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APOSTILA DE CIRURGIA

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Cirurgia Oral e Maxilofacial 
 
R E S U M O 
 
2016 
 
IGOR MIRANDA 
 
 
 
2 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
 
Sumário 
ATOS OPERATÓRIOS ............................................................................................................................... 3 
ASPECTOS IMPORTANTES NA ABORDAGEM MEDICAMENTOSA NO 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO ............................................................................................................ 6 
TÉCNICAS EXODÔNTICAS – Suzymille Sandes ................................................................................. 12 
ARSENAL CIRÚRGICO ........................................................................................................................... 18 
ANESTESIA EM PACIENTES SITEMICAMENTE COMPROMETIDOS por Suzymille Sandes ......... 21 
RESUMO DA INERVAÇÃO NA MAXILA ................................................................................................ 29 
TÉCNICAS ANESTÉSICAS ..................................................................................................................... 30 
INFECÇÕES .............................................................................................................................................. 32 
COMPARAÇÃO DO EDEMA, CELULITE E ABSCESSO. ..................................................................... 32 
LISTA DE INSTRUMENTAIS ................................................................................................................... 33 
TEMPO CURÚRGICO .............................................................................................................................. 34 
SIGNIFICADOS DE PALAVRAS ............................................................................................................. 35 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
 
ATOS OPERATÓRIOS 
 
São os passos fundamentais e que devem ser seguidos durante um procedimento cirúrgico. São 
eles: diérese, exérese, hemostasia e síntese. 
1. Diérese – é o rompimento da integridade tecidual com penetração no interior dos tecidos e 
atingindo áreas anatômicas de interesse do cirurgião. Os métodos de diérese são a incisão e 
a divulsão; na incisão nós utilizamos a lâmina de bisturi e o cabo, lembrando que a 
empunhadura do bisturi deve ser tricoidal e a incisão deve começar num ponto e ser contínua 
até seu ponto final, para que não haja perda da continuidade; há diversos tipos de lâmina de 
bisturi e a mais utilizada é a lâmina nº15 e o cabo nº3 (usa como se fosse utilizar uma 
caneta), já a lâmina 12 nós utilizamos quando vai fazer incisão na região retromolar e precisa 
de uma angulação da lâmina; já a divulsão é feita principalmente através da tesoura de 
Metzembaum, que é quando penetra no tecido e vai rompendo as fibras desse tecido, 
separando os planos musculares, também pode utilizar uma pinça Kelly. Para uma incisão 
adequada deve-se ter conhecimento anatômico da região, utilizar uma lâmina de bisturi nova 
e afiada, fazer incisão de forma contínua e com bordos regulares, com tamanho adequado 
para uma boa exposição do campo operatório e evitar incisões pequenas que não expõem o 
campo operatório e promovem tensão exagerada do retalho. 
2. 
Exérese – é a manobra cirúrgica pela qual é retirada parte ou todo o órgão ou tecido, 
constando muitas vezes no objetivo da cirurgia. Consiste na remoção de lesões patológicas, 
curetagens, ostectomias e exodontias. Quando se trata de lesões tumorais há dois tipos de 
biopsia: biopsia incisional (quando apenas parte da lesão é retirada, geralmente é feita 
quando há suspeita de malignidade pois o CD não pode retirar toda a lesão, senão o cirurgião 
oncologista que vai fazer a cirurgia definitiva não vai ter parâmetros, não vai saber o 
estadiamento do tumor, se precisa ou não fazer esvaziamento linfonodal, etc, por isso o CD 
apenas tira uma parte da lesão e manda pra o histopatológico pra ver se é maligna ou 
benigna, se for benigna pode remover a lesão por completo, mas se for maligna tem que 
encaminhar para o cirurgião de cabeça e pescoço) e a biopsia excisional (é quando toda a 
lesão é retirada, em casos de lesões benignas, com ou sem tecido normal subjacente). 
3. 
Hemostasia – é a contenção do sangue no leito vascular. A hemorragia é o extravasamento 
de sangue do leito vascular; pode ser de origem venosa (sangue mais escuro, com fluidez 
como se fosse uma torneira), arterial (sangue mais claro quando comparado ao venoso, sai 
4 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
em jatos) e capilar e pode ocorrer no trans e pós-operatório, e quando ocorre no pós-
operatório é classificada em imediata (10 a 20 minutos depois do procedimento) ou tardia (1, 
2 ou 3 dias depois do procedimento). Os métodos de hemostasia são: compressão (com 
gaze), pinçagem (com pinça hemostática Kelly), ligadura (quando rompe um vaso, então ele é 
pinçado e é feita a ligadura com os fios de sutura), termocoagulação (usa o bisturi elétrico, 
que corta e ao mesmo tempo cauteriza ou coagula aquele sangue) e substancias 
hemostáticas (adrenalina, cera para osso, esponja de fibrina – geofoan, hemospon, viatmina 
K, etc). 
Requisitos para termocoagulação: 
 Devem ser removidos todos os metais do corpo do paciente (esse metais podem causar 
queimaduras, pois a saida de energia será na própria pele); 
 O fio terra deve estar em contato com o paciente; 
 A ponta da cauterização só entra em contato com o vaso sangrante; 
 Devem ser removidos sangue ou fluido acumulado em volta do vaso a ser cauterizado (esse 
sangue ou fluido acumula energia do eletrodo). 
Síntese – também chamada de sutura, é conjunto de manobras que visa aproximar os tecidos 
divididos ou separados durante os atos cirúrgicos de incisão ou divulsão. É importante a correta 
relação dos tecidos durante e após a sutura, pois facilita a reparação tecidual, auxilia a hemostasia e 
diminui a possibilidade de espaços mortos (espaço formado pela não observação da continuidade 
dos planos, que tardiamente vai gerar tecido fibroso e uma cicatriz). Para isso, utilizamos o porta 
agulha, pinça cirúrgica (pinça de Adson), tesoura cirúrgica para sutura e fio de sutura. 
Os fios de sutura podem ser absorvíveis ou não absorvíveis. 
 
Absorvíveis: sofrem grande reação tissular, por isso não indicados em suturas em pele, geram um 
processo inflamatório maior e retardam cicatrização. 
 Categute simples e cromado – sofre digestão por enzimas proteolíticas, o simples fica cerca de 7 a 
10 dias até reabsorver e o cromado fica cerca de 15 a 20 dias pois é protegido por uma camada de 
sais de prata que faz com que as enzimas demorem mais para degradá-lo; 
 Ácido poliglicólico e poligalactina 910 – hidrólise lenta e são posteriormente absorvidos por 
macrófagos. 
Não absorvíveis: podem ser naturais ou sintéticos. 
 Naturais – seda, linho e algodão,são fios traçados, multifilamentados (quando passa a agulha o fio 
continua cortando o orifício podendo lacerar o tecido); 
 Sintéticos – nylon, poliéster e polipropileno, são monofilamentados. 
As agulhas de sutura são constituídas de aço inox e compostas de corpo, ponta ativa e uma parte 
terminal que se une ao fio de sutura. A agulha de sutura ideal para procedimento odontológico é 
aquela que possui uma curvatura de 3/8 de um círculo e, para região posterior, ½ do círculo. O porta 
5 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
agulha é empunhado com o polegar e o anelar e os outros dedos servem de apoio. Há a síntese de 
primeira intenção, que é quando as bordas da ferida ficam em contato e demora cerca de 7 dias pra 
fechar; a síntese de segunda intenção, que é quando as bordas da ferida ficam aproximadas e 
demora de 2 a 3 meses pra fechar; e há ainda a síntese de terceira intenção, que é quando faz uma 
síntese de segunda intenção e depois de um tempo faz outro procedimento para terminar de fechar a 
ferida. 
A distancia de um bordo de um lado da lesão tem que ser a mesma distancia do lado oposto do 
ponto de vista clínico, se isso não é levado em consideração as bordas da ferida podem se sobrepor 
e ai não terá uma cicatrização adequada. Quando for suturar deixar o mínimo de espaço morto pois 
aquele sangue que fica ali serve de escape para bactérias que podem se proliferar. 
Objetivos da sutura: manter as bordas da ferida aproximadas, estabilização dos tecidos e do 
coágulo, evitar formação de espaço morto, auxiliar na hemostasia, prevenir penetração de 
microorganismos. 
Técnicas básicas de sutura: 
 Ponto simples (isolado); 
 Sutura em X ou em 8; 
 Contínua simples; 
 Contínua festonada; 
 Sutura em U horizontal; 
 Sutura em U vertical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
ASPECTOS IMPORTANTES NA 
ABORDAGEM MEDICAMENTOSA NO 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO 
 
