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Física Experimental I Professor: Renato Alves dos Santos Leis de Newton Um dos objetivos da Física é criar modelos, testados experimentalmente, para descrição e previsão de fenômenos na natureza, auxiliando o desenvolvimento de novas tecnologias. (Halliday) vol. 1 Construção de GráficosAlgarismos significativos Erros, Incertezas Introdução ao Laboratório de Física Ementa: Erros, desvios e incertezas. Construção de gráficos. Composição de forças. Movimento com aceleração constante. Segunda Lei de Newton. Colisões. Dinâmica da rotação e momento de inércia. Co-requisito: Física Teórica I Bibliografia Básica: Fundamentos de Física (Vol. 1) – Halliday e Resnick Física 1 (Vol. 1) – Sears e Zemansky Introdução ao Laboratório de Física-João J. Piacentini Bibliografia Complementar: Curso de Física Básica (Vol. 1) – H. Moysés Nussenzveig Pasta compartilhada no google driver: https://drive.google.com/drive/folders/1y6JwpsReZPtPhh-MlW2Mmx2822z5uBQb?usp=sharing Apresentação da ementa e metodologias, método científico, modelo de relatório. Primeira Prática (Erros e Medidas) Segunda Prática (Estudo do movimento retilíneo. Gráficos, ajustes e linearização) Entrega de relatório (orientações) Terceira Prática (Composição de Forças) Quarta Prática (Método dos Mínimos Quadrados [MMQ] e aplicações) Quinta Prática (Plano Inclinado e Forças de Atrito) Sexta Prática (Rotação e Momento de Inércia) Avaliação Escrita AVALIAÇÃO FINAL. (Escrita) Programa 1. INTRODUÇÃ (1,0) 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (2,0) 3. MATERIAIS E MÉTODOS (1,0) 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO (3,0) 5. CONCLUSÃO (2,0) 6. REFERÊNCIAS (1,0) Pontuação em cada item Relatório ..\Física Experimental III\relatório modelo.doc O QUE É FÍSICA? Método Científico Observação pergunta Modelagem, resposta provisória- previsões Laboratório confirma? Ok Laboratório não confirma? A física busca regularidades, pois elas estão associadas a LEIS FÍSICAS Introdução Grandezas Físicas: São propriedades de um ente físico as quais podemos atribuir um valor numérico obtido por comparação com um VALOR PADRÃO chamado de unidade da grandeza. Exemplos: Corrente elétrica, força, massa, altura e etc. Medida = (número incerteza).unidade Forma completa de representar a medida de uma grandeza física. Quantifica a confiabilidade da medida. Instrumento Número de medidas Método de medida Medida Direta e Medida Indireta Direta: É aquela obtida por meio da leitura de um instrumento de medida como régua, amperímetro e etc. Ex.: balança digital, régua para medir comprimento. Indireta: É resultado da aplicação de uma relação matemática, que relaciona a grandeza medida a outras diretamente mensuráveis. Ex.: temperatura, balança de molas. Algarismos Significativos É aceitável a avaliação de décimos da menor escala. A medida na figura foi feita com uma régua graduada em milímetros ( menor divisão é 1𝑚𝑚). Certamente o comprimento medido está compreendido entre 11𝑐𝑚 e 12𝑐𝑚, assim podemos representar a medida como 11,65 cm. Os três primeiros algarismos foram lidos com certeza já o último (5) foi avaliado e é duvidoso. OBS.: Os zeros a esquerda do número não são significativos 0,034cm→ Dois algarismos significativos. 