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TRABALHO
Direito Penal: Criminologia e Legislação Penal Especial
Prof. Felipe J. D. Bicalho
 
Primeira Parte: 
Cada Grupo deve analisar duas teorias criminológicas. 
Cada Grupo deve, de forma breve porém exaustiva, analisar as nuances de cada escola escolhida. 
A evolução da criminologia como ciência empírica e sua interdisciplinariedade, demonstrando a sua importância no mundo jurídico e sua estreita ligação com o direito penal, e sua aplicação na politica criminal de prevenção de delitos.
 A criminologia é um conjunto de conhecimentos que se ocupa do crime, da criminalidade e suas causas, da vítima, do controle social do ato criminoso, bem como da personalidade do criminoso e da maneira de ressocializá-lo, seria portanto o “estudo do crime”. Ainda temos a Microcriminologia que estuda clinicamente o criminoso e busca a ressocialização.
    Objeto da criminologia é o crime, o criminoso, a vítima e o controle social (formais e informais). 
Teorias da Criminologia
Teoria da Ecologia ou (Escola de Chicago) estuda o crescimento das grandes cidades e o consequente aumento da criminalidade justificada pela desorganização social das metrópoles decorrentes da diminuição do controle social.
1.1. Teorias Ecológicas ou da Desorganização Social (Escola de Chicago) – 1920/1940: Segundo esta teoria, a ordem social, estabilidade e integração contribuem para o controle social e a conformidade com as leis, enquanto a desordem e a má integração conduzem ao crime e à delinquência. Tal teoria propõe ainda que quanto menor a coesão e o sentimento de solidariedade entre o grupo, a comunidade ou a sociedade, maiores serão os índices de criminalidade.
A chamada Escola de Chicago é apresentada como uma das primeiras correntes de pensamento dentro da Criminologia, que parte de abordagem macrossociológica e não mais biopsicológica do fenômeno da criminalidade.
 É interessante conhecer um pouco do contexto da cidade de Chicago e da Universidade que ali era fundada, para se compreender os métodos de que lançaram mão seus pesquisadores e as conclusões a que chegaram. Segundo Howard Becker uma das formas de se aproximar da sociologia é conhecer um pouco da história de suas instituições e organizações
Chicago foi a cidade americana que apresentou acentuado desenvolvimento urbanístico, econômico e financeiro no final do século XIX e início do século XX. Em 1840 a população era de 4.470 pessoas e cresceu quase seis vezes em dez anos. Alcançou 500 mil pessoas em 1880 e mais de 1 milhão em 1900. Em 1910 havia mais de 2 milhões. 
A explosão demográfica teve como razão o fato de Chicago estar nas margens do lago Michigan, em um entroncamento de linhas férreas, o que a transformou em centro comercial do meio-oeste americano. 
Foi inevitável o afluxo de imigrantes estrangeiros (alemães, italianos, gregos, poloneses, holandeses, tchecos, lituanos, judeus). Em 1900 metade da população de Chicago havia nascido fora dos Estados Unidos. 
Existiu, também, um grande números de negros que migrou para a cidade, procurando emprego nas industrias. 
A explosão de crescimento da cidade, que se expande em forma de círculos do centro para a periferia, cria graves problemas sociais, trabalhistas, familiares, morais, culturas, que serviram de “fermento conflituoso” para a criminalidade. SURGE UM MEIO SOCIAL DESORGANIZADO E CRIMINÓGENO, que se distribui diferencialmente pela cidade. O objeto de estudo sociológico da escola de Chicago, a partir de então, foram os problemas relacionados ao crescimento das cidades. 
Importância dos postulados da escola de Chicago: orientaram, por exemplo, estudo na capital paulista, pelo Cedec (Centro de Estudo de Cultura Contemporânea), elaborando um mapa da violência, relacionando violência urbana e condições sociais. Criou-se a chamada nota socioeconômica (de 0 a 10), para avaliar o grau de risco em cada bairro da cidade, ponderando aspectos com instrução do dono da residência, existência de rede de esgoto, água, coleta de lixo. As notas mais altas foram obtidas em bairros urbanizados e centrais (dotados de toda estrutura de desenvolvimento). As piores notas nos bairros pobres periféricos. (Em Chicago, por exemplo, a falta de infraestrutura em determinado bairro criava cenário de isolamento que aumentava das taxas de doenças mentais distribuídas entre pessoas de bairros distintos). Os índices obtidos serviram como guia para a ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS NA ÁREA DE SEGURANÇA PÚBLICA, visando a PREVENÇÃO DE NOVOS DELITOS. 
Para descobrir a estrutura interna e dinâmica do crime o método empregado pela escola foi o de realização de inquéritos sociais (social surveys), consistente em um INTERROGATÓRIO DIRETO FEITO POR UMA EQUIPE DE PESQUISADORES. Também houve a utilização dos ESTUDOS BIOGRÁFICOS DE CASOS INDIVIDUAIS, necessários ao conhecimento das carreiras delinquentes. 
ELEMENTOS CONCEITUAIS DA ESCOLA DE CHICAGO 
A Escola de Chicago tem perspectiva multidisciplinar e discute aspectos da vida humana relacionados com a VIDA DA CIDADE. 
A cidade que, na Idade Média, se prestava a proteger aqueles que viviam em comunidade, ganha nova feição, nos dias atuais, nas grande cidades, onde a pobreza cria seus guetos. 
A grande cidade não é apenas um aglomerado de pessoas. Possui sua identidade cultural, seus hábitos coletivos. Exemplo: Rio de Janeiro e o Corcovado e Pão de Açucar. São Paulo e a avenida Paulista. Nova Iorque e a Estatua da Liberdade. 
