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PROJETO VERÔNICA

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VERÔNICA CARDOSO MOURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO APRENDIZAGEM PARA ALUNO 
COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR 
 
PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
Aracaju – SE 
2018 
 
SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
2 
 
Aracaju - SE 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO APRENDIZAGEM PARA ALUNO 
COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR 
 
PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
Projeto de Ensino apresentado à Unopar, como 
requisito parcial à conclusão do Curso de 
Educação Física. 
 
 
VERÔNICA CARDOSO MOURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
MOURA, Verônica Cardoso. A Importância do Ensino Aprendizagem para Aluno 
com Autismo na Educação Física Escolar. Ano de Realização, 2018, 19 folhas. 
Projeto de Ensino (Graduação em Educação Física) – Centro de Ciências Exatas e 
Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Aracaju, 2018. 
 
 
RESUMO 
 
O presente projeto tem como finalidade analisar o desenvolvimento do autista e a 
importância da atividade física para o aluno. O trabalho realizado tem como tema “A 
Importância do Ensino Aprendizagem para aluno com Autismo na Educação Física 
Escolar, e o objetivo é Compreender o envolvimento da Educação Física no processo 
de Inclusão Educacional de alunos autistas. A abordagem da pesquisa é Explicativa, 
com diversas referências bibliográficas, com intuito de entender melhor o aluno autista 
na Educação Física Escolar, por meio de vários autores citados neste trabalho. O 
autismo é um transtorno do desenvolvimento que se qualifica por mudança presentes 
desde idade muito precoce, particularmente antes dos três anos de idade. A inclusão 
de alunos autistas nas aulas de Educação Física não depende somente dos 
professores, mas também de uma política inclusiva que estimule também os alunos 
em participar de todo o processo de inclusão 
 
 
Palavras-chave: Autismo, Inclusão e Educação Física. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
1- INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5 
1.1. TEMA DO PROJETO ........................................................................................ 7 
1.2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 7 
1.3. SERIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA ................................. 8 
1.4. PROBLEMATIZAÇÃO ...................................................................................... 8 
1.5. OBJETIVOS ..................................................................................................... 9 
1.5.1 Objetivo Geral .......................................................................................... 9 
1.5.2 Objetivos Específicos .............................................................................. 9 
2 - REVISÃO DA LEITURA ........................................................................................ 10 
2.1. Educação Física: Trajetória História ........................................................ 10 
2.2. A Inclusão do aluno autista na escola ...................................................... 10 
2.3. O Autismo e a Educação Física Escolar .................................................. 11 
2.4. A Formação do Docente para a Escola Inclusiva ..................................... 12 
3 - DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA) ........................................................... 14 
4 - TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO – CRONOGRAMA ................... 15 
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 16 
6 – REFERÊNCIAS ................................................................................................... 18 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
A escola, de um modo geral, vem sendo o espaço escolhido para acrescentar 
na formação do aluno, quando não a de educar, substituindo o papel da família que 
tem encontrado dificuldades em cumprir esta tarefa. O papel da escola também deve 
ser de uma preparação para a vida e, os métodos pedagógicos devem, portanto, 
incentivar o aluno a desenvolver-se da melhor maneira possível, a tirar o melhor 
partido de todos os seus recursos, preparando-a para a vida social. 
O tema escolhido é a Importância do Ensino Aprendizagem para o Aluno com 
Autismo na Educação Física Escolar, portanto foi uma escolha para compreender 
melhor alunos com transtorno do espectro do autismo (TEA), principalmente com 
relação a interação nas aulas de Educação Física. 
O autismo é uma síndrome comportamental, possuindo como característica 
principal o déficit na interação social, traduzido principalmente pela inabilidade nas 
relações interpessoais, juntamente com um déficit de linguagem e alterações de 
comportamento (VIEIRA; BALDIN; FREIRE, 2013). 
As pessoas com necessidades especiais, até pouco tempo atrás, não tinham 
acesso às escolas de ensino regular, tanto nas públicas quanto nas particulares, eram 
somente atendidas em entidades específicas, e com pessoas habilitadas, ou seja, 
pessoas preparadas somente para lidar com as dificuldades específicas. 
A importância da inclusão de alunos autistas é um direito que deve ser 
conquistado a cada dia, e é dever de toda sociedade aceitar e respeitar as diferenças, 
cabe também ao professor de educação física, encarar a realidade e encontrar a 
maneira mais adequada e a forma mais correta de ensinar estes alunos não só a 
vencerem os obstáculos, mas também desenvolver suas potencialidades. 
 O advento da inclusão escolar veio colocar em xeque - mate algo que fomos 
levados a negar ou a ignorar, a diversidade humana. Nesse sentido, com suas sábias 
palavras, Ferraz nos chama a atenção para compreender que: 
O grande desafio para a educação se encontra em buscar novas 
fronteiras para a escola. Isto significa perceber o outro como um ser 
único e que está aberto para muitas possibilidades, com múltiplas 
capacidades de transformação e criação. Significa também, 
compreender a complexidade humana, percebendo e vivendo a 
diferença como experiência de alteridade Ferraz (2007, p. 489). 
 