0,234cm→ Três algarismos significativos. 0,000.500.000m→ Seis algarismos significativos. OBS.:O resultado de uma transformação de unidades deve ser escritos com a mesma quantidade de algarismos da medida original. Ex.: converter 4.000 cal em joule 1,0 cal = 4,18 J; 4.000 cal = 16.720 J = Algarismos significativos são os algarismos que se tem certeza mais o primeiro algarismo duvidoso. Ex.: Após operar com valores de grandezas medidas com precisão de 4 algarismos significativos um aluno encontrou o resultado: 48,8898397𝑘𝑔 A p roxim ação 48,89𝑘𝑔 Critérios de arredondamento Ao realizar qualquer operação matemática com grandezas é necessário expressar o resultado com apenas um algarismo duvidoso. Por isso é preciso arredondar o resultado obtido. 1- Se os números que vierem a direita do primeiro algarismo duvidoso formarem números superiores a 5, 50, 500, 5000, etc., aumenta-se de uma unidade do primeiro algarismo duvidoso e desprezam-se os demais. Exemplo: 897,456 m ⇨ 126,76 g ⇨ Deve-se evitar arredondar os valores dos cálculos em etapas intermediárias, para evitar distorções nos resultados finais. 2- Se os números que vierem a direita o primeiro algarismo duvidoso formarem números inferiores a 5, 50, 500, 5000, etc., preservas-se o primeiro algarismo duvidoso e desprezam-se os demais. Exemplo: 407,4 34 m ⇨ 0,07 48 g ⇨ 3- Se os números que vierem a direita o primeiro algarismo duvidoso formarem números iguais a 5, 50, 500, 5000, etc., Faz-se com que o primeiro duvidoso fique par somando a ele uma unidade. Exemplo: 608,4 5 m ⇨ 0,13 50 g ⇨ Tratando-se de incertezas deve- se aproximar para mais nas terminações 5, 50,500,... Operações com Algarismos Significativos Soma e subtração: O resultado deve conter o número de casas decimais igual ao da parcela com menor número de casas decimais. Ex.: 3,75 + 2,6 = ≃ Ex.: 127,36 – 68,297 = ≃ Multiplicação e Divisão: O resultado deve conter o número de algarismos significativos igual ao do fator com menor número de algarismos significativos. Ex.: 2,69 x 3,57 = Ex.: (63,72m/ 23,1s) = 2,758441558 m/s é necessário expressar o resultado com apenas um algarismo duvidoso OBS.: Demais operações como potenciação, radiciação e logaritmação, efetua-se a operação e mantém-se o número de significativos da grandeza operada. Resumo Algarismos significativos Soma e subtração: O resultado deve conter o número de casas decimais igual ao da parcela com menor número de casas decimais. Multiplicação e Divisão: O resultado deve conter o número de algarismos significativos igual ao do fator com menor número de algarismos significativos. Por favor não errem isso nos relatórios!São os corretos mais o primeiro duvidoso! De olho nas casas decimais De olho nos algarismos significativos Por que Existem Erros? Os sistemas físicos reais sempre se afastam do comportamento ideal previstos pelos modelos matemáticos que os tentam descrever. Um dos objetivos da física experimental é minimizar os erros por meio de tratamento de