – FCC - MPE-PB - TÉCNICO MINISTERIAL – SEM ESPECIALIDADE 
A Lei no 999 revogou integralmente a Lei no 888, que, por sua vez, tinha revogado a 
Lei no 777. Nesse caso, a Lei no 777: 
a) só volta a valer se houver disposição expressa nesse sentido na Lei no 999. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
35 
b) volta sempre a valer a partir da data da sua publicação, pois admite-se o efeito 
repristinatório automático. 
c) não voltará a valer em nenhuma hipótese, sendo necessária a edição de outra lei 
que. 
d) pode voltar a valer se o Presidente da República estabelecer essa previsão por 
Decreto. 
e) volta sempre a valer 45 dias depois da sua publicação, pois admite-se o efeito 
repristinatório automático. 
 
13 - 2014 – FCC - TJ-AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA E ADMINISTRATIVA 
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, o juiz decidirá 
o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito 
quando a lei: 
a) for injusta. 
b) for omissa. 
c) tiver caído em desuso. 
d) tiver sido revogada por outra que haja regulado inteiramente a matéria. 
e) ofender direito adquirido. 
 
14 - 2014 – FCC - TJ-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE 
MANDADOS 
A lei começa a vigorar, salvo disposição em contrário, 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
36 
a) trinta dias depois de publicada, mas com eficácia plena durante a vacatio legis. 
b) quarenta e cinco dias depois de promulgada, não produzindo efeitos enquanto não 
estiver efetivamente em vigor. 
c) quarenta e cinco dias depois de publicada, não produzindo efeitos enquanto não 
estiver efetivamente em vigor. 
d) quarenta e cinco dias depois de publicada, mas com eficácia plena durante a vacatio 
legis. 
e) quarenta e cinco dias depois de promulgada, mas com eficácia plena durante 
a vacatio legis. 
 
15 - 2014 – FCC - TCE-GO - ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - JURÍDICA 
Quanto à aplicação da norma jurídica no espaço, é INCORRETO afirmar que 
a) a sucessão por morte ou ausência obedece a norma do país do último domicílio do 
falecido. 
b) o domicílio da pessoa que não tiver residência fixa será o local em que a mesma for 
encontrada. 
c) se aplica, quanto às obrigações, a norma do local em que foram constituídas. 
d) deve ser aplicada a norma do domicílio do interessado no que se refere aos bens 
imóveis. 
e) são competentes as autoridades consulares brasileiras para registrar o nascimento 
de filhos de brasileiro nascido no país da sede do consulado. 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
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16 - 2007 – FCC - TRE-PB - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA 
No que concerne à vigência e aplicação das leis, de acordo com a Lei de Introdução 
ao Código Civil, é correto afirmar que: 
a) salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora 
perdido a vigência. 
b) não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique 
ou revogue. 
c) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes 
modifica a lei anterior. 
d) a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida nos Estados estrangeiros se 
inicia dois meses depois de oficialmente publicada. 
e) as correções a texto
de lei já em vigor não consideram-se lei nova. 
 
17 - 2007 – FCC - TRE-MS - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA 
Considere as seguintes assertivas sobre a Lei de Introdução ao Código Civil 
Brasileiro: 
I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 60 dias depois 
de oficialmente publicada. 
II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, 
se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
III. Havendo incompatibilidade entre lei posterior e lei anterior haverá revogação 
desta última. 
IV. A correção a texto de lei em vigor não é considerada lei nova. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
38 
É correto o que se afirma APENAS em: 
a) I, II e III. 
b) I, II e IV. 
c) I e III. 
d) II e III. 
e) II, III e IV. 
 
18 - 2007 – FCC - PREFEITURA DE SÃO PAULO – SP - AUDITOR FISCAL DO MUNICÍPIO 
Na lacuna da lei, o juiz: 
a) decidirá com base na analogia, nos costumes e nos princípios gerais de direito. 
b) decidirá com base na equidade e na jurisprudência. 
c) decidirá o caso apenas se houver precedentes judiciais vinculantes dos tribunais 
superiores. 
d) arbitrará a solução que lhe parecer mais justa, de forma motivada. 
e) poderá escusar-se de proferir decisão. 
 