Portanto diante disso, a atividade física na vida de um autista é um 
procedimento para a prevenção de doenças e manutenção da saúde e deve focar na 
 
6 
 
participação, decisão, autonomia e independência, ou seja, a educação física 
oferecida nas escolas deve incluir o corpo, os movimento e a ludicidade como 
aspectos educacionais inseparáveis e sempre oferecer oportunidades educacionais 
adequadas ao desenvolvimento integral e a busca de uma objetiva participação e 
integração social. 
A atividade física para crianças com autismo, deve ter enfoque para o 
condicionamento físico, equilíbrio e movimentos básicos, desenvolvendo os 
movimentos fundamentais e locomotores. A ociosidade e o sedentarismo, são 
extremamente prejudiciais para criança autista. Cabe ao professor de educação física 
contribuir para que esta criança desempenhe, correta e produtivamente, todas as 
atividades propostas a ela (WINNICK, 2004). 
A educação física como prática educativa, seja ela desenvolvida no âmbito da 
educação formal ou em outros espaços sociais, não pode estar isolada do movimento 
de luta por uma educação verdadeiramente democrática. Logo, faz-se necessário 
discutiras peculiaridades desta prática diante do desafio da educação inclusiva, bem 
como considerar os diferentes aspectos e fatores que interagem no âmbito 
educacional no sentido de limitar a implantação do trabalho pedagógico voltados para 
a inclusão de todos. 
O autismo (autista) possui dificuldade, principalmente, em três áreas: interação 
social, comunicação e comportamento (Khoury et al, 2014). Na área da interação 
social, a criança geralmente ignora a presença do outro, preferindo atividades 
solitárias; na área da comunicação, tanto verbal como não verbal, existe um atraso na 
linguagem ou até mesmo ausência dela, podem apresentar também ecolalia – repetir 
palavras ou frases ditas por outra pessoa; na área comportamental, faz uso de 
movimentos estereotipados, giram objetos sem parar, movimentos de braço como se 
tivessem asas, batem palmas e possuem uma resistência a mudança de hábitos. 
No decorrer deste projeto, foi analisado o autismo e a inclusão escolar, 
mostrando a importância do papel do professor e da instituição escolar. Abordar-se-á 
sobre conceitos sobre o transtorno do espetro autista e sobre as características do 
portador do transtorno e quais as técnicas utilizadas para seu diagnóstico. 
Portanto com a finalidade de se alcançar os objetivos propostos nesta 
pesquisa, foi feito um levantamento bibliográfico, apoiando - se em autores como 
(Vieira; Baldin; Freire, 2013), Ferraz (2007), Winnick (2004), Khoury (2014), Glat 
 
7 
 
(1995), BUSCAGLIA (1993), Cavaco (2014), Cunha (2014), Bosa (2006), Gómez e 
Terán (2014), Kanner (1943), Fonseca (2014), Santos (2010), Cunha (2013), Gil 
(2010) entre outros, pois estes autores foram fundamentais para a realização deste 
trabalho. 
 