dados. Erro = |Valor medido − Valor absoluto| Classificação dos Erros Erros grosseiros: Imperícia ou distração do operador. Erros Sistemáticos: Causados por fontes identificáveis e podem ser eliminados. Erro de escala: (desvio avaliado) erro máxima aceitável comedido pelo operador devido a limites na resolução do instrumento. Erros Aleatórios ou Acidentais: São provocados por flutuações nas medidas e condições ambientais ocorrem ao acaso. Procurem evitar! DEFINIÇÕES Valor Absoluto: É o valor que se encontraria ao se realizar uma medida perfeita. (para a maioria das grandezas física esse valor é quase impossível de ser medido). Valor Mais provável: É a média aritmética do conjunto de medidas. Valor Teórico: É o valor que mais se aproxima teoricamente do valor absoluto. Desvio Avaliado (incerteza do instrumento) Pode ser tomado como a metade da precisão (menor divisão da escala do medidor) para os aparelhos analógicos. Desvio avaliado = ½(precisão do instrumento) Desvio avaliado (σ) é uma medida da limitação do aparelho. Pode ser tomado como mais ou menos uma unidade na última casa decimal para os aparelhos digitais. Ex.: Régua milimetrada • σ = 1 2 1,0𝑚𝑚 = 0,5𝑚𝑚 = 0,05𝑐𝑚 Ex.: Cronômetro digital 00:00:00,0000:07:08,53= (7𝑥60 + 8,53)𝑠 = 428,53𝑠 σ = 0,01𝑠 𝑡 = 428,53 ± 0,01 𝑠 Precisão e Exatidão Alta precisão os valores estão próximos uns dos outros. Alta exatidão os valores estão próximos do valor teórico. Tratamento Estatístico de Medidas com Erros Aleatórios Exemplo (1): O tempo de queda de uma esfera do alto de um prédio. QUAL VALOR É O CORRETO? O valor mais provável para o tempo de queda é a média das medidas! t1(s) t2(s) t3(s) t4(s) t5(s) t6(s) t7(s) t8(s) T9(s) T10(s) 8,23 8,25 9,24 7,89 7,40 8,89 7,05 9,52 8,88 8,15 Média Aritmética ou Valor Mais Provável Devido aos erros é mais conveniente trabalhar com a média 𝑁―› número total de medidas 𝑥𝑖 ―› valor da i-ésima medida Quanto maior for N mais precisa será a média 𝑥 = 1 𝑁 𝑖 𝑁 𝑥𝑖 t1(s) t2(s) t3(s) t4(s) t5(s) t6(s) t7(s) t8(s) T9(s) T10(s) 8,23 8,25 9,24 7,89 7,40 8,89 7,05 9,52 8,88 8,15 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 t(s) 𝑀é𝑑𝑖𝑎 8,35𝑠 𝑑 = 𝑥 − 𝑥 Desvio Quando os valores se afastam muito da média ela é pouco precisa. (Alta dispersão) Quando os valores estão concentrados em torno da média, temos alta precisão na média. (Baixa dispersão) Δ𝑥 = σ = 1 𝑁 − 1 1 𝑁 𝑥𝑖 − 𝑥 2 Desvio Padrão para um Conjunto Finito de Medidas: Na calculadora 𝑥σ𝑛 − 1 Desvio Padrão da Média (Incerteza) Agora podemos expressar o resultado com sua respectiva incerteza. 𝑀 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚é𝑑𝑖𝑜 ± 𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 Δ 𝑥 = σ𝑚 = Δ𝑥 𝑁 O erro aleatório provável (𝐸𝑎) é proporcional ao desvio padrão da média. 𝐸𝑎 = ± σ𝑚 𝐸𝑎 ∝ σ𝑚 → 𝐸𝑎 = 𝑘. σ𝑚 𝑘 = 1 𝑘 = 2 𝑘 = 3 68,3% das medidas estão entre (𝑥𝑚 − σ𝑚) 𝑒 (𝑥𝑚 + σ𝑚) 95,5% das medidas estão entre (𝑥𝑚 − 2σ𝑚) 𝑒 (𝑥𝑚 + 2σ𝑚) 97,7% das medidas estão entre (𝑥𝑚 − 3σ𝑚) 𝑒 (𝑥𝑚 + 3σ𝑚) EX.:(1) 𝑥𝑚 = 2,772𝑐𝑚 𝑒 σ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0,02𝑐𝑚 EX.:(2) 𝑦𝑚 = 625,5𝑐𝑚 2 𝑒 σ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2𝑐𝑚 2 (i) O valor médio e a incerteza devem conter a mesma quantidade de casas decimais. (ii) As incertezas (exceto o erro percentual) devem conter apenas um algarismo significativo. (embora existam exceções) (ii) O número de algarismos significativos no resultado de uma medida é determinado pela sua incerteza. 