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Fichamento Guerreiros e camponeses As atitudes mentais História Medieval 1

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Fichamento - História Medieval 1 
 
DUBY, Georges. Guerreiros e camponeses: os primórdios do crescimento 
econômico europeu do século VII ao século XII. Lisboa: Editora Estampa, 1980. 
 
III – As atitudes mentais 
 
 
1. Biografia do autor e obras: 
 
2. Resumo: 
 
3. Identificar os objetivos principais: listá-los em forma de citação. 
 
4. Identificação do tema: o tema não é o problema ou o objetivo do texto, mas o 
assunto que está sendo tratado. Por isso é só listar os temas principais abordados 
pelo (s) autor/es. 
 
5. Tese (s) do autor (es): nem sempre a tese está explicita, nem mesmo no início 
do texto; ela pode estar nas entrelinhas ou no final do texto. 
a)- análise das atitudes mentais – estas eram decisivas como os factores de 
produção ou como o exercício do poder nos diversos níveis sociais – Pg. 61. 
Tirar, oferecer e consagrar 
a)- A cultura nascida das grandes migrações populacionais era um cultura de guerra 
e agressão; o estatuto da liberdade definia-se, em primeiro lugar, pela capacidade 
de participação e actvidades militares, e a principal função terrena da realeza era 
chefia o exército por outras palavras, todo o povo se juntava para o ataque – Pg. 62. 
O fascínio pelos modelos clássico 
 
a)- Outra característica psicológica deste período era a aspiração de todos os 
bárbaros a viver o estilo romano. Roma transmitira-lhes gostos imperativos: pão, 
vinho, azeite, mármore e ouro – Pg. 70. 
 
6. Ideias 
 
a)- Estas oferendas destruíam em parte o produto do trabalho, mas no entanto 
garantiam certa distribuição de riqueza e conseguiam, sobretudo, aquilo que para 
os homens e mulheres era inestimável: a indulgência de forças obscuras que 
governavam o universo – Pg. 61. 
 
Tirar, oferecer e consagrar 
a)- Os estrangeiros eram, sem dúvida, objeto de presa. Para além das fronteias 
naturais estabelecidas pelos pântanos, florestas e mato, qualquer território que 
ocupassem era considerado reserva de caça – Pg. 62. 
 
b)- Deste modo, a guerra era uma fonte de escravatura. De qualquer modo, 
representava uma forma regular de atividade económica de maior importância, tanto 
pelos lucros que conseguia como pelas perdas com que ameaçava as comunidade 
rurais. Isto explica a presença de armas nas campas de camponeses, o prestígio do 
guerreiro, e a sua superioridade social absoluta – Pg. 62. 
 
c)- O tributo anual não era mais do que a colecta do saque feita de forma ordeira e 
normal, em benefício de qualquer tribo suficientemente ameaçadora para os seus 
vizinhos verem conveniência em comprar a paz – Pg. 62. 
 
d)- assim, o povo franco recebia doze mil solidi em ouro como tributo pago pelo povo 
lombardo nos finais do século VI – Pg. 62, 63. 
 
e)- Os homens, cuja existência era ainda precária, ansiavam por oferecer, sacrificar, 
em parte como proteção contra os agressores e em parte por motivos úteis e de 
produtividade – Pg. 63. 
 
f)- Citação – “Nas economias ... que precederam a nossa, não podemos nunca 
postular (por assim dizer) simples trocas de bens, riquezas e produtos através do 
comércio entre indivíduos. Em primeiro lugar, não é uma questão de indivíduos, mas 
de grupos de pessoas que tinham obrigações mútua, que fizeram trocas e 
celebraram tratos... – Pg. 63, 64. 
 
g)- Muitos dos pagamentos e oferendas que os camponeses eram obrigados a levar 
até a casa dos seus senhores foram durante muito tempo referidos, na terminologia 
da época, como “prendas” (eulogiae) – Pg. 64. 
 
h)- As dádivas regulares não constituíam somente uma manifestação pública da sua 
amizade e submissão, um símbolo de paz semelhante àqueles que mantinham a 
paz entre os povos: quando oferecidos aos soberanos, universalmente olhado como 
o intermediário natural entre todo o povo e os poderes sobrenaturais, garantiam a 
prosperidade de todos, solos férteis, colheitas abundantes e o fim das epidemias – 
Pg. 64. 
 
i)- Era através da munificência senhorial que a Europa Medieval conseguia um certo 
grau de justiça social, reduzindo a miséria total a simples pobreza [...] O tesouro não 
podia consistir apenas de um amontoado de materiais preciosos. Devia ser exibido 
nas ocasiões solenes. Os chefes tinham de dispor os tesouros à sua volta como um 
halo de esplendor – Pg. 65. 
 
j)- Estes homens eram principalmente ourives, como Santo Elígio que serviu ao rei 
Dagoberto [...] Cortes como as de Paris e Soissons, no tempo dos Merovíngios, 
Toledo no século VII ou Pavia durante o reinado do Rei Lombardo Liutprando eram 
foco do mais elevado nível artesanal – Pg. 66. 
 
