Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 VERÔNICA CARDOSO MOURA A IMPORTÂNCIA DO ENSINO APRENDIZAGEM PARA ALUNO COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA Aracaju – SE 2018 SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 2 Aracaju - SE 2018 . A IMPORTÂNCIA DO ENSINO APRENDIZAGEM PARA ALUNO COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA Projeto de Ensino apresentado à Unopar, como requisito parcial à conclusão do Curso de Educação Física. VERÔNICA CARDOSO MOURA 3 MOURA, Verônica Cardoso. A Importância do Ensino Aprendizagem para Aluno com Autismo na Educação Física Escolar. Ano de Realização, 2018, 19 folhas. Projeto de Ensino (Graduação em Educação Física) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Aracaju, 2018. RESUMO O presente projeto tem como finalidade analisar o desenvolvimento do autista e a importância da atividade física para o aluno. O trabalho realizado tem como tema “A Importância do Ensino Aprendizagem para aluno com Autismo na Educação Física Escolar, e o objetivo é Compreender o envolvimento da Educação Física no processo de Inclusão Educacional de alunos autistas. A abordagem da pesquisa é Explicativa, com diversas referências bibliográficas, com intuito de entender melhor o aluno autista na Educação Física Escolar, por meio de vários autores citados neste trabalho. O autismo é um transtorno do desenvolvimento que se qualifica por mudança presentes desde idade muito precoce, particularmente antes dos três anos de idade. A inclusão de alunos autistas nas aulas de Educação Física não depende somente dos professores, mas também de uma política inclusiva que estimule também os alunos em participar de todo o processo de inclusão Palavras-chave: Autismo, Inclusão e Educação Física. 4 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5 1.1. TEMA DO PROJETO ........................................................................................ 7 1.2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 7 1.3. SERIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA ................................. 8 1.4. PROBLEMATIZAÇÃO ...................................................................................... 8 1.5. OBJETIVOS ..................................................................................................... 9 1.5.1 Objetivo Geral .......................................................................................... 9 1.5.2 Objetivos Específicos .............................................................................. 9 2 - REVISÃO DA LEITURA ........................................................................................ 10 2.1. Educação Física: Trajetória História ........................................................ 10 2.2. A Inclusão do aluno autista na escola ...................................................... 10 2.3. O Autismo e a Educação Física Escolar .................................................. 11 2.4. A Formação do Docente para a Escola Inclusiva ..................................... 12 3 - DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA) ........................................................... 14 4 - TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO – CRONOGRAMA ................... 15 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 16 6 – REFERÊNCIAS ................................................................................................... 18 5 1. INTRODUÇÃO A escola, de um modo geral, vem sendo o espaço escolhido para acrescentar na formação do aluno, quando não a de educar, substituindo o papel da família que tem encontrado dificuldades em cumprir esta tarefa. O papel da escola também deve ser de uma preparação para a vida e, os métodos pedagógicos devem, portanto, incentivar o aluno a desenvolver-se da melhor maneira possível, a tirar o melhor partido de todos os seus recursos, preparando-a para a vida social. O tema escolhido é a Importância do Ensino Aprendizagem para o Aluno com Autismo na Educação Física Escolar, portanto foi uma escolha para compreender melhor alunos com transtorno do espectro do autismo (TEA), principalmente com relação a interação nas aulas de Educação Física. O autismo é uma síndrome comportamental, possuindo como característica principal o déficit na interação social, traduzido principalmente pela inabilidade nas relações interpessoais, juntamente com um déficit de linguagem e alterações de comportamento (VIEIRA; BALDIN; FREIRE, 2013). As pessoas com necessidades especiais, até pouco tempo atrás, não tinham acesso às escolas de ensino regular, tanto nas públicas quanto nas particulares, eram somente atendidas em entidades específicas, e com pessoas habilitadas, ou seja, pessoas preparadas somente para lidar