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Assuntos da Rodada Direito Civil: Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro: vigência e revogação da norma, conflito de normas no tempo e no espaço, preenchimento de lacuna jurídica. Pessoa Natural: conceito, capacidade e incapacidade, começo e fim, direitos da personalidade. Pessoa Jurídica: conceito, classificação, começo e fim de sua existência legal, desconsideração. Bens: das diferentes classes de bens. Fatos Jurídicos. Negócio Jurídico: conceito, classificação, elementos essenciais gerais e particulares, elementos acidentais, defeitos, nulidade absoluta e relativa, invalidade. Ato Jurídico lícito. Ato ilícito. Prescrição e Decadência. Obrigações: modalidades das obrigações, transmissão, adimplemento, extinção e inadimplemento. Contratos em geral; preliminares e formação dos contratos. Transmissão das obrigações. Adimplemento das obrigações. Responsabilidade civil. Direitos Reais: disposições gerais; Da Propriedade; Da Superfície; Do usufruto; Do Uso; Do Direito do Promitente Comprador. Rodada #1 Direito Civil Professora Elisa Pinheiro DIREITO CIVIL 2 Recados importantes! ➢ NÃO AUTORIZAMOS a venda de nosso material em qualquer outro site. Não apoiamos, nem temos contrato, com qualquer prática ou site de rateio. ➢ A reprodução indevida, não autorizada, deste material ou de qualquer parte dele sujeitará o infrator a multa de até 3 mil vezes o valor do curso, à responsabilidade reparatória civil e persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98. ➢ Tente cumprir as metas na ordem que determinamos. É fundamental para o perfeito aproveitamento do treinamento. ➢ Você pode fazer mais questões desta disciplina no nosso teste semanal ONLINE. ➢ Qualquer problema com a meta, envie uma mensagem para o WhatsApp oficial da Turma Elite (35) 99106 5456. DIREITO CIVIL 3 a. Teoria em Tópicos 1. Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro. A Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro está contida no Decreto-Lei 4.657/1942. Com efeito, trata-se de uma “norma de sobre direito”, pois versa sobre importantes diretrizes para a aplicação das normas, sendo que o seu conteúdo se irradia sobre todo o ordenamento pátrio. Na Lei de introdução às normas de Direito Brasileiro é possível encontrar a maioria das regras sobre Direito Internacional Privado do país. Notadamente, a LINDB contém regras sobre institutos jurídicos de caráter privado, da seara do Direito Civil, tais como: personalidade, capacidade, direitos de família, direito sucessório, direito das obrigações, etc. É por conta dessa vinculação ao direito privado que, no passado, utilizou-se a denominação de Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro. ATENÇÃO! A Lei 12.376/2010 alterou apenas a nomenclatura LICC para LINDB, restando intocáveis os artigos do Decreto Lei nº 4.657/42. Tal alteração veio de maneira acertada, pois em que pese a LINDB encontrar-se anexa ao Código Civil, não o compõe, uma vez que se trata de legislação autônoma. Logo, rege todos os ramos do direito, salvo naquilo que for regulado de forma diferente na legislação específica. 2. Funções da LINDB. A LINDB tem por funções regulamentar: a) O início da obrigatoriedade da lei; b) O tempo de obrigatoriedade da lei; c) A eficácia global da ordem jurídica, não admitindo a ignorância da lei vigente; DIREITO CIVIL 4 d) Os mecanismos de integração das normas, quando houver lacunas; e) Os critérios de hermenêutica jurídica; f) O direito intertemporal; g) O direito internacional privado brasileiro; e h) Os atos civis praticados, no estrangeiro, pelas autoridades consulares brasileiras. Vejamos a estrutura e funções da LINDB: Artigos Funções 1º e 2º Vigência normativa 3º Obrigatoriedade das normas 4º Integração normativa 5º Interpretação normativa 6º Aplicação das normas no tempo 7º a 19 Aplicação da lei no espaço 3. Vigência da lei. 3.1. Conceito. A vigência diz respeito a um critério puramente temporal. Refere-se ao período de validade da norma. Ou em outras palavras: é o lapso temporal que vai do momento em que ela passa a ter força vinculante até a data em que é revogada ou em que se esgota o prazo prescrito para sua duração. 3.2. Início da Vigência da Lei. Para que uma lei seja criada, são necessárias três fases. Vejamos: A fase de elaboração ou de iniciativa tem sua competência normatizada no DIREITO CIVIL 5 art. 61, caput da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88). Já a fase de promulgação equivale à autenticação da lei, à declaração de sua existência obedecido o processo legislativo. Através da promulgação, a autoridade atesta a existência da lei. Por fim, a fase de publicação é quando se tem o início da vigência da lei. A lei somente começa a vigorar com sua publicação no Diário Oficial. Após a fase de publicação, ninguém poderá alegar que não cumpriu a lei porque não a conhecia (art. 3º da LINDB). 3.3. Quando a lei começa a vigorar no Brasil e no exterior. Conforme o art. 1° da Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro, a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada, salvo disposição em contrário. Logo, a sua obrigatoriedade não se inicia no dia da publicação, salvo se ela própria dispuser nesse sentido. Quando a lei brasileira é admitida no exterior, a sua obrigatoriedade tem início somente 3 meses depois de oficialmente publicada. PEGADINHA! Quando as provas cobram o conteúdo do § 1º do art. 1º da LINDB, elas tendem a nos “pregar algumas peças”, algumas pegadinhas. E como é essa “pegadinha”? Bem assim: Caso 01: Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 90 dias depois de oficialmente publicada. Repararam? O examinador costuma trocar o prazo de “três meses” por “90 dias”. Se cair isso, a alternativa está errada! Caso 02: Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, sempre admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. Perceberam? Trocaram a expressão “quando” (porque pode acontecer de a lei DIREITO CIVIL 6 brasileira não ser admitida no Estado estrangeiro) por “sempre”. Se cair isso, a alternativa está errada! Estes são os casos mais comuns, mas devemos ficar atentos às originalidades das bancas examinadoras. 3.4. Vacatio Legis. O intervalo (45 dias ou três meses ou outro previsto em lei) entre a data da publicação da lei e a sua entrada em vigor denomina-se vacatio legis. Inclusive, durante este intervalo (vacatio legis), a lei não produzirá efeitos, devendo incidir a lei anterior no sistema legislativo. Vejamos o gráfico abaixo para entendermos melhor: edição publicação vigência vacatio legis obrigatoriedade sem obrigatoriedade da nova lei da lei nova vigora a lei antiga 3.5. Nova Publicação de Texto Legal. Se, ao longo desse tempo de espera, sobrevierem correções ao texto de lei, a contagem do prazo é reiniciada. Já qualquer modificação, após o início de vigência, implicará em uma lei nova. Assim, a respeito dos §§ 3º e 4º do art. 1º da LINDB devemos ficar atentos a alguns aspectos, conforme tabela abaixo: Antes de a lei entrar em vigor (durante a vacatio legis) – § 3º Depois de a lei entrar em vigor (após a vacatio legis) – § 4º DIREITO CIVIL 7 A correção se destina a erros materiais ou falhas de ortografias. A correção também se destina a erros materiais ou falhas de ortografias. Neste caso o novo prazo para vacatio legis começará a correr da nova publicação Como a lei já se encontra em vigor, esta lei corrigida, será considerada lei nova. O novo prazo somente correrá para a parte corrigida ou emendada da lei. Ou seja, apenas os artigos alterados e republicados terão seu prazo de vigência contados da nova publicação Os direitos adquiridos durante a vigência da lei com incorreções, têm de ser resguardados pelo fato de a lei ter adquirido força obrigatória. Logo, não serão atingidos pela publicação do texto corrigido. PEGADINHA! As bancas amam pegadinhas quando se trata dos parágrafos acima. Então vejamos algumas das situações mais comuns: Caso 01: Se, depois de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. Errada! Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. Certa! Caso 02: As correções a texto de lei já em vigor não se consideram lei nova. Errada! As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Certa! Caso 03: As correções a texto de lei durante a vacatio legis consideram-se lei nova. Errada! As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Certa! DIREITO CIVIL 8 3.6. Contagem do Prazo. O art. 8º, § 1º da Lei Complementar 95/98 é quem regular a forma de contagem do prazo de vacatio legis. Art. 8º, § 1º da LC 95/98 - A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral. Ou seja, a contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância é feita incluindo-se o dia da publicação e o último dia na contagem do prazo. Exemplo: Lei publicada no dia 02 de abril. Prazo de vacância de 10 dias. No caso, o prazo de vacância inclui o dia 02 de abril e vai até o dia 11 de abril (porque são 10 dias de vacância). Mas a lei somente entrará em vigor no dia seguinte (12 de abril). 4. Aplicação da lei no tempo. Regra geral, quando uma lei entra em vigor, ela não tem prazo de vigência, salvo a exceção das leis temporárias. Desse modo, prevalece o princípio da continuidade das leis em nosso ordenamento jurídico. Assim, a lei deixa de alcançar os fatos supervenientes, entretanto, continua a alcançar os efeitos dos atos praticados durante o seu período de vigência, salvo disposição em contrário e desde que não afronte direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, conforme o inciso XXXVI do artigo 5º da CF e o § 1.º, do art. 6º da LINDB. 4.1. Direito adquirido. O direito adquirido consiste no direito material ou imaterial incorporado ao patrimônio do titular. Já a expectativa implica na mera esperança de se adquirir um direito caso venha a realizar-se um acontecimento futuro, que lhe dará efetividade. DIREITO CIVIL 9 4.2. Ato jurídico perfeito. De outro lado, o ato jurídico perfeito traduz-se naquele consumado nos termos da lei vigente ao tempo em que se efetuou. Por exemplo: um contrato que já foi celebrado, mas que ainda continua produzindo efeitos. 4.3. Coisa julgada. Por sua vez, a coisa julgada, com fulcro no § 3.º, art. 6º da LINDB, consiste na decisão judicial prolatada, da qual não cabe mais recurso. 4.4. Revogação 4.4.1. Conceito de Revogação e Generalidades. A revogação é o fenômeno pelo qual uma lei perde a sua vigência. Ou seja, revogar é tornar sem efeito uma norma, retirando sua obrigatoriedade. Assim, quando dizemos que a lei continuará a ter vigor até que outra lei a modifique ou a revogue, queremos enaltecer o caráter permanente da lei (em razão do princípio da continuidade das leis). Mas a esta regra do princípio da continuidade tem exceção, que são os casos das leis temporárias, cuja vigência tem prazo certo. E aqui duas considerações de extrema importância: a) A lei não perde a sua eficácia pelo desuso (não uso); e b) O costume não tem força para revogar a lei. 4.4.2. Espécies de Revogação. A revogação da lei é o gênero que poderá ter as seguintes espécies a depender da classificação: A derrogação é a revogação parcial de uma lei. Ou seja, somente uma parte da lei é revogada e o restante continua em vigor. DIREITO CIVIL 10 A ab-rogação é a revogação total de uma lei. Ou seja, toda a lei é suprimida. Logo, todos os dispositivos daquela lei não serão mais usados e nem válidos. Atenção ao quadro esquemático: Derrogação Ab-rogação Revogação parcial. Revogação total. Por sua vez, a revogação expressa ocorre quando a nova lei declara que a antiga lei será total ou parcialmente extinta (art. 2º, § 1º, primeira parte). E a revogação tácita ocorre quando a nova lei não contém declaração no sentido de revogar a lei antiga, mas isto ocorre porque a nova legislação se mostra incompatível com a antiga ou regula por inteiro a matéria de que tratava a lei anterior (art. 2º, § 1º, última parte). 4.5. Repristinação. A repristinação consiste na restauração da lei revogada pelo fato da lei revogadora ter perdido sua vigência. E, como regra (há exceção), a repristinação não é admitida em nosso sistema jurídico. Assim, salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência (art. 2º, § 3º, LINDB). Exemplo 01: Lei 2 revoga Lei 1. Posteriormente Lei 3 revoga Lei 2. A Lei 1 não irá se restaurar pelo fato da Lei 2 que a revogou, também ter sido revogada. Esta é a regra! Exemplo 02: Lei 2 revoga Lei 1. Posteriormente Lei 3 revoga Lei 2. E a Lei 3 expressamente declarar que a Lei 1 irá se restaurar. DIREITO CIVIL 11 Esta é a exceção, mas é possível! 4.6. Ultratividade das normas. Admite-se, excepcionalmente, o fenômeno da ultratividade da norma, a qual continuará a proteger atos pretéritos, mesmo após ser revogada. Por exemplo: o art. 144 do CTN que determina que o lançamento se reportará à data do fato gerador, regulando-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. 5. Aplicação da lei no espaço. 5.1. Normas do país em que for domiciliada a pessoa. Nos termos do art. 7.º da LINDB, serão aplicadas as normas do país em que for domiciliada a pessoa, no que concerne ao começo e fim da personalidade, inclusive quanto ao nome, à capacidade e aos direitos de família. 5.2. Princípio da territorialidade moderada/temperada. O Brasil adotou, quanto à vigência da lei no espaço, o princípio da territorialidade moderada/temperada. Portanto, não é absoluta a regra de aplicação da lei nacional, uma vez que, admite-se que, em certas circunstâncias especiais, a lei estrangeira tenha eficácia dentro do nosso território, sem que isso comprometa a soberania do país. 5.3. Casamento celebrado no Brasil. Quanto ao casamento celebrado no Brasil devem ser aplicadas as regras quanto aos impedimentos matrimoniais conforme o art. 1.521 do CC. No mesmo sentido, temos o art. 7.º, § 1.º, da LINDB. Conforme art. 1.521, CC, não podem casar: a) Os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; b) Os afins em linha reta; c) O adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; DIREITO CIVIL 12 d) Os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; e) O adotado com o filho do adotante; f) As pessoas casadas; e g) O cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. Quanto ao casamento entre estrangeiros, esse poderá ser celebrado no Brasil, perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes (art. 7.º, § 2.º, da LINDB). Por fim, se os nubentes tiverem domicílios diversos, deverão ser aplicadas as regras - quanto à invalidade do casamento - do primeiro domicílio conjugal (art. 7.º, § 3.º, da LINDB). 5.4. Regras patrimoniais sobre o regime de bens do casamento. Quanto às regras patrimoniais sobre o regime de bens do casamento, deverá ser aplicada a lei do local em que os cônjuges tenham domicílio. No entanto, em caso de divergência quanto aos domicílios, prevalecerá o primeiro domicílio conjugal (art. 7.º, § 4.º, da LINDB). Nos termos do art. 7.º, § 5.º, da LINDB, para o estrangeiro casado que se naturalizar como brasileiro permite-se (no momento da sua naturalização e mediante autorização expressa do cônjuge) o requerimento ao Poder Judiciário para a adoção do regime da comunhão parcial de bens, desde que sejam respeitados os direitos de terceiros anteriores à alteração, bem como seja feito o registro no cartório das pessoas naturais (art. 7.