 ANALGÉSICOS NÃO OPIÓIDES – tem propriedades analgésicas, antitérmicas e 
antiinflamatórias (exceto dipirona e paracetamol que não tem efeito antiinflamatorio). Todo 
antiinflamatório tem propriedade analgésica, mas nem todo analgésico tem propriedade 
antiinflamatória. Eles atuam por inibição da COX1(constitutiva – responsável pela formação 
de secreções protetoras do organismo, como o muco que protege a mucosa do estomago do 
suco gástrico, por exemplo, por isso não se pode tomar analgésicos ou antiinflamatórios por 
um período maior que 72h) e COX2(indutiva). As COXs, principalmente a 2, são responsáveis 
pela formação de prostaglandinas, tromboxanos e prostaciclinas. As prostaglandinas e 
protaciclinas participam de reações imunológicas do organismo, já o tromboxano é um 
precursor da cascata de coagulação, responsável pela fomação de trombos. As 
protaglandinas sensibilizam os nociceptores à ação da histamina (reação inflamatória local) e 
bradicinina (estimula terminações nervosas). 
Salicilatos e outros – melhor resposta com tratamento precoce; 
Posologia – doses fixas nas dores de leve a moderada (caso a dor seja severa deve-se prescrever 
analgésicos opioides). 
Mais conhecidos: acido acetilsalicílico (simples, revestido e tamponado), dipirona, ibuprofeno*, 
diclofenaco*, piroxican*, tenoxican*. 
*antiinflamatórios. 
 Toxicidade relativa; 
 Comodidade no esquema terapêutico; 
 Experiência acumulada pelo profissional; 
 Resposta positiva prévia apresentada pelo paciente (quando o paciente já está acostumado a tomar 
certo medicamento o profissional preserva esse medicamento, até mesmo para efeito psicológico); 
 Metabolismo hepático e excreção renal (maioria). 
Características farmacológicas: 
 Paracetamol – baixo custo, poucas reações alérgicas, toxicidade entre 10 a 15g diárias, 
metabolismo hepático (cuidado com pacientes etilistas), mais utilizados em pacientes pediátricos, 
não apresentam efeito antiinflamatório; 
 Tylex – paracetamol 500mg + codeína 30mg (ação aumentada pela codeína); 
 Dipirona – baixo custo, não apresenta efeito antiinflamatório, induz agranulocitose (diminuição da 
formação de células de defesa) e aplasia medular. Foi abolido nos EUA e em outros países. 
7 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
 Tratamento prolongado pode levar a zumbidos, úlceras gástricas, doenças renal e hepáticas; 
 AAS 500mg duplica o tempo de sangramento por 4 a 7 dias (quando for fazer cirurgia deve 
suspender o uso cerca de 72h antes); 
 AAS pode ser prescrito a gestantes, é irritativo para pele e mucosas, acentua a hipoglicemia junto a 
insulina; 
 A associação de analgésicos não opioides produz comprometimento renal e gastrintestinais, 
competem pelo mesmo sitio nas proteínas plasmáticas; 
 Ansiolíticos, antidepressivos e miorrelaxantes centrais podem reforçar o efeito analgésico. 
 ANALGÉSICOS OPIOIDES – extraídos da papoula, principalmente morfina, codeína e 
papaverina para uso clínico. Utilizados para tratamento de dores agudas de moderadas a 
intensas; no caso de dores crônicas há risco de tolerância e dependência física. Agem 
aumentando o limiar de excitação do cérebro a dor (o individuo suporta mais a dor, não inibe 
COX). Em pacientes terminais o risco de dependência passa a ser secundário. 
Tipos – agonistas puros, parciais e antagonistas. Ligam-se a receptores opioides endógenos 
localizados no SNC e órgãos periféricos. A naloxona é a antagonista puro dos receptores um, kappa 
e delta. 
Ação analgésica – resulta da depressão dos mecanismos centrais da nocicepção (transmissão 
medular e reforço do sistema eferente inibitório). Não eliminam a sensação dolorosa, mas minimizam 
o sofrimento que a acompanha. 
 Em doses convencionais não compromete tato, visão audição ou funcionamento intelectual e 
também tem propriedades antitussígenas, antidiarreicas e sedativas; 
 Seleção: dores agudas intensas – trauma severo e pós-operatório (morfina – tem efeito adverso 
muito grande: náusea e vomito); 
 Meperidina é comparada a morfina, porém sua meia vida é mais curta e provoca tremor, abalos 
musculares e até convulsões nas superdosagens ou insuficiência renal; 
 Tramau é usado quando a codeína não está sendo suficiente para o tratamento; 
 Dores moderadas (dentais, esqueléticas e tecidos moles) – codeína e associação com analgésicos 
não-opiodes; 
 Morfina não apresenta limitação da dosagem, enquanto a codeína tem efeito teto com 60 a 90mg 
de 4/4h; 
 Codeína é melhor utilizada pela via oral; 
Efeitos adversos: 
 Sedação; 
 Depressão respiratória; 
 Prurido; 
 Constipação intestinal; 
 Náuseas e vômitos; 
8 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
 Hipossalivação; 
 Pele quente e eritematosa; 
 Hipotensão arterial; 
 Retenção urinária; 
 Depressão respiratória tratada com 0,4mg de naloxona diluída em 10ml de soro via IV. 
 ANTIINFLAMATÓRIOS – num processo inflamatório, o que se observa clinicamente é dor, 
rubor, calor, edema e perda de função. Histologicamente ocorre em cerca de 24h, vai haver 
vasodilatação, aumento da permeabilidade, migração celular, acúmulo de macrófagos. Entre 
36 e 48h ocorre migração leucocitária, sinais de regeneração e reconstrução da matriz 
conjuntiva. A inflamação é responsável pela reparação tecidual; em caso de trauma e 
infecção só usa antiinflamatorio quando o processo mórbido da inflamação supera o benefício 
da sua ocorrência (dor, perda de função, deficiência na mastigação). Usa-se 
preferencialmente analgésico junto com antibiótico e deve-se indicar repouso, como 
compressa fria nas primeiras 48h e calor depois (o calor diminui o edema), também 
fisioterapia. 
Antiinflamatórios não-esteroidais (AINES) – são analgésicos, antitérmicos, antiinflamatóriose 
antitrombóticos. Sua ação antiinflamatória resulta da inibição da síntese de prostaglandina por 
inativar COX1 e COX2. Usa quando há dor, edema e disfunção. Em processos infecciosos NÃO usar 
antiinflamatórios + antibióticos. 
Critérios para escolha dos AINES: 
 Toxicidade relativa; 
 Conveniência de uso; 
 Custo; 
 Experiência de emprego. 
Efeitos adversos: 
 Úlcera gástrica; 
 Dispepsia; 
 Náusea; 
 Vômito; 
 Problemas renais e hepáticos; 
 Anorexia; 
 Diarreia; 
 Perda de sangue pelo tubo digestivo; 
 Reações sanguíneas. 
Antiinflamatórios esteroidais – é uma modificação da estrutura química do hormônio original; são os 
corticoides. Ligam-se a receptores esteroides citoplasmáticos controlando a função celular (enzimas 
estimuladoras ou inibitórias); produxem vasocortina elipocortina (a vasocortina inibe formação de 
9 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
edema e a lipocortina inibe a fosfolipase A). causam inibição do edema, vasodilatação e efeito 
quimiotático dos leucócitos. Em alatas concentrações impedem a liberação de enzimas proteolíticas. 
 São os mais eficazes antiinflamatórios existentes; 
 Em odontologia tem 24 a 72h de uso; 
 Atua como coadjuvante nas medidas que visam debelar o choque anafilático; 
 Tem atividade mineralçocorticoide – pode causar retenlão de Na2+ e água (aumento de peso); 
 Uso sistêmico e tópico. 
 ANTIBIÓTICOS – critérios para uso: 
 Diagnostico clinico de infecção; 
 Estado mórbido do hospedeiro – defesa imunológica do organismo, lacolização anatômica da 
infecção, etilogia microbiana comunitária hospitalar; 
 Planejamento terapêutico – carga inicial, dosagem e quantidade de dias que vai usar. 
Há vários tipos de agentes infecciosos (gram +, gram -, anaeróbios e aeróbios). 
Escolha dos ATBs: 
 Hipersensibilidades; 
 Esquema terapêutico; ↔ eficácia e segurança 
 Custo. 
Limitações do paciente: 
 Idade; 
 Gestação; 
 Insuficiencia renal ou hepática; 
 Imunocompetencia; 
 Imunodepressão; 
 Outras. 
Situações que requerem antibioticoterapia: 
 Mordedura por animais e humanos; 
 Infecções odontogênicas; 
 Angina de Ludwig; 
 Traumatismos dentais; 
 Fraturas ósseas com solução de continuidade; 
 Osteomielite; 
 Feridas não limpas. 
PROTOCOLOS TERAPÊUTICOS MEDICAMENTOSOS BÁSICOS: 
EXTRAÇÕES SIMPLES NÃO COMPLICADAS OU TECIDOS MOLES: 
 Apenas analgésicos: 
Paracetamol 750mg – 8 comprimidos (tomar 1 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas, por dois dias); 
Dipirona 500mg – 8 comprimidos (tomar 1 comprimido, por via oral, de 6 em 6 horas, por dois dias). 
10 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
EXTRAÇÕES COMPLICADAS SEM OSTECTOMIA EXTENSA: 
 Antiinflamatório e analgésicos: 
Diclofenaco sódico 50mg – 9 comprimidos (tomar 1 comprimido, via oral, de 8 em 8 horas, por três 
dias); 
Paracetamol 750mg – 8 comprimidos (tomar 1 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas, por dois dias). 
EXTRAÇÕES COMPLICADAS COM OSTECTOMIA EXTENSA: 
 Antibiótico, antiinflamatorio e analgesico: 
Amoxicilina 500mg – 21 cápsulas (tomar 1 capsula, via oral, de 8 em 8 horas, por sete dias); 
Diclofenaco sódico 50mg – 9 comprimidos (tomar 1 comprimido, via oral, de 8 em 8 horas, por três 
dias); 
Paracetamol 750mg – 8 comprimidos (tomar 1 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas, por dois dias). 
TERCEIROS MOLARES INFERIORES: 
 TOTALMENTE INCLUSOS: 
Amoxicilina 500mg – 4 capsulas (tomar 4 capsulas, via oral, 1h antes da cirurgia) – colocar horário; 
Para pacientes alérgicos a penicilina: clindamicina 300mg – 2 capsulas (tomar 2 capsulas, via oral, 
1h antes da cirurgia) – colocar horário. 
Dexametasona 4mg – 3 comprimidos (tomar 2 comprimidos, via oral, 1h antes da cirurgia; tomar 1 
comprimido, via oral, 24 h depois de primeira dose) – colocar horário; 
Paracetamol 750mg – 8 comprimidos (tomar 1 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas, por dois dias) 
ou dipirona 500mg – 8 comprimidos (tomar 1 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas, por dois dias). 
 SEMI-INCLUSOS: 
Amoxicilina 500mg – 21 capsulas (tomar 1 capsula, via oral, de 8 em 8 horas, por sete dias); 
Para pacientes alérgicos a penicilina: clindamicina 300mg – 21capsulas (tomar 1 capsula, via oral, de 
8 em 8 horas, por sete dias); 
Dexametasona 4mg – 3 comprimidos (tomar 2 comprimidos, via oral, 1 hora antes da cirugia; tomar 1 
comprimido, via oral, 24 após a primeira dose) – colocar horário; 
Paracetamol 750mg – 8 comprimidos (tomar 1 comprimido, via oral, de 6 em 6horas, por dois dias) 
ou dipirona 500mg – 8 comprimidos (tomar 1 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas, por dois dias). 
TERCEIROS MOLARES SUPERIORES: 
 TOTALMENTE INCLUSOS: 
Dexametasona 4mg – 3 comprimidos (tomar 2 comprimidos, via oral, 1 hora antes da cirurgia; tomar 
1 comprimido, via oral, 2 horas após a primeira dose) – colocar horário; 
Paracetamol 750mg – 8 comprimidos (tomar 1 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas, por dois dias) 
ou dipirona 500mg – 8 comprimidos (tomar 1 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas, por dois dias). 
 SEMI-INCLUSOS: 
Diclofenaco sódico 50mg – 9 comprimidos (tomar 1 comprimido, por via oral, de 8 em 8 horas, por 
três dias); 
11 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
Paracetamol 750mg – 8 comprimidos (tomar 1 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas, por dois dias) 
ou dipirona 500mg – 8 comprimidos (tomar 1 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas, por dois dias). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
TÉCNICAS EXODÔNTICAS – 
Suzymille Sandes 
Para se realizar uma exodontia, é necessário saber princípios de anatomia, técnicas anestésicas, 
princípios cirúrgicos, fundamentos de física, semiologia e planejamento pré-operatório. 
 
