Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Versão Outubro 2014 1 MecFlu7_UFMG Considere estas Notas de Aula como um roteiro para estudo e acompanhamento das aulas de Mecânica dos Fluidos. O uso do livro texto é imprescindível para o aprendizado (conceitos, demonstrações e exercícios). Lembre-se de que estas Notas de Aula não substituem o livro texto. Ao longo do curso, serão valorizados exemplos práticos e os alunos serão estimulados a lerem artigos e textos adicionais, além do livro texto recomendado. Serão exploradas diversas aplicações da engenharia. Esta versão de 2014 traz um novo método intuitivo de aprendizado de Mecânica dos Fluidos. Os conceitos fundamentais serão apresentados e discutidos por meio das Notas de Aula, mas, no entanto, o conteúdo programático será estudado para a compreensão de dispositivos e equipamentos selecionados para auxiliar na tarefa didática. Procedendo desta forma, evita-se expor um conteúdo teórico aos alunos para depois encontrar exemplos práticos onde o conceito e/ou formulação se aplicam. No método intuitivo, que vamos trabalhar aqui, será apresentado um objeto, dispositivo ou equipamento e ao apresentar suas características e funcionamento, os conceitos e formulações da Mecânica dos Fluidos serão apresentados e estudados. Gostaria, assim, de dar chance aos alunos de Mecânica dos Fluidos de primeiro se aventurarem a elaborar hipóteses e buscar novos conhecimentos para compreenderem o funcionamento dos objetos a serem apresentados para somente depois ter os conceitos pertinentes devidamente formalizados. Neste contexto, vamos utilizar o Mapa de Aplicações e as Notas de Aula para este propósito. ! As imagens destas Notas de Aulas vieram de duas fontes: 1. Elaboradas pelo autor e sua equipe (principalmente pela designer Cecília Berger e pela Maria Aparecida Fernandes); 2.Capturadas da Internet. 2 Prof. Pinotti Este arquivo é distribuído aos alunos da disciplina de Mecânica dos Fluidos do Curso de Graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Minas Gerais e não possui nenhuma finalidade comercial. O uso das imagens (elaboradas pelo autor e sua equipe) e do texto deste arquivo está autorizado desde que seja citada a fonte: ! “Pinotti, M. Notas de Aula de Mecânica dos Fluidos. Universidade Federal de Minas Gerais, 2014. MecFlu6_UFMG.pdf (consultado em: data da consulta). ! Em uma recente pesquisa no Google, encontrei versões mais antigas destas Notas de Aulas espalhadas em servidores das mais variadas instituições e universidades, de grupos de aerodesign a Petrobras. Isto significa que as informações aqui organizadas foram úteis a estudantes e profissionais. Além disso, já recebi mais de uma centena de emails de leitores espalhados pelo Brasil elogiando estas páginas. Isto me deixa muito feliz e aumenta minha responsabilidade na elaboração da versão 2014. Críticas e sugestões são sempre úteis para a contínua melhoria deste texto e devem ser endereçadas para o email do autor: pinotti@ufmg.br. Muito obrigado. ! Prof. Marcos Pinotti Barbosa Departamento de Engenharia Mecânica Escola de Engenharia - Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG 3 Prof. Pinotti Linha Piezométrica - Equação de Bernoulli P1 ρ1g + V12 2g + z1 = P2 ρ2g + V22 2g + z2 ρ1A1V1 = ρ2A2V2 P ρg V 2 2g V 2 2g P ρg 4 Prof. Pinotti Dinâmica 12 Perda de Carga de Escoamentos em Tubos Circulares Equação de Bernoulli: Equação de Darcy-Weisbach Escoamento Laminar fator de atrito para escoamento laminar Escoamento Turbulento fator de atrito para escoamento turbulento Perda de Carga Dinâmica 12 Perda de Carga de Escoamentos em Tubos Circulares Equação de Bernoulli: Equação de Darcy-Weisbach Escoamento Laminar fator de atrito para escoamento laminar Escoamento Turbulento fator de atrito para escoamento turbulento Perda de Carga Dinâmica 12 Perda de Carga de Escoamentos em Tubos Circulares Equação de Bernoulli: Equação de Darcy-Weisbach Escoamento Laminar fator de atrito para escoamento laminar Escoamento Turbulento fator de atrito para escoamento turbulento Perda de Carga Dinâmica 12 Perda de