º, § 5.º, da Lei de Introdução). 5.5. Divórcio celebrado no exterior e ambos os cônjuges sejam brasileiros. Em relação ao divórcio celebrado no exterior em que um ou ambos os cônjuges sejam brasileiros, haverá reconhecimento no Brasil após 1 ano da data da sentença (salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo), caso em que a homologação produzirá efeito imediato, desde que sejam obedecidas as condições DIREITO CIVIL 13 estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. 5.6. Matrimônio de brasileiros que estão no exterior. Quanto ao matrimônio de brasileiros que estão no exterior, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado (art. 18 da Lei de Introdução). Nessa esteira, as autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, caso não tenham filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento. Com efeito, será indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da escritura pública. 5.7. Bens. Em relação aos bens, o art. 8º da Lei de Introdução prevê que deve ser aplicada a norma do local em que esses se situam. Em caso de bens móveis transportados, deverá ser aplicada a norma do domicílio do seu proprietário. Quanto ao penhor, será aplicada a norma do domicílio que tiver a pessoa em cuja posse se encontre a coisa empenhada. 5.8. Local que rege as obrigações. Conforme o art. 9º da LINDB, as obrigações serão regidas pelas leis do local em que foram constituídas. 5.9. Organizações destinadas a fins de interesse coletivo. DIREITO CIVIL 14 Nos termos do art. 11 da Lei de Introdução, as organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, devem obedecer à lei do Estado onde foram criadas. 5.10. Contrato celebrado no exterior e destinado a produzir efeitos em nosso país. No que diz respeito ao contrato celebrado no exterior e destinado a produzir efeitos em nosso país, serão admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos fatores externos, requisitos extrínsecos do ato. 5.11. Sucessão por morte ou por ausência. No que concerne à sucessão por morte ou por ausência, serão aplicadas as normas do país do último domicílio do de cujus. As regras de vocação hereditária para suceder bens de estrangeiro situados no Brasil serão as nacionais. Por sua vez, a sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. 5.12. Réu for domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. O art. 12 da Lei de Introdução assegura a competência da justiça brasileira, quando o réu for domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação; garantindo, ainda, a competência da autoridade pátria em casos de ações relativas a imóveis situados no Brasil. 5.13. Prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro. Nos termos do art. 13 da Lei de Introdução, a prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro deve ser regida pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se. No entanto, não serão admitidas, pelos tribunais brasileiros, as provas que a lei brasileira desconheça. 5.14. Sentenças proferidas no estrangeiro. Nos termos do art. 15 da Lei de Introdução, as sentenças proferidas no DIREITO CIVIL 15 estrangeiro serão executadas no Brasil se forem preenchidos os seguintes requisitos: a) Haver sido proferida por juiz competente; b) Terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia; c) Ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida; d) Estar traduzida por intérprete autorizado; e e) Ter sido homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (em que pese o art. 15, alínea ‘e’ da LINDB apontar o STF como competente para homologar a sentença estrangeira, o art. 105, I, ‘i’, CF/88, reza que a competência e do STJ). O art. 515, VIII, do Código de Processo Civil enquadrou a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça como título executivo judicial. Nos termos da alínea i, do inciso I do art. 105 da CF, compete ao Superior Tribunal de Justiça a homologação de sentenças estrangeiras, bem como a concessão de exequatur às cartas rogatórias. Notadamente, esse juízo de delibação consiste em um controle para examinar o cumprimento daqueles requisitos mencionados, como também o respeito à ordem pública e à soberania nacional, para então imprimir eficácia à decisão estrangeira no território brasileiro, sem que haja reexame do mérito da questão (art.17 da LINDB). 6. Interpretação da lei. 6.1. Conceito. Quando o juiz aplica a norma ao caso concreto (subsunção), normalmente, ele faz um exercício de interpretação das leis para efetuar o silogismo jurídico. Nessa esteira, interpretar significa descobrir o sentido e o alcance da norma jurídica. 6.2. Métodos de interpretação. DIREITO CIVIL 16 A interpretação autêntica ou legislativa é a realizada pelo próprio legislador através de lei interpretativa. No caso, o legislador reconhece a obscuridade ou ambiguidade da norma e vota uma nova lei que se destinada a esclarecer a sua intenção. A interpretação jurisprudencial ou judicial é a interpretação fixada pelos Tribunais. A interpretação doutrinária é a interpretação feita pelos estudiosos do direito através de seus livros (doutrinas). A interpretação gramatical consiste na busca do sentido literal ou textual da norma constitucional. A interpretação lógica ou racional utiliza raciocínios lógicos ou dedutíveis para a análise da norma. É o método que atende ao espírito da lei, uma vez que procura apurar o sentido e a finalidade da norma, a intenção do legislador, A interpretação sistemática se relaciona com a interpretação lógica, e, por tal motivo, muitos juristas preferem denominá-la como interpretação lógico-sistemática. Segundo esse método de interpretação, uma lei não existe isoladamente, logo deve ser interpretada em conjunto com outras pertencentes à mesma categoria do direito. A interpretação histórica baseia-se na busca dos antecedentes remotos e imediatos que interferiram no processo de interpretação de uma determinada lei, ou DIREITO CIVIL 17 seja, baseia-se na investigação dos antecedentes da norma, na pesquisa do processo legislativo, com o intuito de descobrir o seu exato significado. A interpretação sociológica ou teleológica busca conciliar o sentido da norma às novas exigências sociais. A interpretação declarativa é a interpretação que declara o exato alcance da norma, ou seja, o texto legal corresponde ao pensamento do legislador. A interpretação extensiva ou ampliativa amplia o sentido e o alcance apresentado pela expressão literal da norma jurídica. A interpretação restritiva restringe o sentido e o alcance apresentado pela expressão literal da norma jurídica. 7. Integração das normas jurídicas. 7.1. Conceitos. É cediço que o legislador não consegue prever todas as situações que ocorrerão no presente e no futuro da sociedade, ainda mais porque vivemos em uma geração de constantes mudanças. Essa realidade cambiante gera situações não previstas de modo específico pelo legislador (lacunas) e que reclamam solução por parte do juiz. Segundo Karl Engish: “As lacunas do direito são deficiências do direito positivo, ou seja, as falhas de conteúdo de regulamentação jurídica para determinadas situações de fato em que é de se esperar essa regulamentação, sendo que tais falhas, postulam e admitem, a sua remoção através de uma decisão judicial que integre a norma jurídica.” (ENGISH, Karl. Introdução ao pensamento jurídico. 6ª ed. Lisboa: Calouste Gulbendian, 1983. p.286). Assim, integrar significa preencher as lacunas da lei. E tem por objetivo fornecer uma resposta jurídica para aquele que procura o judiciário. 