com as dificuldades específicas. A importância da inclusão de alunos autistas é um direito que deve ser conquistado a cada dia, e é dever de toda sociedade aceitar e respeitar as diferenças, cabe também ao professor de educação física, encarar a realidade e encontrar a maneira mais adequada e a forma mais correta de ensinar estes alunos não só a vencerem os obstáculos, mas também desenvolver suas potencialidades. O advento da inclusão escolar veio colocar em xeque - mate algo que fomos levados a negar ou a ignorar, a diversidade humana. Nesse sentido, com suas sábias palavras, Ferraz nos chama a atenção para compreender que: O grande desafio para a educação se encontra em buscar novas fronteiras para a escola. Isto significa perceber o outro como um ser único e que está aberto para muitas possibilidades, com múltiplas capacidades de transformação e criação. Significa também, compreender a complexidade humana, percebendo e vivendo a diferença como experiência de alteridade Ferraz (2007, p. 489). Portanto diante disso, a atividade física na vida de um autista é um procedimento para a prevenção de doenças e manutenção da saúde e deve focar na 6 participação, decisão, autonomia e independência, ou seja, a educação física oferecida nas escolas deve incluir o corpo, os movimento e a ludicidade como aspectos educacionais inseparáveis e sempre oferecer oportunidades educacionais adequadas ao desenvolvimento integral e a busca de uma objetiva participação e integração social. A atividade física para crianças com autismo, deve ter enfoque para o condicionamento físico, equilíbrio e movimentos básicos, desenvolvendo os movimentos fundamentais e locomotores. A ociosidade e o sedentarismo, são extremamente prejudiciais para criança autista. Cabe ao professor de educação física contribuir para que esta criança desempenhe, correta e produtivamente, todas as atividades propostas a ela (WINNICK, 2004). A educação física como prática educativa, seja ela desenvolvida no âmbito da educação formal ou em outros espaços sociais, não pode estar isolada do movimento de luta por uma educação verdadeiramente democrática. Logo, faz-se necessário discutiras peculiaridades desta prática diante do desafio da educação inclusiva, bem como considerar os diferentes aspectos e fatores que interagem no âmbito educacional no sentido de limitar a implantação do trabalho pedagógico voltados para a inclusão de todos. O autismo (autista) possui dificuldade, principalmente, em três áreas: interação social, comunicação e comportamento (Khoury et al, 2014). Na área da interação social, a criança geralmente ignora a presença do outro, preferindo atividades solitárias; na área da comunicação, tanto verbal como não verbal, existe um atraso na linguagem ou até mesmo ausência dela, podem apresentar também ecolalia – repetir palavras ou frases ditas por outra pessoa; na área comportamental, faz uso de movimentos estereotipados, giram objetos sem parar, movimentos de braço como se tivessem asas, batem palmas e possuem uma resistência a mudança de hábitos. No decorrer deste projeto, foi analisado o autismo e a inclusão escolar, mostrando a importância do papel do professor e da instituição escolar. Abordar-se-á sobre conceitos sobre o transtorno do espetro autista e sobre as características do portador do transtorno e quais as técnicas utilizadas para seu diagnóstico. Portanto com a finalidade de se alcançar os objetivos propostos nesta pesquisa, foi feito um levantamento bibliográfico, apoiando - se em autores como (Vieira; Baldin; Freire, 2013), Ferraz (2007), Winnick (2004), Khoury (2014), Glat 7 (1995), BUSCAGLIA (1993), Cavaco (2014), Cunha (2014), Bosa (2006), Gómez e Terán (2014), Kanner (1943), Fonseca (2014), Santos (2010), Cunha (2013), Gil (2010) entre outros, pois estes autores foram fundamentais para a realização deste trabalho. 1.1 TEMA DO PROJETO A temática deste projeto é A IMPORTÂNCIA DO ENSINO APRENDIZAGEM PARA ALUNO COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR. 1.2 JUSTIFICATIVA É importante compreender a Inclusão nas aulas de educação física, e entender por que se devem buscar ferramentas que contribuam para esse processo, e entender a importância do professor sempre refletirem a sua prática, uma vez que essa disciplina não envolve somente a aprendizagem, mas também na busca pelo o conhecimento, onde ela está totalmente ligada na saúde, e na qualidade de vida das pessoas, já que todos sabem que para se viver melhor deve -se praticar atividades físicas, não somente pessoas normais mais pessoa autistas. A Educação Física no passado era vista como meio para preparar a juventude para defesa da nação, fortalecer o trabalhador e também buscar novos talentos esportivos. Hoje a Educação Física como componente