Carga de Escoamentos em Tubos Circulares Equação de Bernoulli: Equação de Darcy-Weisbach Escoamento Laminar fator de atrito para escoamento laminar Escoamento Turbulento fator de atrito para escoamento turbulento Perda de Carga Dinâmica 12 Perda de Carga de Escoamentos em Tubos Circulares Equação de Bernoulli: Equação de Darcy-Weisbach Escoamento Laminar fator de atrito para escoamento laminar Escoamento Turbulento fator de atrito para escoamento turbulento Perda de Carga Equação de Darcy-Weisbach g V D LfHl 2 2 � Escrevendo a equação de Darcy-Weisbach em função da vazão: 5 2 D QKfLHl � Observa-se que a perda de carga em uma tubulação varia linearmente com o comprimento L, varia quadraticamente com a vazão Q e inversamente com o diâmetro elevado a quinta potência. Diâmetro da tubulação, D Custo Ponto ótimo de equilíbrio entre custo de instalação e operação Custo de instalação Custo de operação Dinâmica 45 Equação de Darcy-Weisbach g V D LfHl 2 2 � Escrevendo a equação de Darcy-Weisbach em função da vazão: 5 2 D QKfLHl � Observa-se que a perda de carga em uma tubulação varia linearmente com o comprimento L, varia quadraticamente com a vazão Q e inversamente com o diâmetro elevado a quinta potência. Diâmetro da tubulação, D Custo Ponto ótimo de equilíbrio entre custo de instalação e operação Custo de instalação Custo de operação Dinâmica 45 Prof. Pinotti Equações de Balanço Balanço de energia (Bernoulli) - Equação que contabiliza, em um volume de controle, o balanço de energia que entrou, saiu e que se acumulou (ou se consumiu). P1 ρ1g + V12 2g + z1 = P2 ρ2g + V22 2g + z2 + h1,2 Equação para fluido real 6 Prof. Pinotti Linha Piezométrica - Equação de Bernoulli P1 ρ1g + V12 2g + z1 = P2 ρ2g + V22 2g + z2 ρ1A1V1 = ρ2A2V2 V 2 2g P ρg 7 Prof. Pinotti Fórmulas Empíricas para Determinação de Perda de Carga Escoamento de Água em Tubo Circular Dinâmica 13 Fórmulas Empíricas para Determinação da Perda de Carga Escoamento Turbulento de água em tubos circulares Fórmula de Flammant (século XIX) Fórmula de Hazen-Williams (1903) Fórmulas de Fair-Whipple-Hsiao (1930) Para tubos de até 50 milímetros Água fria em tubo galvanizado : Água fria em tubo de cobre : Água quente em tubo de cobre : Dinâmica 13 Fórmulas Empíricas para Determinação da Perda de Carga Escoamento Turbulento de água em tubos circulares Fórmula de Flammant (século XIX) Fórmula de Hazen-Williams (1903) Fórmulas de Fair-Whipple-Hsiao (1930) Para tubos de até 50 milímetros Água fria em tubo galvanizado : Água fria em tubo de cobre : Água quente em tubo de cobre : Prof. Pinotti Dinâmica 16 Equação de Darcy-Weisbach Escrevendo a equação de Darcy-Weisbach em função da vazão: Observa-se que a perda de carga em uma tubulação varia linearmente com o comprimento L, varia quadraticamente com a vazão Q e inversamente com o diâmetro elevadoa quinta potência. Diâmetro da tubulação, D Custo Ponto ótimo de equilíbrio entre custo de instalação e operação Custo de instalação Custo de operação Prof. Pinotti L. F. Moody publicou em 1944 os dados de fator de atrito em função do número de Reynolds e da rugosidade relativa. Moody organizou estes dados em um gráfico. A utilidade deste gráfico em aplicações práticas é inestimável, pois, ao contrário de fórmulas empíricas que são específicas a determinados fluidos, o Diagrama (ou Ábaco) de Moody relaciona o fator de atrito para qualquer fluido em qualquer tubo. Dinâmica 15 Prof. Pinotti Escoamento em dutos circulares Experimento de Osborne Reynolds Re = ρUL µ Forcasde Inercia = ρU 2L2 ForcasViscosas = µUL 11 Prof. Pinotti Dinâmica 15 Dinâmica 21 Exercício proposto 1 Dois metros cúbicos por hora de um óleo, de viscosidade cinemática igual a 10-4 m2s-1, escoam através de uma canalização de diâmetro igual a 25 mm e rugosidade aparente igual a 0,1 mm. Determinar a perda de carga unitária. Exercício proposto 2 Deseja-se escoar 3 metros cúbicos por segundo de água através de um duto de concreto, de seção quadrada de lado igual a 1,5 m, funcionando a seção plena. Admitindo, para o concreto, a rugosidade aparente 0,1 mm, determine a perda de