1.1 TEMA DO PROJETO 
A temática deste projeto é A IMPORTÂNCIA DO ENSINO APRENDIZAGEM 
PARA ALUNO COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR. 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
É importante compreender a Inclusão nas aulas de educação física, e entender 
por que se devem buscar ferramentas que contribuam para esse processo, e entender 
a importância do professor sempre refletirem a sua prática, uma vez que essa 
disciplina não envolve somente a aprendizagem, mas também na busca pelo o 
conhecimento, onde ela está totalmente ligada na saúde, e na qualidade de vida das 
pessoas, já que todos sabem que para se viver melhor deve -se praticar atividades 
físicas, não somente pessoas normais mais pessoa autistas. 
A Educação Física no passado era vista como meio para preparar a juventude 
para defesa da nação, fortalecer o trabalhador e também buscar novos talentos 
esportivos. Hoje a Educação Física como componente curricular da Educação Básica 
na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) mostra que a prática tem como caráter essencial 
propiciar uma aprendizagem que mobilize aspectos afetivos, sociais e éticos, além de 
adotar hábitos saudáveis de higiene e alimentação, ter espírito crítico e conhecer as 
diferentes manifestações da cultura corporal. 
O sucesso da inclusão escolar não depende apenas de modificações 
arquitetônicas e de projetos políticos pedagógicos que viabilizem a inclusão. Para que 
o sucesso da mesma ocorra é preciso que se compreenda o significado que essa 
inclusão tem na vida social, afetiva e educacional tanto do aluno que está sendo 
incluído, quanto dos demais que também participam desse processo. Pois, Glat 
(1995), relata que: 
Para assegurar um tratamento mais digno e desenvolver programas 
mais eficazes de inserção do deficiente na sociedade, precisamos 
primeiro entender o significado ou as representações que as pessoas 
têm sobre o deficiente, e como esse significado determina o tipo de 
relação que se estabelece com ele. (GLAT, 1995, p. 17). 
 
8 
 
Portanto a obrigatoriedade de inclusão de alunos com necessidades 
educacionais especiais, ainda gera na sociedade uma divisão de opiniões, pois, a 
grande maioria das pessoas envolvidas nesse processo, ainda não se sentem 
capacitadas para atuarem nessa área. 
O professor não deve ter pena ou dar mais atenção ao seu aluno autista. O 
aluno deve ser visto antes de tudo como um ser capaz e não incapaz, uma pessoa 
com habilidades e limitações e não como um “frágil” que precisa de proteção 
(BUSCAGLIA, 1993, p. 53). 
Por isso, alunos com autismo devem ser inseridos na sociedade como um todo, 
e as atividades deve ser as que estimulem sua imagem corporal, postura, 
coordenação motora, sua aptidão muscular e aptidão aeróbica, de acordo com a 
necessidade e o grau de cada um. 
 
1.3 SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA 
Este projeto foi focado nas séries inicias do ensino fundamental, onde é 
muito importante na medida em que possibilita aos alunos uma ampliação da visão da 
inclusão, e, assim, proporciona a autonomia para o desenvolvimento de uma prática 
pessoal e a capacidade para interferir na comunidade, seja na manutenção ou na 
construção de espaços de participação em atividades culturais, como jogos, esportes, 
lutas, ginásticas e danças, com finalidades de lazer, expressão de sentimentos, afetos 
e emoções. 
 
1.4 PROBLEMATIZAÇÃO 
O presente trabalho proposto em questão pretende problematizar, os desafios 
que os professores de educação física enfrentam relacionados a demonstrar a 
importância e o que a classe enfrenta em relação ao desprestigio sua matéria de 
estudo, em questão como parte do currículo no processo de ensino aprendizagem. 
 A inclusão de alunos autistas nas escolas é necessária, pois despertar nos 
educandos atitudes de solidariedade, onde o indivíduo é orientado a trabalhar suas 
atitudes diante da sociedade. 
Incluir não é só integrar [...] Não é estar dentro de uma sala onde a 
inexistência de consciencialização de valores e a aceitação não 
existem. É aceitar integralmente e incondicionalmente as diferenças 
de todos, em uma valorização do ser enquanto semelhante a nós com 
igualdade de direitos e oportunidades. É mais do que desenvolver 
 
9 
 
comportamentos, é uma questão de consciencialização e de atitudes 
(CAVACO, 2014, p. 31). 
 
Diante da afirmação do que é o ato de incluir, é possível perceber que a 
inclusão envolve todo um processo, desde aceitar a matrícula até o desenvolvimento 
da consciência da importância da inclusão, sendo de conhecimento de todos. Para 
que haja a inclusão eficiente e não o simples inserir, deve-se estar preparado para 
receber e trabalhar com os autistas, para que não haja desrespeito no ambiente em 
que vive. 
 
1.5 OBJETIVOS 
1.5.1 Objetivo Geral 
 Compreender o envolvimento da Educação Física no processo de 
Inclusão Educacional de alunos autistas. 
 
