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PIODERMITES BACTERIANAS Piodermite Superficial Piodermite Profunda M.V. Mayara C. F. de Aguiar CARACTERIZAÇÃO Patógeno cutâneo primário:Staphylococcus intermedius Piodermite Comum em cães, rara em gatos Tº e umidade Manejo inadequado (higiene) Primária ou secundária PIODERMITES SUPERFICIAIS Foliculite bacteriana superficial Impetigo Intertrigo M.V. Mayara C. F de Aguiar FOLICULITE BACTERIANA SUPERFICIAL Etiologia Staphylococcus intermedius Secundária Trauma Seborréia Alergias Doenças parasitárias Endocrinopatias FOLICULITE BACTERIANA SUPERFICIAL – CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Prurido variável Lesão primária ->pápula pústula → com pêlo protundido no centro Lesões pustulares -> transitórias → crostas, colaretes epidérmicos, hiperpigmentação, escoriação Não possui padrão específico de distribuição FOLICULITE BACTERIANA SUPERFICIAL – DIAGNÓSTICO Histórico e aspecto das lesões Descartar outras causas comuns de foliculite dermatofitose, demodiciose Citologia das pústulas cocos, neutrófilos, → evidência de fagocitose bacteriana Histopatológico “Por que a pele está infectada?” Procurar a causa de base IMPETIGO Etiologia Staphylococcus coagulase positivos Acomete animais jovens de 8 semanas até a puberdade. Não é contagioso Pode ser secundário: Problemas nutricionais Parasitismo Infecções virais Ambiente sujo. IMPETIGO – SINAIS CLÍNICOS Lesões primárias -> pústulas superficiais com borda eritematosa São facilmente rompidas -> colaretes epidérmicos Crostas melicéricas (que lembra mel) Prurido ocasional Localização Abdômen Pregas inguinais Pregas axilares. IMPETIGO – DIAGNÓSTICO História clínica Aspecto das lesões Culturas bacterianas INTERTRIGO Dermatite das dobras cutâneas Acumulo de secreções e excreções Urina, fezes, saliva, lágrima, suor ou sebo. Características clínicas Ocorrência comum Odor fétido Eritema entre as pregas DERMATITES PROFUNDAS DERMATITE ÚMIDA AGUDA COMPLEXO FOLICULITE-FURUNCULOSE-CELULITE M.V. MAYARA C. F. DE AGUIAR DERMATITE ÚMIDA AGUDA Dermatite piotraumática Produzida pelo traumatismo auto- induzido Arranhaduras e mordeduras Prurido associado: Picadas de pulgas Otite externa Corpos estranhos DERMATITE ÚMIDA AGUDA – SINAIS CLÍNICOS Lesões agudas -> poucos minutos até horas Dor variável Lesões circunscritas e exsudativas Eritema grave e perda localizada de pêlos Localização Região lombossacral Membros posteriores Pescoço Proximidades das orelhas. DERMATITE ÚMIDA AGUDA – DIAGNÓSTICO Surgimento agudo Aspectos clínicos DERMATITE DE CALO DE APOIO Placas espessadas, ásperas, hiperceratóticas, liquenificadas Resulta de pressão e fricção Infecção – lesões ulceradas e fistuladas COMPLEXO FOLICULITE- FURUNCULOSE-CELULITE Infecção folicular com rompimento do folículo Bactérias presentes: Staphylococcus intermedius Pseudomonas sp, Proteus sp, E. coli Fatores relacionados → imunossupressão, secundária a doenças parasitárias, fúngicas, alérgicas COMPLEXO FOLICULITE- FURUNCULOSE-CELULITE – SINAIS CLÍNICOS Inicia-se com uma foliculite superficial Pápulas pústulas profundas ulceração → → → exsudato recobrimento crostoso.