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Ditadura Militar no Brasil

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Ditadura é um regime autoritário em que os poderes legislativo, executivo e judiciário estão nas mãos de uma única pessoa ou grupo de pessoas, que exerce o poder de maneira absoluta sobre o povo. Significa também “oposição a democracia”
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 A Ditadura Militar durou 21 anos. Iniciou-se em 31/03/64 com o golpe que depôs o Presidente João Goulart (Jango) e teve final com a eleição indireta (via Colégio Eleitoral) de Tancredo Neves e José Sarney em janeiro de 1985.
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 Os cinco Presidentes da Ditadura Militar foram:
Marechal Castelo Branco (15/04/64 a 15/03/67)
Marechal Costa e Silva (15/03/67 a 31/08/69)
A Junta Militar governou por 60 dias (31/08/69 a 30/10/69)
General Garrastazu Médici (30/10/69 a 15/03/74)
General Ernesto Geisel (15/03/1974 a 15/03/1979)
General Figueiredo (15/03/1979 a 15/03/1985)
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 Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco (15/04/64 a 15/03/67) – Nasceu em Fortaleza-Ce - era filho do general Cândido Borges Castelo Branco e de Antonieta Alencar Castelo Branco, e pertencente à família do escritor José de Alencar. Castelo Branco morreu, logo após deixar o poder, em um acidente aéreo. Um caça T-33 da FAB atingiu a cauda do Piper Aztec PA 23, no qual Castelo Branco viajava, fazendo com que o PA-23 caísse deixando apenas um sobrevivente. 26º Presidente do Brasil. 
 Vice: José Maria Alkmin.
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 Marechal Artur da Costa e Silva (15/03/67 a 31/08/69) - Nascido no interior do Rio Grande do Sul. Seu governo iniciou a fase mais dura e brutal do regime ditatorial militar, à qual o general Emilío Garrastazu Médici, seu sucessor, deu continuidade. Sob o governo Costa e Silva foi promulgado o AI-5, que lhe deu poderes para fechar o Congresso Nacional, caçar políticos e institucionalizar a repressão e a tortura, sendo que no seu governo, houve um aumento significativo das atividades subversivas e de guerrilha visando combater o golpe de Estado de 1964 e o regime militar por ele instalado. 27º Presidente do Brasil. Vice: Pedro Aleixo.
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 A Junta Militar governou por 60 dias (31/08/69 a 30/10/69) e era composta pelos:
 General Aurélio de Lira Tavares (Ministro do Exército) Almirante Augusto Rademaker (Ministro da Marinha) e pelo Brigadeiro Márcio de Sousa e Melo (Ministro da Aeronáutica) impedindo assim que a sucessão se fizesse em favor do vice Pedro Aleixo como previa a constituição. Pedro Aleixo era vice presidente Costa e Silva que se afastou em 30/08/1969 em razão de uma trombose cerebral.
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General Emílio Garrastazu Médici (30/10/69 a 15/03/74) – Nascido em Bagé-RS. Tomou posse prometendo restabelecer a democracia até o final de sua gestão. No entanto, o seu governo foi considerado o mais obscuro e repressivo da história do Brasil independente. 28º Presidente do Brasil. 
Vice: Augusto Rademaker.
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General Ernesto Berckmann Geisel (15/03/1974 a 15/03/1979) – Nascido em Bento Gonçalves - RS, morrendo no Rio de Janeiro de câncer generalizado - 29º Presidente do Brasil.
Vice: Adalberto Pereira dos Santos.
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 General João Batista de Oliveira Figueiredo (15/03/1979 a 15/03/1985) – Nasceu no Rio de Janeiro. Seu mandato foi marcado pela continuação da abertura política iniciada no governo Geisel, e pouco após assumir, houve a concessão de uma anistia ampla geral e irrestrita aos políticos cassados com base em atos institucionais que, apesar das restrições, beneficiou cidadãos destituídos de seus empregos, presos políticos, Parlamentares cassados desde 1964, permitindo a volta de exilados ao país. 30º Presidente do Brasil. 
 Vice: Aureliano Chaves. 
Os AI’s eram leis criadas pelos governos militares, sem consulta popular ou legislativa, servindo como mecanismos para ampliação da censura e fortalecimento da autoridade dos militares. Desta forma, o equilíbrio dos poderes Judiciário e Legislativo se estreitava com a centralização do Poder Executivo, que ficava nas mãos da presidência.
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Castelo Branco assinou o AI-1 (Ato Institucional), que eram leis baixadas pelos militares que substituíam a Constituição e legitimava o governo
. O AI-1 dava poderes ao regime militar para cassar mandatos e suspender os direitos políticos por dez anos, exilar, punir e prender os contra o governo.
Proibiu as greves e fez intervenção nos sindicatos.
Proibiu a atuação da União Nacional dos Estudantes (UNE), funcionários públicos, foram aposentados.
Na área política, houve centenas de cassações de mandatos de parlamentares e suspensão dos direitos políticos.
O AI 2- pôs fim a todos os partidos políticos, tendo em vista a vitoria da oposição nas eleições em cinco estados do país,  Minas Gerais e Guanabara;
são reabertos os processos de cassação, partidos políticos são extintos, suas sedes invadidas e desativadas e o Poder Judiciário sofre intervenção do Executivo, tornando indireta a eleição do Presidente da República.
O AI-2 continuou em vigor até 15 de Março de 1967, quando Costa e Silva tomou posse e a nova Constituição de 1967, entrou em vigor.