Etapas para realizar exodontia: 
 Pré-operatória – anamnese (ver se o paciente está apto para realizar a cirurgia, se há alguma 
condição sistêmica que contra indique o procedimento), exame físico(observar se o dente é 
indicado para exodontia), radiografia(como é a anatomia do dente a ser extraído); 
 Trans-operatória – técnica exodontica; 
 Pós-operatória – terapêutica medicamentosa, cuidados pós-operatórios, retorno para 
reavaliação e remoção de sutura. 
Indicações da exodontia: 
 Cáries extensas; 
 Necrose pulpar; 
 Doença periodontal avançada; 
 Raízes ou fragmentos dentários; 
 Razões ortodônticas – principalmente pré-molares hígidos, incisivos e 3ºs molares; 
 Dentes mal posicionados; 
 Fraturas dentarias – quando o fragmento coronário for maior que 1/3 da raiz, em fraturas no 
longo eixo do dente; 
 Razões protéticas; 
 Dentes supranumerários; 
 Dentes inclusos; 
 Dentes associados a lesões patológicas – principalmente restos radiculares associadaos a 
cistos; 
 Dentes em áreas a sofrerem radioterapia – devido a osteorradionecrose; 
 Dentes envolvidos em traços de fratura – no caso de trauma; 
 Fatores sócio-econômicos. 
Contra indicações relativas – são aquelas que pode ser feita uma adequação para poder realizar o 
procedimento. Existem as locais e as sistêmicas: 
Locais: 
 Danos excessivos as estruturas vizinhas; 
 Áreas submetidas a radioterapia – pois há dificuldade de cicatrização, principalmente em 
mandíbula; 
 Dentes associados a lesões malignas; 
13 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
 Inflamação aguda – pericoronarite grave – nesse caso tem que ter cuidado para que não haja 
disseminação da infecção, então deve primeiro tratar para diminuir a infecção local; 
 Infecções – trismo severo – limitação da abertura bucal. 
Sistêmicas: 
 Doenças metabólicas não controladas –diabete, doença cardio-vascular, discrasias 
sanguíneas, doença hepática; 
 Gestantes – evitar procedimentos no 1º e 3º trimestre; 
 Uso de medicamentos – anticoagulantes, etc. 
Etapa pré-operatória – avaliação do dente a ser extraído: 
Avaliação clínica: 
 Acesso ao dente: 
 Trismo; 
 Posição – ver se tem lugar para adaptar o fórceps; 
 Localização – ver se é de fácil acesso. 
 Mobilidade do dente: 
 Anquilose – nesse caso o dente está “soldado” no osso; 
 Deonça periodontal – quando está muito avançada pode-se tirar o dente apenas com uma gaze. 
 Condições da coroa: avaliar se a coroa tem condições de apoiar o fórceps ou elevador, caso 
ela não tenha, eu devo buscar outra técnica para realizar o procedimento. 
 Cáries extensas; 
 Restaurações extensas de amálgama – podem quebrar quando for adaptar o fórceps; 
 Coroas protéticas. 
 Avaliação radiográfica: 
 Configuração das raízes – ver se são cônicas, convergentes, divergentes, se tem dilaceração, etc; 
 Espaço do ligamento periodontal – se há obliteração desse espaço significa que o dente está 
anquilosado; 
 Relação com estruturas adjacentes – ter cuidado com o canal mandibular (onde passa o feixe 
vasculo nervoso alveolar inferior) e seio maxilar (pra não causar comunicação buco-sinusal); 
 Presença de lesões patológicas – cistos ou granulomas, por exemplo; 
 Dentes decíduos – avaliar a relação com o permanente. 
Classificação das técnicas exodonticas, segundo Graziani, 1968: 
 Técnica primeira – usa o fórceps, nesse caso há coroa para apoiá-lo; 
 Técnica segunda – usa os elevadores, em caso de raiz residual, por exemplo; 
 Técnica terceira – retalho, faz quando não consegue acessar, então faz uma incisão, corta 
um retalho para poder chegar ao dente. 
Deve ser feita a avaliação do dente a ser extraído, para então se escolher a técnica adequada, se é 
fechada (não precisa de retalho, usa o fórceps, elevador ou os dois juntos) ou aberta (precisa de um 
14 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
retalho muco periosteal), para poder escolher o instrumental e, se necessário, utilizar os fórceps e/ou 
elevadores. 
No caso da realização de exodontia com ostectomia ou odontossecção (por via não alveolar), utiliza-
se alta rotação e brocas ou ainda cinzel e martelo (mas esses causam um trauma maior para o 
paciente). 
Etapas para exodontia a fórceps: 
 Anestesia; 
 Sindesmotomia – é o descolamento da mucosa; 
 Luxação do dente com elevadores; 
 Adaptação do fórceps ao dente; 
 Luxação do dente com o fórceps; 
 Remoção do dente do alvéolo; 
 Cuidados com o alvéolo; 
 Sutura. 
Etapas da exodontia com elevadores: 
 Anestesia; 
 Sindesmotomia; 
 Luxação do dente com elevadores; 
 Remoção do dente do alvéolo com elevadores; 
 Cuidados com o alvéolo; 
 Sutura. 
Para se realizar a exodontia é necessário romper as fibras do ligamento periodontal, fazer a 
dilatação das paredes do alvéolo e, se necessário, fazer ostectomia ou odontossecção. 
Posicionamento do profissional – paciente: o profissional deve estar sentado ou de pé, de forma que 
o peso seja distribuído nas duas pernas. 
 Maxila – plano oclusal maxilar formando um ângulo de 45° a 60° com o solo, e a altura da 
cadeira abaixo do cotovelo do cirurgião; 
 Mandíbula – plano oclusal mandibular paralelo ao solo e altura da cadeira no mesmo nível do 
cotovelo do cirurgião. 
Para um campo operatório adequado, é necessário boa iluminação, afastamento e uma adequada 
sindemostomia. 
Etapas da exodontia: 
1. Sindesmotomia – consiste no descolamento do tecido gengival ao redor dos dentes para 
fazer a desinserção das fibras gengivais; para uma melhor visualização, o ideal é descolar as 
duas papilas adjacentes; esse descolamento permite a adaptação do fórceps o mais apical 
possível sem lacerar a gengiva, o que faz com que as forças sejam melhor transmitidas do 
15 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
fórceps para o dente); faz incisão intrasulcular prévia; usa o descolador de Molt, a espátula 7 
ou o descolador de Freer. 
2. Luxação do dente com elevadores – permite a expansão e dilatação do alvéolo, o rompimento 
do ligamento periodontal; para isso utiliza-se os elevadores Seldin retos ou reto goiva. 
3. Adaptação do fórceps ao dente – deve-se escolher o fórceps adequado (maxila: 150 e 1 – 
para incisivos, caninos e pré-molares / 18R – para molares do lado direito / 18L – para 
molares do lado esquerdo / 69 e 65 – para restos radiculares; mandíbula: 151 – para 
incisivos, caninos e pré-molares / 16 e 17 – molares / 44 – restos radiculares). A ponta ativa 
deve ficar nas faces vestibular e lingual/palatina, o mordente do fórceps deve ficar paralelo ao 
longo eixo do dente, primeiro deve ser posicionado por lingual/palatina e a ponta ativa deve 
ficar o mais apical possível. Deve-se ter cuidado para não apoiar a ponta do fórceps na crista 
alveolar. A Mao oposta deve ficar apoiada nas tabuas ósseas por vestibular e lingual, pois 
servirá para percepção sensorial da expansão da tábua óssea e estabilização da 
mandíbula/maxila. 
4. Luxação do dente com o fórceps – visa a expansão e dilatação das paredes do alvéolo e 
rompimento das fibras do ligamento periodontal, devem ser feitos movimentos progressivos, 
aumentando a força lenta e gradualmente, e deve forçar mais para o lado da tábua óssea 
mais fina (vestibular, exceto em molares inferiores onde a tabua óssea mais fina é a lingual), 
recolocar o forceps o mais apicalmete possível e continuar os movimentos de luxação, tendo 
cuidado para não machucar os lábios do paciente. 
Tipos de movimentos do fórceps: 
 Impulsão ou pressão apical – melhora a adaptação do mordente do fórceps ao dente, desloca o 
centro de rotação do dente para apical, melhorando aasim a transmissão da força, pois quanto mais 
apical o fórceps ficar, melhor será a transmissão de forças do fórceps para o dente, rompendo as 
fibras do ligamento periodontal e dilatando o alvéolo; 
 Lateralidade – causa expansão das tábuas ósseas do alvéolo, é realizado de forma lente a gradual, 
com aumento progressivo da força, ampliando o movimento, lembrando de deslocar mais para o lado 
da tábua óssea mais fina (vestibular, exceto em molares inferiores – lingual). A ponta ativa deve 
bater na coroa para transmitir melhor as forças; 
 Rotação – promove pouca ou nenhuma dilatação das paredes do alvéolo, mas proporciona o 
rompimento das fibras do ligamento periodontal; é indicado em dentes unirradiculares, com raízes 
cônicas e sem dilacerações apicais; não deve ser feito em dentes multirradiculares (pré-molares 
superiores e molares), em caninos de idosos pode fazer rotação para não fraturar a tabua óssea; 
 Tração – é a remoção do dente do alvéolo. 
Elevadores: são instrumentos utilizados para luxar o dente. 
Indicações do uso de elevadores: 
 Luxação inicial do dente; 
16 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
 Falta de apoio para o fórceps – no caso de restos radiculares ou dentes com grande 
destruição da coroa; 
Princípios do uso de elevadores: 
 Empunhadura dígito-palmar; 
 Dedo indicador sobre a haste; 
 Ponto de apoio deve ser em tecido duro; 
 A lamina da parte ativa deve estar voltada para o dente a ser extraído; 
 A força deve ser aplicada preferencialmente na distal e na mesial, de forma controlada, 
evitando a vestibular e palatina/lingual (risco de fratura é maior); 
 Inserir o elevador no espaço do ligamento periodontal; 
 Evitar usar o dente vizinho como apoio (pra não fraturar). 
Tipos de movimento dos elevadores: 
 Cunha – elevador inserido no espaço do ligamento periodontal, paralelo ao longo eixo do 
dente, sendo realizado um movimento de maia rotação (usa oelevador 301, enquanto vai se 
aprofundando, a tendência é que o dente saia); 
 Alavanca – nesse movimento usa um ponto de apoio e “joga o dente pra cima”, apoia na 
crista óssea alveolar, na maioria das vezes é feito com o elevador reto; 
 Eixo e roda (sarilho) – elevador é inserido no espaço do ligamento periodontal, 
PERPENDICULAR ao longo eixo do dente, sendo que o cabo funciona como um eixo e a 
lamina como uma roda que eleva o dente ao se realizar um movimento de rotação, 
normalmente usa o elevador Seldin reto, principalmente em raizes residuais de molares, 
coloca a ponta no espaço do ligamento periodontal. 
1. Cuidados com o alvéolo – faz a inspeção do alvéolo com a cureta (não se deve raspar porque 
desse jeito vai romper as fibras do ligamento periodontal, dificultando a cicatrização), faz 
curetagem de lesões periapicais e/ou periodontais, regularização das espículas ósseas com a 
lima para osso ou pinça goiva (alveolótomo) e remove o tecido mole em excesso /papilas; 
deve ser feita irrigação com soro fisiológico visando a limpeza do alvéolo e remoção de 
corpos estranhos, mas não se deve irrigar demais para não remover as fibras do ligamento 
periodontal e causar alveolite; se for exodontia de um dente hígido não precisa irrigar. Deve-
se cortar o bisel da agulha e curvá-la um pouco. Pode ser feita também a manobra de 
Chompret, que é a compressão digital das paredes do alveolo que foram dilatadas, mas deve-
se ter cuidado para não comprimir demasiadamente e causar perda de largura óssea, pois 
essa largura é importante para a instalação de implantes; deve-se esperar a formação do 
coágulo, ou seja, o preenchimento total do alvéolo com sangue, NÃO se deve deixar o alvéolo 
preenchido com soro ou saliva ou seco; em seguida pode suturar e faz compressão com gaze 
para promover hemostasia. 
17 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
Sutura – promove a estabilização do coágulo e hemostasia, usa fio de seda 3-0 ou 4-0 (o fio de seda 
acumula mais biofilme), e deve ser removida em 5 a 7 dias. Nem sempre vai haver cicatrização por 
primeira intenção, que é quando junta as paredes do alvéolo, nesse caso o alvéolo fica aberto, mas 
fica cheio de coagulo (cicatrização por segunda intenção), a sutura irá impedir que o coágulo saia. O 
porta agulha deve ser empunhado com quatro dedos, o único dedo que fica de fora é o indicador. A 
agulha deve ser posicionada na ponta do porta agulah, perpendicular a esta, e deve penetrar o mais 
perpendicular possível no tecido. 
Remoção da sutura – 5 a 7 dias após o procedimento, cortar o fio próximo a superfície da mucosa 
para não haver contaminação interna com biofilma; usa tesoura Goldman, pinça clinica e espelho e 
luva de procedimento. 
 