19 - 2006 – FCC - SEFAZ-PB - AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS 
Considere as seguintes afirmações: 
I. A lei posterior somente revogará a lei anterior quando expressamente o declare. 
II. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, 
não revoga nem modifica a lei anterior. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
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III. Para qualificar e reger as obrigações, aplica-se a lei do país em que devem ser 
cumpridas. 
IV. A lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as regras sobre o 
começo e o fim da personalidade. 
V. A capacidade e os direitos de família se regulam pela lei correspondente à 
nacionalidade das pessoas. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) II e IV. 
d) III e V. 
e) IV e V. 
 
20 - 2012 – FCC - TRE-PR - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA 
NÃO se destinando a vigência temporária, a lei: 
a) terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
b) vigorará enquanto não cair em desuso. 
c) só poderá ser revogada pela superveniência de nova ordem constitucional. 
d) somente vigorará, até que outra lei expressamente a revogue. 
e) não poderá ser revogada. 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
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e. Revisão 3 
 
21. 2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça 
Avaliador Federal. 
Sobre a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, NÃO é requisito essencial 
para a sentença proferida no estrangeiro ser executada no Brasil 
a) a homologação pelo Supremo Tribunal Federal. 
b) a tradução por intérprete autorizado. 
c) o trânsito em julgado para as partes. 
d) a citação regular das partes ou verificação legal da ocorrência da revelia. 
e) a prolação por juiz competente. 
 
22. 2017 – FUNECE – UECE – Advogado. 
Atente ao seguinte dispositivo legal: “A lei posterior revoga a anterior quando 
expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule 
inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior”. 
(§1º do art. 2º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro) 
O dispositivo em destaque remete ao critério de solução de antinomias jurídicas 
denominado 
a) critério cronológico. 
b) critério da especialidade. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
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c) critério ontológico. 
d) critério hierárquico. 
 
23. 2017 – VUNESP - TJM-SP - Escrevente Técnico Judiciário – Adaptada. 
Quanto à vigência das leis, assinale a alternativa correta. 
a) Uma lei é revogada somente quando lei posterior declare expressamente sua 
revogação. 
b) Lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não 
revoga nem modifica a lei anterior. 
c) A lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. 
d) As correções a texto de lei já em vigor consideram-se a mesma lei. 
 
24. 2016 – FCC - PGE-MT - Procurador do Estado. 
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a lei nova possui 
efeito 
a) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa 
julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, incluindo o negócio jurídico sujeito 
a termo ou sob condição suspensiva. 
b) retroativo, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa 
julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual não se equiparam, para 
fins de direito intertemporal, o negócio jurídico sujeito a termo ou sob condição 
suspensiva. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
42 
c) retroativo, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa 
julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual se equipara, para fins de 
direito intertemporal, o negócio jurídico sujeito a termo, porém não o negócio jurídico 
sob condição suspensiva. 
d) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, ainda que se caracterizem como 
coisa julgada, ato jurídico perfeito ou direito adquirido. 
e) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa 
julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual se equiparam as 
faculdades jurídicas e as expectativas de direito. 
 
25. 2016 – FCC - Prefeitura de São Luiz – MA - Procurador do Município. 
Considerada a eficácia espacial e temporal das leis como regulada na Lei da Introdução 
às Normas do Direito Brasileiro: 
a) Em decorrência do princípio da obrigatoriedade das leis, relevante estruturante 
normativa, a lei se aplica a todos indistintamente, valendo a escusa por 
desconhecimento legal. 
b) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com 
ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
c) José, servidor, aposentou-se sob a égide de uma norma vigente na época, tendo 
preenchido os requisitos para a concessão do benefício. A referida norma passa a ter 
nova redação, após a concessão da aposentadoria, sendo assim lícito ao Estado 
promover a revisão dos valores concedidos ao beneficiário após nova regulamentação 
legal. 
d) Salvo disposição contrária, a lei vigorará em todo o país na data de sua publicação. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
43 
e) A partir da vigência de uma lei, sua eficácia só poderá ser descontinuada pela 
revogação por outra, sendo possível a repristinação tácita, em decorrência do princípio 
da continuidade das leis. 
 