𝑥 = 2,77 ± 0,02 𝑐𝑚 𝑦 = 626 ± 2 𝑐𝑚2 Erro Percentual Relativo Δ 𝑥 𝑟 = 𝑥 − 𝑋 𝑋 . 100 Podemos também expressar a incerteza em percentual Onde 𝑋 é o valor teórico e 𝑥 valor medido. OBS.: Diferente de incerteza comum o desvio percentual não possui unidade. Propagação de Incertezas Ao realizar medidas indiretas podemos trabalhar com grandezas mensuráveis carregadas de incertezas afetando assim a nossa medida. σ𝑤 = 𝜕𝑤 𝜕𝑥 σ𝑥 2 + 𝜕𝑤 𝜕𝑦 σ𝑦 2 + 𝜕𝑤 𝜕𝑧 σ𝑧 2 𝑤 = 𝑤(𝑥, 𝑦, 𝑧) É possível fazer uma analogia entre os erros (desvios) e as variações em 𝑤(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑑𝑤 = 𝜕𝑤 𝜕𝑥 𝑑𝑥 + 𝜕𝑤 𝜕𝑦 𝑑𝑦 + 𝜕𝑤 𝜕𝑧 𝑑𝑧 Exemplo: Calcule a incerteza propagada ao calcular o volume de um cilindro. 𝐷 = (2,00 ± 0,01)cm 𝐿 = (5,00 ± 0,02)cm 𝑉 = π𝐷2𝐿 4 𝑉 = 15,7 ± 0,2 𝑐𝑚3 Incerteza Total (Incerteza Combinada) σ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = σ𝑖𝑛𝑠 2 + σ𝑚 2 σ𝑇 =incerteza total σi𝑛𝑠 = incerteza do instrumento. σ𝑚 =desvio padrão da média. Em alguns casos σ𝑇 coincide com a incerteza de maior valor, ou seja, podemos considerar σ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 igual a incerteza maior. Calculadora Científica É possível determinar o desvio padrão usando uma máquina de calcular 𝑀𝑂𝐷𝐸 → 𝑀𝑜𝑑𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑡í𝑡𝑖𝑐𝑜 (𝑆𝐷) Escolher o modo estatístico (SD) Opções Inserindo os dados (𝑥𝑖 → 𝑡𝑒𝑐𝑙𝑎 𝑀 +) 𝑆𝐻𝐼𝐹𝑇 → (𝑆 − 𝑉𝐴𝑅) a[ 𝑥] → valor médio b[𝑥𝜎𝑛] → desvio padrão da população c[𝑥𝜎𝑛 − 1] → desvio padrão da amostra Usando a opção (c) encontramos o desvio padrão, dividindo por 𝑛 chegamos ao desvio padrão da média Limpar os dados da calculadora SHIFT → CLR → (ALL) Paquímetro Paquímetro Uma Polegada Ou 2,54 centímetros 1 centímetro ou 10 milímetros Fornece a leitura de centésimos de milímetro A distância entre o zero da escala fixa inferior (mm) e o zero da escala móvel inferior mostra a medida diametral externa. Escala fixa Escala móvel 1 Décimo de milímetro 1,00𝑚𝑚Exemplo: Medida do diâmetro de um parafuso. 0,05 centésimos de milímetro Procure o alinhamento! Centímetros Procure o alinhamento! Paquímetro 4 + 0,4 + 0,05 𝑚𝑚 = 4,45𝑚𝑚 Régua 4,4𝑚𝑚 precisão Exemplo: Medida do diâmetro de um parafuso. 64,35 mm = 64 mm e 35 centésimos 34,55 𝑚𝑚 Mudança de Unidade Conversão em cadeia Nesse método multiplica-se o valor original por um fator de conversão (razão entre unidades equivalentes) para cancelar unidades indesejáveis. Ex.: (1) Converter 1m/s em km/h Ex.: (2) Converter 1km/min em m/s Referências Fundamentos de Física (Vol. 1) – Halliday e Resnick Física 1 (Vol. 1) – Sears e Zemansky Introdução ao Laboratório de Física-João J. Piacentini Pasta compartilhada no google driver: https://drive.google.com/drive/folders/1y6JwpsReZPtPhh-MlW2Mmx2822z5uBQb?usp=sharing
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