EXODONTIA A RETALHO – nesse caso não há via alveolar para retirar o dente, então, para uma 
exposição adequada do campo operatório, é necessário realizar uma incisão, e uma ostectomia ou 
odontossecção para então fazer a exodontia. Geralmente se opta por odontossecção por remover 
uma menor quantidade possível de osso. 
Indicações: 
 Raízes residuais sem apoio para o fórceps/elevador; 
 Dentes anquilosados; 
 Dentes com raízes volumosas ou divergentes; 
 Dentes com hipercementose; 
 Dentes inclusos. 
Nesse caso a incisão pode ser intrasulcular ou triangular (quando faz uma incisão de alívio por 
vestibular). Em seguida faz o descolamento (caso tenha sido feita uma incisão relaxante, inicia pela 
papila dessa incisão), em seguida faz o afastamento, para então fazer a ostectomia ou 
odontossecção. 
Ostectomia – remove osso em quantidade suficiente para se obter apoio para o fórceps ou para os 
elevadores, realiza-se com alta rotação e brocas (tronco cônica 702 ou esférica 6), ou ainda com 
cinzéis (promovem maior trauma para o paciente); lembrar que deve estar sempre irrigando com 
soro fisiológico. 
Odontossecção – nesse caso diminui a resistência óssea a exodontia, promove menor remoção do 
tecido ósseo. É indicado para dentes multirradiculares com coroa destruída, raízes divergentes e 
volumosas, dentes decíduos com germe do permanente entre suas raízes. 
PREPARO DA CIRURGIA – colocar a radiografia no negatoscópio, fazer anti-sepsia intra oral com 
clorexidina 0,12% (bochecho). Posicionar paciente e profissional, colocar os instrumentais e 
materiais na sequencia em que devem ser utilizados para a realização do procedimento. 
Pós-operatório – deve-se lembrar de limpar o rosto do paciente, descartar perfuro cortante na caixa 
adequada, materiais contaminados com sangue saliva devem ser descartados no lixo branco, 
18 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
materiais não contaminados no lixo comum, instrumental sujo devem ser depositados na cuba com 
detergente enzimático, orientar o paciente a não se levantar bruscamente, erguer o encosto da 
cadeira lentamente. Lembrar de dar as orientações pós-operatórias verbalmente e também por 
escrito, assim como terapêutica medicamentosa deve ser orientada verbalmente e também por 
escrito. 
ARSENAL CIRÚRGICO 
 