curricular da Educação Básica na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) mostra que a prática tem como caráter essencial propiciar uma aprendizagem que mobilize aspectos afetivos, sociais e éticos, além de adotar hábitos saudáveis de higiene e alimentação, ter espírito crítico e conhecer as diferentes manifestações da cultura corporal. O sucesso da inclusão escolar não depende apenas de modificações arquitetônicas e de projetos políticos pedagógicos que viabilizem a inclusão. Para que o sucesso da mesma ocorra é preciso que se compreenda o significado que essa inclusão tem na vida social, afetiva e educacional tanto do aluno que está sendo incluído, quanto dos demais que também participam desse processo. Pois, Glat (1995), relata que: Para assegurar um tratamento mais digno e desenvolver programas mais eficazes de inserção do deficiente na sociedade, precisamos primeiro entender o significado ou as representações que as pessoas têm sobre o deficiente, e como esse significado determina o tipo de relação que se estabelece com ele. (GLAT, 1995, p. 17). 8 Portanto a obrigatoriedade de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, ainda gera na sociedade uma divisão de opiniões, pois, a grande maioria das pessoas envolvidas nesse processo, ainda não se sentem capacitadas para atuarem nessa área. O professor não deve ter pena ou dar mais atenção ao seu aluno autista. O aluno deve ser visto antes de tudo como um ser capaz e não incapaz, uma pessoa com habilidades e limitações e não como um “frágil” que precisa de proteção (BUSCAGLIA, 1993, p. 53). Por isso, alunos com autismo devem ser inseridos na sociedade como um todo, e as atividades deve ser as que estimulem sua imagem corporal, postura, coordenação motora, sua aptidão muscular e aptidão aeróbica, de acordo com a necessidade e o grau de cada um. 1.3 SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA Este projeto foi focado nas séries inicias do ensino fundamental, onde é muito importante na medida em que possibilita aos alunos uma ampliação da visão da inclusão, e, assim, proporciona a autonomia para o desenvolvimento de uma prática pessoal e a capacidade para interferir na comunidade, seja na manutenção ou na construção de espaços de participação em atividades culturais, como jogos, esportes, lutas, ginásticas e danças, com finalidades de lazer, expressão de sentimentos, afetos e emoções. 1.4 PROBLEMATIZAÇÃO O presente trabalho proposto em questão pretende problematizar, os desafios que os professores de educação física enfrentam relacionados a demonstrar a importância e o que a classe enfrenta em relação ao desprestigio sua matéria de estudo, em questão como parte do currículo no processo de ensino aprendizagem. A inclusão de alunos autistas nas escolas é necessária, pois despertar nos educandos atitudes de solidariedade, onde o indivíduo é orientado a trabalhar suas atitudes diante da sociedade. Incluir não é só integrar [...] Não é estar dentro de uma sala onde a inexistência de consciencialização de valores e a aceitação não existem. É aceitar integralmente e incondicionalmente as diferenças de todos, em uma valorização do ser enquanto semelhante a nós com igualdade de direitos e oportunidades. É mais do que desenvolver 9 comportamentos, é uma questão de consciencialização e de atitudes (CAVACO, 2014, p. 31). Diante da afirmação do que é o ato de incluir, é possível perceber que a inclusão envolve todo um processo, desde aceitar a matrícula até o desenvolvimento da consciência da importância da inclusão, sendo de conhecimento de todos. Para que haja a inclusão eficiente e não o simples inserir, deve-se estar preparado para receber e trabalhar com os autistas, para que não haja desrespeito no ambiente em que vive. 1.5 OBJETIVOS 1.5.1 Objetivo Geral Compreender o envolvimento da Educação Física no processo de Inclusão Educacional de alunos autistas. 1.5.2 Objetivo(s) Especifico(s) Analisar a importância da inclusão de alunos autistas na sociedade de um modo geral; Identificar as dificuldades encontradas pelos os profissionais de educação física, ao se relacionar com alunos autistas; Verificar como é realizado a interação dos autistas com outros alunos no ambiente escolar; Observar os benefícios obtidos através da relação existente entre a Educação Física e a Inclusão Escolar de alunos autistas no processo de ensino-aprendizagem. 