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UNOPAR Produção Textual EJA

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
matemática
CLAUDIMAR SOUZA PIRES
CLÉBER MEIRA SANTOS
edinailde viana coelho
ramon oliveira matos
ramon oliveira matos
CLAUDIMAR SOUZA PIRES
CLÉBER MEIRA SANTOS
edinailde viana coelho
ramon oliveira matos
A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UM ESTUDO DA INCIDÊNCIA DOS POSTULADOS DE PAULO FREIRE
	
Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar em Grupo – A escolarização de Jovens e Adultos apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Metodologia Científica, Educação Formal e não Formal, Educação de Jovens e Adultos, Didática: Planejamento e Avaliação e Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula.
Orientadores: 
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2. EJA: UMA MODALIDADE DE ENSINO COM POSSIBILIDADES E DESAFIOS.................................................................................................................5
3. PROPOSTA DE TRABALHO DOCENTE..............................................................9
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................16
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁGICAS ...................................................................18�
Introdução
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) no BRASIL é uma modalidade de ensino específica para as pessoas que desenvolvem suas capacidades, enriquecem seus conhecimentos e melhoram suas competências técnicas ou profissionais ou as reorientam a fim de atender suas próprias necessidades e as da sociedade. 
O Ensino de Jovens e Adultos, criado pela Constituição Brasileira de 1988 e implantado pela Lei Federal nº 9.394/1996, não pode ser visto como o ensino regular normal, seguindo o conteúdo que já vem determinado pelos livros didáticos. Por se tratar de educandos com características especiais, cabem ao órgão gestor desta modalidade de ensino, as escolas onde ela é aplicada, as gestões escolares, e aos coordenadores e docentes escolares, criarem mecanismos próprios de atuação, que garanta a diminuição dos índices de evasão escolar e maior aproveitamento dos discentes do conteúdo trabalhado no processo de ensino-aprendizagem.
Na história do Brasil os índices de analfabetismo entre jovens com idade superior ou igual a 18 anos e adultos sempre foram alarmantes, e, a partir de 2003, o governo federal procurou impetrar esforços para diminuir o número de analfabetos nestas faixas etárias, criando programas de alfabetização que suprissem as necessidades de cada grupo social por idade.
	Para atender especificamente ao público de jovens e adultos que já passaram pela primeira formação e que, por questões sociais, não tiveram a oportunidade de continuar seus estudos, como já mencionado, foi criada a EJA com o objetivo de garantir que todos aqueles que pretenderem dar continuidade aos estudos sejam amparados por todos os segmentos federativos, (União, Estados e Municípios).
	Assim, a esfera federal oportunizou que cada estado e município elaborassem as Diretrizes Curriculares Básicas para o Planejamento dos Professores desta modalidade de ensino, com o objetivo de garantir que todos os estudantes matriculados tenham um padrão de formação único, ao mesmo tempo em que, com essas diretrizes as bases para uma Educação de Jovens e Adultos tenham como prioridade atender as necessidades específicas da população garantindo a qualidade do ensino público em suas regiões.
Os profissionais envolvidos com a EJA devem estar preparados para lidar com todos os aspectos que permeiam um diagnóstico analítico sobre o perfil dos alunos. Devendo considerar que é um público que não pode dar continuidade à vida escolar no tempo certo, por razões sociais. É com base nessa questão que discutiremos propostas pedagógicas para qualificar o processo de ensino e aprendizagem, garantindo o que determina a LDBN Lei n.º 9.394/96.
Por isso, pretendemos conhecer e analisar os métodos e práticas educativas aplicadas na EJA para estruturar uma proposta de trabalho docente objetivando preparar os professores para atenderem essa clientela específica com qualidade.  
EJA: uma modalidade de ensino com possibilidades e desafios
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Capitulo II Seção V art.37 e o art. 38, a educação de jovens e adultos é destinada àqueles que não tiveram acesso, ou, não puderam dar continuidade aos estudos na idade regular. As instituições devem oferecer ensino gratuito e que possibilite a permanência do aluno trabalhador na escola com ações educacionais apropriadas as características do aluno, aos interesses, as condições de vida e ao trabalho.
Nesse contexto, trabalhar com essa clientela requer um entendimento das multidimensões culturais. A escola precisa ter uma vontade política em oferecer a todos as chances iguais diante do ensino. É de grande importância que o educador revalorize a cultura dos seus educandos, considerando essa cultura como um importante instrumento de construção de práticas democráticas, assim, o ensino e a aprendizagem passam a desempenhar uma função integradora, atraente e concreta para os indivíduos que se encontram fora do mercado de trabalho e do sistema educacional. 