k)- Mesmo o mais humilde dos trabalhadores neste mundo paupérrimo se entregava 
a festejos, cujo objetivo era, de vez em quando, fazer renascer um certo sentido de 
solidariedade e invocar benevolência dos poderes invisíveis, através da breve e 
alegre destruição comum da riqueza num universo de privações – pg. 66. 
 
l)- As dádivas piedosas representavam uma perda crucial à custa da produção e do 
consumo, uma vez que, ao contrário das dádivas aos senhores e aos reis, não eram 
compensadas por nenhuma redistribuição ou por vantagens visíveis [...] Para além 
da comida, o morto tinha o direito de levar para a campa todos os objetos pessoais: 
joias, armas e utensílios [...] Mas os ladrões de túmulos nunca foram muitos, e a 
maioria dos objetos oferecidos aos mortos não voltava a ser posta em circulação. 
Nenhuma forma de investimento podia ser menos produtiva nesta sociedade 
infinitamente pobre – Pg. 67 
m)- O progresso da conversão ao cristianismo pôs gradualmente fim ao costume de 
enterrar artefatos com os mortos. Foi talvez esta a sua maior contribuição ao 
desenvolvimento econômico, mas foi um processo lento – Pg. 67. 
 
n)- Agora a Igreja que reivindicava para si a “parte do morto”, que lhe era dada pelos 
herdeiros para a sua vida futura [...] A conversão da Europa ao cristianismo não 
suprimiu a acumulação de tesouros para fins funerários, mas alterou radicalmente o 
seu caráter. Esta deixou de ser definitiva, e portanto estéril e passou a ser 
temporária e potencialmente frutuosa. No decurso destes séculos obscuros, as 
poupanças produziram uma acumulação de metal que permitiu o renascimento 
duma economia monetária depois do ano 1000 – Pg. 68. 
 
o)- Assim, a penetração do cristianismo levou ao estabelecimento dentro da 
comunidade de um grupo de especialistas, que não tomavam parte nem no trabalho 
da terra nem nas expedições guerreiras de pilhagem e que formavam um dos 
setores mais importantes do sistema econômico. Não produziam nada. Viviam de 
subvenções sobre o trabalho dos outros – Pg. 69. 
 
p)- Como é errado, portanto, considerar esta economia como uma economia 
fechada! Sem dúvida que prevalecia em todas as casas, tanto nas dos reis como na 
dos monges ou na do mais pobre dos camponeses, um desejo de se abastecerem 
a si próprios e obter das suas terras o essencial do seu próprio consumo [...] A 
sociedade no seu conjunto era cruzada por uma rede infinitamente variada de 
circulação da riqueza e dos serviço originados por aquilo que chamei de 
“generosidade necessária” (les generosités nécessaires): dádivas de dependentes 
aos protetores, da família às noivas, de amigos aos anfitriões, dos notáveis aos reis, 
dos reis aos aristocratas, de todos os ricos a todos os pobres, e por fim, de toda a 
humanidade aos mortos e a Deus. É verdade, estamos a tratar de trocas e havia 
muitas, mas não se trata de uma questão de comércio – Pg. 69. 
 
q)- De fato, a expansão do comércio na Europa medieval, cujo percurso tentaremos 
seguir neste livro, foi apenas a inserção muito gradual e sempre incompleta duma 
economia de pilhagem, ofertas e generosidade, num enquadramento de circulação 
monetária. E esse enquadramento já existia; era o legado de Roma – Pg. 70. 
 
O fascínio pelos modelos clássico 
 
a)- De qualquer forma, a cidade permaneceu como centroda vida pública, porque 
tinha o palácio do senhor, o de seu representante, a residência do bispo, a 
xenodochia onde os viajantes descansavam de noite – Pg. 71. 
 
b)- Só na Gália, mais de duzentos mosteiros foram fundados nos locais das antigas 
villae romanas durante o século VII; os seus edifícios podiam cobrir uma área vinte 
ou trinta vezes maior do que Lutécia clássica (Paris) – Pg. 72. 
 
c)- negociatores – estes profissionais tiravam partido da sua ligação temporária à 
casa dum senhor poderoso: graças a ele podiam beneficiar de salvo-condutos e 
privilégios que facilitavam as suas próprias transações [...] os judeus [...] Dispunham 
de um equipamento intelectual bem adaptado ao comércio e, além disso, de ligações 
estreita mantidas entre as muitas pequenas comunidades de judeus espalhadas em 
todo o antigo Império como resultado da Diáspora – Pg. 74. 
 
d)- De facto, comunidade para quem o comércio era ainda um atividade marginal, 
tangencial a uma economia de dádivas e consequentemente suspeita (como de fato 
era aos olhos da Igreja cristã), ficavam satisfeitas por poderem deixar estas práticas 
aos estrangeiros – Pg. 74. 
 