10 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Educação Física: Trajetória História Para que se entenda a Educação Física Escolar atual, faz-se necessário um breve apanhado histórico que delineará e facilitará a compreensão da prática pedagógica que permeia a Educação Física nos dias de hoje. No contexto escolar os exercícios surgem na Europa, no final do século XVIII e início do século XIX, na forma cultural de jogos, ginástica, dança, equitação, destacando-se na sociedade capitalista da épocaque almejava “construir” um novo homem, mais forte, mais ágil, mais empreendedor. O trabalho físico encontra-se ligado à cuidados físicos com o corpo nos quais incluam hábitos higienistas como: tomar banho, escovar os dentes, lavar as mãos. Essa concepção significa também cuidar da nova sociedade em construção cuja força do trabalho produzida e posta em ação pelo corpo é fonte de lucro. A Educação Física está ligado a toda a ciência que estuda o passado e o presente das atividades humanas, e suas evoluções do dia a dia, cada vez mais ganhando espaço na sociedade. 2.2 A Inclusão do aluno autista na escola Quando se trata de inclusão na escola, o primeiro passo a ser dado para atingirmos o objetivo proposto é transformamos a escola em todos seus aspectos (estruturais e humano). O ambiente inclusivo deve conter não só os recursos pedagógicos apropriados como também o material humano especializado (CUNHA, 2014), e não é raro encontrarmos escolas com esse problema no nosso país. Uma das ferramentas que deve ser utilizada e trazida para dentro da escola é a vida afetiva, ou seja, a escola deve ser um ambiente acolhedor e de afeto, pois podemos fazer das escolas uma extensão da vida das crianças para obtermos sucesso na educação. Além disso, o professor é peça chave na inclusão, é impossível não trabalharmos a inclusão escolar e não falarmos dos professores, ele deve estar preparado e capacitado para trabalhar com a inclusão da melhor maneira possível (CUNHA, 2014). O tratamento do autista pode ser baseado em quatro pilares básicos de qualquer tratamento com relação ao transtorno do desenvolvimento: (1) estimular o desenvolvimento social e comunicativo; (2) aprimorar o aprendizado e a capacidade 11 de solucionar problemas; (3) diminuir comportamentos que interferem com o aprendizado e com o acesso às oportunidades de experiências do cotidiano e (4) ajudar as famílias a lidarem com o autismo (BOSA, 2006). O professor, quando se deparar com aluno autista a primeira atitude a ser tomada é o conhecimento sobre o aluno, ou seja, o professor deve conhecer o aluno, saber quais são suas especificidades, as suas necessidades e os seus déficits, para assim saber intervir com a qualidade adequada para um bom rendimento do seu aluno. O professor deve detectar a habilidades do aluno, as que ele já tem e as que ele deve aprender. Além disso, o professor deve ensinar o aluno a aprender e para isso é necessário conquistá-lo provocando o seu desejo. 2.3 O Autismo e a Educação Física Escolar A História do Autismo apresenta grandes evoluções desde seu conceito até as diversas formas que o mesmo pode manifestar-se em diferentes indivíduos, chegando até mesmo ser confundido com outros transtornos. Em 1943, Kanner teve a oportunidade de realizar um estudo com 11 crianças que apresentavam o quadro autístico ao qual fez um artigo cujo título foi “Os distúrbios autísticos do contato afetivo”, porém, essas crianças estudadas pelo pesquisador não apresentavam esquizofrenia, pois nessa época considerava-se autista, indivíduos psicóticos e esquizofrênicos. O Autismo é um transtorno global do desenvolvimento (TGD), porque é uma alteração que afeta diversas capacidades como a comunicação, a socialização, e o comportamento do indivíduo, fazendo assim parte de um grupo de síndromes, classificado pelo CID-10 e o (TID) conhecido como transtorno invasivo do desenvolvimento, porque abarca diversas dificuldades no desenvolvimento humano. Porém, o autismo recebeu um termo mais atual (TEA) que significa Transtorno do Espectro Autista, pois engloba a síndrome de Asperger, que não é mais vista como uma especificação distinta (FONSECA, 2014). Segundo Cavaco mostra que: Devemos realçar que, ainda hoje, ninguém sabe dizer ao certo e de forma indiscutível, o que é o Autismo. Assim, não podemos nos afastar da recomendação de Leo Kanner em relação à adoção de uma postura de humildade, cautela diante do tema, já que compreender o Autismo exige uma constante aprendizagem, uma revisão contínua das nossas crenças, valores e dos nossos conhecimentos sobre o mundo e, sobretudo sobre nós mesmos (CAVACO, 2014, p. 45). 