O principal objetivo da educação atualmente é atender o sistema emergente, portanto, nessa perspectiva é necessário que a aprendizagem seja realizada de forma coletiva, criativa, participativa, possibilitando aos jovens e adultos a construção de sua autonomia capacitando-os para agir nos espaços e modificar a sociedade em que estão inseridos. Diante disso, Freire relata que “é na inconclusão do ser, que se sabe como tal, que se funda a educação como processo permanente”. (FREIRE, 1996, p. 64).
Analisando o direito e a responsabilidade pública da educação de jovens e adultos, que vem ganhando espaço, percebemos que ainda há muito a percorrer para ser contrária ao objetivo de educação atual, que é de atender o sistema emergente de qualificação de mão-de-obra e certificação mantendo um sistema de educação para atender a falta de algo, as carências dos jovens e adultos que procuram a EJA.
Nessa linha de pensamento, Arroyo (2005) apresenta que
(...) Exige-se, pois, uma intencionalidade política, acadêmica, profissional e pedagógica no sentido de colocarmos na agenda escolar e docente, de pesquisa, de formação e de formulação de políticas, a necessidade de pensar, idealizar e arquitetar a construção dessa especificidade da EJA no conjunto das políticas públicas e na peculiaridade das políticas educativas. Constituir a educação de jovens-adultos como um campo de responsabilidade pública. (ARROYO, 2005, p. 22)
A EJA no âmbito legislativo vem construindo sua identidade e suas especificidades. Partindo desse pressuposto, essa modalidade de ensino tem que superar o olhar de oportunidade de escolarização, pois a EJA é o espaço de socializar experiências num processo de educação popular. De acordo Silva (2012, p. 4) a EJA é uma “educação comprometida com os pobres e com os outros que procura dialogar com a complexidade da sociedade, que se tende a motivar a leitura e a escrita das histórias de vida das pessoas que fazem parte da história (...)”. 
Atualmente a vida impõe desafios a todos os indivíduos, em um mundo cada vez mais competitivo e excludente, é necessário que se tenha o domínio dos conhecimentos para se estabelecer na vida de forma social, política e cultural. A Educação de Jovens e Adultos, precisa garantir aos educandos as condições básicas para que eles sejam inseridos na sociedade de forma completa, como um agente social apto para o mercado de trabalho, pronto para garantir o seguimento de seus estudos até alcançar onível superior e, sobretudo, precisa transformar este indivíduo em um cidadão participativo, inserido nas lutas pela construção de uma realidade onde prevaleça o bem coletivo e não os interesses de grupos particulares.
Segundo Di Pierro (2003), todas as leis e normas vigentes asseguram o direito público subjetivo à educação, independentemente de idade, e concedem a necessária flexibilidade para organizar o ensino de acordo com as necessidades de aprendizagem dos jovens e adultos. Nesse ínterim, a referida autora afirma que o problema não está nas leis, mas sim, na política educacional.
O método de ensino aplicado na educação das turmas da EJA é baseado em temas geradores fundamentados por Paulo Freire. Esses temas surgem por meio de reflexões do dia a dia dos educandos em um círculo de conversa que proporciona pontuar cada conteúdo a ser trabalhado. Dessa forma, todos os sujeitos envolvidos nesse círculo, mesmo que de forma primitiva, contribuem na descoberta dos conteúdos necessários. Nesse cenário, Freire (2005) considera que
A educação que se impõe aos que verdadeiramente se comprometem com a libertação não pode fundar-se numa compreensão dos homens como seres vazios a quem o mundo “encha” de conteúdos; não pode basear-se numa consciência especializada, mecanicistamente compartimentada, mas nos homens como “corpos conscientes” e na consciência como consciência intencionada ao mundo. Não pode ser a do depósito de conteúdos, mas a da problematização dos homens em suas relações com o mundo. (FREIRE, 2005. p. 77).
Compreende-se que a educação deve ser problematizadora e não uma educação “bancária” tratando os educandos como meros depósitos que precisam receber transferências de conhecimentos, como se fossem vazios e inertes. Freire (2005) conceitua a Educação Bancária como imposição do conhecimento realizada pelo professor sobre o aluno na medida em que o professor já os havia adquirido e dispõe destes sendo assim possível sua ação de depósito deste conhecimento nos alunos.
Freire (2005) destaca que
Quanto mais se problematizam os educandos, como seres no mundo e com o mundo, tanto mais se sentirão desafiados. Tão mais desafiados, quanto mais obrigados a responder ao desafio. Desafiados, compreendem o desafio na própria ação de captá-lo. Mas, precisamente porque captam o desafio como um problema em suas conexões com outros, num plano de totalidade e não como algo petrificado, a compreensão resultante tende a tornar-se crescentemente crítica, por isto, cada vez mais desalienada. (FREIRE, 2005. p. 80).