 Antissepsia – é a assepsia de um tecido vivo, é feita extra-oral e intra-oral. A extra-oral se faz 
utilizando uma gaze estéril com polvidine iodine degermante ou clorexidine 2% degermante, 
que tem sabão em sua composição, removendo assim os microorganismos de maneira 
mecânica e química. Já a intra-oral é feita com clorexidina 0,12% ou ainda clorexidina 0,2%. 
Os instrumentais usados são: 
 Pinça Collin oval; 
 Pinça Pean; 
 Pinça Cherron (usada para fazer antissepsia em centro cirúrgico – ambiente hospitalar). 
 Anestesia – seringa carpule; 
 Incisão dos tecidos – faz parte da diérese (incisão + descolamento), que é quando expõe o 
tecido para chegar ao objetivo. Nessa etapa são utilizados: 
 Cabo de bisturi nº 3 (é o mais utilizado); 
 Cabo de bisturi nº 7; 
 Lâmina de bisturi nº 15, 12, 11 e 10 (a mais utilizada é a lâmina nº 15, já a lâmina 12 é mais 
utilizada na dentística para remover resina da cervical); 
 Descolamento do periósteo – é a parte da diérese chamada divulsão. Nessa etapa são 
utilizados os chamados decoladores, são eles: 
 Molt (semelhante a espátula nº 7, com ele faz a sindesmotomia, que é a desinserção das fibras do 
ligamento periodontal, que deve ser feita pois o fórceps deve sempre ser encaixado na junção 
amelo-cementária para que a coroa não frature. Para a sindesmotomia, usamos a porção mais 
pontiaguda do descolador. Lembrando que o ideal é que se tenha dois descoladores na caixa, 
podendo ser os dois de Molt ou ainda um de Molt e um de Freer); 
 Freer (é mais delicado que o de Molt); 
 Mead (forma de cinzel e lança); 
 Descolador J (utilizado para afastar a base da mandíbula); 
 Sverzut (afasta região do processo coronóide); 
 Cureta de Molt; 
 Ruginas / destaca periósteo (as ruginas são mais grosseiras e são utilizadas em procedimentos 
com anestesia geral). 
19 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
 Controle da hemorragia – é a chamada hemostasia. Lembrando que o primeiro ato para 
hemostasia é a compressão com gaze, caso não pare com a compressão, deve-se pinçar os 
vasos que estão sangrando, ou seja, amarra a luz do vaso, essas pinças também servem 
para fazer divulsão (separação dos tecidos); o ideal é ter duas pinças na caixa. São 
utilizados: 
 Pinça hemostática Kelly (tem ranhuras diagonais, há a reta e a curva, sendo que a curva chega 
mais longe que a reta); 
 Pinça hemostática Crile (não tem ranhuras diagonais); 
 Pinça halstead mosquito (extremamente pequena para procedimentos delicados). 
 Apreensão dos tecidos – as pinças utilizadas possuem uma cremalheira na porção posterior, 
que é a parte que trava; servem para biopsias, alveoloplastias, apreensão de cistos,etc. São 
elas: 
 Pinça de Allis (mais usada, entre 13 e 15 cm); 
 Pinça de Kocher (serve para manipular tecidos mais pesados, semelhante a pinça hemostática 
Kelly, mas tem duas garras); 
 Pinça de Backaus (serve para apreensão do campo cirúrgico); 
 Pinça de Adson (auxiliar na sutura, não tem cremalheira). 
 Remoção óssea – também chamada alveoloplastia ou osteotomia. São usadas: 
 Pinças goivas / alveolótomo (Luer, é curvo, serve para regularização do rebordo alveolar, corta o 
osso); 
 Limas para ossos; 
 Cinzel e martelo (o cinzel é chamado Lucas e o martelo é o Mead; o cinzel serve para seccionar 
dentes é podem ser monobizelados, que cortam o osso, e ainda bibizelados, que separam raízes, e 
também o goivo); 
 Brocas para alta / baixa rotação (são mais utilizadas as para alta rotação, são elas a nº 6 ou 8 
esférica, a tronco-cônica 702 e 703, que servem para odontosecção. As brocas devem trabalhar 
sempre sob refrigeração, esta é feita com soro fisiológico esterilizado e uma seringa de 20 ml); 
 Cinzel Alexander; 
 Cinzel Wagner. 
 Remoção de tecidos moles – cureta de Lucas (usa para curetar capuz coronário de 3º molar, 
cisto dentígero, algum fragmento de dente). 
 Afastamento de tecidos moles – são usados: 
 Abaixador de língua de Bruenings (é menor para causar menos ânsia de vômito ao paciente); 
 Abaixador de língua de Wieder (muito grande, usado em procedimento com anestesia geral); 
 Abridor de boca (abritec e Molt, usa em procedimentos longos, para não cansar a musculatura do 
paciente, o de Molt é usado quando o procedimento é sob anestesia geral); 
 Expandex (afastador de lábio); 
20 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
 Afastador de Minesota (deve-se ter dois na caixa); 
 Afastador de Farabeuf; 
 Afastador de Obwegeser (maior que Minesota, empunhadura mais firme); 
 Afastador de Wolkman; 
 Afastador de Sean Miller (mais delicado); 
 Afastador de Bauer (usado quando há fratura de mandíbula). 
 Luxação e avulsão dental – são usados: 
 Elevadores de Seldin (movimentos de alavanca, roda e cunha); 
 Elevadores apicais (movimentos de alavanca, podem ser curvos e retos); 
 Elevadores Heidbrink (usa para restos de raízes); 
 Elevadores de Pott (forma de empunhadura); 
 Fórceps (01 – usados para incisivos e caninos superiores, são retos, sem curvatura nenhuma; 150 
– usados para pré-molares superiores, pode tirar também incisivos e caninos; 151 – pré-molares 
inferiores, pode tirar também incisivos e caninos inferiores; 16 – molares inferiores com furca, possui 
garras que encaixam na furca; 17 – molares inferiores sem furca, com raiz fusionada; 18 L – molares 
superiores esquerdos, a face plana se adapta na raiz palatina e a face pontiaguda se adapta na face 
vestibular; 18 R – molares superiores direitos, a face plana se adapta na raiz palatina e a face 
pontiaguda na face vestibular; 69 – raízes residuais; 68 – raízes residuais inferiores; 65 e 32 – raízes 
residuais). 
Lembrar que devemos sempre trabalhar com a mão esquerda apoiando por vestibular e palatino 
para que possamos sentir a dilatação do osso e impedir que o fórceps solte e machuque o paciente. 
 Síntese (sutura) – são usados: 
 Porta agulha de Mayo Hegar (parte ativa menor e mais larga que pinça hemostática, não gira 
quando trava a cremalheira, quando tem o cabo dourado significa que a ponta é de videa, não possui 
desgaste e sua tensão é perfeita, podendo pegar um fio de sutura extremamente fino); 
 Porta agulha de Mathieu (usa na periodontia); 
 Porta agulha de Castroviejo (usa na periodontia); 
 Tesoura Iris (é reta, para cortar o fio, há também as curvas para fazer divulsão). 
A sutura deve ser feita por planos e o nó não deve ficar no meio do ferimento para não causar 
contaminações. Na hora do corte apreende o nó e corta a parte que está mais próxima dele para 
evitar que mais fio contaminado passe pela ferida. A empunhadura do porta agulha deve ser feita 
com o anelar e o polegar e indicador e médio servem de apoio. 
 
21 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
ANESTESIA EM PACIENTES 
SITEMICAMENTE COMPROMETIDOS 
por Suzymille Sandes 
 