1.5.2 Objetivo(s) Especifico(s) 
 Analisar a importância da inclusão de alunos autistas na sociedade 
de um modo geral; 
 Identificar as dificuldades encontradas pelos os profissionais de 
educação física, ao se relacionar com alunos autistas; 
 Verificar como é realizado a interação dos autistas com outros alunos 
no ambiente escolar; 
 Observar os benefícios obtidos através da relação existente entre a 
Educação Física e a Inclusão Escolar de alunos autistas no processo 
de ensino-aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
 2.1. Educação Física: Trajetória História 
Para que se entenda a Educação Física Escolar atual, faz-se necessário um 
breve apanhado histórico que delineará e facilitará a compreensão da prática 
pedagógica que permeia a Educação Física nos dias de hoje. 
No contexto escolar os exercícios surgem na Europa, no final do século XVIII e 
início do século XIX, na forma cultural de jogos, ginástica, dança, equitação, 
destacando-se na sociedade capitalista da épocaque almejava “construir” um novo 
homem, mais forte, mais ágil, mais empreendedor. 
O trabalho físico encontra-se ligado à cuidados físicos com o corpo nos quais 
incluam hábitos higienistas como: tomar banho, escovar os dentes, lavar as mãos. 
Essa concepção significa também cuidar da nova sociedade em construção cuja força 
do trabalho produzida e posta em ação pelo corpo é fonte de lucro. 
A Educação Física está ligado a toda a ciência que estuda o passado e o presente das 
atividades humanas, e suas evoluções do dia a dia, cada vez mais ganhando espaço na 
sociedade. 
 
2.2 A Inclusão do aluno autista na escola 
Quando se trata de inclusão na escola, o primeiro passo a ser dado para 
atingirmos o objetivo proposto é transformamos a escola em todos seus aspectos 
(estruturais e humano). O ambiente inclusivo deve conter não só os recursos 
pedagógicos apropriados como também o material humano especializado (CUNHA, 
2014), e não é raro encontrarmos escolas com esse problema no nosso país. 
Uma das ferramentas que deve ser utilizada e trazida para dentro da escola é 
a vida afetiva, ou seja, a escola deve ser um ambiente acolhedor e de afeto, pois 
podemos fazer das escolas uma extensão da vida das crianças para obtermos 
sucesso na educação. Além disso, o professor é peça chave na inclusão, é impossível 
não trabalharmos a inclusão escolar e não falarmos dos professores, ele deve estar 
preparado e capacitado para trabalhar com a inclusão da melhor maneira possível 
(CUNHA, 2014). 
O tratamento do autista pode ser baseado em quatro pilares básicos de 
qualquer tratamento com relação ao transtorno do desenvolvimento: (1) estimular o 
desenvolvimento social e comunicativo; (2) aprimorar o aprendizado e a capacidade 
 
11 
 
de solucionar problemas; (3) diminuir comportamentos que interferem com o 
aprendizado e com o acesso às oportunidades de experiências do cotidiano e (4) 
ajudar as famílias a lidarem com o autismo (BOSA, 2006). 
O professor, quando se deparar com aluno autista a primeira atitude a ser 
tomada é o conhecimento sobre o aluno, ou seja, o professor deve conhecer o aluno, 
saber quais são suas especificidades, as suas necessidades e os seus déficits, para 
assim saber intervir com a qualidade adequada para um bom rendimento do seu 
aluno. O professor deve detectar a habilidades do aluno, as que ele já tem e as que 
ele deve aprender. Além disso, o professor deve ensinar o aluno a aprender e para 
isso é necessário conquistá-lo provocando o seu desejo. 
 