12 Diante disto, para se ter um conhecimento mais profundo e reflexivo do que é o autismo são necessários estudos contínuos, considerando a intensidade literária sobre o assunto e a importância da busca por novas formas de aprendizagem, bem como, também a capacidade de compreender que se têm sempre coisas novas a aprender, e a cada dia surgem novidades. O professor ainda hoje, quando se encontra em uma situação como esta, ainda não sabe lidar com os desafios que surgem quando recebe um aluno com necessidades educacionais especiais, sente-se despreparado e incapaz de criar condições para sua efetiva inclusão. A educação inclusiva envolve escolas abertas para todos, onde todos estudam juntos, indiferente do tipo de problema, porque o ato educativo se centra na diferenciação curricular inclusiva, construída em função dos contextos de atribuição aos alunos, à busca de métodos escolares diferentes para dar resposta à diversidade cultural, buscando diferentes metodologias que tenham contemplação na atenção nos ritmos e os estilos de aprendizagem dos alunos. 2.4 A Formação do Docente para a Escola Inclusiva Para que a inclusão seja de fato uma realidade na escola é necessário à formação, preparo e dedicação dos docentes. Desse modo, Santos (2010) afirma que, a formação dos professores para atuação do trabalho com a diversidade é de grande importância, pois é essencial para a inclusão efetiva. O professor ao se formar não tem como saber e conhecer tudo sobre todas as deficiências, pois as mesmas diferenciam-se de caso para caso, mesmo tratando-se de um mesmo tipo de necessidade educativa especial (NEE). É importante referir que o aluno com necessidades educativas especiais deve encontrar-se inserido na classe (turma) regular, sempre que possível, devendo, no entanto, as suas características e dificuldades específicas serem sempre consideradas (CAVACO, 2014, p. 23). Portanto, o professor deve sempre ter primeiro o conhecimento de investigar cada aluno de sua sala, buscando conhecer sobre a especificidade do educando, considerando as dificuldades, habilidades e outras características específicas de cada um, para intervir da melhor forma possível. 13 O professor precisa então, estar atento para cada detalhe do comportamento autista, para poder então saber como intervir, pois, a devida observação o ajuda e transmitir informações sobre seu comportamento. O exercício de um bom professor começa pela observação. E, para observar, é preciso saber o que observar. E, para saber o que observar, é preciso formação. Como a percepção de um bom músico, será a percepção de um bom professor, capaz de identificar detalhes comumente não notados (CUNHA, 2013, p. 55). Por isso, observar as ações do aluno autista é a principal forma para conhecimento de seu ensino e aprendizagem. Pois, estabelecer a união de teorias e práticas do conhecimento do professor, torna-se de uma grande importância, sendo a partir de tais condições em que ambas oferecem ao profissional que tornarão seu trabalho significante. Considerando assim, o comportamento do educando autista para que haja o desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem é necessário considerar como a mesma desenvolve-se. Fonseca (2014, p. 82), afirma que, “é necessário basear-se na forma de compreensão das pessoas com autismo que é totalmente diferente da nossa”. 143. DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA) A presente pesquisa é de caráter bibliográfico, onde se buscou reunir o maior número de livros e autores que tratam sobre o tema em questão, que é a inclusão de alunos autistas na educação física escolar. Esse projeto diz respeito aos procedimentos em que os professores utilizarão para facilitar o processo de ensino- aprendizagem. Buscou-se também o entendimento da interação social dos alunos com autismo no cotidiano escolar, visando o desenvolvimento de cada um, e pensando nele com um indivíduo histórico e cultural que está inserido em uma sociedade. A pesquisa bibliográfica foi de grande importância para o processo de conhecimento sobre o tema, porque a partir da mesma alcançaram-se informações necessárias para seu desenvolvimento. Esse tipo de pesquisa permitiu a “[...] a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente” (GIL, 2010, p. 79). Portanto, a pesquisa bibliográfica pôde oferecer suporte ao conhecimento e análise das principais contribuições teóricas existentes sobre o tema e o problema, tornando-se um instrumento indispensável para uma pesquisa. 15 4. TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO – CRONOGRAMA ETAPAS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Escolha do tema X X Projeto de pesquisa X Levantament o bibliográfico X X Introdução (apresentaçã o do tema) X Embasament o teórico (Objetivo e Justificativa) X Metodologia da pesquisa X Organização do cronograma X Revisão X Entrega do Projeto X X X X X X X 16 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A importância da prática pedagógica por meio da Educação Física escolar direciona o aluno na promoção da construção dos conhecimentos, através dos conteúdos da Educação Física através dos jogos, esportes, ginástica, lutas e dança. O trabalho voltado para a Educação Física escolar, deve atender o aluno em todos os seus domínios, é a oportunidade