→ Lesões graves necrose fístulas e úlceras→ → Distribuição em toda as regiões com pêlo → (tórax, focinho, membros e pontos de apoio) Dor e prurido variáveis Anorexia, letargia Hipertermia, linfoadenopatia Ocasionalmente Bacteremia e septicemia COMPLEXO FOLICULITE- FURUNCULOSE-CELULITE DO PASTOR ALEMÃO Piodermite profunda idiopática/ recidivas frequentes Predisposição familiar (hereditária) Observada em cães de meia idade S. intermedius Fatores precipitantes e complicadores: DAPP, hipotireoidismo COMPLEXO FOLICULITE- FURUNCULOSE-CELULITE - DIAGNÓSTICO Culturas bacterianas Exame histopatológico Excluir DAPP/hipotireoidismo (Pastor) Envolvimento sistêmico Hemograma TRATAMENTO GERAL DE PIODERMITES - TÓPICO Indicado para lesões localizada e superficiais Retirada dos debris celulares e estimular a drenagem Tricotomia Associado com medicações sistêmicas para lesões generalizadas e profundas TRATAMENTO GERAL DE PIODERMITES - TÓPICO Xampu Clorexedina 3%, clindamicina 2%, peróxido de bezoíla 2,5% Compressas ou banhos de imersão Burrow Permanganato de potássio Gel, loção, pomada, spray Clinamicina 2%, eritromicina 2%, metronidazol 0,75% Burrow em gel TRATAMENTO GERAL DE PIODERMITES - TÓPICO Líquido de Burrow Peróxido de Bezoíla 3% Clindamicina 2% Propilenoglicol 10% Dexametasona 0,1% TRATAMENTO GERAL DE PIODERMITES - SISTÊMICO Antibióticos (S. intermedius) Casos reicidivantes - cultura e antibiograma Tratamento prolongado (mais de 30 dias) Continuar por mais 7 – 21 dias após a remissão Recidivas avaliar as causas de base TRATAMENTO GERAL DE PIODERMITES - SISTÊMICO S. intermedius Cefalosporina (>90%) – 30 mg/kg BID VO Enrofloxacina – 5 – 7,5mg/kg BID VO Amoxicilina com ácido clavulânico – 22 mg/kg BID Sulfa + trimetropin – 15 mg/kg BID Lincomicina – 15 – 20 mg/kg BID ou TID VO Eritromicina -10 a 20 mg/kg BID ou TID VO Cloranfenicol – 30 -50 mg/kg BID ou TID SC, IM ou IV TRATAMENTO GERAL DE PIODERMITES - SISTÊMICO Piodermites recidivantes (S. Intermedius) Pulsoterapia Staphage Lysate® - SPL (Vacina) Animal com histórico de piodermite idiopática recorrente Deve ser responsiva a antibióticos Doenças de base devem ser descartadas Aplicação SC 77% de eficácia. DERMATOSES ALÉRGICAS DERMATITE ALERGICA A PICADA DE PULGA/ECTOPARASITAS(DAPP/DAPE) ATOPIA ALERGIA ALIMENTAR M. V. Mayara C. F. de Aguiar DAPP/DAPE Reação de Hipersensibilidade Proteínas da saliva Tipo I – imediata, anafilaxia Tipo IV – tardia, celular Independe de raça/sexo Cão e Gato DAPP/DAPE Faixa etária – 3-5 anos Dermatite Alérgica mais comum Sazonalidade Verão e outono x Clima tropical (meses mais quentes DAPP/DAPE - DISTRIBUIÇÃO Cães Região lombossacra Dorso Coxas Abdomen ventral Flancos Gatos Dorso Região lombossacra Cabeça e pescoço DAPP/DAPE – SINAIS CLÍNICOS: CÃO Prurido Dermatite papular Lesões secundárias – autotraumáticas pápulas/pústulas alopecia/descamação hiperpigmentação Liquenificação Escoriações Seborréia Piodermite bacteriana secundária DAPP/DAPE – SINAIS CLÍNICOS: GATOS Erupções pápulo-crostosas Alopecia bilateral por lambedura Linfoadenopatia periférica Prurido – menos evidente em felinos Alopecia bilateral simétrica Tufos de pêlos nos esconderijos Evidência de tricofagia Tricograma: pêlos quebrados DAPP/DAPE – DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Outras dermatites alérgicas Escabiose Malassezia Foliculite bacteriana DAPP/DAPE – DIAGNÓSTICO História clínica do animal Presença de ectoparasitas e sujidades dos mesmos Distribuição das lesões Diagnóstico Terapeutico DAPP/DAPE – TRATAMENTO Controle do prurido a curto prazo: anti-histamínicos corticóides (0,5-1 mg/kg/SID) ERRADICAÇÃO DE ECTOPARASITAS adulticidas inibidores do crescimento controle ambiental X animal Não há cura DAPP/DAPE – TRATAMENTO Coleiras antipulgas Reduz o número de pulgas, mas não as eliminam Usar associado com medicação tópica Xampus contrapulgas Enxague remove toda a proteção residual Talcos antipulgas Prolongada atividade residual Endurece a pele e resseca o pêlo DAPP/DAPE – TRATAMENTO Produtos líquidos Aplicações periódicas e uniformes Inconvenientes: cheiro e ressecagem do pelame poucos produtos indicados para gatos Produtos sistêmicos