26. 2016 – FCC - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área Judiciária. 
Objetivando construir uma casa, Cássio adquiriu terreno no qual existe um pequeno 
riacho. Depois da aquisição, entrou em vigor lei proibindo a construção em terrenos 
urbanos nos quais haja qualquer tipo de curso d'água. Referida lei possui efeito 
a) imediato, atingindo Cássio, porque a lei de ordem pública se sobrepõe ao direito 
adquirido. 
b) retroativo, por tratar de meio ambiente, mas não atinge Cássio, porque a lei de 
ordem pública não se sobrepõe ao direito adquirido. 
c) imediato, atingindo Cássio, porque este não possui direito adquirido. 
d) retroativo, por tratar de meio ambiente, atingindo Cássio, porque a lei de ordem 
pública se sobrepõe ao direito adquirido. 
e) imediato, mas não atinge Cássio, porque a lei de ordem pública não se sobrepõe ao 
direito adquirido. 
 
27. 2016 – FCC - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça 
Avaliador
Federal. 
Janete é filha de Gildete, que possui muitos bens. Considerar-se-á, em caso de conflito 
de leis no tempo, que Janete possui, em relação à futura herança de Gildete, que ainda 
está viva, 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
44 
a) direito sob condição suspensiva, que se equipara a direito adquirido. 
b) mera expectativa de direito. 
c) direito adquirido. 
d) direito sob condição suspensiva, que não se equipara a direito adquirido. 
e) direito a termo, inalterável ao arbítrio de Gildete, que se equipara a direito 
adquirido. 
 
28. 2015 – FCC - TRE-AP - Técnico Judiciário – Administrativa. 
Akira, japonês, faleceu no seu país de origem, onde estava domiciliado, deixando filhos 
brasileiros e dois imóveis em Sergipe, em relação aos quais, será aplicável à sucessão a 
lei 
a) brasileira, ainda que a legislação japonesa seja mais favorável, tendo em vista a 
nacionalidade brasileira dos filhos de Akira. 
b) brasileira, ainda que a legislação japonesa seja mais favorável, pois é a lei aplicável 
quando existirem bens imóveis em território nacional. 
c) japonesa, ainda que não seja a mais favorável aos filhos de Akira, em razão de ser o 
último domicílio do de cujus. 
d) japonesa, ainda que não seja a mais favorável aos filhos de Akira, tendo em vista a 
nacionalidade do de cujus. 
e) brasileira, salvo se a lei do Japão for mais favorável aos filhos de Akira. 
 
29. 2015 – FCC - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Judiciária. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
45 
No Direito Civil, a lei nova 
a) tem efeito imediato, mas deve respeitar o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o 
direito adquirido, incluindo os negócios sujeitos a termo. 
b) retroage para beneficiar a parte hipossuficiente. 
c) tem efeito imediato, produzindo efeitos a partir da publicação, ainda que estabeleça 
prazo de vacatio legis. 
d) tem efeito imediato apenas quando se tratar de norma processual. 
e) não pode atingir a expectativa de se adquirir um direito. 
 