Para entender a desalienação da educação é necessário pontuar que a educação alienada faz do homem um objeto, as relações no processo de educação não podem ser de domesticação ou submissão diante de um ser. A domesticação significa a negação da educação. Nessa perspectiva, o educador não pode impedir que seus alunos jovens e adultos criem sua aprendizagem podando-o de seu próprio conhecimento, ensinar exige respeito aos saberes dos educandos. Freire (1996) estabelece que
[...] pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente, à escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educandos, sobretudo os das classes populares, chegam a ela saberes socialmente construídos na prática comunitária – mas também, como há mais de trinta anos venho sugerindo, discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos. (FREIRE, 1996, p. 30).
Assim, trabalhar com os alunos da EJA requer a apropriação dos saberes profissionais necessário para essa prática pedagógica. Não apenas um saber, e sim, um conjunto de conhecimentos que deve fazer parte da práxis de todo professor. Santos (2011) entende que
[...] os saberes profissionais como o corpus de conhecimentos oriundos de diferentes fontes e de natureza diversa. Tais saberes comportam conhecimentos das ciências da educação, das diferentes áreas do saber, dos aspectos pedagógicos sobre como ensinar e aprender, do currículo, do contexto, dos sujeitos, entre outros. (SANTOS, 2011, p. 32).
A formação de educadores para a EJA é contínua e considera a heterogeneidade presente nos atores envolvidos. O profissional que atua com o público da EJA tem que conhecer seu aluno, respeitando sua história de vida, sua cultura, seus anseios, suas preocupações e seu conhecimento de mundo para proporcionar uma aprendizagem onde ele vivencie o outro para o outro e no outro. Nessa mesma linha de pensamento, Santos (2011, p. 21) abarca que “(...) se constrói o processo de ensino-aprendizagem nessa modalidade, considerando o contexto de trabalho, de estudo e de vida dos sujeitos”. 
Portanto, os trabalhos realizados com os alunos da EJA estabelecem um diálogo entre as instituições de ensino, as entidades executoras e toda a equipe envolvida para garantir o acesso e a continuidade desses alunos no sistema público de ensino.
PROPOSTA DE TRABALHO DOCENTE
Identificação do local: Associação dos Moradores da região da Barragem do município de Anagé – Bahia
Disciplinas: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências e Arte
Período de Realização: 01 mês 
Professores: Edinailde Viana Coelho
Objetivo Geral: 
Encontrar diferentes caminhos para compreender e expressar suas ideias sobre temas fundamentais do mundo contemporâneo, por meio de diferentes formas de expressão e manifestações artísticas.
Favorecer o desenvolvimento de uma postura reflexiva e investigadora sobre a vida e sua condição na natureza, percebendo-se como um todo dinâmico que interage com o meio e o transforma, visando a melhoria das suas condições de vida e da sua comunidade.
Objetivos Específicos: 
Adquirir conhecimentos linguísticos por meio da leitura.
Saber diferenciar os diversos gêneros textuais.
Considerar a prática da leitura como fonte de aquisição de condutas sociais.
Formar opinião sobre os diversos assuntos expressos nos textos lidos.
Valorizar os conhecimentos prévios do aluno, habilitando-o a expressar ideias, sentimentos e opiniões.
Propiciar a reflexão e a análise sobre aspectos da língua e da linguagem, reconhecendo que os mesmos elementos de uma palavra falada podem ter significados diferentes na escrita.
Adquirir informações históricas e geográficas do antes durante e depois da construção da Barragem;
Produzir uma linha do tempo utilizando como marco a construção da Barragem local;
Entrevistar moradores que foram deslocados de suas propriedades considerando-os como pessoas que fazem parte do processo de construção do saber;
Relacionar pontos positivos e negativos detectados no processo de desterritorialização;
Estabelecer o conceito de lugar, território e espaço considerando os aspectos social, cultural e econômico;
Compreender o significado de pertencimento, definindo a identidade com vínculos afetivos e subjetivos;
Identificar os órgãos governamentais e não governamentais envolvidos no Projeto de Construção da Barragem;
Considerar o meio ambiente em sua totalidade: em seus aspectos (natural e construído) enfatizando os fatores: econômico, político, histórico, cultural, técnico, moral e ético;
Realizar um levantamento do quantitativo de produtores agrícolas que atuam às margens da Barragem;
Analisar as mudanças significativas ocorridas no espaço cotidiano e seu entorno e as transformações na vida da comunidade local.
Conteúdos:
Produção de Textos. 
Conhecimento matemático.
Conhecimento Geográfico, Social, Cultural e Histórico.
Cronograma de atividades
	ATIVIDADES PROPOSTAS
	PERÍODO/SEMANA
	