CIRURGIA I 
 Atualmente, pacientes com doenças crônicas estão tendo uma sobrevida maior e uma melhor 
qualidade de vida. Esses pacientes também procuram tratamento dentário e o profissional deve ter 
conhecimento para atender de forma segura esses pacientes. 
Quais são os pacientes aptos para receber anestesia local? Todos aqueles que possuam 
capacidade ou habilidade de tolerar, tanto fisicamente quanto psicologicamente, a anestesia. 
Objetivos do atendimento odontológico: 
 Estabelecer um diagnóstico; 
 Conhecer as condições médicas pré-existentes; 
 Descobrir doenças concomitantes (comorbidades); 
 Controlar as emergências; 
 Tratar os pacientes. 
Fatores de risco para doença coronariana: 
 Doença vascular periférica; 
 Diabetes mellitus; 
 Hipertensão arterial sistêmica. 
O dentista deve verificar, rotineiramente, a história de cada paciente, em busca de qualquer 
acontecimento, condição ou medicação que possam afetar significativamente o plano de tratamento 
bucal pré-estabelecido. 
Por que conhecer as condições sistêmicas? 
 Abordagem individualizada; 
 Adequar doses e o tratamento do paciente; 
 Não agravar o quadro clínico pregresso; 
 Evitar possíveis emergências e complicações; 
 Economiza tempo precioso durante uma real emergência; 
 Participação em equipes multidisciplinares. 
O profissional deve ter sempre medicação que possa ser usada para a desordem sistêmica, e a 
medicação número 1 é o oxigênio. 
22 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
Quais os valores normais? 
 Nível de consciência – consciente, orientado; 
 Temperatura – entre 35,9 e 36,9⁰C; 
 PA – 120/80mmHg; 
 FR – entre 10 a 20 resp/min; 
 Pulso – 60 a 100bpm; 
 Exames laboratoriais 
Classificação do estado de saúde segundo a ASA: acrescentar a letra E a qualquer classe para 
cirurgias de emergência. 
 ASA I – paciente saudável, sem anormalidade, sem ansiedade; a conduta é seguir os 
cuidados de rotina, sem alterações; 
 ASA II – paciente com doença sistêmica moderada ou significante fator de risco; as sessões 
devem ser mais curtas, deve ser feito o controle da ansiedade, posição da cadeira o mais 
confortável possível; nessa categoria estão incluídos pacientes idosos saudáveis, paciente 
saudavel com histórico de alergias, gestantes saudáveis, portadores de desordens 
controladas; 
 ASA III – paciente com doença sistêmica severa, mas não incapacitante; deve-se evitar 
procedimentos complexos e longos e controlar rigorosamente a ansiedade; deve-se também 
trocar informações com o médico; nesse caso o tratamento eletivo não está contra-indicado, 
mas há maior risco no atendimento; alguns exemplos clínicos são: pacientes com angina de 
peito estável, paciente com histórico de infarto do miocárdio a mais de seis meses, sem sinais 
residuais, insuficiência cardíaca congestiva, doença pulmonar obstrutiva crônica, diabético 
bem controlado e insulinodependente, asmáticos, com crise induzida por exercício físico; 
 ASA IV – paciente com doença sistêmica severa com risco de vida; procedimento eletivo 
postergado, cuidados apenas de urgência e emergência para controle da dor ou infecção; 
tratamento em ambiente hospitalar; alguns exemplos clínicos são: paciente com histórico de 
infarto agudo do miocárdio e AVC a menos de seis meses, paciente com angina de peito 
instável, com crises repetitivas, diabéticos não controlados, insuficiência hepática, renal ou 
pulmonar avançada; 
 ASA V – paciente moribundo, esperado o óbito em 24 horas, com ou sem tratamento; 
procedimentosodontológicos eletivos são contra-indicados, urgências odontológicas podem 
receber tratamento paliativo, como no caso de dor; são feitos apenas cuidados para 
manutenção da vida; alguns exemplos clínicos são: paciente com doença renal ou hepática 
em estágio final, câncer terminal, paciente com sangramento interno incontrolável; 
 ASA VI – paciente com morte cerebral, em ventilação controlada e perfusão, para doação de 
órgãos. 
23 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
Pacientes aptos para tratamento – ASA I, ASA II (indicação mais precisa para cada caso), ASA III e, 
possivelmente, ASA IV. 
Risco de morte: 
 ASA I e II – menor que 1%; 
 ASA III – entre 1,8 e 4,3%; 
 ASA IV – entre 7,8 e 23%; 
 ASA V – entre 9,4 e 51%. 
ANESTÉSICOS LOCAIS: são fármacos capazes de impedir, de forma reversível, a condução do 
impulso nervoso em determinado local do corpo pela depressão da excitação das terminações 
nervosas ou pela inibição do processo de condução nos nervos periféricos, sem perda de 
consciência. 
Pontos importantes – quanto mais anestésico eu injetar no paciente, maior será a toxicidade, pois eu 
já tenho droga circulante. 
A barreira que o anestésico tem que apresentar é de glicoproteina, ou seja, sua carga é 0, logo, para 
que o anestésico consiga atravessar essa barreira, sua carga também deve ser 0. Entretanto, o 
efeito anestésico só acontece quando a solução tem carga +, pois ela atua na bomba de Na²⁺/K⁺. 
Quando o local que vai ser anestesiado tem inflamação, a acidez é maior, ou seja, vai haver maior 
quantidade de H⁺ e o anestésico ficará com carga +, mas não irá conseguir passar pela membrana, 
logo, haverá menos droga circulante para causar o efeito. 
Anestésico sem vasoconstrictor – nesse caso, a grande quantidade da droga que deveria ficar retido 
para causar o efeito vai embora devido ao fluxo sanguineo, causando uma pobreza na tividade 
anestésica e curta duração do efeito da anestesia. Já quando o anestésico tem vasoconstrictor, essa 
substância irá causar uma diminuição na luz do vaso, logo, menos sangue irá passar, menos droga 
irá sair e o efeito anestésico será maior, causando uma diminuição da absorção do anestésico pelo 
sistema cardiovascular, longa duração da anestesia e uma anestesia mais profunda. 
Todos as drogas anestésicas são vasodilatadoras, mas há duas que são MENOS vasodilatadoras, 
são elas a MEPIVACAINA e a PRILOCAÍNA, isso significa que podem ser usadas sem 
vasoconstrictor. 
A segurança e eficácia dos anestésicos locais depende: 
 Dosagem recomendada; 
24 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
 Técnica correta; 
 Anamnese previamente reduzida; 
 Precauções adequadas; 
 Rapidez e habilidade do profissional na intervenção nos casos emergenciais. 
A toxicidade é causada por: 
 Injeção intravascular; 
 Dose total elevada (hipersaturação); 
 Retardo na eliminação; 
 Combinação desses fatores. 
Fatores relacionados a resposta do anestésico: 
 Variações de paciente para paciente; 
 Técnica anestésica correta; 
 Variações anatômicas; 
 Presença ou não de vasoconstrictores. 
Fatores responsáveis pela seleção do anestésico: 
 Tipo de procedimento (cirugia? 1 ou mais quadrantes?); 
 Eletivo ou urgência; 
 Duração do procedimento / tratamento (geralmente uma consulta inicial dura cerca de 40 a 
50min, enquanto o atendimento especializado dura cerca de 30 a 40 min); 
 Características do anestésico; 
 Possibilidade de hemostasia (hemostasia é o controle da hemorragia; o vasoconstrictor usado 
para causá-la é a ADRENALINA ou epinefrina); 
Características no anestésico local: 
 Duração do anestésico – há anestésicos de curta (30 min, procaina e clorprocaina), média (1 
hora, lidocaina, prilocaina, mepivacaina e articaina) e longa duração (3 horas, bupivacaina, 
etidocaina e tetracaina). A bupivacaina anestesia por mais tempo, sendo 12 horas em tecido 
mole e 3 horas na polpa; 
 Dose máxima por consulta – lembrar do cálculo: 
Exemplo 1 (sal anestésico): lidocaína 2%, significa que eu tenho 2g de lidocaina em 100ml de 
solução, logo devo calcular a quantidade de lidocaina em um tubete. 
2g – 100ml = 2000mg – 100ml = 20mg/ml 
25 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
1tubete = 1,8ml, logo, se eu tenho 20mg em 1ml, eu terei 36mg em 1,8ml, ou seja, em um tubete eu 
tenho 36mg de lidocaína. 
Exemplo 2 (vasoconstrictor): adrenalina 1:200.000, significa que eu tenho 1g de adrenalina para 
200.000ml de solução, então quanto eu terei em 1 tubete? 
1g – 200.000ml = 1000mg – 200.000ml = 1mg – 200ml = 0,005mg/ml 
1tubete = 1,8ml, logo, se eu tenho 0,005mg de adrenalina em 1ml, eu terei 0,009mg de adrenalina 
em 1,8ml (1tubete). 
Quais as doses máximas de cada anestésico? 
ü Lidocaina: dose máxima = 4,4mg/kg e dose máxima absoluta = 300mg (nunca se pode ultrapassar 
a dose máxima ansoluta, mesmo que depois do cálculo com o peso do paciente a dose máxima seja 
maior); 
Exemplo: vou usar lidocaina 2% em um paciente de 60 kg, quantos tubetes posso utilizar? 
R: sabemos que em um tubete de lidocaina a 2% há 36mg de lidocaina e que sua dose máxima é de 
4,4mg/kg, mas sem ultrapassar a máxima absoluta de 300mg. Logo, se posso usar 4,4mg para 1kg, 
para 60kg posso usar 264mg, o que é menor que a dose máxima. Para saber até quantos tubetes 
posso usar, basta dividir 264 por 36 (quantidade de lidocaina em 1 tubete), que dará 7,3. Logo, 
nesse paciente posso utilizar até 7,3 tubetes de lidocaína 2% durante um procedimento. 
 Mepivacaina: dose máxima = 4,4mg/kg e dose maxima absoluta = 300mg; 
 Bupivacaina: dose máxima = 1,3mg/kg e dose máxima absoluta = 90mg; 
 Prilocaina: dose máxima = 6mg/kg e dose máxima absoluta = 400mg; 
 Articaina: dose maxima = 7mg/kg e dose maxima absoluta = 500mg. 
O que influencia na dose máxima: 
 Duração do tempo de aplicação; 
26 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
 Co-morbidades; 
 Extremos da idade (devemos estar atentos a administração de drogas em crianças e idosos; 
para calcular a dose que deve ser dada em uma criança, pode-se utilizar a equação de clark, 
onde se divide o peso da criança pelo peso de um adulto que iria receber aquela dose e o 
resultado multiplica pela dose); 
Pacientes com doença sistêmica usar prilocaína; 
Articaina é a melhor solução para infiltração óssea; 
Felipressina não indicada para grávidas, pois esse vasoconstritor é semelhante a ocitocina, podendo 
levar a contração uterina; 
A adrenalina é sensível à luz, mas o tubete é transparente e para estabilizar a solução é necessário 
usar os sulfitos ou o metilparabeno, que acabam sendo responsáveis pela maioria das 
hipersensibilidades. 
O que fazer para prevenir uma complicação: 
 Não exceder a dose máxima; 
 Fazer o cálculo; 
 Não aplicar o tubete de uma única vez; 
 Usar anestésico com vasoconstrictor quando o procedimento envolver 2 ou mais quadrantes; 
 Aplicação lenta; 
 Aspiração; 
 Observar paciente durante 5 a 10min; 
 Deixar o equipamento de oxigênio pronto. 
Rotina: 
 Historia médica; 
 Exame físico; 
 Técnica anestésica perfeita. 
Quais são os vilões: 
 Overdose – os primeiros sinais são sonolência, convulsões (15min) e depressão respiratória; 
o profissional deve fazer P (posição, se está inconsciente deve ser posição supina com os 
pés levemente elevados; se está consciente deve ser baseada no conforto do paciente), A 
27 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
(desobstruir vias aéreas superiores, hiperextendendo o pescoço e elevando o mento), B 
(respiração, ver, ouvir e sentir; caso esteja inconsciente deve-se avaliar e ventilar, se 
necessário; se estiver consciente deve avaliar a respiração), C (circulação, caso esteja 
inconsciente,deve-se avaliar e realizar compressão cardíaca externa; se estiver consciente 
deve-se avaliar a circulação) e D (tratamento definitivo, com drogas de emergência e/ou 
assistência); 
Ajustes devem ser feitos em grávidas (uso supervisionado) e em idosos. 
 Alergia – inicia cerca de 5min depois da injeção e dura de 30min a 1h, se trata de uma reação 
de anafilaxia do tipo I, que é mediado por mastócitos IgE, causando um aumento da 
permeabilidade vascular que levará a um edema e contração da musculatura lisa; geralmente 
relacionadas ao ester e não a amida e també relacionadas ao metilparabeno e bossulfitos 
utilizados como conservantes na solução anestésica. 
Como agir com paciente alégico? Devemos sempre acreditar no paciente, descobrir quais as 
manifestações, como ele trata a alergia e o que está prescrito e também o nome e contato do médico 
que o acompanha. 
Como controlar o stress: 
 Sedação – na noite anterior e na manhã da consulta; 
 Controle efetivo da dor; 
 Consulta pela manhã; 
 Não exceder a tolerância de tempo do paciente. 
Contra-indicações: 
 Hipersensibilidade; 
 Alterações de PA (pacientes hipertensos devem ter a pressão arterial aferida a cada consulta 
e o tratamento deve ser baseado sempre na última aferição); 
 Antidepressivos tricíclicos (esses medicamentos podem potencializar as ações 
cardiovasculares de vasopressores administrados exogenamente, a administração de 
levonordefrina e noradrenalina é absolutamente contra-indicado); 
 Fenotiazinas; 
 Pacientes com risco de metemoglibinemia (é a hemoglobina que foi oxidada e não pode 
mais se ligar ao oxigênio para transportá-lo; a medida que os níveis sanguineos de 
metemoglobina aumentam, sinais e sintomas clínicos de cianose podem ser notados, o 
28 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
paciente fica letárgico, com dificuldade respiratória, mucosas azuladas e cianóticas; pode 
ser produzida pela prilocaína, estando relacionada com a dose). 
Pontos importantes: 
 Pacientes ASA III e ASA IV e pacientes com hipertireoidismo, a dose máxima recomendada é 
de 0,04mg/consulta (pois hipertensão e disrritmia cardíaca são comuns no excesso do 
hormônio tireoidiano); 
 A dose máxima para ASA III ou ASA IV de felipressina é de 0,27UI ou 9ml de solução de 
0,03UI/ml; 
 A metemoglobinemia pode ser revertida dentro de 15min quando usadas 1 a 2mg/kg de 
solução de azul de metileno e por via endovenosa dentro de 5 min. 
Efeitos colaterais da epinefrina: 
 Aumento de temor e ansiedade; 
 Tensão, agitação, cefaléia pulsatil; 
 Fraqueza, tremor, tontura, palidez; 
 Dificuldade respiratória e palpitação. 
Contra-indicações dos vasoconstrictores: 
 Pacientes ASA IV (angina instável, infarto do miocárdio recente, cirurgia de revascularização 
cardíaca recente, arritmias refratárias, insuficiência cardíaca congestiva intratável ou não 
controlada, hipertensão grave não tratada ou não controlada; hipertireoidismo não 
controlado; diabete melito não controlada; feocromossitoma; hipersensibilidade a sulfito) 
CONTRA-INDICAÇÃO ABSOLUTA! 
 Usuarios de antidepressivos tricíclicos, usuarios de inibidores de MAO (podem ocorrer 
interações com a fenilefrina), fenotiazinas, beta bloqueadores adrenérgicos não seletivos e 
dependentes de cocaina (pode produzir hipersensibilidade as catecolaminas) é CONTRA-
INDICAÇÃO RELATIVA! 
Gestação e anestésicos locais – usar lidocaína ou mepivacaína (sem vasoconstrictor), não usar 
prilocaina devido ao risco de causar metemoglobinemia no feto. Não afetam lactentes. 
 