7.2. Classificação das lacunas. As lacunas podem ser: a) Lacuna normativa - ausência de norma prevista para determinado caso DIREITO CIVIL 18 concreto; b) Lacuna ontológica - presença de norma para o caso concreto, entretanto, desprovida de eficácia social; c) Lacuna axiológica - presença de norma para o caso concreto, entretanto, considerada insatisfatória ou injusta; e d) Lacuna de conflito ou antinomia - choque de duas ou mais normas válidas, sem que se possa dizer qual delas será aplicada em face de um determinado caso concreto. 7.3. Mecanismos destinados a suprir as lacunas legais. 7.3.1. Conceitos e generalidades. Como o magistrado não pode se esquivar de proferir decisão sob o pretexto de que a lei é omissa, ele terá que se valer dos mecanismos da plenitude do sistema jurídico (destinados a supriras lacunas da lei) que são (art. 4º da LINDB): a analogia; os costumes; e os princípios gerais de direito. Vejamos o quadro esquemático: MECANISMOS DE INTEGRAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO Analogia Costumes Princípios Gerais do Direito TOME NOTA! Quando da utilização dos mecanismos de integração do ordenamento jurídico, deve-se observar a ordem proposta, qual seja: analogia, costumes e princípios gerais do direito. Para decorar tal ordem, basta lembrar que estão em ordem crescente alfabética: 1º analogia, 2º costume e 3º princípios gerais do direito. 7.3.2. Analogia. A analogia demanda o preenchimento dos seguintes requisitos: ausência de lei DIREITO CIVIL 19 para disciplinar a hipótese do caso concreto; semelhança entre a relação não contemplada por lei e a outra regulada; e identidade de fundamentos lógicos e jurídicos entre as duas situações. Ademais, a analogia pode ser dividida em: a) Analogia legis; e b) Analogia juris. A analogia legis está pautada na aplicação de uma norma existente, destinada a reger caso semelhante ao previsto. Portanto, a sua fonte é uma norma jurídica isolada, que é aplicada para casos similares. Já a analogia juris está baseada em um conjunto de normas, para que sejam obtidos elementos que permitam a sua aplicação ao caso em juízo não previsto. É imperioso destacar que a analogia não se confunde com a interpretação extensiva. A primeira consiste no recurso a outra norma do sistema jurídico, em virtude da inexistência de norma adequada à solução do caso concreto. Porém, implica na extensão da esfera de aplicação da mesma norma a situações não expressamente previstas, mas que foram compreendidas pelo seu alcance interpretativo. 7.3.2. Costume. O costume também é um método de integração. Trata-se da prática reiterada, pública, e geral de determinado ato com a convicção de sua obrigatoriedade. Os costumes podem ser classificados em relação à lei em três espécies: a) Costumes “secundum legem” – aqueles que se acham expressamente referidos nas leis, como nas hipóteses dos arts. 596 e 615 do CC; b) Costumes “praeterl egem” – aqueles que visam suprir a lei, nos casos omissos, como no caso do art. 4º da Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro; e c) Costumes “contra legem” – aqueles que se opõem à lei. Nesse trilho, é válido ressaltar que o costume que afronta a lei, não a revoga ou a modifica. 7.3.3. Princípios gerais de direito. Já os princípios gerais de direito são mandamentos que se encontram na DIREITO CIVIL 20 consciência dos povos e que são universalmente aceitas, ainda que não sejam escritas. Nessa linha, tais possuem tríplice função: a) Informadora – inspiram o legislador e servem de fundamento para o ordenamento jurídico; b) Normativa – atuam como fonte supletiva (integrativa), em caso de lacuna da lei; e c) Interpretadora – ajudam o aplicador do Direito a desvendar o sentido e o alcance da norma. Finalmente, é de bom alvitre ainda mencionar que alguns princípios gerais do direito estão previstos nas leis, como o art. 3º da Lei de Introdução que assevera que “ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”. No mesmo sentido, podemos citar os art. 186, 1.216, 1.220, 1.255, etc. 8. Antinomia. 8.1. Conceitos. A antinomia (lacunas de colisão) é o fenômeno baseado na presença de duas normas conflitantes válidas e emanado de autoridade competente, sem que se possa dizer qual delas merecerá aplicação, em determinado caso concreto. 8.2. Critérios para a solução dos choques entre as normas jurídicas. Para a solução dos choques entre as normas jurídicas, devem-se adotar os seguintes critérios: a) Critério cronológico – a norma posterior deve prevalecer sobre norma anterior; b) Critério da especialidade - a norma especial deve prevalecer sobre norma geral; e c) Critério hierárquico - a norma superior deve prevalecer sobre norma inferior. 8.3. Antinomia de 1º grau e 2º grau. A resolução da antinomia tem por fito garantir a segurança na aplicação das normas jurídicas, para que seja resguardada a coerência do ordenamento. DIREITO CIVIL 21 Portanto, a solução dos choques entre as normas jurídicas não tem o condão de atingir os campos da validade e da vigência da lei. 8.3.1. Antinomia de 1º grau. A antinomia de 1.º grau é o choque de normas que envolvem somente um dos metacritérios (cronológico, especialidade, hierárquico). Casos de antinomia de 1º grau: a) Na hipótese de colisão entre norma posterior e norma anterior, valerá a norma posterior, com base no critério cronológico; b) Em caso de norma especial em confronto com norma geral, prevalecerá a norma especial, com fulcro no critério da especialidade; e c) Na situação de choque entre norma superior e norma inferior, valerá a norma superior, por força do critério hierárquico. 8.3.2. Antinomia de 2º grau. A antinomia de 2.º grau é a colisão de normas válidas que envolvem dois dos metacritérios (cronológico, especialidade, hierárquico). Casos de antinomias de 2º grau: a) Na hipótese de choque entre uma norma especial anterior e outra geral posterior, prevalecerá a norma especial anterior, com espeque no critério da especialidade; b) Na situação de colisão de norma superior anterior e outra inferior posterior, valerá a norma superior anterior, com base no critério hierárquico; e c) Em caso de conflito entre uma norma geral superior e outra norma especial e inferior, não existe um metacritério. 8.4. Espécies de antinomia. Para a solução de conflitos entre dois dispositivos, é essencial a diferenciação entre antinomia real e antinomia aparente, porque reclamam do interprete solução distinta. A antinomia pode ser aparente, quando a hipótese que pode ser solucionada de DIREITO CIVIL 22 acordo com os metacritérios (cronológico, especialidade, hierárquico). A antinomia real, situação que não pode será dissolvida conforme os metacritérios (cronológico, especialidade, hierárquico). Sobre o conflito entre uma norma geral superior e outra norma especial e inferior, Maria Helena Diniz afirma: “No conflito entre o critério hierárquico e o de especialidade, havendo uma norma superior-geral e outra norma inferior especial, não será possível estabelecer uma metarregra geral, preferindo o critério hierárquico ao da especialidade ou vice-versa, sem contrariar a adaptabilidade do direito.” (DINIZ, Maria Helena. Lei de Introdução ao Código Civil interpretada. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2001. p. 87). 