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Antropologia cultural e Relações étnicas Antropologia social e cultural Organizadora: Thatiana Chicarino Mais um pouco de evolucionismo, mas ainda assim pouco…. O estudo dos mitos e do folclore por James Frazer James George Frazer ( 1894-1941) procura estudar o homem em sociedade de forma limitada, restrita a uma parcela muito pequena de sua história social, assim a antropologia deveria investigar a “embriologia do pensamento e das instituições humanas”. Procura estudar partindo do pressuposto de que “a civilização, sempre e em toda parte, tem evoluído da selvageria” A estratégia de Frazer seria, então, fazer registros adequados de costumes, crenças e lendas desses povos. Obra mais conhecida foi O Ramo de ouro (1890). Folclore, costumes e crenças Frazer propõe a antropologia em dois momentos: Estudo da Selvageria: Costumes e crenças dos selvagens. Estudo do folclore: Relíquias desse costume e crenças no pensamento e nas instituições de povos mais cultos. Frazer explica que a causa da sobrevivência dessas supertições estaria na desigualdade entre os homens, nao apenas entre as raças, mas dentro de uma mesma geração. Supertições: a) Públicas – Incorporadas à Lei. b) Privadas – São aquelas praticadas "pelos becos e cantos" (estão profundamente arraigadas na maioria do povo). A distinção entre magia, religião e ciência por James Frazer O ramo de ouro Os princípios da magia: Existem para Frazer, dois princípios nos quais se baseia a magia. 1) O princípio de que o semelhante produz o semelhante - lei da similaridade; 2) O princípio de que as coisas que estiveram em contato continuam atuando umas sobre as outras, mesmo que sejam separadas. - Lei do contato ou contágio; Na lei da magia baseada na lei da similaridade, pode-se, por exemplo, “ferir ou destruir um inimigo danificando ou destruindo uma imagem sua”; Na magia contagiosa, acredita-se que tudo que for feito sobre o objeto material atingirá a pessoa com a qual o objeto estava e contato; O Difusionismo e Franz Boas Franz Boas (1858-1942). Sua obra antropológica é considerada um dos principais marcos de ruptura com o evolucionismo. Ele escreveu As limitações do método comparativo na antropologia, seu objetivo não era mais reconstruir a história da evolução humana, mas sim, compreender a cultura em suas particularidades e especificidades. Sua visão evolucionista, com olhar etnocêntrico, que via o ponto máximo da evolução humana O termo Difusionismo: “para designar a corrente antropológica que procurava explicar as semelhanças e diferenças culturais que se deviam mais a presença ou não de processos de difusão e de contato entre os povos, do que as invensões isoladas. Boas e o difusionismo norte-americano Desenvolveu conceitos da história cultural como: Traço cultural; complexo cultural; área cultural. Boas não se restringia “ao estudo do passado”- típico do evolucionismo- deveria abranger a observação do presente, estabelecendo recortes no tempo e no espaço. Com essa ideologia, Boas desviou o foco da antropologia para a diversidade das culturas, considerando que no processo de aceitação ou rejeição dos complexos culturais refletiam a uniformidade de processos mentais, atribuindo uma natureza psicológica às regularidades culturais Três postulados básicos do difusionismo Método histórico: Reconstrução histórica que observa o passado e o presente; Pesquisa de campo – Intensa coleta de dados, principalmente coletados diretamente na área estudada; Formulação de conceitos: Enriquecimento da teoria antropológica através da definição de termos e conceitos.
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