O AI-3 determinava que a eleição de governadores e vice governadores seria indireta, executada por colégio eleitoral estadual, os prefeitos das capitais e das cidades não seriam mais eleitos e sim indicados por nomeação pelos governadores.
Em seu artigo sexto excluía a apreciação judicial ou seja, ninguem poderia contestar judicialmente a legalidade ou não da decisão tomada, reforçando a tese de que o regime estava aos poucos endurecendo.
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Castelo Branco, por meio do AI-4, convocou o Congresso Nacional para a votação e promulgação do projeto da nova Constituição, visto que a Constituição de 1946 já havia recebido tantas emendas, que estava totalmente descaracterizada.
Então, no dia 24 de janeiro de 1967, foi promulgada pelo Congresso Nacional uma nova Constituição, que dava mais poder centralizado nas mãos do Executivo.
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 A lei 5.540/68 criou a matrícula por disciplina, adotou o vestibular classificatório e unificado, que eliminou os excedentes por falta de vagas. Foram abertos pelo governo cursos de terceiro grau de duvidosa idoneidade moral. E no governo de Costa e Silva foi assinado o AI-5 que deu poderes para se fechar o Congresso Nacional, caçar políticos e institucionalizar a repressão e a tortura, dando poderes ao Presidente da República para confiscar os bens daqueles que enriqueceram ilegalmente. A partir de 1968, o governo passou a desencandear uma política liberal de crédito. 
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Pelo artigo 2º do AI-5, o Presidente da República pode:
decretar o recesso do Congresso Nacional das Assembléias Legislativas e das Câmaras de Vereadores, só voltando a funcionar quando o Presidente os convocasse.
o Poder Judiciário também se subordinava ao Executivo, pois os atos praticados de acordo com o AI-5 não seriam mais apreciação judicialmente (artigo 11).
O Presidente da República podia decretar a intervenção nos estados e municípios, "sem as limitações previstas na Constituição" (art. 3º).
Parágrafo único - Provada a legitimidade da aquisição dos bens, far-se-á sua restituição. Fonte: ATO INSTITUCIONAL Nº 5, DE 13 DE DEZEMBRO DE 1968
O artigo 10 suspendia a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.
Durante a vigência do AI-5, também recrudesceu a censura. A censura prévia se estendia à imprensa, à música, ao teatro e ao cinema.
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 O ministro de Planejamento 
Roberto Campos (governo de
Castelo Branco) sugeriu um vestibular
mais rigoroso para as áreas do Ensino
Superior. Para ele toda agitação
estudantil era devida a um ensino
desvinculado do mercado de trabalho.
Acreditava que o engajamento político 
dos estudantes da década de 1960 era
devido ao fato de estudarem cursos que
os deixavam livres demais. 
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O Ensino Médio, segundo Campos, deveria atender à população em sua maioria, enquanto o ensino universitário fatalmente deveria continuar reservado as elites. O sistema educacional deveria, então, “não despertar aspirações que não pudessem ser satisfeitas”. 
 A reforma universitária promovida pela Lei 5.540/68 nunca foi aceita pelos setores não conservadores. A universidade daquele período tornou-se o pólo de resistência da ditadura, onde várias universidades foram tomadas pelos alunos procurando instalar fórmulas
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 de autogestão então o Presidente Costa e Silva percebendo que as forças policiais não eram suficientes criou GTRU – Grupo de Trabalho da Reforma Universitária, instituído pelo Decreto 62.977 em 21/7/68. A GTRU era apenas uma forma de abafar a crise estudantil. 
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E a economia nacional, submetida ao desemprego, a baixa capacidade produtiva e a mão-de-obra barata, foi facilmente mobilizada por esse incentivo. Mas após 1972, o “milagre econômico” mostrou sua face e a economia brasileira decaiu. A implantação da nova LDB (Lei 5.692/71) se deu justamente nos anos de maior repressão. A LDB de 1961 permaneceu treze anos no Congresso e nasceu velha. A LDB de 1971 não sofreu veto presidencial. 
Na Lei 5.692/71 os anteriores cursos primários e ciclo ginasial foram agrupados no Ensino de Primeiro Grau. 
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 Programas do Governo Federal:
MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização)
Plano de Educação Continuada para Adolescentes e Adultos.
Programa de Educação Integrada
Programa Cultural
Programa de Profissionalização
Programa de Diversificação Comunitária
Programa de Educação Comunitária para a Saúde
Programa de Esporte
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 Seu objetivo: “o ensino de 1º grau destina-se à formação da criança e do pré adolescente em conteúdo e métodos segundo as fases de desenvolvimento dos alunos”.
 O Conselho Federal de Educação fez desaparecer a divisão entre Português, História, Geografia, Ciências Naturais e colocou no lugar Comunicação e Expressão, Estudos Sociais e Ciências. Foi tirado Filosofia e Sociologia, que fazia os estudantes pensar e colocado Educação Moral e Cívica, OSPB (Organização Social das Políticas Brasileiras) e OPT (Organização para o Trabalho). 
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 O Segundo Grau, por sua vez, tornou-se integralmente profissionalizante. As escolas particulares desconsideraram a lei (através da fraude) e as escolas públicas, obrigadas a cumprir a lei, foram descaracterizadas. 
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 A Lei 5.692/71 desativou a Escola Normal e transformou o curso de formação de professores das quatro séries iniciais do ensino básico na “Habilitação de Magistério”. 
 A Ditadura Militar fracassou no seu projeto educacional em todos os sentidos. Em 1986, o governo do general Figueiredo, com apenas um ato de caneta, derrubou a profissionalização obrigatória do ensino do Segundo Grau.
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