9. Obrigatoriedade das Leis. O art. 3º da LINDB nos apresenta o princípio da obrigatoriedade da lei. Trata-se da máxima: nemine excusat ignorantia legis. O que significa que uma vez em vigor, todas as pessoas sem distinção devem obedecer à lei (inclusive os incapazes), pois ela se dirige a todos. Aqui temos a presunção no sentido de que o conhecimento da lei decorre de sua publicação. Daí a importância da vacatio legis para a eficiente divulgação do novo diploma legal. Contudo, “constata-se que o princípio da obrigatoriedade das leis não pode ser visto como um preceito absoluto, havendo claro abrandamento no Código Civil de 2002. Isso porque o art. 139, III, da codificação em vigor admite a existência de erro substancial quando a falsa noção estiver relacionada com um erro de direito (error iuris), desde que este seja única causa para a celebração de um negócio jurídico e que não haja desobediência à lei. Alerte-se, em complemento, que a Lei de Contravenções Penais já previa o erro de direito como justificativa para o descumprimento da norma (art. 8.º).”, (Flávio Tartuce. Manual de Direito Civil: Volume único. Editora Método. 4ª Edição. 2014), (grifo nosso). DIREITO CIVIL 23 b. Mapas mentais DIREITO CIVIL 24 DIREITO CIVIL 25 DIREITO CIVIL 26 DIREITO CIVIL 27 c. Revisão 1 01 - 2008 – CONSULPLAN - TRE-RS - ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA - Conforme se depreende da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro: a) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, poderá revogar ou modificar a lei anterior. b) A lei revogada jamais se restaurará por ter a lei revogadora perdido a vigência. c) Consideram-se adquiridos os direitos que o seu titular ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo ou condição pré- estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. d) A lei começa a vigorar em todo o país sempre quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. e) As correções a texto de lei já em vigor não se consideram lei nova. 02 - 2016 – FCC - PREFEITURA DE TERESINA – PI - TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - ADVOGADO A Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro estabelece que a lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. Outrossim, estabelece que: I. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do último domicílio conjugal. II. O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem DIREITO CIVIL 28 os nubentes domicílio, e, se este for diverso, à do último domicílio conjugal. III. O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. Está correto o que se afirma APENAS em: a) I. b) I e II. c) II e III. d) III. e) I e III. 03 - 2015 – FCC - TRE-PB - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA Considere: I. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia seis meses depois de oficialmente publicada. III. Em regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde a vigência. De acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em: a) II e III. b) I e II. c) I. DIREITO CIVIL 29 d) I e III. e) III. Resposta: C 04 - 2015 – FCC - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, este prazo: a) começará a correr da nova publicação. b) não será interrompido, continuando a correr normalmente, tendo me vista que a nova publicação ocorreu apenas para correção. c) será contando em dobro, independente da data da nova publicação. d) será contado em dobro apenas se a nova publicação ocorrer nos quinze primeiros dias da primeira publicação. e) será contado em dobro apenas se a nova publicação ocorrer nos quinze últimos dias da primeira publicação. 05 - 2015 – FCC - TRE-SE - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA A Lei nova “A” estabeleceu disposições gerais a par das já existentes. A Lei nova “B” estabeleceu disposições especiais a par das já existentes. Nestes casos, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a) as Leis “A” e “B” não revogam e nem modificam a lei anterior. DIREITO CIVIL 30 b) as Leis “A” e “B” revogam e modificam a lei anterior. c) apenas a Lei “B” revoga e modifica a lei anterior. d) apenas a Lei “A” revoga e modifica a lei anterior. e) as Leis “A” e “B” não revogam a lei anterior, mas a modificam. 06 - 2008 – FCC - TJ-RR - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO Com a nova publicação da lei, destinada a correção, a) em nenhuma hipótese haverá novo prazo para entrar em vigor. b) se depois de entrar a lei em vigor, a correção não se considerará lei nova. c) se antes de ela entrar em vigor, a vacatio legis começará a correr da nova publicação. d) se depois de entrar em vigor, será retroativa à data da primeira publicação. e) se antes de ela entrar em vigor, a vacatio legis consistirá do prazo restante contado desde a primeira publicação. 07 - 2007 – FCC - TJ-PE - ANALISTA JUDICIÁRIO Considere as assertivas abaixo sobre vigência e aplicação das leis. I. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. II. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. III. Só haverá revogação da lei anterior pela posterior quando esta expressamente DIREITO CIVIL 31 o declare. IV. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. É correto o que se afirma APENAS em: a) I e II. b) I, II e IV. c) II e III. d) II, III e IV. e) III e IV. 08 - 2011 – FCC - TRE-RN - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, a) modifica a lei anterior, apenas. b) revoga a lei anterior, apenas. c) não revoga nem modifica a lei anterior. d) derroga a lei anterior. e) revoga ou modifica a lei anterior. 09 - 2008 – FCC - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA Considere: I. A lei do país onde for domiciliada a pessoa determina a regra sobre o começo e o DIREITO CIVIL 32 fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. II. Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. III. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do local da celebração. IV. O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. É correto o que consta APENAS em: a) I e III. b) I, II e IV. c) II e IV. d) II, III e IV. e) III e IV. 10 - 2008 – FCC - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS A respeito da Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, considere: I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país na data da sua publicação. II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 45 dias depois de oficialmente publicada. III. As correções de texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. DIREITO CIVIL 33 IV. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. É correto o que consta APENAS em: a) I e II. b) III e IV. c) I e IV. d) II e III. e) I, III e IV. DIREITO CIVIL 34 d. Revisão 2 11 - 2015 – FCC - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA Considere: I. A Lei X revogou expressamente a Lei Y. Salvo disposição em contrário, se a lei X perder a sua vigência, a Lei Y será restaurada. II. A Lei Z regulou inteiramente a matéria de que trata a lei anterior W. Neste caso, ocorreu a revogação da Lei W. III. A Lei H estabeleceu disposições gerais a par das já existentes na lei F. Neste caso, a Lei H não revogou a lei anterior F. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, está correto o que se afirma em: a) II, apenas. b) I e II, apenas. c) I, II e III. d) I e III, apenas. e) II e III, apenas. 12 - 2015 – FCC - MPE-PB - TÉCNICO MINISTERIAL – SEM ESPECIALIDADE A Lei no 999 revogou integralmente a Lei no 888, que, por sua vez, tinha revogado a Lei no 777. Nesse caso, a Lei no 777: a) só volta a valer se houver disposição expressa nesse sentido na Lei no 999. DIREITO CIVIL 35 b) volta sempre a valer a partir da data da sua publicação, pois admite-se o efeito repristinatório automático. c) não voltará a valer em nenhuma hipótese, sendo necessária a edição de outra lei que. d) pode voltar a valer se o Presidente da República estabelecer essa previsão por Decreto. e) volta sempre a valer 45 dias depois da sua publicação, pois admite-se o efeito repristinatório automático. 