Mata pulgas adultas ou interrompe seu ciclo de vida ATOPIA CANINA – DERMATITE ALÉRGICA CANINA (DAC) Caráter genético e inflamatório Sensibilizado a antígenos ambientais Formação de anticorpos IgE 2º mais comum Predisposição racial e familiar Shar Pei, West Highland White Terrier, Shih Tzu, Dálmata, Pug, Golden Retriever, Boxer, Labrador, Schnauzer Miniatura, Pastor Belga, Buldog Inglês Pastor Alemão, Cocker Spaniel, Dachshund, Doberman e Poodle. ATOPIA CANINA – DERMATITE ALÉRGICA CANINA (DAC) Idade: 6 meses - 7 anos 70% dos cães – 1 e 3 anos de idade Shar Peis, Akitas e Golden Retrievers antes dos 6 meses de idade Causa: alérgenos -> hipersensibilidade do tipo I bolores, polens, debris da epiderme humana, sementes de gramíneas, penas, paina, poeira doméstica, pêlos de animais, ácaros, produtos de decomposição, partículas alimentares e substâncias inorgânicas Sazonalidade: sazonal e não sazonal Outras dermatites alérgicas Escabiose Malassezia Foliculite bacteriana Piodermite ATOPIA CANINA – DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ATOPIA CANINA – DIAGNÓSTICO História clínica do animal Eliminação de outras causas possíveis Descartar todas as outras alérgicas DAPP, contato, alimentar Testes alérgicos intradérmicos ATOPIA CANINA – TRATAMENTO Combinação de vários fatores Conscientização do proprietário 1 - Evitar o alérgeno 2 - Reduzir o prurido – anti- histamínicos maleato de clorfeniramina (0,2-0,5 mg/kg), difenidramina (2,2 mg/kg), hidroxizine (2,2 mg/kg) fumarato de clemastina (0,05-0,1 mg/kg) ATOPIA CANINA – TRATAMENTO 3- Tratar infecções secundárias Piodermite Malassezia Imunoterapia - administrações subcutâneas de crescentes doses de alérgenos Sucesso da imunoterapia convencional é de 50% a 70% ATOPIA CANINA – TRATAMENTO BANHOS Xampus/sprays antipruriginosos, hipoalergênicos e hidratantes Condicionador de Hidrocortisona 1% Spray de triancinolona 0,015% Fórmula hidratante, antisséptica Clorexidine 2-4% + hidroviton 5% + aloe vera 5% Xampu Allermyl Glyco ( Virbac) Spray cortavance - hidrocortisona (Virbac) ATOPIA CANINA – TRATAMENTO Ácidos Graxos omega 3 e 6 – VO SID Hidratação Reduz prurido Reduz corticóide Ômega 6:3 -> 5:1 40 mg/kg de ômega 3 60 a 138 mg/kg de ômega 6 ATOPIA CANINA – TRATAMENTO Prednisona VO Indução – 1,1-2,0 mg/kg SID por 3 a 10 dias Manutenção – 0,25-0,5mg/kg 48/48h Reduzir a cada 1 ou 2 semanas Remover medicação e avaliar ATOPIA CANINA – TRATAMENTO Não tem cura! Raros casos têm cura espontânea Controlar a crise Associar tratamentos Espaçar medicações Acupuntura?? ALERGIA ALIMENTAR 3ª mais importante Reação orgânica adversa aos alimentos Hipersensibilidade I – imediata III – complexos imunes solúveis (3-10h) IV – tardia Fontes protéicas e de carboidratos Não-sazonal Manifestações cutâneas PRURIDO INTENSO x LESÃO CUTÂNEA ALERGIA ALIMENTAR – SINAIS CLÍNICOS Pápulas, placas, pústulas Angioedema Eritema Úlceras / erosões Escoriações Liquenificação Crostas Alopecia ALERGIA ALIMENTAR – DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Dermatites pruriginosas Escabiose Malasseziose Piodermite Não responde ao corticóide Distúrbios GI concomitantes (15%) ALERGIA ALIMENTAR – DIAGNÓSTICO Dieta de eliminação Dieta hipoalergência por 8-12 semanas Dieta diferente/comercial? Carneiro, peixe, atum, coelho, veado, peru, batata… Livre de aditivos (corante, flavorizante, conservante) Exacerbação do prurido com dieta antiga 10-14d ALERGIA ALIMENTAR – TRATAMENTO Evitar alimentos agressores Agentes antipruriginosos Somente 50% de resposta Dieta caseira ou comercial Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70
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