 
 
 
29 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
RESUMO DA INERVAÇÃO NA MAXILA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
TÉCNICAS ANESTÉSICAS 
 
O controle da dor em odontologia requer conhecimento abrangente do nervo trigêmeo. Ele é 
responsável pela maior parte da inervação sensitiva dos dentes, ossos e tecidos moles da cavidade 
oral. Ele tem três divisões: oftálmica, maxilar e mandibular. 
Técnicas atraumáticas: 
 Agulha afiada; 
 Verificar o fluxo da solução (caso tenha ar na solução, este deve ser removido); 
 Temperatura da solução; 
 Posição do paciente (para que se afaste a mucosa e se observe as referências anatômicas); 
 Secar o tecido; 
 Antisséptico; 
 Anestésico tópico; 
 Conversar com o paciente; 
 Apoio firme das mãos; 
 Tencionar os tecidos; 
 Deixar seringa fora da visão do paciente; 
 Evitar tirar e colocar a agulha muitas vezes. 
Agulha – não há necessidade de agulha longa para fazer bloqueio do nervo alveolar inferior. Quando 
faz a injeção, deve-se esperar um pouco para ver se a aspiração é negativa ou positiva. 
Posição do paciente – mandíbula: plano oclusal do paciente paralelo ao plano horizontal. Maxila: 
plano oclusal do paciente formando um ângulo de 45º com o plano horizontal. 
Tipos de anestesia: 
 Infiltrativa (pequenas terminações nervosas na área do tratamento odontológico são 
infiltradas com a solução do anestésico local); 
 
31 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
 
 
 
 Bloqueio de campo (a solução do anestésico local é infiltrada próxima dos ramos terminais 
maiores, de forma que a área anestesiada será circunscrita, para evitar a passagem de 
impulsos do dente para o SNC)] 
 
 
 
 
 
 Bloqueio de nervo (o anestésico local é depositado próximo a um tronco nervoso principal, 
usualmente distante do local da intervenção operatória). 
 
 
 
 
 
Técnicas de injeção maxilar – a maxila é um osso extremamente poroso. 
32 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
 
1. Bloqueio de campo – indicado para analgesia de um ou mais dentes ou área limitada da 
maxila. 
Bloqueio do nervo alveolar superior anterior: irá anestesiar incisivos centrais, laterais e caninos. 
Referências – acompanham a concavidade da mucosa, distendendo-a (fundo de vestíbulo). Deve ser 
introduzido pelo menos 1cm da agulha e devem ser usados 2/3 do tubete por vestibular e 1/3 por 
palatina (para anestesiar a mucosa). 
Bloqueio do nervo infraorbitário: para bloquear o nervo infraorbitário a agulha é introduzida mais 
profundamente usando como referência uma linha traçada entre a pupila e canino ou a linha do pré-
molar. O nervo infraorbitário corresponde aos nervos alveolar superior anterior e alveolar superior 
médio. Muitas vezes a anatomia da maxila dificulta, por isso é importante ficar palpando para sentir a 
anestesia. 
 
INFECÇÕES 
 
COMPARAÇÃO DO EDEMA, CELULITE E ABSCESSO. 
 
CARACTERISTICAS Edema (Inoculação) Celulite Abscesso 
Duração 0 a 3 dias 1 a 5 dias 4 a 10 dias 
Dor, bordas Média, difusa Difusa Localizada 
Tamanho Variável Grande Pequeno 
Cor Normal Vermelho Centro brilhante 
Consistência Gelatinosa Endurecida Centro amolecido 
Progressão Crescente Crescente Decrescente 
Pus Ausente Ausente Presente 
Bactéria Aeróbica Mista Anaeróbica 
Gravidade Baixa Alta Pequena (muito Baixa) 
 
33 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
LISTA DE INSTRUMENTAIS 
Para Memorizar 
 
Bandeja Básica 
Seringa de anestesia local 
Descolador de Woodson 
Cureta periapical 
Alavanca reta pequena 
Alavanca reta grande 
Alicates 
Pinça hemostática curva 
Pinça de campo (Backhaus) 
Afastador de Austin 
Ponta de aspiração 
 
Fórceps 
 
 Superiores 
Nº 01 – incisivos e caninos superiores 
Nº 150 – incisivos, caninos e pré molares 
superiores 
Nº 18R – molar superior lado direito (53R) 
Nº 18L – molar superior lado esquerdo (53L) 
 
 Inferiores 
Nº 151 – incisivos, caninos e pré molares 
inferiores 
Nº 17 – molares inferiores 
Nº 65 – Raiz fraturada (qualquer dente) 
Nº 69 – Resto radicular inferior e superiorNº 16 – remoção de molar com coroa 
fraturada 
 
 
Bandeja Cirúrgica 
Porta-agulha 
Fio de sutura 
Tesoura de sutura 
Descolador periosteal 
Cabo de bisturi - Nº 03 
Lâmina Nº 15 
Pinça Adson para Tecido (dente de rato) 
Lima para osso 
Abaixador de língua 
Alavanca Apical 
Pinça Russa 
Alavanca Cryer R 
Alavanca Cryer L 
Goiva 
Bandeja Biópsia 
Cabo de bisturi Nº 03 
Lâmina Nº 15 
Porta Agulha 
Fio de sutura 
Tesoura para sutura 
Tesoura de Metzenbaum 
Pinça Allis para tecido 
Pinça Adson para tecido (dente de Rato) 
Pinça hemostática curva 
 
 
 
Bandeja Pós Operatória 
Tesoura de sutura 
Pinça de algodão 
Ponta de aspiração 
 
 
 
 
Materiais Gerais 
Abridor de boca de Molt 
Bloco de mordida de silicone 
Afastador de Minnesota 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
 
 
 
 
TEMPO CURÚRGICO 
Para Memorizar 
 
 
 Diérese 
Primeiro tempo – dividir, cortar ou separar tecido. 
 Incisão e o corte do tecido. 
 Divisão, separação de tecido mole sem cortes. 
 Deslocamento, separação tecido mole do tecido duro 
 
Bisturi 
Tesoura 
Descoladores 
Afastadores 
 
 Exérese 
Segundo tempo- remoção de parte ou total do órgão ou tecido com finalidade terapêutica. 
 