As grandes cidades criam um PERMANENTE ANONIMATO, que por sua vez cria uma maior liberdade de postura pessoal, ao mesmo tempo em que pode criar alienação e isolamento. 
O individuo desenvolve relações secundárias, pautadas pela impessoalidade e distanciamento. Adota uma postura basicamente INDIVIDUALISTA. 
Controle social informal exercido pela VIZINHANÇA – polícia natural - (bastante frequente nas pequenas cidades) acaba se perdendo nas grandes cidades, em virtude da facilidade de MOBILIDADE (transportes). Isso cria a concentração em bairros que concentram pessoas da mesma raça (bairro oriental, italiano). 
Isso cria RUPTURA DOS VÍNCULOS LOCAIS, e serve de estímulo à criminalidade. (que na cidade grande é até 4 vezes maior que na cidade pequena). 
Existe, sobre o homem citadino, a influência da multidão, a transfigurar sua personalidade individual. 
As cidades passam a ser vigiadas por CÂMERAS, no sentido de garantir a vigilância em certas áreas da cidade. 
A CIDADE NÃO REGULA A INTERAÇÃO. MAS CRIA OBSTÁCULOS A ELA. O récem chegado a cidade grande será exposto a um cenário de DESORGANIZAÇÃO SOCIAL, com a perda dos freios pessoais. E não há mais as instâncias de controle social informal (vizinhança, família, igreja, escola, local de trabalho). ISSO FOMENTA A CRIMINALIDADE. 
A cidade se divide em áreas residenciais (habitadas pelos mais abastados) e áreas industriais (povoada pela capa mais pobre). 
Nas áreas periféricas da cidade, em que não há presença efetiva e prestacional do Estado, gerando sentimento de anomia, surgem grupos de justiceiros, bandos armados, que substituem o Estado na tarefa de controle da ordem. 
Divisão da cidade em círculos concêntricos: a área central é de comércio, indústrias, bancos, administração da cidade (Loop). Depois existe uma área de transição (concentrando pessoas de menor poder aquisitivo). A terceira zona é a residencial. As demais zonas concentram a população mais abastada. 
PROPOSTAS DA ECOLOGIA CRIMINAL 
Mudanças nas condições econômicas e sociais das crianças. 
Reconstruir a solidariedade social por meio de igrejas locais, escolas, associações de bairro 
Melhoria das residências e das condições sanitárias de certos bairros 
TOLERÂNCIA ZERO em Nova Iorque 
Puerto Madero em Buenos Aires 
Foram adotadas, nestas cidades, medidas de revitalização de áreas degradadas, o que contribuiu para a diminuição dos índices de violência. 
Mas, é preciso associar a estas posturas de recuperação da cidade, também medidas de resgate social. 
Exemplo:urbanização de favelas no Rio de Janeiro. 
A contribuição da escola é traçar novos métodos que servem para o estabelecimento de políticas públicas, grande parte delas preventivas, 
Busca corrigir a desorganização social e restabelecer os laços de solidariedade. 
- A teoria desenvolvida por estes doutrinadores foi a TEORIA ECOLÓGICA (teoria do ambiente), que se trata de uma teoria que vincula o espaço urbano com a criminalidade. Em outras palavras, a arquitetura urbana contribui muito para a criminalidade. ( Neste sentido, cidades grandes são palcos de muitos guetos, sendo que nestes locais muitos crimes são perpetrados. 
- O método desenvolvido pela teoria Ecológica foi o da OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE, pelo estudo da realidade da cidade com a observação ´in locu´, direta dos locais de estudo, os guetos.
***CONCLUSÕES da teoria ecológica: 
a) grandes cidades possuem raízes criminógenas pois são naturalmente desorganizadas. Essa desorganização é contagiante; 
b) debilidade do controle social; 
c) deterioração dos grupos primários, como por exemplo, a família; 
d) relações interpessoais superficiais; 
e) alta mobilidade dentro da cidade; 
f) perda de raízes com o lugar e com a residência; 
g) crise dos valores tradicionais e familiares; 
h) superpopulação; 
i) tentadora aproximação com os centros comerciais (shopping´s centers); 
j) o crime decorre de uma convivência, do ambiente em que se vive. 
– A Escola de Chicago, através da teoria Ecológica, foi a primeira teoria que rompeu com a Criminologia clássica. 
  Teoria da Neutralização utilizada pelo criminoso para justificar seu ato como vítima da sociedade, atribui a culpa pelos seus atos antissociais aos agentes públicos encarregados de sua punição, os quais seriam corruptos, parciais e inescrupulosos.
Cada grupo pode utilizar duas laudas (com espaçamento simples e fonte Arial ou Times 12). 
Além disso cada grupo deve apresentar duas ocasiões em que a administração pública utilizou uma dessas escolas ou teorias para justificar/conformar sua atividade. 
Segunda Parte: 
Uma análise crítica do texto de Jackobs: Direito Penal do Inimigo. (Cada Grupo deve, de forma breve porém exaustiva, analisar as nuances da obra. Cada grupo pode utilizar duas laudas, com espaçamento simples e fonte Arial ou Times. 
Além da crítica, apresentar duas legislações nacionais e uma estrangeira que se encaixem nos conceitos apontados na obra. 
Entrega: UMA SEMANA ANTES DA PRIMEIRA PROVA PARA A PRIMEIRA PARTE. 
UMA SEMANA ANTES DA SEGUNDA PROVA PARA A SEGUNDA PARTE, IMPRETERIVELMENTE. 
Bibliografia
https://criminologiafla.files.wordpress.com/2007/09/criminologia-aula-3.doc
https://jus.com.br/artigos/30324/criminologia-contemporanea
https://jus.com.br/artigos/24879/cidade-grande-mundo-de-estranhos-escola-de-chicago-e-comunidades-guarda-roupa

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