para estes despertar e mostrarem seus valores; transformando-o em sujeitos críticos e cientes do seu papel na sociedade; dessa forma desenvolvendo a visão crítica sobre a educação física. A análise deste projeto permitiu ainda perceber o quanto a importância do profissional de educação física no contexto educacional e de desenvolvimento dos autistas, o qual, por meio da prática positiva de atividades físicas atua de modo a melhorar a qualidade de vida e funcionalidade dos portadores desse transtorno. No ambiente escolar, a prática de atividades físicas é considerada fundamental para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor dos alunos, oferecendo também, um espaço adequado para desenvolver a coletividade, cooperação, socialização e o respeito entres eles, independentemente de qualquer restrição física. A atenção a inclusão a cada dia ganha mais espaço na sociedade, e as escolas devem oferecer um ambiente mais adequado para atender aos alunos com necessidades especiais, todos de um modo geral, independente de qual necessidade o aluno tem, isso também abrange recursos materiais, estrutura física, bem como oferecer a capacitação do professor de hoje, como um importante transmissor do conhecimento, para o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e motor de cada aluno. De acordo com as pesquisas bibliográficas levantadas para que o processo inclusivo ocorra da melhor maneira, é necessário o trabalho tanto dos profissionais do atendimento educacional especializado, quanto do trabalho do professor em sala de aula. É fundamental que a família e a escola, esteja em um mesmo conjunto para que isso ocorra um trabalho inclusivo de qualidade, pois através de um bom relacionamento é possível promover qualidade na inclusão, pois a comunicação da família junto à escola vem só a contribuir, contribuindo assim para o processo social dentro desses dois ambientes conjuntamente. 17 Portanto, é necessário que escola der a oportunidade aos pais e a toda comunidade escolar sobre o que é o autismo, para que além dos professores os mesmos possam ter conhecimento acerca do assunto, onde a escola está inserida em um contexto social e que nem todos possuem entendimento da importância da inclusão de crianças autistas no ambiente escolar. A conclusão deste projeto permitiu também avaliar a importância do profissional de educação física no contexto educacional e de desenvolvimento dos autistas, o qual, por meio da prática positiva de atividades físicas atua de modo a melhorar a qualidade de vida e funcionalidade dos portadores desse transtorno. 18 6. REFERÊNCIAS BOSA, C. A. Autismo: intervenções psicoeducacionais. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, v. 28, supl. 1, p. s47-s53, Maio 2006. BUSCAGLIA, L. F. Os deficientes e seus pais: um desafio ao aconselhamento. Rio de Janeiro: Recorde, 1993. CAVACO, N. Minha criança é diferente? Diagnóstico, prevenção e estratégia de intervenção e inclusão das crianças autistas e com necessidades educacionais especiais. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2014. CUNHA, E. Autismo na escola: um jeito diferente de aprender, um jeito diferente de ensinar – idéias e práticas pedagógicas. 2ª ed. RJ: Wak Editora, 2013. CUNHA, E. Autismo e Inclusão. 5. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2014. FERRAZ, Roselane Duarte. Os sujeitos considerados diferentes e o contexto educacional. Trabalho apresentado I Encontro de Pesquisa em Educação, IV Jornada de Prática de Ensino, XIII Semana de Pedagogia da UEM. “Infância e Práticas Educativas”. Maringá, Arq Mudi. 11(Supl.2); 2007. FONSECA, B. Mediação escolar e autismo: a prática pedagógica intermediada na sala de aula. RJ: Wak Editora, 2014. GLAT, Rosana. A integração social dos portadores de deficiência: uma reflexão. Rio de Janeiro: Sete Letras, 1995. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2010. ____. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2012. GÓMEZ, A. M. S., TERÁN, N. E. Transtornos de aprendizagem e autismo. Cultural, S.A, 2014. 19 Khoury, Laís Pereira et al. (2014). Manejo comportamental de crianças com Transtornos do Espectro do Autismo em condição de inclusão escolar: Guia de orientação a professores. São Paulo: Memnon, 52 p. SANTOS, J. I. F. Educação especial: inclusão escolar da criança. São Paulo: All Print, 2010. VIEIRA, N. M.; BALDIN, S.R.; FREIRE, R.S. INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNOS COM AUTISMO: O que diz a literatura. GT5- Educação, Comunicação e Tecnologia. Disponível em: http://faculdadepatosdeminas.edu.br/pdf/meta.pdf. Acesso em 08 de Out. 2016. WINNICK, J. P. Organização e Gerenciamento de Programas. In: WINNICK, J. P. (Org.). Educação física e esportes adaptados. Barueri: Manole, 2004. p.21-36.
Compartilhar