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Relação do Desamparo Aprendido e Depressão Texto de dissertação da disciplina de Psicologia da Motivação e Emoção, do curso de Psicologia da Universidade Estácio de Sá, campus , apresentando a Prof.. Rio de Janeiro Dezembro de 2014 Universidade Estácio de Sá Curso de Psicologia Psicologia da Motivação e Emoção Relação do Desamparo Aprendido e Depressão Rio de Janeiro Dezembro de 2014 Desamparo aprendido é uma condição onde se aprende a agir de forma impotente. Este problema faz com que a pessoa que errou repetidas vezes no passado creia ser incapaz de fazer melhor. Este sentimento de inadaptação e falta de controle pode levar à depressão. Pais e professores podem gerar o desamparo aprendido em crianças, insinuando que o fracasso dela seja resultado da falta de competência, em vez de falta de esforço. Adultos também podem se tornar vítimas de desamparo aprendido como consequência de abuso físico ou mental. Com o desamparo aprendido, a criatividade, o bem-estar positivo, e uma autoimagem saudável são perdidos. A pessoa perde a capacidade de ser feliz como resultado da perda da motivação intrínseca necessária para alcançar suas metas. Desamparo aprendido gera ansiedade e depressão. O detrimento da criatividade e uma sensação de impotência e indignidade prevalecem. Atitudes inertes diante de resultados e uma completa perda de controle. O indivíduo com depressão frequentemente encara suas experiências como inconvertíveis, como fracassos ou privações totais. Ele não é capaz de perceber a real dimensão de suas contingências vividas. Seligman (l975) utiliza o termo "desamparo aprendido", que é um modelo de laboratório, um explicativo para determinadas formas de depressão, particularmente aquelas antecedidas por acontecimentos que representam para o indivíduo a perda de importante fonte de satisfação. Segundo esse modelo, depressões aconteceriam de uma reação à perda de controle e previsibilidade sobre gratificações e sobre a diminuição do sofrimento. Pode-se dizer, então, que a exposição aos eventos aversivos incontroláveis poderá ser absolutamente traumático, a ponto de o indivíduo aprender que os acontecimentos do ambiente não estão sob seu domínio. Como consequência a pessoa passa a atuar menos no meio, o que significa que emitirá menos respostas e, em resposta disso, será pouco reforçado, criando assim o padrão de falta de reforçadores. No que se diz a respeito à depressão em seres humanos, alguns desencadeadores se enquadram na definição de eventos incontroláveis, como a perda de um ente querido, a demissão de um emprego, dificuldades financeiras, inviabilidade de modificar uma situação de vida insatisfatória, negação ou afastamento de amigos e pessoas amadas, fracassos, entre outros. Foram criadas algumas hipóteses para explicar o Desamparo, dentre as quais a mais difundida é do Desamparo Aprendido, que sugere que o indivíduo aprende que não há relação entre suas respostas e o que acontece no meio. Em decorrência disso, a adaptação às novas contingências do ambiente poderá tornar-se extremamente difícil para ele. O crítico na hipótese do desamparo é a "expectativa" de impossibilidade de controle sobre o meio. Essa hipótese pressupõe que os sujeitos aprendem que os estímulos aversivos são incontroláveis e que essa aprendizagem se generaliza para novas situações de interação do indivíduo com o meio ambiente. Seligman pontua algumas semelhanças entre esses dois fenômenos em termos de sintomatologia, etiologia, cura e prevenção: dificuldade de iniciação de respostas voluntárias, tendência cognitiva negativa, curso temporal (desaparecimento dos sintomas com o tempo), redução da agressividade, perda de apetite alterações bioquímicas em certos neurotransmissores. Quanto à etiologia, tanto o Desamparo Aprendido quanto a depressão humana resultam da aprendizagem de que o reforço independe da resposta, promovendo, na depressão, a crença na inutilidade da emissão de qualquer resposta.
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