	1ª
	2ª
	3ª
	4ª
	5ª
	Elaboração da Proposta de Trabalho Docente.
	X
	
	
	
	
	Reunião para exposição da proposta com professores, coordenadores e equipe gestora.
	X
	
	
	
	
	Primeira Etapa: Diagnóstico dos educandos.
	
	X
	X
	
	
	Segunda etapa: Preparação do material didático.
	
	
	
	X
	
	Terceira etapa: Execução das aulas dialogadas
	
	
	
	
	X
	Quarta etapa: ExcursãoX
	
	Quinta etapa: Organização das oficinas temáticas
	
	
	
	
	X
	Sexta etapa: Culminância: Execução do Projeto de Intervenção com a Mostra cultural
	
	
	
	
	X
Percurso Metodológico:
Será utilizada a abordagem sócio-interacionista, permitindo que os alunos tenham oportunidade de construir sua aprendizagem com as intervenções pertinentes. Portanto, será aplicada uma metodologia que favoreça o desenvolvimento dos educandos, respeitando suas características individuais e necessidades pessoais. Assim, foi definido um plano de trabalho com metas a serem desenvolvidas no dia a dia na sala de aula.
Roteiro
Primeira atividade:
Iniciar uma conversa dialogada com o tema proposto para que se possa expor ideias a respeito do que se sabe sobre os impactos ambientais da construção da barragem; Apresentação da música “O Auto da Catingueira” de Elomar Figueira (cópia do fragmento da letra xerocopiada). Promover a produção de textos orais e escritos (interpretando a letra da música trabalhada) partindo de questionamentos que promovam a reflexão crítica (Qual o tema da música? Que alterações são feitas no ambiente com a construção da Barragem? Qual o destino das pessoas que viviam na região onde a Barragem foi construída? Para que foi construída a Barragem?); Solicitar imagens, fotos, panfletos que mostrem o Rio Gavião antes e depois da construção da Barragem.
 