2.3 O Autismo e a Educação Física Escolar 
A História do Autismo apresenta grandes evoluções desde seu conceito até as 
diversas formas que o mesmo pode manifestar-se em diferentes indivíduos, chegando 
até mesmo ser confundido com outros transtornos. 
Em 1943, Kanner teve a oportunidade de realizar um estudo com 11 crianças 
que apresentavam o quadro autístico ao qual fez um artigo cujo título foi “Os distúrbios 
autísticos do contato afetivo”, porém, essas crianças estudadas pelo pesquisador não 
apresentavam esquizofrenia, pois nessa época considerava-se autista, indivíduos 
psicóticos e esquizofrênicos. 
O Autismo é um transtorno global do desenvolvimento (TGD), porque é uma 
alteração que afeta diversas capacidades como a comunicação, a socialização, e o 
comportamento do indivíduo, fazendo assim parte de um grupo de síndromes, 
classificado pelo CID-10 e o (TID) conhecido como transtorno invasivo do 
desenvolvimento, porque abarca diversas dificuldades no desenvolvimento humano. 
Porém, o autismo recebeu um termo mais atual (TEA) que significa Transtorno do 
Espectro Autista, pois engloba a síndrome de Asperger, que não é mais vista como 
uma especificação distinta (FONSECA, 2014). 
Segundo Cavaco mostra que: 
Devemos realçar que, ainda hoje, ninguém sabe dizer ao certo e de 
forma indiscutível, o que é o Autismo. Assim, não podemos nos afastar 
da recomendação de Leo Kanner em relação à adoção de uma 
postura de humildade, cautela diante do tema, já que compreender o 
Autismo exige uma constante aprendizagem, uma revisão contínua 
das nossas crenças, valores e dos nossos conhecimentos sobre o 
mundo e, sobretudo sobre nós mesmos (CAVACO, 2014, p. 45). 
 
 
12 
 
Diante disto, para se ter um conhecimento mais profundo e reflexivo do que é 
o autismo são necessários estudos contínuos, considerando a intensidade literária 
sobre o assunto e a importância da busca por novas formas de aprendizagem, bem 
como, também a capacidade de compreender que se têm sempre coisas novas a 
aprender, e a cada dia surgem novidades. 
O professor ainda hoje, quando se encontra em uma situação como esta, ainda 
não sabe lidar com os desafios que surgem quando recebe um aluno com 
necessidades educacionais especiais, sente-se despreparado e incapaz de criar 
condições para sua efetiva inclusão. 
A educação inclusiva envolve escolas abertas para todos, onde todos estudam 
juntos, indiferente do tipo de problema, porque o ato educativo se centra na 
diferenciação curricular inclusiva, construída em função dos contextos de atribuição 
aos alunos, à busca de métodos escolares diferentes para dar resposta à diversidade 
cultural, buscando diferentes metodologias que tenham contemplação na atenção nos 
ritmos e os estilos de aprendizagem dos alunos. 
 
2.4 A Formação do Docente para a Escola Inclusiva 
Para que a inclusão seja de fato uma realidade na escola é necessário à 
formação, preparo e dedicação dos docentes. Desse modo, Santos (2010) afirma que, 
a formação dos professores para atuação do trabalho com a diversidade é de grande 
importância, pois é essencial para a inclusão efetiva. 
O professor ao se formar não tem como saber e conhecer tudo sobre todas as 
deficiências, pois as mesmas diferenciam-se de caso para caso, mesmo tratando-se 
de um mesmo tipo de necessidade educativa especial (NEE). 
É importante referir que o aluno com necessidades educativas 
especiais deve encontrar-se inserido na classe (turma) regular, 
sempre que possível, devendo, no entanto, as suas características e 
dificuldades específicas serem sempre consideradas (CAVACO, 
2014, p. 23). 
 
Portanto, o professor deve sempre ter primeiro o conhecimento de investigar 
cada aluno de sua sala, buscando conhecer sobre a especificidade do educando, 
considerando as dificuldades, habilidades e outras características específicas de cada 
um, para intervir da melhor forma possível. 
 
13 
 
O professor precisa então, estar atento para cada detalhe do comportamento 
autista, para poder então saber como intervir, pois, a devida observação o ajuda e 
transmitir informações sobre seu comportamento. 
O exercício de um bom professor começa pela observação. E, para 
observar, é preciso saber o que observar. E, para saber o que 
observar, é preciso formação. Como a percepção de um bom músico, 
será a percepção de um bom professor, capaz de identificar detalhes 
comumente não notados (CUNHA, 2013, p. 55). 
 