13 - 2014 – FCC - TJ-AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA E ADMINISTRATIVA De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito quando a lei: a) for injusta. b) for omissa. c) tiver caído em desuso. d) tiver sido revogada por outra que haja regulado inteiramente a matéria. e) ofender direito adquirido. 14 - 2014 – FCC - TJ-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS A lei começa a vigorar, salvo disposição em contrário, DIREITO CIVIL 36 a) trinta dias depois de publicada, mas com eficácia plena durante a vacatio legis. b) quarenta e cinco dias depois de promulgada, não produzindo efeitos enquanto não estiver efetivamente em vigor. c) quarenta e cinco dias depois de publicada, não produzindo efeitos enquanto não estiver efetivamente em vigor. d) quarenta e cinco dias depois de publicada, mas com eficácia plena durante a vacatio legis. e) quarenta e cinco dias depois de promulgada, mas com eficácia plena durante a vacatio legis. 15 - 2014 – FCC - TCE-GO - ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - JURÍDICA Quanto à aplicação da norma jurídica no espaço, é INCORRETO afirmar que a) a sucessão por morte ou ausência obedece a norma do país do último domicílio do falecido. b) o domicílio da pessoa que não tiver residência fixa será o local em que a mesma for encontrada. c) se aplica, quanto às obrigações, a norma do local em que foram constituídas. d) deve ser aplicada a norma do domicílio do interessado no que se refere aos bens imóveis. e) são competentes as autoridades consulares brasileiras para registrar o nascimento de filhos de brasileiro nascido no país da sede do consulado. DIREITO CIVIL 37 16 - 2007 – FCC - TRE-PB - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA No que concerne à vigência e aplicação das leis, de acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil, é correto afirmar que: a) salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. b) não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. c) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes modifica a lei anterior. d) a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida nos Estados estrangeiros se inicia dois meses depois de oficialmente publicada. e) as correções a texto de lei já em vigor não consideram-se lei nova. 17 - 2007 – FCC - TRE-MS - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA Considere as seguintes assertivas sobre a Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro: I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 60 dias depois de oficialmente publicada. II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. III. Havendo incompatibilidade entre lei posterior e lei anterior haverá revogação desta última. IV. A correção a texto de lei em vigor não é considerada lei nova. DIREITO CIVIL 38 É correto o que se afirma APENAS em: a) I, II e III. b) I, II e IV. c) I e III. d) II e III. e) II, III e IV. 18 - 2007 – FCC - PREFEITURA DE SÃO PAULO – SP - AUDITOR FISCAL DO MUNICÍPIO Na lacuna da lei, o juiz: a) decidirá com base na analogia, nos costumes e nos princípios gerais de direito. b) decidirá com base na equidade e na jurisprudência. c) decidirá o caso apenas se houver precedentes judiciais vinculantes dos tribunais superiores. d) arbitrará a solução que lhe parecer mais justa, de forma motivada. e) poderá escusar-se de proferir decisão. 19 - 2006 – FCC - SEFAZ-PB - AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS Considere as seguintes afirmações: I. A lei posterior somente revogará a lei anterior quando expressamente o declare. II. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. DIREITO CIVIL 39 III. Para qualificar e reger as obrigações, aplica-se a lei do país em que devem ser cumpridas. IV. A lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade. V. A capacidade e os direitos de família se regulam pela lei correspondente à nacionalidade das pessoas. Está correto o que se afirma APENAS em: a) I e II. b) II e III. c) II e IV. d) III e V. e) IV e V. 20 - 2012 – FCC - TRE-PR - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA NÃO se destinando a vigência temporária, a lei: a) terá vigor até que outra a modifique ou revogue. b) vigorará enquanto não cair em desuso. c) só poderá ser revogada pela superveniência de nova ordem constitucional. d) somente vigorará, até que outra lei expressamente a revogue. e) não poderá ser revogada. DIREITO CIVIL 40 e. Revisão 3 21. 2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal. Sobre a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, NÃO é requisito essencial para a sentença proferida no estrangeiro ser executada no Brasil a) a homologação pelo Supremo Tribunal Federal. b) a tradução por intérprete autorizado. c) o trânsito em julgado para as partes. d) a citação regular das partes ou verificação legal da ocorrência da revelia. e) a prolação por juiz competente. 22. 2017 – FUNECE – UECE – Advogado. Atente ao seguinte dispositivo legal: “A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior”. (§1º do art. 2º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro) O dispositivo em destaque remete ao critério de solução de antinomias jurídicas denominado a) critério cronológico. b) critério da especialidade. DIREITO CIVIL 41 c) critério ontológico. d) critério hierárquico. 23. 2017 – VUNESP - TJM-SP - Escrevente Técnico Judiciário – Adaptada. Quanto à vigência das leis, assinale a alternativa correta. a) Uma lei é revogada somente quando lei posterior declare expressamente sua revogação. b) Lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. c) A lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. d) As correções a texto de lei já em vigor consideram-se a mesma lei. 24. 2016 – FCC - PGE-MT - Procurador do Estado. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a lei nova possui efeito a) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, incluindo o negócio jurídico sujeito a termo ou sob condição suspensiva. b) retroativo, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual não se equiparam, para fins de direito intertemporal, o negócio jurídico sujeito a termo ou sob condição suspensiva. DIREITO CIVIL 42 c) retroativo, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual se equipara, para fins de direito intertemporal, o negócio jurídico sujeito a termo, porém não o negócio jurídico sob condição suspensiva. d) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, ainda que se caracterizem como coisa julgada, ato jurídico perfeito ou direito adquirido. e) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual se equiparam as faculdades jurídicas e as expectativas de direito. 25. 2016 – FCC - Prefeitura de São Luiz – MA - Procurador do Município. Considerada a eficácia espacial e temporal das leis como regulada na Lei da Introdução às Normas do Direito Brasileiro: a) Em decorrência do princípio da obrigatoriedade das leis, relevante estruturante normativa, a lei se aplica a todos indistintamente, valendo a escusa por desconhecimento legal. b) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. c) José, servidor, aposentou-se sob a égide de uma norma vigente na época, tendo preenchido os requisitos para a concessão do benefício. A referida norma passa a ter nova redação, após a concessão da aposentadoria, sendo assim lícito ao Estado promover a revisão dos valores concedidos ao beneficiário após nova regulamentação legal. d) Salvo disposição contrária, a lei vigorará em todo o país na data de sua publicação. DIREITO CIVIL 43 e) A partir da vigência de uma lei, sua eficácia só poderá ser descontinuada pela revogação por outra, sendo possível a repristinação tácita, em decorrência do princípio da continuidade das leis. 26. 