Segunda atividade
Iniciar uma conversa dialogada relembrando o tema proposto para que se possa expor ideias a respeito do que se sabe sobre os impactos ambientais da construção da barragem; Promover a construção da Linha do Tempo trabalhando com imagens/fotos (do antes e depois da construção da barragem); Expor os textos produzidos num painel integrado. Solicitar uma pesquisa sobre os impactos causados no espaço quando um rio fica poluído para a próxima aula.
Terceira atividade
Iniciar uma conversa dialogada sobre o tema trabalhado para que se possa expor ideias a respeito do que se lembra sobre os impactos ambientais causados pela localização inadequada de caixas de esgotamento sanitário às margens do Rio gavião destacando a conscientização da preservação do ambiente. Exposição das pesquisas realizadas; Promover a apresentação de slide contendo imagens da Barragem; Instigar um debate para analisar o slide apresentado, partindo de questionamentos críticos. Destacar os fatores históricos e geográficos nas imagens trabalhadas com ênfase no conceito de lugar, espaço e paisagem; Solicitar uma entrevista com pessoas que moram próximo às margens do Rio Gavião para apresentar na próxima aula.
Quarta atividade
Iniciar uma conversa dialogada sobre o tema proposto para que se possa expor ideias a respeito do que se lembra sobre os conceitos de lugar, espaço e paisagem destacando os fatores econômicos, culturais e sociais. Organizar a realização do trabalho de campo (excursão educativa no Rio Gavião/ Barragem).
Quinta atividade
Iniciar uma conversa dialogada para apresentar o vídeo instigando a exposição de ideias a respeito do que se lembra sobre os impactos ambientais da construção da barragem destacando a importância dos fatores econômicos, culturais e sociais. Organizar a sala para realizar a culminância do Plano de trabalho com a Mostra Cultural. Será realizada uma exposição de todo o material produzido durante as aulas ministradas.
No cumprimento do cronograma proposto, na última semana será organizada e executada uma mostra cultural com todos os materiais produzidos.
Estarão sendo desenvolvidas atividades diariamente na sala de aula com materiais concretos, visando a participação de todos os alunos no processo de ensino aprendizagem, priorizando a leitura e a escrita, e a leitura crítica dos espaços construídos pela comunidade.
Recursos:
Livros literários e informativos;
Cartazes;
Desenhos/ilustrações/figuras
Filmes/Documentários/Slides;
Quadro branco;
Televisão/DVD/Data Show;
Vários gêneros textuais;
Varal didático, etc.
Avaliação:
Verificar as atividades desenvolvidas no roteiro, observando se os objetivos propostos foram alcançados.
1ª atividade: Produção de textos orais e escritos apresentando informações históricas e geográficas do antes e depois da construção da Barragem;
2ª atividade: Confecção do mural informativo e construção da linha do tempo utilizando como marco a construção da Barragem;
3ª atividade: Realização de entrevistas com o intuito de coletar mais informações sobre o processo de desterritorialização;
4ª atividade: Apresentação de slides a fim de analisar as mudanças significativas ocorridas no espaço cotidiano e em seu entorno identificando as transformações na vida da comunidade local;
5ª atividade: Realização de pesquisa de campo (excursão) para coletar informações concretas;
6ª atividade: Realização da Mostra Cultural como processo de socialização da construção do saber, compreendendo o significado de pertencimento.
Bibliografia:
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: história, geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997.
______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente, saúde. Brasília: MEC/SEF, 1997.
Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 13 de abril de 2018.
IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 15 de abril 2018. 
Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 13 de abril de 2018. 
Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2010). Página visitada em 15 de abril de 2018. 
Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 13 de abril de 2018.
Portal Anagé. Disponível em <htt/www.portalanage.com.br/ > Acessado em 15 de abril de 2018.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pedagogia de Paulo Freire sustenta-se no conceito de aprendizagem significativa porque é expressa no universo vocabular. Com base no diálogo esclarecedor das experiências dos educandos são estabelecidos os temas geradores. Para os educandos cada palavra contada tem um significado forte, especial e muito significativo, porque são histórias de suas vivências, de seus cotidianos fazendo com que eles aprendam que já sabem alguma coisa. 
O conhecimento que antes era entendido como velho passa a ser novo numa visão interessante. Os conhecimentos prévios são construídos pelos indivíduos a partir de sua interação com o meio físico, social e cultural sendo, portanto, advindos das experiências diárias.
Nesse sentido, cabe ao professor criar situações de aprendizagem que possibilitem ao aluno verbalizar o seu pensamento destacando, também, que todos têm habilidades e qualidades distintas uns dos outros e que são capazes de aprender. 
O ensino não pode ficar amparado em livros didáticos que impedem o pensar. Partindo dessa afirmativa é que refletimos na busca por novas metodologias, adequadas à realidade do educando, não seguindo a padronização desses livros que reduzem o aprendizado a símbolos pré-determinados e que não condizem com o contexto real.
A demanda por uma educação de qualidade para os jovens e adultos deve ser encarada com seriedade, o governo tem que assumir o compromisso com a formulação de políticas públicas consistentes e qualitativas; não precisa inventar Leis, é necessário interpretar as que já temos sem sermos tendenciosos, buscando estratégias para que sejam cumpridas. A sociedade civil precisa participar do processo de formulação e avaliação das políticas públicas de educação. 
Consideramos, portanto, que a EJA está entrando em um estágiode transição, saindo de uma etapa em que a modalidade contava com o descaso não somente dos segmentos governamentais, bem como dos gestores e educadores, partindo para uma etapa de estudo e reflexão para futuras mudanças, baseando-se no material fornecido pelo MEC, analisando os Temas Transversais estabelecendo diretrizes para melhorar a qualidade no processo de ensino e da aprendizagem significativa.
Atualmente os educadores possuem uma visão mais minuciosa correlacionando a teoria com a prática, diminuindo assim, a distância entre o que se fala e o que se faz. Os professores estão assumindo esse compromisso de mudança, mantendo o espírito de transformação contagiando e motivando os educandos das classes da EJA, para que os mesmos também lutem para ser participantes de uma prática educativa coerente com a realidade cultural por eles vivenciada.
REFERÊNCIAS
ARROYO, Miguel Gonzalez. Educação de jovens e adultos: um campo de direitos e de responsabilidade pública. In: SOARES, Leôncio José Gomes; GIOVANETTI, Maria Amélia; GOMES, Nilma Lino. Diálogos na educação de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Rio de Janeiro: Departamento Gráfico da ALERJ, 2005.
DI PIERRO, Maria Clara de. Seis anos de Educação de Jovens e Adultos no Brasil: os compromissos e a realidade.São Paulo: Ação Educativa. 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 36 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
____. Pedagogia do Oprimido. 47ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
SANTOS, José Jackson Reis dos. Saberes necessários para a docência na educação de jovens e adultos. Tese (Doutorado). Universidade Federal do rio grande do norte. Programa de Pós-Graduação em Educação: Natal. 2011.
Vitória da Conquista
2018
 
A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UM ESTUDO DA INCIDÊNCIA DOS POSTULADOS DE PAULO FREIRE
Vitória da Conquista
2018

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