Foceps 
Alavanca 
Elevadores 
 
 
 Síntese 
Reaproximação dos tecidos seccionados ou ressecados coma finalidade de acelerar a 
cicatrização. 
Suturar tecido moles ou osteossíntese em tecido duro 
Porta agulha 
Cuba 
Pinça hemostática 
Pinça de Adson (dente de Rato) 
Pinça de Allis 
Pinça de Backhaus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
 
 
SIGNIFICADOS DE PALAVRAS 
 
ANGINA PECTORIS – É uma dor transitória no peito, que ocorre devido a uma diminuição da 
quantidade de oxigênio recebida pelo músculo cardíaco. Pode ser definida como uma sensação 
de aperto, peso, ligeiro desconforto, torpor, queimação, pressão ou dor lancinante, geralmente 
sentida na região anterior do tórax do osso esterno. 
ANAMNESE ACURADA – É a informação mais importante que o dentista pode ter quando 
decide se o paciente pode se submeter com segurança a um tratamento dentário. 
ANGIOEDEMA – É um inchaço semelhante à urticária, mas que acontece nas camadas mais 
profunda da pele. 
ANAFILAXIA – É uma reação alérgica sistêmica grave, causada por uma reação do sistema 
imunológico a uma substância a qual o indivíduo é alérgico. 
ARRITMIAS CARDÍACAS – É a sensação de que os batimentos cardíacos parecem mais 
acelerados do que o normal. 
ANEURISMA – Dilatação anormal, localizada, de um vaso sanguíneo, em especial de uma 
artéria. 
ACALASIA – É uma doença do esôfago que se caracteriza pela ausência de contrações 
musculares (movimentos peristálticos) que empurram os alimentos para o estômago e pelo 
estreitamento do esfíncter do esôfago. 
ALCALOSE – Condição metabólica caracterizada pelo aumento do pH do sangue, que se torna 
alcalino. 
ALTEROSCLEROSE – É uma doença inflamatória crônica caracterizada pela formação de 
ateromas dentro dos vasos sanguíneos. Os ateromas são placas, compostas especialmente por 
lipídios e tecido fibroso, que se formam na parede dos vasos. 
BRONCOESPASMO – Estreitamento da luz bronquial como consequência da contração da 
musculatura dos brônquios, o que causa dificuldades para respirar. Também pode ser definido 
como espasmos nos brônquios que impedem a passagem do ar até os pulmões. 
BRADICARDIA – Retardamento do ritmo cardíaco. 
CARDIOPATIA ISQUÊMICA – Estreitamentos das artérias coronárias, que levam sangue rico 
em oxigênio para o coração. 
CETOACIDOSE – É o acumulo de corpos cetônicos (ácidos fracos) no sangue, deixando-o com 
o pH mais baixo que o normal. 
CIANÓTICO – Característica da parte do corpo que se encontra roxa; a pele por ocasião de 
lesão, pancada ou insuficiência respiratória (que causa o roxiamento do corpo), apresenta cor 
roxa. 
36 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
CIANOSE – Coloração azul violácea da pele e das mucosas devida a oxigenação insuficiente do 
sangue e ligada a várias causas como: distúrbio de hematose, insuficiência cardíaca. 
CRICOTIROTOMIA – Consiste em um acesso rápido e emergencial das vias aéreas através de 
simples perfuração da membrana cricotireóidea. 
CHOQUE INSULÍNICO – É quando o alto teor de insulina circula no organismo provocando 
queda súbita no nível de glicose no sangue e começa a faltar, levando a redução no 
funcionamento cerebral, com tonturas, náuseas e sincope (desmaio); se não for corrigida a 
queda de glicose, pode levar a morte. 
CONVULSÃO – É uma manifestação de um fenômeno electro-fisiológico anormal temporário 
que ocorre no cérebro (descarga bio-energética) e que resulta numa sincronização anormal da 
atividade elétrica neuronal. 
DISPNEIA – Dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente 
associada a doença cardíaca ou pulmonar. 
DISPNEIA NOTURNA PAROXÍSTICA – É um sintoma de insuficiência cardíaca congestiva 
semelhante à ortopneia, ou seja, o paciente apresenta dificuldade respiratória 1 ou 2 horas após 
assumir a posição supina. 
DIAFORESE – É a transpiração excessiva devida a uma hiperatividade do sistema nervoso 
simpático. Transpiração intensa. 
DÉBITO CARDÍACO – É o volume de sangue sendo bombeado pelo coração em um minuto. É 
igual a frequência cardíaca multiplicada pelo volume sistólico. Portanto, se o coração está 
batendo 70 vezes por minuto e cada batimento 70 mililitros de sangue são ejetados, o débito 
cardíaco é de 4900 ml/minuto. 
DISRITMIAS CARDÍACAS – É qualquer modificação do ritmo cardíaco e/ou da frequência 
cardíaca, devida a distúrbio na formação e/ou na condução do impulso elétrico do coração. 
DISPEPSIA – Sensação de desconforto digestivo. 
DIAFORÉTICO – Que provoca uma transpiração profunda. 
DISPEPSIA – Indigestão, é o nome dado à sensação de desconforto na parte superior do 
abdômen durante ou logo após uma refeição. 
DIAPEDESE – Passagem de células sanguíneas, em especial os leucócitos, através das 
paredes capilares. 
ESPASMOS – Contração involuntária e convulsiva dos músculos. 
EPISTAXE – Sangramento ou hemorragia nasal; hemorrinia. 
ETILISMO – O mesmo que alcoolismo. 
ERITEMA – Vermelhidão da pele, devido a vasodilatação dos capilares cutâneos. 
ESTADO LETÁRGICO – Excessivamente preguiçoso, sonolento, apático, diminuição na 
espontaneidade de conversação e da capacidade de concentração. 
37 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
ESTUPOROSO – Estado mórbido em que o doente não responde a estímulos externos. 
EXOFTALMIA – Projeção do globo ocular para fora da órbita. 
EFLUXO – Saída de uma determinada substância para o exterior de uma célula. 
GLICOSÚRIA – Presença de glicose na urina. 
HIPERTIREOIDISMO – Presença no sangue de quantidade excessivas de hormônio da tireoide, 
seja devido a funcionamento anormal da glândula, ou seja, por administração farmacológica. 
HIPOTIREOIDISMO – Insuficiência da atividade fisiológica da glândula tireoide. 
HIPERVENTILAÇÃO – Respiração difícil, rápida e profunda; aumento do volume de ar que entra 
nos pulmões. 
HIPOGLICEMIA – Diminuição da quantidade normal de glicose no sangue. 
HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA – É uma queda súbita da pressão arterial quando a pessoa se 
levanta de uma posição sentada ou deitada. Normalmente, a gravidade faz com que o sangue 
se acumule nas pernas quando a pessoa se levanta rapidamente. 
HIPERSENSIBILIDADE – Reação excessiva a um agente estranho ao organismo. Ex: alergia. 
HIPOXIA – Diminuição do aporte de oxigênio ou baixa concentração de oxigênio nos tecidos. 
HIPERPIREXIA – Febre elevada acima dos 41ºC. 
INFLUXO – Entrada de alguma substância (ex.íons) para o interior de uma célula. 
ISQUEMIA – Diminuição ou suspenção da irrigação sanguínea, numa parte do organismo 
ocasionada por obstrução arterial ou por vasoconstrição 
MIALGIA – Dor muscular provocada por hipertonia muscular ou traumatismo. 
ORTOPNEIA – É um distúrbio respiratório que exibe encurtamento da respiração quando o 
paciente está em posição supina, ou seja, é a dificuldade respiratória que ocorre quando a 
pessoa tenha que dormir elevada na cama ou sentada em uma cadeira. A ortopneia é um 
sintoma de falência cardíaca. Essa condição geralmente ocorre devido a uma falência do 
ventrículo esquerdo e/ou edema pulmonar. 
POLIÚRIA – Pessoa que urina em excesso. 
POLIDIPSIA – Pessoa que tem sensação excessiva de sede. 
PRURIDO – Sensação incômoda na pele ou mucosas que leva a coçar, devido a liberação pelo 
organismo de substâncias químicas. 
SUDORESE – Secreção de suor; transpiração. 
SÍNCOPE – Desmaio súbito, perda de consciência repentina. 
SÍNCOPE VASOVAGAL – São causados por uma diminuição temporária do fluxo de sangue no 
cérebro, devido a uma descida da pressão sanguínea, ou seja, um desmaio. 
38 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
TAQUIPNEIA – Aceleração do ritmo respiratório. 
TAQUICARDIA – Aceleração dos batimentos cardíacos, geralmente aplicado a taxas acima de 
cem batimentos por minutos; taquirritmia. 
TIREOTOXICOSE – O estado de excesso do hormônio de tireoidianos. 
TRIIODOTIRONINA – Hormônio produzido pela glândula tireoide. 
URTICÁRIA – É uma doença que provoca a formação de placas vermelhas na pele que causam 
prurido intenso, acompanhado ou não de sensação de queimação. É uma reação comum em 
indivíduos alérgicos. 
XEROSTOMIA – Secura excessiva da boca, em razão da secreção insuficiente ou nula de 
saliva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 RESUMO CIRURGIA 2016 – IGOR MIRANDA 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
https://resumosdosegunda.wordpress.com/category/cirurgia-buco-maxilo-facial-1/ 
 
http://www.apollonialearning.com.br/aula_nova01.htm 
 
https://resumosdosegunda.wordpress.com/2011/10/09/anti-inflamatorios-nao-esteroides-e-
hormonais/ 
https://resumosdosegunda.wordpress.com/2011/10/08/opioides/ 
 
técnicas_exodônticas_-_portal_-_2012-1 
 
http://www.odontologiaconcursos.com.br/videos_odontologia_concursos.php?video=23 
 
Avaliaçao pre operatoria do paciente candidato a cirurgia Oral 
 
http://resumosdosegunda.files.wordpress.com/2012/02/anestesia.pdf 
 
 
Técnicas Anestésicas Odontológicas – dr sormani. 
 
Livro – Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea – James R. Hupp

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