e)- As tribos que ocupavam a Europa Ocidental atribuíam à prata e especialmente 
ao ouro enorme valor material. No entanto, os metais preciosos só marginalmente 
assumiam o aspecto monetário e, regra geral, durante pouco tempo. Considerados 
globalmente, serviam para criar um halo de magnificência em torno dos deuses, dos 
reis, dos chefes e dos rico, bem como dos mortos – Pg. 75. 
 
f)- importância dos metais – A avaliação precisa do papel que desempenhavam nas 
sociedades da época é uma tarefa difícil, talvez a mais difícil das que enfrenta o 
historiador da economia – Pg. 75. 
 
g)- Todos os documentos numismáticos surgem duma sequência de acidentes 
fortuitos, o que limita consideravelmente o seu valor enquanto testemunho – Pg. 75. 
 
h)- O mundo antigo cunhava moedas de pouco valor em bronze. Isto já não acontece 
em Itália ou na Gália depois do século VII. Daqui em diante, só havia em circulação 
moedas de ouro e prata, que tinham um grande valor como pagamento legal – Pg. 
77. 
 
i)- Os historiadores têm-se mostrado relutantes em admitir a falta de moedas 
pequenas e têm-se perguntado se a carência de provas os não enganou. A sua 
ausência nos tesouros enterrados, dizem, nada prova; não valiam o suficiente para 
que fossem escondidas – Pg. 77. 
 
j)- A razão principal para o seu desaparecimento [moedas de pequeno valor] é a 
falta de interesse dos governantes em as cunharem, uma vez que nada contribuíam 
ao seu prestígio. Preservaram unicamente os elementos de prestígio do sistema 
romano. Era moeda de ouro que cunhavam porque a sua preocupação principal era 
imitar o Imperador – Pg. 78. 
 
k)- O papel da cunhagem real parte ter tido três facetas: em primeiro lugar, era uma 
afirmação do prestígio do monarca, era um símbolo de ordem, de estabilidade e até 
de divindade dos valores que deviam presidir a todas as transações, mesmo as 
muitas que não necessitavam da moeda; em terceiro lugar, a função principal do 
dinheiro, nesse tempo, era provavelmente concentrar as trocas que se faziam em 
torno da pessoa do rei – pg. 80. 
 
l)- Como o dinheiro era, em primeiro lugar, uma instituição política, as vicissitudes 
do Estado reflectem-se na sua história. O caso da Gália franca é elucidativo. Em 
contraste com a Itália, o poder estava menos concentrado e os modelos romanos 
mais esbatidos; a cunhagem de moedas espalhava-se por um grande número de 
oficinas. A sua distribuição geográfica indica a direção das principais vias terrestres 
para o Mediterrâneo, aquelas que ao longo das quais as portagens eram coletadas 
e necessariamente pagas em moeda e também aquelas que eram usadas pelos 
comerciantes, uma vez que o dinheiro servia igualmente para fins comerciais – Pg. 
81. 
 
m)- Todo o ouro que chegava ao Ocidente não provinha das atividades comerciais 
(os mercadores estavam expressamente proibidos de fazer sair moedas do império), 
mas sim como presentes oferecidos aos príncipes bárbaros, salários pagos aos 
mercenários, tributos que o orgulho obrigava a classificar de presentes livremente 
oferecidos – nos finais do século VI o exarca de Ravena fazia transportar trezentas 
libras de ouro para os reis lombardos todos os anos – Pg. 82. 
 
n)- O ouro tendia, assim, a ficar imobilizado nos tesouros dos governantes e das 
igrejas e nos consagrados aos mortos – Pg. 83. 
 
o)- Só com o desenvolvimento das instituições sob o controle do Estado se enraizou 
o hábito de pagar em dinheiro, à medida que se desenvolvia a civilização medieval 
– Pg. 84. 
 
p)- As direções tomadas inicialmente por este crescimento foram de larga medida 
determinadas por algumas disparidades que esta breve introdução já abordou. Em 
primeiro lugar, o desenvolvimento desigual das diferentes regiões do continente 
europeu. As migrações de povos e a lenta difusão do cristianismo e a familiarização 
com o uso do dinheiro, encorajavam o Norte e o extremo leste, que ainda não tinham 
emergido da pré-história, a ligaram-se numa unidade coesa com os portos 
ocidentais do Mediterrâneo – Pg. 84. 
 
q)- Entretanto, no plano das atitudes mentais geravam-se tensões entre a ideia de 
domínio senhorial, cujas raízes estendiam-se às sobrevivências do tribalismo e dos 
latifundia, entre o ideal da paz, como imagem da justiça divina, e o hábito entranhado 
da agressão guerreira. Todas estas contradições sobrepostas tornavam muito 
complexo o padrão de desenvolvimento – Pg. 85. 
 
7. Problematizações principais 
 
8. Listar as fontes e os principais autores (historiografia) mencionados no texto 
 
9. síntese crítica do texto:

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