Por isso, observar as ações do aluno autista é a principal forma para 
conhecimento de seu ensino e aprendizagem. Pois, estabelecer a união de teorias e 
práticas do conhecimento do professor, torna-se de uma grande importância, sendo a 
partir de tais condições em que ambas oferecem ao profissional que tornarão seu 
trabalho significante. 
Considerando assim, o comportamento do educando autista para que haja o 
desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem é necessário considerar como 
a mesma desenvolve-se. Fonseca (2014, p. 82), afirma que, “é necessário basear-se 
na forma de compreensão das pessoas com autismo que é totalmente diferente da 
nossa”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
143. DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA) 
A presente pesquisa é de caráter bibliográfico, onde se buscou reunir o maior 
número de livros e autores que tratam sobre o tema em questão, que é a inclusão de 
alunos autistas na educação física escolar. Esse projeto diz respeito aos 
procedimentos em que os professores utilizarão para facilitar o processo de ensino-
aprendizagem. 
Buscou-se também o entendimento da interação social dos alunos com autismo 
no cotidiano escolar, visando o desenvolvimento de cada um, e pensando nele com 
um indivíduo histórico e cultural que está inserido em uma sociedade. 
A pesquisa bibliográfica foi de grande importância para o processo de 
conhecimento sobre o tema, porque a partir da mesma alcançaram-se informações 
necessárias para seu desenvolvimento. Esse tipo de pesquisa permitiu a “[...] a 
cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia 
pesquisar diretamente” (GIL, 2010, p. 79). 
Portanto, a pesquisa bibliográfica pôde oferecer suporte ao conhecimento e 
análise das principais contribuições teóricas existentes sobre o tema e o problema, 
tornando-se um instrumento indispensável para uma pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
4. TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO – CRONOGRAMA 
 
ETAPAS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 
Escolha do 
tema 
 X X 
Projeto de 
pesquisa 
 X 
Levantament
o bibliográfico 
 
 X 
 
 X 
 
Introdução 
(apresentaçã
o do tema) 
 
 X 
 
Embasament
o teórico 
(Objetivo e 
Justificativa) 
 
 X 
 
Metodologia 
da pesquisa 
 X 
Organização 
do 
cronograma 
 X 
Revisão X 
Entrega do 
Projeto 
 X X X X X X X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A importância da prática pedagógica por meio da Educação Física escolar 
direciona o aluno na promoção da construção dos conhecimentos, através dos 
conteúdos da Educação Física através dos jogos, esportes, ginástica, lutas e dança. 
O trabalho voltado para a Educação Física escolar, deve atender o aluno em todos os 
seus domínios, é a oportunidade para estes despertar e mostrarem seus valores; 
transformando-o em sujeitos críticos e cientes do seu papel na sociedade; dessa 
forma desenvolvendo a visão crítica sobre a educação física. 
A análise deste projeto permitiu ainda perceber o quanto a importância do 
profissional de educação física no contexto educacional e de desenvolvimento dos 
autistas, o qual, por meio da prática positiva de atividades físicas atua de modo a 
melhorar a qualidade de vida e funcionalidade dos portadores desse transtorno. 
No ambiente escolar, a prática de atividades físicas é considerada fundamental 
para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor dos alunos, oferecendo também, 
um espaço adequado para desenvolver a coletividade, cooperação, socialização e o 
respeito entres eles, independentemente de qualquer restrição física. 
A atenção a inclusão a cada dia ganha mais espaço na sociedade, e as escolas 
devem oferecer um ambiente mais adequado para atender aos alunos com 
necessidades especiais, todos de um modo geral, independente de qual necessidade 
o aluno tem, isso também abrange recursos materiais, estrutura física, bem como 
oferecer a capacitação do professor de hoje, como um importante transmissor do 
conhecimento, para o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e motor de cada 
aluno. 
De acordo com as pesquisas bibliográficas levantadas para que o processo 
inclusivo ocorra da melhor maneira, é necessário o trabalho tanto dos profissionais do 
atendimento educacional especializado, quanto do trabalho do professor em sala de 
aula. 
É fundamental que a família e a escola, esteja em um mesmo conjunto para 
que isso ocorra um trabalho inclusivo de qualidade, pois através de um bom 
relacionamento é possível promover qualidade na inclusão, pois a comunicação da 
família junto à escola vem só a contribuir, contribuindo assim para o processo social 
dentro desses dois ambientes conjuntamente. 
 
17 
 
Portanto, é necessário que escola der a oportunidade aos pais e a toda 
comunidade escolar sobre o que é o autismo, para que além dos professores os 
mesmos possam ter conhecimento acerca do assunto, onde a escola está inserida em 
um contexto social e que nem todos possuem entendimento da importância da 
inclusão de crianças autistas no ambiente escolar. 
A conclusão deste projeto permitiu também avaliar a importância do profissional 
de educação física no contexto educacional e de desenvolvimento dos autistas, o qual, 
por meio da prática positiva de atividades físicas atua de modo a melhorar a qualidade 
de vida e funcionalidade dos portadores desse transtorno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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