2016 – FCC - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área Judiciária. Objetivando construir uma casa, Cássio adquiriu terreno no qual existe um pequeno riacho. Depois da aquisição, entrou em vigor lei proibindo a construção em terrenos urbanos nos quais haja qualquer tipo de curso d'água. Referida lei possui efeito a) imediato, atingindo Cássio, porque a lei de ordem pública se sobrepõe ao direito adquirido. b) retroativo, por tratar de meio ambiente, mas não atinge Cássio, porque a lei de ordem pública não se sobrepõe ao direito adquirido. c) imediato, atingindo Cássio, porque este não possui direito adquirido. d) retroativo, por tratar de meio ambiente, atingindo Cássio, porque a lei de ordem pública se sobrepõe ao direito adquirido. e) imediato, mas não atinge Cássio, porque a lei de ordem pública não se sobrepõe ao direito adquirido. 27. 2016 – FCC - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal. Janete é filha de Gildete, que possui muitos bens. Considerar-se-á, em caso de conflito de leis no tempo, que Janete possui, em relação à futura herança de Gildete, que ainda está viva, DIREITO CIVIL 44 a) direito sob condição suspensiva, que se equipara a direito adquirido. b) mera expectativa de direito. c) direito adquirido. d) direito sob condição suspensiva, que não se equipara a direito adquirido. e) direito a termo, inalterável ao arbítrio de Gildete, que se equipara a direito adquirido. 28. 2015 – FCC - TRE-AP - Técnico Judiciário – Administrativa. Akira, japonês, faleceu no seu país de origem, onde estava domiciliado, deixando filhos brasileiros e dois imóveis em Sergipe, em relação aos quais, será aplicável à sucessão a lei a) brasileira, ainda que a legislação japonesa seja mais favorável, tendo em vista a nacionalidade brasileira dos filhos de Akira. b) brasileira, ainda que a legislação japonesa seja mais favorável, pois é a lei aplicável quando existirem bens imóveis em território nacional. c) japonesa, ainda que não seja a mais favorável aos filhos de Akira, em razão de ser o último domicílio do de cujus. d) japonesa, ainda que não seja a mais favorável aos filhos de Akira, tendo em vista a nacionalidade do de cujus. e) brasileira, salvo se a lei do Japão for mais favorável aos filhos de Akira. 29. 2015 – FCC - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Judiciária. DIREITO CIVIL 45 No Direito Civil, a lei nova a) tem efeito imediato, mas deve respeitar o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito adquirido, incluindo os negócios sujeitos a termo. b) retroage para beneficiar a parte hipossuficiente. c) tem efeito imediato, produzindo efeitos a partir da publicação, ainda que estabeleça prazo de vacatio legis. d) tem efeito imediato apenas quando se tratar de norma processual. e) não pode atingir a expectativa de se adquirir um direito. 30. 2015 – FCC - TJ-PI - Juiz Substituto. Lei nova que estabelecer disposição geral a par de lei já existente, a) apenas modifica a lei anterior. b) não revoga, nem modifica a lei anterior. c) derroga a lei anterior. d) ab-roga a lei anterior. e) revoga tacitamente a lei anterior. DIREITO CIVIL 46 f. Normas comentadas LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO – LINDB. Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. § 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. (Vide Lei nº 2.807, de 1956) (Extrema atenção para a diferenciação desses prazos, pois a regra é: 1. 45 dias – a lei começa a vigorar no Brasil; 2. 3 meses –a lei começa a vigorar nos Estados estrangeiros – quando admitida). § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. § 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. (Vide Lei nº 3.991, de 1961) § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. § 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. (Lembrando que não existe repristinação tácita). Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. DIREITO CIVIL 47 (Quando da utilização dos mecanismos de integração do ordenamento jurídico, deve-se observar a ordem proposta, qual seja: analogia, costumes e princípios gerais do direito. Para decorar tal ordem, basta lembrar que estão em ordem crescente alfabética: 1º analogia, 2º costume e 3º princípios gerais do direito.) Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) § 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. § 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. § 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) § 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. § 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que DIREITO CIVIL 48 tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. § 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 1977) § 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. (Redação dada pela Lei nº 12.036, de 2009). § 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. § 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre. Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem. § 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. § 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituida no lugar em que residir o proponente. Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que DIREITO CIVIL 49 domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. § 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. (Redação dada pela Lei nº 9.047, de 1995) § 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder. Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça. Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reuna os seguintes requisitos: a) haver sido proferida por juiz competente; b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia; c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida; d) estar traduzida por intérprete autorizado; e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i da Constituição Federal). Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e DIREITO CIVIL 50 de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) § 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento. (Incluído pela Lei nº 12.874, de 2013) Vigência § 2o É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da escritura pública. (Incluído pela Lei nº 12.874, de 2013) Vigência DIREITO CIVIL 51 g. Gabarito 1 2 3 4 5 C D C A A 6 7 8 9 10 C B C B B 11 12 13 14 15 E A B C D 16 17 18 19 20 B D A C A 21 22 23 24 25 A A B A B 26 27 28 29 30 C B E A B DIREITO CIVIL 52 h. Breves comentários às questões 01 - 2008 – CONSULPLAN - TRE-RS - ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA - Conforme se depreende da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro: a) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, poderá revogar ou modificar a lei anterior. Item errado, pois “a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior”, conforme o art. 2º, § 2º, da LINDB. b) A lei revogada jamais se restaurará por ter a lei revogadora perdido a vigência. Item errado, pois “a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência, salvo disposição em contrário”, conforme o art. 2º, § 3º, da LINDB. c) Consideram-se adquiridos os direitos que o seu titular ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo ou condição pré- estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. Item correto, conforme o art. 6º, § 2º, da LINDB. d) A lei começa a vigorar em todo o país sempre quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. Item errado, pois, “salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada”, conforme o art. 1º, da LINDB. e) As correções a texto de lei já em vigor não se consideram lei nova. Item errado, pois “as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova”, conforme o art. 1º, § 4º, da LINDB. DIREITO CIVIL 53 Resposta: C 02 - 2016 – FCC - PREFEITURA DE TERESINA – PI - TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - ADVOGADO A Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro estabelece que a lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. Outrossim, estabelece que: I. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do último domicílio conjugal. Item errado, pois, “tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal”, conforme o art.7º, § 3º, da LINDB. II. O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, à do último domicílio conjugal. Item errado, pois, “o regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal”, conforme o art.7º, § 4º, da LINDB. III. O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. Item correto, conforme o art.7º, § 4º, da LINDB. Está correto o que se afirma APENAS em: a) I. b) I e II. DIREITO CIVIL 54 c) II e III. d) III. e) I e III. Resposta: D 03 - 2015 – FCC - TRE-PB - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA Considere: I. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Item correto, conforme o art. 1º, § 4º, da LINDB. II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia seis meses depois de oficialmente publicada. Item errado, pois, “nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada”, conforme o art. 1º, § 1º, da LINDB. III. Em regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde a vigência. Item errado, pois “a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência, salvo disposição em contrário”, conforme o art. 2º, § 3º, da LINDB. De acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em: a) II e III. b) I e II. c) I. DIREITO CIVIL 55 d) I e III. e) III. Resposta: C 04 - 2015 – FCC - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, este prazo: a) começará a correr da nova publicação. b) não será interrompido, continuando a correr normalmente, tendo me vista que a nova publicação ocorreu apenas para correção. c) será contando em dobro, independente da data da nova publicação. d) será contado em dobro apenas se a nova publicação ocorrer nos quinze primeiros dias da primeira publicação. e) será contado em dobro apenas se a nova publicação ocorrer nos quinze últimos dias da primeira publicação. Item ‘A’ correto, conforme o art. 1º, § 3o da LINDB. “Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação”. Resposta: A DIREITO CIVIL 56 05 - 2015 – FCC - TRE-SE - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA A Lei nova “A” estabeleceu disposições gerais a par das já existentes. A Lei nova “B” estabeleceu disposições especiais a par das já existentes. Nestes casos, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a) as Leis “A” e “B” não revogam e nem modificam a lei anterior. b) as Leis “A” e “B” revogam e modificam a lei anterior. c) apenas a Lei “B” revoga e modifica a lei anterior. d) apenas a Lei “A” revoga e modifica a lei anterior. e) as Leis “A” e “B” não revogam a lei anterior, mas a modificam. Item ‘A’ correto, conforme o art. 2º, § 2o da LINDB. “A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior”. Resposta: A 06 - 2008 – FCC - TJ-RR - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO Com a nova publicação da lei, destinada a correção, a) em nenhuma hipótese haverá novo prazo para entrar em vigor. b) se depois de entrar a lei em vigor, a correção não se considerará lei nova. c) se antes de ela entrar em vigor, a vacatio legis começará a correr da nova publicação. d) se depois de entrar em vigor, será retroativa à data da primeira publicação. e) se antes de ela entrar em vigor, a vacatio legis consistirá do prazo restante contado desde a primeira publicação. DIREITO CIVIL 57 Item ‘C’ correto, conforme o art. 1º, § 3o da LINDB. “Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação”. Resposta: C 07 - 2007 – FCC - TJ-PE - ANALISTA JUDICIÁRIO Considere as assertivas abaixo sobre vigência e aplicação das leis. I. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. Item correto, conforme o art. 1º, § 1o da LINDB. “Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada”. II. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Item correto, conforme o art. 2º, § 3o da LINDB. “Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”. III. Só haverá revogação da lei anterior pela posterior quando esta expressamente o declare. Item errado, conforme o art. 2º, § 1o da LINDB. “A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior”. IV. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. Item correto, conforme o art. 5º, da LINDB. “Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins DIREITO CIVIL 58 sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum”. É correto o que se afirma APENAS em: a) I e II. b) I, II e IV. c) II e III. d) II, III e IV. e) III e IV. Resposta: B 08 - 2011 – FCC - TRE-RN - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, a) modifica a lei anterior, apenas. b) revoga a lei anterior, apenas. c) não revoga nem modifica a lei anterior. d) derroga a lei anterior. e) revoga ou modifica a lei anterior. Item ‘C’ correto, conforme o art. 2º, § 2o da LINDB. “a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior”. Resposta: C DIREITO CIVIL 59 09 - 2008 – FCC - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA Considere: I. A lei do país onde for domiciliada a pessoa determina a regra sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. Item correto, conforme o art. 7º da LINDB. “A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família”. II. Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. Item correto, conforme o art. 7º, § 1º da LINDB. “Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração”. III. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do local da celebração. Item errado, pois, “tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal” e não a lei do local da celebração, conforme o art. 7º, § 3º da LINDB IV. O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. Item correto, conforme o art. 7º, § 2º da LINDB. “O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes”. É correto o que consta APENAS em: a) I e III. b) I, II e IV. DIREITO CIVIL 60 c) II e IV. d) II, III e IV. e) III e IV. Resposta: B 10 - 2008 – FCC - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS A respeito da Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, considere: I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país na data da sua publicação. Item errado, pois “salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada”, conforme o art. 1o da LINDB. II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 45 dias depois de oficialmente publicada. Item errado, pois “nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada”, conforme o art. 1o, § 1o, da LINDB. III. As correções de texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Item correto, conforme o art. 1o,§ 4o, da LINDB. “As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova”. IV. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. DIREITO CIVIL 61 Item correto, conforme o art. 2o,§ 1o, da LINDB. “A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando
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