carga unitária. Exercício proposto 3 Uma canalização, cuja rugosidade aparente é igual a 0,03 mm e cuja extensão é igual a 5 quilômetros, deverá transportar 400 litros por segundo por gravidade. Sabendo-se que o desnível existente entre suas extremidades de montante e jusante é igual a 50 m, e desprezando-se as perdas de carga localizadas, determine o diâmetro desta canalização. Exercício resolvido 1 Prof. Pinotti Exercício resolvido 2 Dinâmica 21 Exercício proposto 1 Dois metros cúbicos por hora de um óleo, de viscosidade cinemática igual a 10-4 m2s-1, escoam através de uma canalização de diâmetro igual a 25 mm e rugosidade aparente igual a 0,1 mm. Determinar a perda de carga unitária. Exercício proposto 2 Deseja-se escoar 3 metros cúbicos por segundo de água através de um duto de concreto, de seção quadrada de lado igual a 1,5 m, funcionando a seção plena. Admitindo, para o concreto, a rugosidade aparente 0,1 mm, determine a perda de carga unitária. Exercício proposto 3 Uma canalização, cuja rugosidade aparente é igual a 0,03 mm e cuja extensão é igual a 5 quilômetros, deverá transportar 400 litros por segundo por gravidade. Sabendo-se que o desnível existente entre suas extremidades de montante e jusante é igual a 50 m, e desprezando-se as perdas de carga localizadas, determine o diâmetro desta canalização. Prof. Pinotti Perda de carga em singularidades ! A perda de carga que ocorre em tubos (determinada por fórmulas empíricas ou pelo diagrama de Moody) é conhecida como “perda de carga distribuída” ou “perda de carga contínua” porque ocorre ao longo do tubo. Quando o escoamento em uma tubulação passa pelas chamadas singularidades, existe uma perda adicional de energia (irreversível) devido à geometria das singularidades e/ou às mudanças de trajetórias a que o fluido foi submetido. A perda de carga devido às singularidades é conhecida como “perda de carga localizada”. Existem dois métodos de se determinar este tipo de perda de carga: Método do Coeficiente de Perda hs = K V 2 2 Método do Comprimento Equivalente hs = f Leq D V 2 2g Prof. Pinotti Método do Coeficiente de Perda hs = K V 2 2g determinado experimentalmente Prof. Pinotti Método do Coeficiente de Perda hs = K V 2 2g determinado experimentalmente Prof. Pinotti Método do Coeficiente de Perda Prof. Pinotti Método do Comprimento Equivalente hs = f Leq D V 2 2g Prof. Pinotti hs = f Leq D V 2 2g Prof. Pinotti hs = f Leq D V 2 2g Prof. Pinotti Dinâmica 18 Pressão Válvula gaveta Bomba Prof. Pinotti Dinâmica 19 PERDA DE CARGA EM DUTOS NÃO CIRCULARES Pode-se aplicar as correlações empíricas para escoamentos em dutos não circulares, desde que a razão de aspecto (medida da deformação em relação a uma seção transversal regular) não seja muito grande nem muito pequena. Definição de razão de aspecto para um duto retangular: O conceito de diâmetro hidráulico (a ser definido a seguir) pode ser aplicado na faixa aproximada de h b Prof. Pinotti Dinâmica 20 Definição de Diâmetro hidráulico, Dh: Onde A é a área da seção transversal e P é o perímetro molhado (comprimento da parede em contato com o fluido). Para um duto retangular de largura b e altura h: Prof. Pinotti Dinâmica 21 Exercício proposto 1 Dois metros cúbicos por hora de um óleo, de viscosidade cinemática igual a 10-4 m2s-1, escoam através de uma canalização de diâmetro igual a 25 mm e rugosidade aparente igual a 0,1 mm. Determinar a perda de carga unitária. Exercício proposto 2 Deseja-se escoar 3 metros cúbicos por segundo de água através de um duto de concreto, de seção quadrada de lado igual a 1,5 m, funcionando a seção plena. Admitindo, para o concreto, a rugosidade aparente 0,1 mm, determine a perda de carga unitária. Exercício proposto 3 Uma canalização, cuja rugosidade aparente é igual a 0,03 mm e cuja extensão é igual a 5 quilômetros, deverá transportar 400 litros por segundo por gravidade. Sabendo-se que o desnível existente entre suas extremidades de montante e jusante é igual a 50 m, e desprezando-se as perdas de carga localizadas, determine o diâmetro desta canalização. Prof. Pinotti
Compartilhar