30. 2015 – FCC - TJ-PI - Juiz Substituto. 
Lei nova que estabelecer disposição geral a par de lei já existente, 
a) apenas modifica a lei anterior. 
b) não revoga, nem modifica a lei anterior. 
c) derroga a lei anterior. 
d) ab-roga a lei anterior. 
e) revoga tacitamente a lei anterior. 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
46 
f. Normas comentadas 
 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO – LINDB. 
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. (Vide Lei nº 2.807, de 
1956) 
(Extrema atenção para a diferenciação desses prazos, pois a regra é: 
1. 45 dias – a lei começa a vigorar no Brasil; 
2. 3 meses –a lei começa a vigorar nos Estados estrangeiros – quando admitida). 
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, 
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a 
correr da nova publicação. 
§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que 
outra a modifique ou revogue. (Vide Lei nº 3.991, de 1961) 
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que 
tratava a lei anterior. 
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a 
lei revogadora perdido a vigência. 
(Lembrando que não existe repristinação tácita). 
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
47 
(Quando da utilização dos mecanismos de integração do ordenamento jurídico, deve-se 
observar a ordem proposta, qual seja: analogia, costumes e princípios gerais do direito. 
Para decorar tal ordem, basta lembrar que estão em ordem crescente alfabética: 
1º analogia, 2º costume e 3º princípios gerais do direito.) 
Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige 
e às exigências do bem comum. 
 Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 
1957) 
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao 
tempo em que se efetuou. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) 
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém 
por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, 
ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. (Incluído pela Lei nº 
3.238, de 1957) 
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não 
caiba recurso. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) 
Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre 
o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. 
§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira 
quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. 
§ 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades 
diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. (Redação dada pela Lei 
nº 3.238, de 1957) 
§ 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do 
matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. 
§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
48 
tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. 
§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante 
expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de 
naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de 
bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente 
registro. (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 1977) 
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem 
brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, 
salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a 
homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a 
eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de 
seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já 
proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de 
brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. (Redação dada 
pela Lei nº 12.036, de 2009). 
§ 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se 
ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes 
sob sua guarda. 
§ 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no 
lugar de sua residência ou naquele em que se encontre. 
Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que 
se constituirem. 
§ 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo
de 
forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira 
quanto aos requisitos extrínsecos do ato. 
§ 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituida no lugar em 
que residir o proponente. 
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
49 
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação 
dos bens. 
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela 
lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os 
represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de 
cujus. (Redação dada pela Lei nº 9.047, de 1995) 
§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para 
suceder. 
Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que 
nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais 
brasileiros provas que a lei brasileira desconheça. 
Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que 
reuna os seguintes requisitos: 
a) haver sido proferida por juiz competente; 
b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia; 
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias 
para a execução no lugar em que foi proferida; 
d) estar traduzida por intérprete autorizado; 
e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i 
da Constituição Federal). 
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer 
declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania 
nacional, a ordem pública e os bons costumes. 
Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades 
consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
50 
de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou 
brasileira nascido no país da sede do Consulado. (Redação dada pela Lei nº 3.238, 
de 1957) 
§ 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a 
separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos 
menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, 
devendo constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à 
partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à 
retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado 
quando se deu o casamento. (Incluído pela Lei nº 12.874, de 2013) Vigência 
§ 2o É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, 
que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou 
com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo 
necessário que a assinatura do advogado conste da escritura pública. (Incluído pela 
Lei nº 12.874, de 2013) Vigência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
51 
g. Gabarito 
 
1 2 3 4 5 
C D C A A 
6 7 8 9 10 
C B C B B 
11 12 13 14 15 
E A B C D 
16 17 18 19 20 
B D A C A 
 21 22 23 24 25 
A A B A B 
 26 27 28 29 30 
 C B E A B 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
52 
h. Breves comentários às questões 
 
01 - 2008 – CONSULPLAN - TRE-RS - ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA - 
Conforme se depreende da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro: 
a) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, 
poderá revogar ou modificar a lei anterior. 
Item errado, pois “a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior”, conforme o art. 2º, § 2º, da LINDB. 
b) A lei revogada jamais se restaurará por ter a lei revogadora perdido a vigência. 
Item errado, pois “a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a 
vigência, salvo disposição em contrário”, conforme o art. 2º, § 3º, da LINDB. 
c) Consideram-se adquiridos os direitos que o seu titular ou alguém por ele, possa 
exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo ou condição pré-
estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. 
Item correto, conforme o art. 6º, § 2º, da LINDB. 
d) A lei começa a vigorar em todo o país sempre quarenta e cinco dias depois de 
oficialmente publicada. 
Item errado, pois, “salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada”, conforme o art. 1º, da LINDB. 
e) As correções a texto de lei já em vigor não se consideram lei nova. 
Item errado, pois “as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova”, conforme 
o art. 1º, § 4º, da LINDB. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
53 
Resposta: C 
 
02 - 2016 – FCC - PREFEITURA DE TERESINA – PI - TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - 
ADVOGADO 
A Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro estabelece que a lei do país em 
que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da 
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. Outrossim, 
estabelece que: 
I. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do 
matrimônio a lei do último domicílio conjugal. 
Item errado, pois, “tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do 
matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal”, conforme o art.7º, § 3º, da LINDB. 
II. O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem 
os nubentes domicílio, e, se este for diverso, à do último domicílio conjugal. 
Item errado, pois, “o regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que 
tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal”, 
conforme o art.7º, § 4º, da LINDB. 
III. O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades 
diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. 
Item correto, conforme o art.7º, § 4º, da LINDB. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I. 
b) I e II. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
54 
c) II e III. 
d) III. 
e) I e III. 
Resposta: D 
 
03 - 2015 – FCC - TRE-PB - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA 
Considere: 
I. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
Item correto, conforme o art. 1º, § 4º, da LINDB. 
II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se 
inicia seis meses depois de oficialmente publicada. 
Item errado, pois, “nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada”, conforme o art. 1º, § 1º, da 
LINDB. 
III. Em regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde a vigência. 
Item errado, pois “a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a 
vigência, salvo disposição em contrário”, conforme o art. 2º, § 3º, da LINDB. 
De acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, está correto o 
que se afirma APENAS em: 
a) II e III. 
b) I e II. 
c) I. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
55 
d) I e III. 
e) III. 
Resposta: C 
 
04 - 2015 – FCC - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA 
Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco 
dias depois
de oficialmente publicada. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer 
nova publicação de seu texto, destinada a correção, este prazo: 
a) começará a correr da nova publicação. 
b) não será interrompido, continuando a correr normalmente, tendo me vista que a 
nova publicação ocorreu apenas para correção. 
c) será contando em dobro, independente da data da nova publicação. 
d) será contado em dobro apenas se a nova publicação ocorrer nos quinze primeiros 
dias da primeira publicação. 
e) será contado em dobro apenas se a nova publicação ocorrer nos quinze últimos dias 
da primeira publicação. 
Item ‘A’ correto, conforme o art. 1º, § 3o da LINDB. “Salvo disposição contrária, a lei começa 
a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. Se, antes 
de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o 
prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação”. 
Resposta: A 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
56 
05 - 2015 – FCC - TRE-SE - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA 
A Lei nova “A” estabeleceu disposições gerais a par das já existentes. A Lei nova “B” 
estabeleceu disposições especiais a par das já existentes. Nestes casos, de acordo 
com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, 
a) as Leis “A” e “B” não revogam e nem modificam a lei anterior. 
b) as Leis “A” e “B” revogam e modificam a lei anterior. 
c) apenas a Lei “B” revoga e modifica a lei anterior. 
d) apenas a Lei “A” revoga e modifica a lei anterior. 
e) as Leis “A” e “B” não revogam a lei anterior, mas a modificam. 
Item ‘A’ correto, conforme o art. 2º, § 2o da LINDB. “A lei nova, que estabeleça disposições 
gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior”. 
Resposta: A 
 
06 - 2008 – FCC - TJ-RR - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO 
Com a nova publicação da lei, destinada a correção, 
a) em nenhuma hipótese haverá novo prazo para entrar em vigor. 
b) se depois de entrar a lei em vigor, a correção não se considerará lei nova. 
c) se antes de ela entrar em vigor, a vacatio legis começará a correr da nova publicação. 
d) se depois de entrar em vigor, será retroativa à data da primeira publicação. 
e) se antes de ela entrar em vigor, a vacatio legis consistirá do prazo restante contado 
desde a primeira publicação. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
57 
 Item ‘C’ correto, conforme o art. 1º, § 3o da LINDB. “Se, antes de entrar a lei em vigor, 
ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos 
parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação”. 
Resposta: C 
 
07 - 2007 – FCC - TJ-PE - ANALISTA JUDICIÁRIO 
Considere as assertivas abaixo sobre vigência e aplicação das leis. 
I. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, 
se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
Item correto, conforme o art. 1º, § 1o da LINDB. “Nos Estados, estrangeiros, a 
obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de 
oficialmente publicada”. 
II. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei 
revogadora perdido a vigência. 
Item correto, conforme o art. 2º, § 3o da LINDB. “Salvo disposição em contrário, a lei 
revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”. 
III. Só haverá revogação da lei anterior pela posterior quando esta expressamente 
o declare. 
Item errado, conforme o art. 2º, § 1o da LINDB. “A lei posterior revoga a anterior quando 
expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente 
a matéria de que tratava a lei anterior”. 
IV. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às 
exigências do bem comum. 
Item correto, conforme o art. 5º, da LINDB. “Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
58 
sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum”. 
É correto o que se afirma APENAS em: 
a) I e II. 
b) I, II e IV. 
c) II e III. 
d) II, III e IV. 
e) III e IV. 
Resposta: B 
 
08 - 2011 – FCC - TRE-RN - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA 
A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, 
a) modifica a lei anterior, apenas. 
b) revoga a lei anterior, apenas. 
c) não revoga nem modifica a lei anterior. 
d) derroga a lei anterior. 
e) revoga ou modifica a lei anterior. 
Item ‘C’ correto, conforme o art. 2º, § 2o da LINDB. “a lei nova, que estabeleça disposições 
gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior”. 
Resposta: C 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
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09 - 2008 – FCC - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA 
Considere: 
I. A lei do país onde for domiciliada a pessoa determina a regra sobre o começo e o 
fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. 
Item correto, conforme o art. 7º da LINDB. “A lei do país em que domiciliada a pessoa 
determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os 
direitos de família”. 
II. Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos 
impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. 
Item correto, conforme o art. 7º, § 1º da LINDB. “Realizando-se o casamento no Brasil, 
será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da 
celebração”. 
III. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do 
matrimônio a lei do local da celebração. 
Item errado, pois, “tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do 
matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal” e não a lei do local da celebração, 
conforme o art. 7º, § 3º da LINDB 
IV. O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades 
diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. 
Item correto, conforme o art. 7º, § 2º da LINDB. “O casamento de estrangeiros poderá 
celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os 
nubentes”. 
É correto o que consta APENAS em: 
a) I e III. 
b) I, II e IV. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
60 
c) II e IV. 
d) II, III e IV. 
e) III e IV. 
Resposta: B 
 
10 - 2008 – FCC - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - 
EXECUÇÃO DE MANDADOS 
A respeito da Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, considere: 
I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país na data da sua 
publicação. 
Item errado, pois “salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada”, conforme o art. 1o da LINDB. 
II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, 
se inicia 45 dias depois de oficialmente publicada. 
Item errado, pois “nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada”, conforme o art. 1o, § 1o, 
da LINDB. 
III. As correções de texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
Item correto, conforme o art. 1o,§ 4o, da LINDB. “As correções a texto de lei já em vigor 
consideram-se lei nova”. 
IV. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja 
com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei 
anterior. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
61 
Item correto, conforme o art. 2o,§ 1o, da LINDB. “A lei posterior revoga a anterior quando 
expressamente o declare, quando

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